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sexta-feira, agosto 19, 2011

Investimentos socioambientais da Vale


19/8/2011

Rio de Janeiro, agosto de 2011 - O investimento da Vale na área socioambiental cresceu quase 400% nos últimos cinco anos. Entre 2005 e 2010, a Vale investiu mais de US$ 4 bilhões em ações socioambientais, como o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde atua, a tecnologia na busca por fontes de energia mais limpas, o reaproveitamento de água, a proteção da biodiversidade, o reflorestamento e a reabilitação de áreas degradadas.

Só em 2010, foram US$ 737 milhões na proteção e conservação ambiental e US$ 399 milhões em projetos sociais. Em 2011, a empresa vai investir quase US$ 1,2 bilhão, dos quais US$ 886 milhões na área de Meio Ambiente e US$ 308 milhões em projetos sociais. Entre as principais ações da empresa estão:

Água - A Vale aproveitou 79% da água utilizada em suas operações no mundo em 2010. Do total de 1,2 bilhão de litros necessários para as operações no ano passado, 998 milhões de litros foram abastecidas por água de reuso. Na Vale, a água é considerada um ativo de seus empreendimentos. Por esse motivo, foi realizado um diagnóstico em cinco áreas responsáveis por cerca de 40% da captação de água no Brasil - Parauapebas (PA), São Luís (MA) e Itabira, Mariana e Vargem Grande (MG) - e identificadas oportunidades para reduzir a captação de água e a utilização de alternativas como água da chuva e efluente.

Proteção - Além de desenvolver ações visando à sustentabilidade de suas operações, a Vale protege ou ajuda a proteger mais de 10 mil km2 de áreas naturais, reconhecendo a importância da biodiversidade como tema intrínseco ao seu negócio. Nesse sentido, a Vale realiza atividades voltadas à proteção de 25 áreas destinadas à conservação da biodiversidade, entre áreas próprias, arrendadas ou administradas por governos locais.

Estas áreas abrangem os biomas Amazônia (Pará e Maranhão), Mata Atlântica (Espírito Santo), áreas na transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado (Minas Gerais), Florestas Boreais no Canadá, Wallacea na Indonésia e áreas na Nova Caledônia - todas consideradas áreas de alto valor para a conservação da biodiversidade.

A Reserva Natural Vale, em Linhares (ES), é uma das áreas protegidas. Lá foram catalogadas quase 3 mil espécies de plantas e centenas de espécies animais. Em Parauapebas (PA), a Vale conserva, em parceria com o governo federal, mais de 8 mil Km2 de floresta.

Em sua atuação, a Vale busca desenvolver projetos alinhados às questões de sustentabilidade propostas pelo Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM), do qual é signatária desde 2006. A Vale também é membro do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), instituição fundada durante a Rio 92 para promover temas de sustentabilidade entre as empresas e garantir a elas um papel relevante nas discussões sobre o assunto.

Signatária do Pacto Global das Nações Unidas desde 2007, a Vale foi convidada pela ONU, em 2010, a integrar o Global Compact Lead. Das mais de 2 mil empresas que assinaram o Pacto, apenas 56 foram convidadas a participar deste seleto grupo de líderes mundiais em questões de sustentabilidade. No Brasil, somente a Vale e a Natura fazem parte deste grupo.

Mudanças climáticas e carbono - A Vale pauta toda a sua atuação no compromisso pelo desenvolvimento de uma economia de baixo carbono. Atualmente é a única empresa da América Latina no CDLI - Índice de Liderança do Carbon Disclosure Project (CDP), que identifica empresas líderes no mundo no gerenciamento de riscos e exposição de carbono.

O ranking avalia as 500 maiores empresas listadas na Bolsa de Valores de Nova York e identifica as líderes no gerenciamento dos riscos e exposição ao carbono. Para estar no índice, é preciso responder a um questionário referente à gestão de emissões de carbono, demonstrando avanços a cada ano.

A Vale também faz parte do Índice Carbono Eficiente (ICO2), desenvolvido pela Bovespa e BNDES, que tem por finalidade atrair investidores que acreditam que empresas com melhor gestão de riscos e oportunidades associadas ao carbono terão melhor desempenho financeiro no futuro.

Desde 2005, a Vale calcula o seu inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). A iniciativa permitiu à empresa conhecer o próprio perfil de emissões e, a partir de então, desenvolver estratégias e planos para seguir o modelo de desenvolvimento baseado em uma economia de baixo carbono. Investimentos na proteção de florestas e outros ecossistemas; pesquisa e desenvolvimento de tecnologias; melhoria da eficiência energética e intensificação do uso de fontes renováveis de energia são alguns exemplos dessas ações.

A Vale também ingressou no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bovespa, carteira que passou a vigorar em janeiro deste ano e tem como objetivo destacar as empresas que possuem estratégias e práticas ligadas à sustentabilidade.

Antes disso, em 2009, a Vale liderou o lançamento da "Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas", junto com o Instituto Ethos e a Fórum Amazônia Sustentável. O documento apresentou os compromissos voluntários de 30 grandes empresas brasileiras com os esforços globais de redução dos impactos das mudanças climáticas, através da elaboração do inventário de emissões de gases de efeito estufa e do engajamento perante governo e sociedade civil.

A redução contínua de emissões é uma das metas da Vale. A empresa realiza a gestão de um portfólio de projetos de redução identificados nas áreas de negócio e desenvolve uma série de iniciativas de sequestro de carbono, como a Vale Florestar SA, um dos maiores projetos de reflorestamento do país. Com este projeto, a meta é chegar a uma área de 450 mil hectares em 2022, dos quais 150 mil serão destinados ao plantio de florestas industriais e 300 mil para proteção e recuperação de florestas nativas. Desde o início do projeto, em 2007, já foram plantadas mais de 36 milhões de árvores numa área de mais 30 mil hectares em áreas degradadas, em quatro municípios do Pará. Uma área total de 100 mil hectares foi arrendada, sendo 62 mil destinados à proteção e recuperação de florestas nativas, 38 mil para florestas industriais e implantação da infraestrutura necessária.

Já o Fundo Vale para o Desenvolvimento Sustentável, criado por iniciativa da Vale em 2009, é um fundo de cooperação que atua em parceria com instituições públicas e organizações da sociedade com foco inicial em programas de combate ao desmatamento e à degradação florestal no bioma amazônico. Ate hoje, o Fundo Vale, aportou um montante aproximado de R$ 20,6 milhões em 19 projetos desenvolvidos por organizações com experiência comprovada.

Estão sendo desenvolvidos projetos como o monitoramento estratégico da região por satélite, que identifica a pressão de desmatamento ilegal; consolidação e criação de áreas protegidas; promoção de um modelo de gestão ambiental para municípios ao longo da fronteira do desmatamento. Para se ter uma ideia, uma das cidades apoiadas dentro do projeto, Paragominas, já saiu da lista dos municípios que mais desmatam no país.

Combustíveis - A Vale entende que para ser um agente global de sustentabilidade precisa direcionar investimentos na construção de uma matriz energética com participação crescente de combustíveis renováveis. Diante disso, está investindo em gás natural e biodiesel como substitutos do diesel nas operações. Na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) funciona em caráter experimental, desde 2009, o Trem Verde, que utiliza a mistura de gás natural e diesel em suas locomotivas, com concentrações do gás variando de 50% e 70% (o gás natural é menos carbono intensivo do que o diesel). Hoje, a Vale já usa B5 em suas locomotivas.

Outro passo importante foi a aquisição pela Vale, em fevereiro deste ano, de 70% do controle da Biopalma, no Pará, produtora de óleo de palma, matéria-prima para a produção de biodiesel. A Biopalma começa a produzir óleo de palma ainda este ano, com a expectativa de atingir a produção anual de 500 mil toneladas em 2019.

A maior parte do óleo será destinada à produção de biodiesel para a frota de locomotivas, máquinas e os equipamentos de grande porte das operações da empresa no Brasil, usando o B20 (mistura de 20% de biodiesel e 80% de diesel comum). A Biopalma possui atualmente seis pólos de produção em implantação na região do Vale do Acará e Baixo Tocantins, no Pará.

Até 2013, serão 60 mil hectares plantados com dendê e 75 mil destinados a recuperação e regeneração de mata nativa. Hoje são 18.400 hectares plantados, com previsão de mais 14.400 hectares de plantio no primeiro trimestre deste ano. Todas as áreas utilizadas no cultivo do dendê são áreas mapeadas e demarcadas pelo governo federal como áreas degradadas.

Mudança na matriz de transporte (truckless) - Em Canaã dos Carajás, sudeste do Pará, a Vale está desenvolvendo uma solução inovadora. A futura mina S11D - maior projeto da história da Vale, com produção de 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano - trocará os caminhões fora-de-estrada, os gigantes veículos de quase 250 toneladas que fazem o transporte de minérios, por correias de borracha móveis que vão percorrer até 9 km de extensão entre o local da extração e a usina de beneficiamento do produto.

A tecnologia, que dispensa o uso de caminhões, é conhecida como truckless. No total, serão instalados 37 km de correias transportadoras distribuídas dentro da mina, incluindo ramais que vão se conectar ao tronco principal a ser estendido por 9,5 Km até a usina de beneficiamento. Os principais equipamentos de S11D serão movidos a energia elétrica. Só tratores de esteiras, motoniveladoras e outras máquinas auxiliares vão continuar consumindo diesel. Em 2014, a Vale pretende usar biodiesel B20 nestes equipamentos, reduzindo ainda mais as emissões de gases do efeito estufa e antecipando-se à legislação que prevê o uso do combustível somente a partir de 2020.

Energia - Hoje, do total da matriz energética da Vale, 25% é abastecido por fontes renováveis, sendo a maior parte de fonte hidrelétrica. A Vale mantém pesquisas de geração de energia limpa e energia renováveis que estão sendo desenvolvidas pela Vale Soluções em Energia (VSE) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Vale também criou o Instituto Tecnológico Vale, que pretende ampliar a produção de pesquisas científicas e o desenvolvimento econômico de base tecnológica no país, além de gerar e difundir novos conhecimentos para o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e para a cadeia da mineração no Brasil. Além das ações em parceria para o incentivo à pesquisa, o ITV vai construir um conjunto de estruturas físicas distribuídas pelo Brasil, e terá um corpo próprio de pesquisadores com excelência mundial. Inicialmente, o Instituto contará com três campi de pesquisa a serem implantados em Minas Gerais (Ouro Preto), Pará (Belém) e São Paulo (São José dos Campos).

Cada centro terá uma vocação: o de Minas terá suas pesquisas focadas em mineração do futuro; o do Pará, em desenvolvimento sustentável; e o de São Paulo, na área de energias renováveis. Inicialmente, cada campus vai abrigar, em média, 300 profissionais, dos quais pelo menos 40 serão pesquisadores com títulos de doutores e pós-doutores.

Desenvolvimento territorial - A Vale vem contribuindo para o desenvolvimento sustentável dos territórios onde atua. Essa atuação baseia-se em uma estratégia de investimento social estruturante, alinhada às políticas públicas e voltada a uma perspectiva de médio e longo prazo. As ações são coordenadas pela Fundação Vale e estão divididas em três principais áreas de atuação:

  • Infraestrutura: A Fundação Vale apoia as Prefeituras na elaboração de projetos executivos de infraestrutura e habitação, que possibilitam a captação de recursos federais e estaduais para obras com o objetivo de reduzir os déficits em moradia e saneamento básico;
  • Fortalecimento da Gestão Pública: Trabalhamos de forma integrada com as prefeituras no fortalecimento dos processos de gestão pública. Esta integração permite a criação de mecanismos capazes de melhorar a eficiência e a eficácia dos processos das administrações municipais. As prefeituras disponibilizam recursos humanos e apoio técnico. A Fundação disponibiliza suporte operacional e institucional na elaboração de projetos para auxiliar os governos municipais na gestão dos recursos públicos (aumento da arrecadação e redução de despesas), melhoria dos indicadores sociais (no campo da saúde, educação, proteção social, entre outros) e efetiva contribuição da administração pública para o desenvolvimento local e qualidade de vida da população.
  • Desenvolvimento humano e econômico: Queremos colaborar para o desenvolvimento da economia local, contribuir com a melhoria da qualidade de vida das comunidades, estimular o empreendedorismo e a geração de trabalho e renda das comunidades. Para isso, estão sendo implantadas as Estações Conhecimento. Trata-se de organizações sociais com gestão compartilhada entre a Fundação Vale, o Poder Público (geralmente Prefeituras) e a sociedade civil organizada. Nas Estações, são oferecidas atividades culturais, esportivas e de qualificação profissional para os jovens. As Estações também fomentam o empreendedorismo de uma forma que respeita as vocações das comunidades e as oportunidades de mercado. Um exemplo de sucesso é a cooperativa de artesãs de biojoias em Tucumã, no Pará.

Assessoria de Imprensa - Tel: 21 3814-4360
Mônica Ferreira
www.vale.com/saladeimprensa

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