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domingo, janeiro 14, 2018

‘Ex-vangélicos’: cresce nos EUA número de fiéis que abandonam o rótulo de evangélico




Pessoas participam de um culto evangélico em Pensacola, na Flórida - John David Mercer, Associated Press.


WASHINGTON — Boz Tchividjian é neto do conhecido reverendo Billy Graham — conselheiro espiritual de vários presidentes americanos e um dos principais responsáveis pela popularização do movimento evangélicos nos EUA —, mas decidiu não mais se referir como sendo evangélico.

Ele faz parte de um crescente número de religiosos americanos que está abandonando o rótulo para se distanciar de setores de extrema-direita da sociedade cristã, mas mantendo os seus princípios.

— Eu não me identifico mais com esse termo — disse Tchividjian ao “Guardian”. —
As palavras importam. 

E “evangélico” não é como “batista” ou “episcopal”, que podem ser claramente definidos. 

Quando você usa esse termo para uma pessoa, é definido pela forma que ela interpreta.

Esse foi o mesmo motivo para a Sociedade Evangélica da Universidade de Princeton remover o “evangélica” do nome. 

Fundada há oito décadas, a associação foi rebatizada como Sociedade Cristã de Princeton.

 Segundo William Boyce, atual secretário-executivo do grupo, a mudança foi necessária porque “nos últimos anos estamos vendo mais estudantes que não se reconhecem ou não compreendem corretamente o termo ‘evangélico’”.

Tony Campolo, pastor e fundador do movimento “Red Letter Christians”, também tomou a mesma decisão. 

Em entrevista recente ao site Premier Christianity, o conselheiro espiritual do ex-presidente Bill Clinton afirmou que muitas conotações negativas foram atribuídas ao termo, principalmente entre não cristãos.

— Nos sentimos desconfortáveis em nos chamarmos como evangélicos, porque o público em geral supõe coisas sobre nós que não são verdadeiras — afirmou Campolo. — 

Não somos favoráveis à pena de morte, não somos a favor da guerra, não odiamos gays e não somos antifeministas.

Originalmente, o termo “evangélico” se refere a indivíduos ou grupos que seguem os Evangelhos da tradição cristã, e isso inclui não apenas novas denominações, mas religiões centenárias, como os metodistas e protestantes. 

Porém, nos EUA, o termo é normalmente atribuído apenas a grupos conservadores de extrema-direita.

— Como temos uma definição tão ampla e vaga do evangélico, uma pessoa pode assumir automaticamente que todo evangélico é defensor do Trump — comentou Tchividjian. — 

Estamos olhando a fé através de uma lente política, e isso é perigoso.

Para Christopher Stroop, um ex-evangélico que agora critica o movimento religioso, a eleição de Donald Trump e as políticas implementadas após sua posse estão contribuindo para as pessoas abandonarem o rótulo “evangélico”. 

Existe até mesmo o grupo “Exvangelical” no Facebook. 

Contudo, critica os líderes que estão abandonando o termo, mas mantêm a defesa de posições controversas associadas.

— Eles apenas querem escapar das associações negativas, mas continuam votando contra os direitos LGBT ou das mulheres — criticou Stroop. — 

Eu lembro que nos anos 1990 o termo “religião” tinha associações negativas, e então os evangélicos diziam: “não é sobre religião, é sobre o relacionamento com Deus.

Eles são muito bons em marketing e esta é uma nova tentativa de “rebranding”.

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