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quinta-feira, agosto 14, 2008

É preciso impor limites.



Pai moderno participa da educação dos filhos de forma responsável e equilibrada
Em homenagem ao dia dos pais, iremos falar sobre os principais aspectos fundamentais ao pai moderno, já que mesmo muito atuantes, carinhosos e participativos, vários deles ainda não sabem a verdadeira importância para seus filhos. Verifique logo abaixo e enriqueça a sua relação com seus filhos.
Até certos anos atrás, muitos achavam, injustamente, que a relação mãe-filho era a única existente, onde não era reconhecida a importância do pai no desenvolvimento dos seus filhos. Mas, hoje, a sua presença e o seu carinho são fundamentais desde o início. Podemos constatar que a convivência de afeto com os pimpolhos, além de produtiva para ambos, pode ser bastante divertida. Porém, para tanto, pai tem de ser pai, e entender melhor seus direitos e deveres abaixo relacionados:
1. Aprender a exercer a paternidade com responsabilidade
Esse papel precisa ter início desde a infância, quando os meninos necessitam ser ensinados a ter cuidados com o próprio corpo e, quando adolescentes, a cuidar também da saúde sexual, não passando essa responsabilidade apenas para a mãe. O garoto ainda necessita ser ensinado a cuidar do planejamento da família de maneira que quando se casar ou se unir, a paternidade seja feita com responsabilidade e consciência.
Determinadas famílias também enfatizam que são as garotas que precisam se prevenir da gravidez, sem pensar em passar esse valor também aos garotos que, geram filhos e podem ter eles precocemente. Mesmo quando adultos, vários pais pensam ainda que cuidar da anticoncepção é uma tarefa da mulher. Esse pai moderno necessita educar seus filhos logo cedo para fazer que eles já cresçam pensando diferente sobre isso.
2. Dividir com a mulher os papéis de cuidador e provedor
Embora vários trabalhos domésticos sejam feitos pelos pais, ainda é comum que a divisão com a mulher não seja tão igual. Existe a idéia de que 'a casa quem cuida é a mulher'. E isso atinge a educação das crianças. O que ocorre muito dentro de casa, é vermos as filhas ajudando, não acontecendo a mesma coisa com os filhos: lavar a louça e arrumado o quarto, por exemplo. Os filhos vão gostar muito ter um pai para brincar e se divertir e que compartilhe interesses comuns. 'Eu amo brincar com meu filho, antes e depois do trabalho. A gente se entende muito bem. De noite, assumo o meu filho: brinco com ele, troco a fralda, dou a mamada e coloco-o para dormir. É uma forma de eu ajudar minha mulher e de dar amor e educação para o meu filho', diz o arquiteto Paulo Monteiro, 34, pai de Roberto, 3, e casado há quatro anos com a arquiteta Cilene Monteiro, 30.
3. Criar situações para participar da vida dos filhos
Mesmo o pai não tendo tempo, é necessário ter prioridades e criar situações de proximidade. Por exemplo: ele pode deixar combinado de levar o filho à escola, e aproveitar esse caminho de casa ao colégio para conversar, participar do cotidiano dele. Se os pais forem divorciados, também é bastante comum que o filho fique enquadrado no sistema de visitas por semana ou de 15 em 15 dias, um sofrimento que não é necessário para as crianças e também aos pais. A guarda compartilhada, onde ambos se tornam responsáveis na divisão de tarefas, proporcionam ao filho o direito de seguir convivendo tanto com o pai como a mãe, mesmo estando separados. O casamento pode deixar de existir, porém a paternidade não. E esse relacionamento entre pai e filho necessita ser alimentada com carinho, cuidado e presença.
4. Pai moderno necessita por limites na educação dos filhos
A omissão de certos pais na colocação de limites é coisa séria. É função de o pai dar estímulos aos filhos de conviverem bem com as outras pessoas, mostrando que ser homem não é sinônimo de ser grosseiro. E ser espontâneo não significa falta de educação. É importante passar as crianças que ser gentil e ter respeito, é essencial para ter um bom convívio. Esses comportamentos errados não podem ser aceitos. Existem pais que não se incomodam quando os filhos ofendem a mãe, sendo totalmente omissos. Uma das atribuições do pai é não permitir falta de respeito. O pai precisa ensinar a criança dizer de forma não agressiva o que não a agrada.
5. Assumir as responsabilidades de pais
Pais que tiveram mais de um casamento pensam muito desta forma: 'Existe a mãe para cuidar'. Ficam acomodados deixando essa função para a mãe. Com isso, o pai passa ser ausente, imaginando que a mãe que é importante e ele é uma posição secundária. Quando o pai se separa da mãe, continua pensando da mesma maneira: 'os meus filhos estão vivendo com a mãe, eu assumo as contas, já estou fazendo minha função'. Se o pai limita as funções de sua paternidade, ele restringe seu desenvolvimento como indivíduo, além de também restringir as possibilidades de ser, além de um ótimo pai, grande amigo do filho.
Mulher deixou de ser a única cuidadora
O biólogo Márcio Figueiredo orgulha-se de ter sido um pai que fez e ainda faz as honras de mãe para os filhos. 'A mãe deles era um pouco impaciente. Então, quem brincava, ensinava e ia à escola era eu. Agora, eles estão adultos e com filhos, e sobrou para mim virar avó', brinca Márcio.
Para Maria Tereza Maldonado, autora do livro 'Comunicação entre pais e filhos', da Editora Saraiva, alguns fatores colaboraram para essa transformação do pai em uma mãe. 'A mulher, hoje, está mais inserida no mercado de trabalho, deixou de ser a única cuidadora para ser também provedora junto com o pai', diz
'Por isso, tornou-se necessário que homens e mulheres partilhem funções', comenta a psicóloga, afirmando ainda que a mudança da maneira do homem pensar foi fundamental para que tudo isso acontecesse. 'O homem teve que se atualizar até mesmo para não ficar sem função dentro da família. Se a mulher sustenta a casa, cuida dos filhos e arca com as próprias atitudes, porque o marido não participa?', indaga Vera Risi.
'Eu ficava impressionada com o cuidado do Fernando com as crianças. Achava tão bonitinho elas saindo de mochila para a escola e o Fernando de pasta para trabalhar, perguntando se tinham guardado o lanche. E o bom disso é que ele se tornou superpreparado como pai do meu filho, fica quantas horas for com o Gabriel no colo tentando fazê-lo dormir de madrugada', revela Ana Paula, mulher de Fernando.
Maria Tereza Maldonado acredita que a mudança do conceito familiar também contribuiu bastante para que os pais assumissem outra postura com a criação dos filhos. 'O pai separado ou viúvo precisa desenvolver aspectos de cuidador, como conferir se o filho lavou a orelha direito e se a casa está funcionando em ordem. Por mais que ele tenha quem o auxilie nessas tarefas, o comando é dele', diz ela.
E para quem ainda tem preconceito quanto a um homem na cozinha, de avental sujo de ovo, com a filharada em volta, aí vai uma informação: a Legislação Brasileira já deu o direito de qualquer um que tenha condições, mesmo um homem solteiro, adotar uma criança. No mais, a regra é clara: toda criança merece carinho, cuidado e atenção.
Função paterna é fundamental
Para o bebê, a mãe é figura central. É ela que o carrega durante nove meses, o amamenta, acalenta e cria com ele uma relação praticamente simbiótica. Se meter nessa intensa ligação, é tarefa somente para o pai - que não só pode como deve fazer parte dessa troca de sentimentos e experiências. A falta desse contato pode prejudicar o desenvolvimento e o amadurecimento da criança, com reflexos na vida adulta.
Uma pessoa narcisista, sem a noção de limite, com reduzida capacidade de aceitar frustrações e de negociar. Assim pode ser uma criança que cresceu sem desgrudar da mãe. Psicólogos e psicanalistas lidam diariamente com gente grande e pequena com esse tipo de comportamento. Muitas vezes, fazem uma pergunta simples, mas de contornos complexos: cadê a figura paterna nessa história?
Quase sempre, os profissionais se deparam com a realidade de um pai ausente ou que não soube exercer seu papel. Para a psicanálise, o exercício da função paterna é crucial na trajetória de vida das pessoas. Biológico ou adotivo, o pai é aquela pessoa encarregada de introduzir o sujeito no mundo, segundo o psicanalista Jubel Barreto.
Em troca, o pai estará dando à criança o direito a entrar no jogo das relações do mundo. 'Ela vai abrir mão dessa ilusão narcísica para entrar no regime de negociação, de pacto', afirma o psicanalista, ressaltando que o exercício paterno bem-sucedido depende também de um esforço da mãe. Nessa fase, a criança começa a se ver como uma unidade e não como extensão da mãe. Esse momento é o que precede à socialização. Isso acontece entre os seus quatro e seis anos de idade.

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