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segunda-feira, maio 13, 2013

Falsas curandeiras oferecem bálsamo 'milagroso' e consulta a R$ 300 no RS

Teledomingo acompanhou dois casos, em Caxias e em São Leopoldo.
Sem formação alguma, mulher cura desde amor até doença grave.

 

Uma mulher na Serra do Rio Grande do Sul, sem nenhum estudo, promete todo tipo de cura a pacientes que a procuram. Há mais de 30 anos, ela atrai doentes de todo o estado e cobra caro pelas consultas. 

Os "procedimentos" custam até R$ 300. No Vale do Sinos, outra mulher vende um bálsamo "milagroso". Os tratamentos são feitos até no caso de doenças fictícias, como mostra a reportagem do Teledomingo, da RBS TV (veja o vídeo).

Os atendimentos são feitos na sala de uma casa simples, na periferia de Caxias do Sul. A mulher, conhecida como Dona Carmem, diz que recebeu somente numa manhã 10 pessoas com câncer. "E ninguém tem mais nada", garante.

A procura pelas consultas é grande. As pessoas chegam em busca de solução para problemas amorosos e até doenças graves. A mulher garante curar os pacientes com os remédios que ela mesma faz, mesmo os para câncer. "Só pego um do médico, que eles colocam dentro da quimioterapia, mas só pego umas gotas e boto dentro", explica.

O repórter da RBS TV vai ao local dizendo estar com uma lesão no joelho e que precisava de uma cirurgia. 

Na verdade, ele não tem nenhum problema, mas passa por duas "consultas". Com uma câmera escondida, ele gravou o diagnóstico. "Tu te machucou (sic) em uma perna. Tem o joelho aberto, eu já vi", afirma.

Em seguida, a mulher diz que não precisa ver exames que diz que é preciso fazer três infiltrações e recomenda não fazer cirurgia. "Agora tu vais fazer a 'filtração', vou fazer aqui, vai queimar. Depois, quando terminar de fazer as três, tu podes fazer a cirurgia", orienta.

Em seguida, o repórter, que é filho único, pede tratamento para um irmão que estaria internado em Porto Alegre. 

Carmem fez massagens nos pés do repórter e diz estar curando o câncer do falso irmão a 120 quilômetros de distância. "Vou fazer com que diminua, mas os médicos são os FDPs. Eles podiam ter tirado esse nódulo. Vou ver se eu consigo fazer".

Em alguns casos, o risco das recomendações pode ser maior, como ocorreu com uma mulher com câncer de útero. "Ela passou uns creminhos e disse que eu ia precisar de um, mas ela não tinha. Aí ela ligou para algém e encomendou. 

A gente tinha que estar ali com o dinheiro, era cento e poucos reais, minha filha ficou louca pra conseguir o dinheiro", recorda a paciente.

Dona Carmem disse que o câncer não ia mais evoluir, mas que ela precisava seguir se consultando até fazer a cirurgia. Todos os atendimentos foram cobrados. 

Tanto as consultas, quanto os tratamentos têm um preço. A "curandeira" conta que a maioria sai entre R$ 260 e R$ 300.

"Ela dizia que era um produto medicinal, que ia ajudar a curar a minha mãe. Chegou um dia em que ela falou que ia curar a minha mãe, que ela não ia precisar fazer a cirurgia", afirma a filha da paciente.

Medicamento "milagroso" é vendido em São Leopoldo

Uma outra situação inusitada é encontrada em São Leopoldo, na Região do Vale do Sinos. 


Uma mulher vende o chamado "Bálsamo da Vida", que tem 99 indicações de uso, de aftas, passando por diabetes, Mal de Parkinson e câncer. A formula do bálsamo é um mistério. A mulher diz apenas que é um composto de dezenas de ervas.

"É um composto. Tipo, tá com dor de garganta, toma o bálsamo. Tá com um negócio no corpo, passa o bálsamo. É muito bom para o olho também", explica a mulher.

O repórter cinematográfico Gicancarlo Barzi, que tem um sinal de nascença no olho esquerdo, fala para a mulher que a pequena mancha apareceu há alguns meses. 

Sem qualquer tipo de exame, ela receita o bálsamo. "Passa várias vezes por dia. Pode umedecer a pálpebra com um algodão. Se pingar no olho, arde que é um horror", indica a mulher.

 As imagens foram levadas para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, Rogério Wolf de Aguiar. "É uma grande preocupação do Conselho porque nós sabemos que essas pessoas acabam explorando a credulidade da população. 

Quando isso se transforma numa prática que se apresenta de ato médico, de diagnóstico, aí sim nós entramos no terreno de uma prática ilegal que deve ser punida", diz o médico.

Para o promotor Flávio Duarte, os dois casos configuram crime. "Esses casos se enquadrariam no crime de curandeirismo, pelo menos. 

Dependendo da substância vendida por essas pessoas, poderia caracterizar estelionato ou um crime ainda mais grave, que é um crime contra a saúde pública, crime hediondo", afirma o promotor.

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