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quinta-feira, junho 25, 2009

Rio atinge nível de maior enchente em 50 anos no AM

Imagens da cheia no Amazonas





O rio Negro alcançou hoje 29,69 metros de profundidade, alcançando a marca da maior enchente em mais de 50 anos. O nível deve superar o registrado em 1953 ainda esta semana, já que a previsão do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) é que o rio continue subindo em média dois centímetros por dia. "Enquanto o rio Solimões estiver represando o rio Negro, a tendência é de subida até o fim deste mês", disse o superintendente do CPRM no Amazonas, Marco Oliveira.
O funcionário do Porto de Manaus que mede há 30 anos o nível do rio Negro, Valderino Pereira, passou o dia de hoje providenciando uma nova régua para a medição. "Certamente amanhã o rio vai estar mais profundo e preciso urgente de nova régua", disse. A medição é cunhada em uma parede de ferro, como uma balsa no porto principal da capital.
Um dos cartões postais da cidade, o calçadão da Ponta Negra, já virou piscina natural, com o rio invadindo a calçada. "Estamos adorando tomar banho de rio pisando no chão de piso, melhor que na areia", disse o estudante Ivo da Silva Olgário, de 12 anos, que tomava banho na "piscina" do calçadão com os dois irmãos na tarde de hoje).
O cenário no centro e nos bairros que beiram o rio Negro é de casas e ruas alagadas. Em bairros como a Glória e São Raimundo, as palafitas já estão todas com novos assoalhos, as marombas, obrigando os moradores a entrarem em suas casas e andar de cócoras. Um shopping da cidade teve um de seus dois acessos completamente alagado por um igarapé que passa ao lado. "Eu me lembro que ia ao trabalho com água pelo joelho em 1953, mas acho o cenário de hoje mais desolador", disse o economista Gladstone Saraiva, de 75 anos.
Ontem, o governo estadual e a prefeitura começaram um plano emergencial para as áreas de alagamento. A preocupação da Secretaria Municipal de Saúde é com as doenças que devem chegar com a vazante, como leptospirose. Dos 62 municípios do Amazonas, a enchente atinge hoje 55, todos há dois meses com estado de emergência decretado.

As cheias dos rios na Região Norte do país continuam preocupando moradores e autoridades. Amazonas e Pará são os estados mais castigados, segundo informação da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Dos dois estados, o Amazonas é o que tem maior número de municípios diretamente atingidos pelas enchentes. São 44 cidades abaladas pelas inundações, 41.970 pessoas desalojadas e 8.649 desabrigadas. A estimativa é que quase 304 mil pessoas tenham sido afetadas.

O nível das águas no Amazonas está apenas 72 centímetros abaixo do verificado na maior cheia já ocorrida, que foi a de 1953. Hoje (12) o nível do Rio Negro em Manaus chegou a 28,97 metros.

O Amazonas já atingiu a cota de emergência, ou seja, a média de todas as máximas cheias já registradas no estado desde 1902. A verificação do nível do Rio Negro na capital amazonense é a referência para a medição anual das cheias dos rios no estado.

No Pará, 34 municípios foram atingidos. A Defesa Civil informou que mais de 179 mil pessoas foram afetadas e há pelo menos 23 mil desalojados e mil desabrigados.

Segundo a Agência Nacional de Águas, Santarém, no oste do Pará, vive a maior enchente dos últimos 56 anos. Em Óbidos, que fica a 1,1 milquilômetros de Belém, o Rio Amazonas atingiu no fim de semana a cota de 8,48 metros - o nível mais alto já medido desde 1927. No domingo de Páscoa, cerca de 5 mil pessoas foram prejudicadas pelas inundações ocorridas em Altamira, no sudoeste paraense.

Na semana passada, os problemas gerados pelas enchentes na Região Norte foram novamente lembrados em Brasília e discutidos no Senado. O senador Jéferson Praia (PDT-AM) cobrou do governo federal mais agilidade nas ações de apoio às famílias atingidas.

Ainda não há um balanço preciso sobre os prejuízos causados na região, apesar da necessidade já identificada de reconstrução de escolas, casas e prédios públicos danificados. No caso do Amazonas, o governo estadual está preparando um relatório com informações sobre os municípios mais atingidos, entre eles, Eirunepé, Canutama, Tonantins e Santo Antônio do Içá. As informações devem ser repassadas ao governo federal a qualquer momento.

“Precisamos agir mais rápido para atender quem foi atingido pelas enchentes no Norte do país. Chegou o momento de termos uma medida provisória para tratar dessa causa”, disse o senador Jéferson Praia.

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