
Qui, 23/04/09 por Alexandre Garcia
Os ministros chegaram até a discutir a possibilidade de uma advertência formal a Joaquim Barbosa, mas optaram pela saída diplomática, o apoio ao presidente da Casa.
Como se não bastassem as mazelas em outros poderes, agora o último recurso da lei e da Constituição expõe um episódio preocupante. É verdade que os ministros do Supremo são humanos, sujeitos às emoções humanas, mas o colegiado dos 11, a instituição, precisa guardar o respeito que dá credibilidade a decisões que são últimas, decisivas. Em uma dignidade que se vê nos tribunais análogos pelo mundo: França, Inglaterra, Estados Unidos. Supremo ouvido, causa terminada. Mas o que ouvimos no Supremo? Não foi a primeira vez.
O Supremo aproximar-se do povo é muito saudável, mas importar discussão de rua é descer de onde precisaria estar. Numa discussão pobre de argumentos, em que o melhor que conseguiram foi “Vossa excelência, me respeite”.
Precisou a experiência de um ex-presidente da Corte, o ministro Marco Aurélio, para interromper a discussão - aliás, o termo mais apropriado é bate-boca - que não é apropriado para uma Corte Suprema.
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