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sábado, dezembro 27, 2014

Lista global põe Petrobras entre as 20 empresas que mais poluíram em 2013

Relatório elaborado pela Thomson Reuters foi divulgado nesta semana.
Estatal diz que uso de termelétricas provocou alta nas emissões de gases.

 

Eduardo Carvalho Do G1, em São Paulo
Usina termelétrica da Petrobras em Duque de Caxias (RJ). Lista colocou a estatal brasileira entre as 20 empresas que mais emitiram gases-estufa em 2013 (Foto: Divulgação/Agência Petrobras)Usina termelétrica da Petrobras em Duque de Caxias (RJ). Lista colocou a estatal brasileira entre as 20 empresas que mais emitiram gases-estufa em 2013 (Foto: Divulgação/Agência Petrobras)
 
 
Infográfico empresas poluidoras (Foto: G1)

A Petrobras foi apontada como uma das 20 empresas do mundo que mais lançaram gases-estufa à atmosfera em 2013, de acordo com relatório que analisou as emissões das 500 maiores companhias do planeta, feito pelo grupo de comunicação e informação financeira Thomson Reuters.


O estudo divulgado nesta semana informa que, sozinha, a estatal brasileira emitiu 73,4 milhões de toneladas de CO2 equivalente (medida que soma a concentração de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros gases), ficando na 20ª posição do ranking.

Somados os poluentes da Petrobras e de outras 19 corporações de países como China, Índia, Alemanha e Estados Unidos, o total emitido salta para 2,76 gigatoneladas de CO2 equivalente.
Já as 500 empresas juntas lançaram 4,96 gigatoneladas de poluentes, 13,8% do total das emissões globais de 2013, que vêm da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e outras atividades humanas.

O documento não apresenta o quanto de gases foi produzido pela companhia brasileira em 2010, ano-base considerado pelo relatório. 

Mas a Petrobras admite o acréscimo nas emissões, alegando que é resultado do uso acentuado de termelétricas, acionadas “em níveis acima da média usual” em função dos baixos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas (leia mais abaixo).

O montante de gases-estufa produzido pelo “grupo dos 500” é 3,1% maior em relação a 2010. 

A alta é preocupante já que, segundo o relatório, é preciso diminuir a quantidade de gases-estufa, não aumentá-la. 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o ideal era que, por ano, as emissões do setor privado caíssem em média 1,4%. 

O que se viu, no entanto, foi uma alta anual média de 1%.
De acordo com um painel internacional de cientistas ligado à ONU, o IPCC, uma maior quantidade de gases-estufa na atmosfera pode aumentar a temperatura do planeta e causar distúrbios no clima, como secas, enchentes, degelo dos polos e aumento do nível do mar.

Os especialistas afirmam que é preciso diminuir entre 40% e 70% do total de gases lançados até 2050 e zerar essa taxa até 2100 para conter a elevação da temperatura global em 2ºC. 

A temperatura média da Terra já subiu 0,85ºC com relação à era pré-industrial.
222 tiveram redução nas emissões
De acordo com Tim Nixon, diretor de sustentabilidade da Thomson Reuters e coautor do relatório, 222 empresas da lista apresentaram queda das emissões. 


Algumas por investir mais na inovação tecnológica e eficiência energética. Outras, por desinvestimentos ou problemas econômicos.

A Vale S/A, mineradora do Brasil, é apresentada no documento como exemplo de redução de emissões após alterações na estrutura da companhia. 

A diminuição de investimentos na área de alumínio e ferro-gusa ajudaram a cortar em 23% o montante de gases-estufa produzido.

Segundo ele, as empresas em questão estão dispostas a “descarbonizar” a economia, ou seja, contribuir para diminuir os impactos ambientais e frear o aquecimento global. 

No entanto, é preciso traçar uma trajetória melhor para ter mais êxito nesta luta.

O país utiliza menos de 30% do seu potencial de eficiência energética ficando na 15ª posição entre 16 economias analisadas".
 
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS)
Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), disse que o setor privado reconhece seu papel na luta contra a mudança climática, primeiro, para reduzir a sua exposição aos riscos e, segundo, para aproveitar as oportunidades existentes.

No entanto, barreiras como o alto custo para investir na eficiência energética ainda precisam ser vencidas no Brasil. 

"Sua viabilização ainda é difícil por uma série de questões das empresas, instituições financeiras, regulatórias e do governo. 

Há disponibilidade de crédito para essa área, mas, mesmo assim, os índices de eficiência em comparação com as principais economias do mundo são baixos. 

O país utiliza menos de 30% do seu potencial de eficiência energética, ficando na 15ª posição entre 16 economias analisadas", disse ela.

De acordo com a porta-voz do CEBDS, a sensibilização sobre a questão ambiental e climática ainda está, em grande medida, presente apenas nas grandes empresas. 

Mas que já existe articulação para que as "maiores" influenciem as pequenas e médias, que compõem a cadeia de fornecedores.

Seca tem culpa no aumento de emissões


Em nota, a Petrobras informou que, "diferentemente das demais empresas de petróleo, a empresa considera as emissões geradas pelas atividades das termelétricas em seu inventário, o que, comparativamente, gera um resultado mais alto no total de emissões".


De acordo com a estatal, em função do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas, o uso de termelétricas tem sido feito "em níveis acima da média usual". 

A Petrobras possui 21 usinas térmicas, parte movida a diesel, combustível poluente, parte movida a gás natural.

Sobre investimentos para diminuir as emissões de gases-estufa, a empresa afirma que tem investido "em projetos de eficiência energética, melhorias operacionais, maior aproveitamento do gás natural na atividade de exploração e produção de petróleo, além de investimentos em pesquisa e tecnologia".

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