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sexta-feira, março 09, 2018

Juiz do DF manda soltar Joesley Batista; empresário deverá entregar passaporte

Decisão também vale para Ricardo Saud, ex-executivo do grupo J&F. Juiz da 12ª Vara de Brasília também determinou que Joesley e Saud não poderão deixar o país sem autorização.



Por Camila Bomfim, Ana Paula Andreolla e Filipe Matoso, TV Globo e G1, Brasília
Montagem mostra o empresário Joesley Batista (esq.) e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud (dir.) (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Montagem mostra o empresário Joesley Batista (esq.) e o ex-executivo da J&F Ricardo Saud (dir.) (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo).
 
O juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília, mandou nesta sexta-feira (9) soltar o empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, e Ricardo Saud, ex-executivo do grupo.

Pela decisão, Joesley Batista e Ricardo Saud estão obrigados a:
  • Entregar o passaporte;
  • Não deixar o país sem autorização judicial;
  • Comparecer a todos os atos do processos;
  • Manter os endereços atualizados.
Advogado de Joesley Batista, André Callegari, fala sobre a libertação do cliente
Advogado de Joesley Batista, André Callegari, fala sobre a libertação do cliente.

Advogado

O advogado de Joesley, André Callegari, disse que, após deixar a prisão, o empresário deve permanecer em São Paulo, onde vai continuar colaborando com a Justiça. 
 
“A ideia é sempre continuar colaborando porque ele acredita na manutenção do acordo. 
Tanto é verdade que antes de saber da manifestação da nova procuradora-geral da República, a doutora Raquel Dodge, ele seguia colaborando e prestou, como colaborador, vários depoimentos, mesmo sem saber qual seria a manifestação da doutora Raquel. 
Então, ele vai seguir com esse procedimento de colaborador, entregando provas, vai prestar seus depoimentos e vai ajudar a Justiça a esclarecer todos os fatos pendentes. “, explicou o advogado. 
 
O acordo que Joesley Batista firmou com a Procuradoria-Geral da República foi suspenso no ano passado, e uma das suspeitas é de que o empresário teria omitido informações dos investigadores. 
 
“Ele (Joesley) tem na ideia dele que esses fatos serão esclarecidos, sobre essa supostas omissões apontadas pela PGR e vai continuar colaborando com a justiça”, ressaltou o advogado.
 
Para deixar a prisão, Joesley também vai precisar cumprir as medidas cautelares que foram impostas pelo Superior Tribunal de Justiça na decisão que reverteu o mandado de prisão de um outro processo, em São Paulo. 
 
Entre as exigências, o empresário vai ter que usar tornozeleira eletrônica, não pode entrar na própria empresa e nem pode se comunicar com outros investigados, nem mesmo com o irmão, Wesley Batista, solto em fevereiro. 
Ele tinha sido preso no ano passado, acusado de cometer “insider trading”, que é o uso de informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro.

O G1 ainda buscava contato com adefesa de Ricardo Saud até a última atualização desta reportagem. 
Quando Joesley Batista e Saud foram presos, os advgados argumentaram ao STF que os dois "jamais cooptaram" algum membro do Ministério Público ou omitiram informações "maliciosamente". 
 
Relembre mais abaixo o que motivou as prisões de Joesley e de Saud
O juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, titular da 12ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal (Foto: Secom/JFDF)
O juiz federal Marcus Vinicius Reis Bastos, titular da 12ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal (Foto: Secom/JFDF)

A decisão

No despacho, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos afirma que o "excesso de prazo" da prisão "corrobora o constrangimento ilegal".
"O requerido [Joesley Batista] tem residência conhecida, ocupação lícita e colabora com as investigações, sem notícia de antecedentes que o desabonem, circunstâncias que favorecem o pretendido restabelecimento de sua liberdade".
Em outro trecho, o juiz escreveu: "Registro, por fim, não restarem demonstrados, atualmente, os requisitos para a prisão cautelar [sem condenação]. 
A investigação criminal, diante da colaboração do requerido e das diligências já realizadas de busca e apreensão de provas e documentos em seus endereços, não sofre quaisquer inconvenientes, mesmo porque as investigações encontram-se em fase de análise ministerial, sem outras medidas em curso." 
 
Ainda no despacho, o juiz Bastos observa que, segundo o Ministério Público, Ricardo Saud está na "mesma situação" de Joesley e, por isso, decidiu estender a revogação da prisão ao executivo.

Relembre as prisões.

Joesley e Saud foram presos em em 10 de setembro do ano passado pela Polícia Federal após terem o acordo de delação premiada rescindido pela Procuradoria Geral da República (PGR), por suposta omissão de informações nos depoimentos.
 
Três dias depois, a Justiça expediu novo mandado de prisão contra Joesley Batista, pela prática de "insider trading", que consiste em usar informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro. 
 
Neste caso do "insider trading", o irmão dele, Wesley Batista, sócio da JBS, também foi preso em 2017 e solto neste ano por determinação do Superior Tribunal de Justiça. 
Joesley e Wesley são réus neste processo
Os acordos de delação de Joesley, Saud e Wesley Batista estão suspensos. 

A rescisão definitiva ainda depende de decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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