Delegado Protógenes

Ele já é réu em ação por violação de sigilo funcional e fraude processual.
Abertura das novas investigações foi determinada pela Justiça Federal.
O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz na Câmara, em março passado
O delegado afastado da Polícia Federal Protógenes Queiroz será alvo de dois novos inquéritos: um por supostas espionagem a autoridades e outro por ligação com desafetos do banqueiro Daniel Dantas, preso por Protógenes na Operação Satiagraha.
As informações são da assessoria de imprensa da Justiça Federal. A determinação da abertura dos inquéritos foi dada pelo juiz Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, no mesmo dia em que o magistrado determinou que Protógenes virasse réu por violação de sigilo e fraude processual por sua atuação na Satiagraha, na última segunda (25).
Segundo a assessoria da Polícia Federal, ainda não foram designados delegados para o comando das investigações. No inquérito de espionagem, o juiz determinou que sejam investigadas interceptações telefônicas e filmagens ilegais e monitoramento de autoridades do governo, magistrados, políticos, advogados e jornalistas. O outro inquérito se refere a diversas ligações telefônicas entre Protógenes e empresários que têm processos contra Dantas na Justiça. Procurados pelo G1, Protógenes e seu advogado não foram localizados.
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Réu por quebra de sigilo
Ao denunciar Protógenes por quebra de sigilo - que acabou sendo aceita pelo juiz -, o Ministério Público Federal entendeu que o delegado teria cometido três crimes: violado o sigilo funcional duas vezes ao supostamente transmitir informações sobre a operação para jornalistas e cometido uma fraude processual porque teria alterado um vídeo produzido durante a investigação. Executada no dia 8 de julho de 2008, a Operação Satiagraha, investigou um suposto esquema ilegal de investimentos no exterior e tentativa de suborno a um delegado da Polícia Federal para impedir as investigações. Dezessete pessoas chegaram a ser presas, entre elas, o banqueiro Daniel Dantas, Entre o doleiro Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta. Pela tentativa de suborno, a Justiça condenou Dantas a dez anos de prisão e R$ 12 milhões de multa por corrupção ativa. Ele ficará em liberdade até decisão final sobre recurso da sentença.
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