
EM BARCARENA, PRESIDENTE ANUNCIA SIDERÚRGICA E INVESTIMENTOS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega hoje, às 10 horas, à Base Aérea de Belém, para cumprir uma agenda apertada no Pará, na qual ele e a governadora Ana Júlia Carepa participam, em Barcarena, da inauguração da terceira fase de expansão da refinaria de alumina da Vale, a Alunorte, e do anúncio oficial da implantação de uma siderúrgica em Marabá, na região sudeste do Estado.
Lula também acompanha a coletiva do presidente da Vale, Roger Agnelli, ao meio-dia, e retorna para Brasília às 15 horas. A primeira cerimônia com a participação de Lula, de Ana Júlia Carepa e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) está marcada para as 11 horas, na sede da empresa coligada da mineradora, no distrito de Murucupi, que fica na rodovia PA-481.
Logo após a inauguração, o presidente e a governadora seguirão para o ginásio poliesportivo do município para anunciar investimentos do governo federal e do governo do Estado em Barcarena. Entre os investimentos previstos estão a ampliação do porto de Vila do Conde e a revitalização do Distrito Industrial, que terá 52 lotes e área de convivência para os trabalhadores das empresas ali instaladas. O custo do centro será de R$ 7 milhões. A publicação do edital de licitação está prevista para novembro deste ano.
Em seguida, o presidente da Vale, Roger Agnelli, faz o anúncio da implantação da siderúrgica da Vale, reivindicação antiga da classe empresarial paraense e que se consolida como um passo importante para a verticalização da produção mineral no Estado.
Os módulos seis e sete da Alunorte, que serão inaugurados esta semana, representaram um investimento de US$ 846 milhões e vão elevar a capacidade de produção da refinaria para 6,26 milhões de toneladas de alumina anuais. Recentemente, a mineradora divulgou o balanço do segundo trimestre de 2008. O lucro líquido da Vale atingiu o recorde de US$ 5,009 bilhões, segundo os padrões contábeis norte-americanos, o que corresponde a um crescimento de 22,3% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano passado.
Presidente da vale apresentará projetos
O presidente da Vale, Roger Agnelli, vai apresentar hoje, às 11 horas, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, três dos mais de dez projetos estratégicos que serão implantados até o final deste ano para expansão da empresa. Segundo a direção da Vale, os projetos vão adicionar mais US$ 5 bilhões aos U$$ 20 bilhões de investimentos já anunciados para expansão entre 2008 e 2012.
A Vale vai anunciar oficialmente a implantação da Usina Siderúrgica do Pará, que será construída em Marabá, sudeste do Estado. A usina é considerada um dos mais importantes projetos da empresa na Amazônia, que pela primeira vez vai verticalizar a produção de aço no Pará, e terá capacidade para produzir anualmente 2,5 milhões de toneladas de aço laminado a quente.
O segundo empreendimento de peso é uma usina termoelétrica à base de carvão mineral, com capacidade para produzir 600 megawatts de energia, suficiente para o funcionamento da nova siderúrgica, para outras atividades já implantadas e também para novos projetos.
Meta é recuperação de 300 mil hectares
O terceiro projeto da mineradora a ser apresentado hoje é o Vale Florestar, um ambicioso projeto ambiental que tem como foco a recuperação de 300 mil hectares de terra devastadas, principalmente por fazendeiros e madeireiros, na região nordeste do Pará, ao longo da BR-010, a rodovia Belém-Brasília.
A região é considerada pela Vale a mais devastada do Estado. Além dessa agenda de projetos econômicos e socioambientais, a Vale também vai apresentar ao presidente Lula e à governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, investimentos em programas especiais de educação, ciência e tecnologia, que serão desenvolvidos em parceria com os governos estadual e federal.
Segundo James Pessoa, diretor do Departamento de Siderurgia da Vale, a Usina Siderúrgica do Pará, em Marabá, é um investimento muito importante para a corporação e para o Estado. Ele ressalta que a produção de aço laminado a quente, como boninas, chapas grossas e tarugos, vai induzir e atrair a instalação de indústrias no Pará, como fábricas de vagões, de dormentes metálicos, de tubos soldados para sistemas de abastecimento de água, de estacas, de caçambas e de implementos agrícolas, porque vai agregar valor ao minério de ferro.
Investimento de impacto na região
Na primeira fase, a Usina Siderúrgica do Pará vai produzir 2,5 milhões de toneladas de produtos semi-acabados de aço. Os investimentos são de US$ 3,3 bilhões. A concepção de engenharia da usina é modular, para permitir expansão da produção da usina no futuro, conforme as necessidades do mercado, para até 5 milhões de toneladas/ano. É um investimento de alto impacto na região.
Na fase de construção e implantação da usina serão criados 16 mil empregos diretos na obra. Quando estiver em operação a usina vai empregar 3.500 pessoas. 'Para cada emprego em uma siderúrgica são gerados outros quatro na cadeia produtiva, então serão exatamente 17.500 empregos quando a usina estiver operando, um número expressivo de empregos para a região', explicou o diretor.
Com essa iniciativa a empresa pretende atrair e trazer valor para a economia do Estado. Mas na segunda fase da usina o objetivo é fazer parceria. Outro aspecto que a empresa destaca é que o projeto está atrelado à rodovia Araguaia-Tocantins, como a principal via de escoamento para a parte da produção que não for utilizada no Estado.
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