Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

terça-feira, setembro 01, 2020

Flordelis e pastor Anderson tinham relações sexuais com filhos, diz pessoa que viveu com o casal

 'Era perceptível que eles mantinham relações sexuais entre irmãos, entre pai e filha, entre mãe e filhos', diz a pessoa. Defesa da deputada não se manifestou.

Por Bette Lucchese e Felipe Freire, RJ2

Pessoa que morou na casa da deputada Flordelis faz relevações sobre a família

Pessoa que morou na casa da deputada Flordelis faz relevações sobre a família.

Uma pessoa que morou na casa da deputada federal Flordelis (PSD) afirmou que ela e o ex-marido assassinado, pastor Anderson do Carmo, mantinham relações sexuais com filhos e filhas.

A pessoa, que prefere se manter no anonimato, disse ao RJ2 que tem medo de sofrer represálias da família da deputada.

Como mostrado pela equipe de reportagem nesta segunda-feira (31), a pessoa afirmou que morou na casa de Flordelis – informação que é reforçada por testemunhas ouvidas na investigação sobre a morte do pastor Anderson, crime do qual Flordelis é acusada de ser a mandante.

No relato exclusivo ao RJ2, as histórias desconstroem a imagem de mãe amorosa e mulher bem-intencionada que Flordelis exibia.

"O que era perceptível é que ela mantinha um número para manter o marketing pessoal dela, de 50 crianças adotadas", afirmou a pessoa.

Também segundo o depoimento, o "Ministério Flordelis" – uma espécie de congregação – servia para arrecadar dinheiro e sustentar os luxos da deputada.

"Tanto Flordelis quanto Anderson do Carmo não tinham nenhum tipo de emprego, nenhum tipo de renda.

 

E este marketing, das 50 crianças, praticamente era a única fonte de renda que eles possuíam."

E o dinheiro recebido, segundo o depoimento, não era pouco.

"Ela cantava nas igrejas, recebia as ofertas. 

O dinheiro circulava em grande quantidade, na verdade, na casa. 

(...) Regalias e carro do ano, bons restaurantes, era isso que era destinado."

Mais VÍDEOS sobre a morte do pastor Anderson:

Só que os privilégios não eram para toda a família.

"Tinha diferença de tratamento. Algumas crianças tinham certos privilégios.

 

Outros não tinham tantos privilégios quanto os primeiros", detalhou a pessoa.

"Existia na casa, sim, uma geladeira que não ficava, na época, no quarto da missionária Flordelis. 

Essa geladeira ficava na cozinha, porém ela tinha cadeado e grade. 

Ficava trancada e só quem tinha acesso à chave era Anderson, missionária Flordelis e Carlos, que era quem cuidava de toda a alimentação da casa", acrescentou.

Seguindo o relato, alguns integrantes da família de Flordelis comiam determinados alimentos, mas a grande maioria tinha outro tipo de refeição.

"Batata frita para os mais privilegiados, bife...

 

E para outras crianças sempre era frango, sempre era uma comida um pouco de menos valor."

Os relatos são confirmados por outros depoimentos.  

Um obreiro da igreja disse à polícia que a casa recebia doações de comida e que percebeu que a melhor parte ia para determinado núcleo familiar.

Linguagem em código.

As investigações da polícia também mostraram que muitas informações precisavam ser mantidas em segredo pelo principal núcleo da família.

Foi aí que surgiu a ideia de usar uma linguagem comum entre crianças e adolescentes nas décadas de 1970 e 1980.  

O recurso virou um importante código de comunicação: a língua do "P".

"Existia uma comunicação interna entre eles, onde eles não queriam que uma outra pessoa soubesse.

 

Eles falavam a língua do P, mas de uma maneira bem acelerada, que era bem impossível uma pessoa sem prática reconhecer ou identificar", detalhou.

A conversa ocorria geralmente entre Flordelis e Simone, uma das filhas biológicas. 

E a polícia também foi informada disso. 

Uma testemunha afirmou que a comunicação através de códigos era comum no grupo.

Relações sexuais.

A pessoa ouvida pelo RJ2 também relatou práticas sexuais envolvendo moradores da casa.

"Durante o convívio, era perceptível que eles mantinham relações sexuais entre irmãos, entre pai e filha, entre mãe e filhos.

 

Isso era nítido, notório, e inclusive contado pelos próprios."

De acordo com o relato, a história de amor do casal Flordelis e Anderson começou a mudar quando o pastor começou a mandar mais do que a deputada nos negócios da família.

"Anderson se tornou uma pedra no sapato pra Flordelis. 

E ela fez com ele exatamente o que ela faz com todos: retira do caminho."

Ao desabafar, a pessoa afirmou ter percebido as mentiras de Flordelis – e do pastor.

"O que eles pregam não é exatamente o que eles vivem. 

Eles vivem uma vida de mentira, uma vida de omissões, uma vida sem amor, uma vida voltada praticamente pra si, pelo dinheiro, riqueza e fama."

Procurada, a defesa da deputada não retornou aos contatos do RJ2.

'Cruel, especialista em manipular', diz MP sobre Flordelis; veja depoimentos exclusivos

'Cruel, especialista em manipular', diz MP sobre Flordelis; veja depoimentos exclusivos. 

 

COMENTÁRIO:

 

 "Também segundo o depoimento, o "Ministério Flordelis" – uma espécie de congregação – servia para arrecadar dinheiro e sustentar os luxos da deputada.

"Tanto Flordelis quanto Anderson do Carmo não tinham nenhum tipo de emprego, nenhum tipo de renda.

 

E este marketing, das 50 crianças, praticamente era a única fonte de renda que eles possuíam."

 

Segundo relato acima,  tratava-se de dois vagabundos, analfabetos, desempregados, sem nenhuma habilidade para desenvolver um trabalho remunerado, a Flordeliz por sua vez, muito esperta, amiga da mãe do Anderson, acompanhou o parto e ajudou a mãe criá-lo até uma certa idade, posteriormente, convenceu a mãe entregá-lo como "filho afetivo", e que na sua adolescência, namorou com uma das filhas adotivas da dissimulada Flordeliz, e aos 15 anos de idade, o Anderson torna-se marido daquela 15 anos mais velha do que ele, e transformam-se em casal de "Obreiros" evangélicos, ele pastor, e ela pastora.

Como pra se criar instituições religiosas no Brasil com o pretexto de "pregar a Palavra de Deus" não precisa de autorização de órgãos públicos, e de nenhuma qualificação acadêmica, ambos criaram o tal do "Ministério Flordeliz", que por trás, não passava de uma estratégia para esconderem suas verdadeiras intenções, de transformar seus filhos adotivos, em objetos de renda financeira, assim também, como "produtos de exploração sexual", como consta na narrativa da Pessoa que morou na casa da assassina deputada Flordelis.

 

Em síntese, os dois eram "farinha do mesmo saco", só que o cara não merecia ter sido assassinado de forma tão cruel e traiçoeiramente por dois de seus filhos, a mando desta serpente Naja venenosa. 

 

Valter Desiderio Barreto.

 

Barretos, São Paulo, 1º de setembro de 2020. 

 

Após reportagem mostrar ‘Guardiões do Crivella’, grupo no Whatsapp sofre debandada

Guardiões do Crivella' também atuam na internet; em live, mulher fala bem  de hospital e depois admite que é assessora do prefeito - Spiai.com :: Seu  portal de noticias agora ::

'Guardiões do Crivella' também atuam na internet; em live, mulher fala bem de hospital e depois admite que é assessora do prefeito.

 

RJ2 mostrou esquema de contratados da Prefeitura do Rio, com escalas e comprovação de presença, para interromper o trabalho de repórteres na porta de hospitais municipais.

Por Chinima Campos, André Maciel, Diego Alaniz, Sabrina Oliveira e Paulo Renato Soares, Bom Dia Rio

Após reportagem, vários assessores do prefeito Crivella saíram do grupo mensagens

 

Após reportagem, vários assessores do prefeito Crivella saíram do grupo mensagens.

Um dos grupos dos 'Guardiões do Crivella' sofreu uma debandada nas últimas horas.

Nesta segunda-feira (31), o RJ2, o Jornal Nacional e o Jornal da Globo mostraram um esquema com funcionários comissionados da Prefeitura do Rio -- com salários de até R$ 10 mil -- para atrapalhar o trabalho da imprensa.

Os assessores cumpriam escala na porta de hospitais municipais e, tão logo percebiam que equipes de reportagem entravam ao vivo com algum tema que os contrariassem, interrompiam a reportagem -- às vezes aos gritos.

Ao longo da noite de segunda e da madrugada desta terça (1), vários desses comissionados saíram do grupo do WhatsApp onde eram estabelecidas as escalas de trabalho e onde eram postadas comprovações das intervenções.

Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o ML -- que aparece nas conversas dando ordens -- ainda alertou os participantes do grupo.

“Gente, não é para sair do grupo, nunca houve nada errado aqui”, disse ML.

A organização tem escalas diárias, horários rígidos e ameaças de demissão.

Após veiculação de reportagem sobre os 'Guardiões do Crivella', grupo do Whatsapp sofre debandada de participantes — Foto: Reprodução/ TV Globo

Após veiculação de reportagem sobre os 'Guardiões do Crivella', grupo do Whatsapp sofre debandada de participantes — Foto: Reprodução/ TV Globo.


Resumo

A reportagem mostrou que:

  • por grupos de Whatsapp, funcionários públicos são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão;
  • em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura;
  • O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;
  • um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil;
  • quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;
  • a prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para 'melhor informar a população.

Entre os participantes de um dos grupos, um telefone chama a atenção. 

O número aparece registrado como sendo do próprio prefeito, Marcelo Crivella. 

O Jornal Nacional apurou que o prefeito já usou esse número. 

A equipe de reportagem ligou, mas ninguém atendeu.

“O prefeito, ele acompanha no grupo os relatórios e tem vezes que ele escreve lá: "Parabéns! Isso aí!", contou à TV Globo um dos participantes dos grupos.

Funcionários da Prefeitura do Rio tentam impedir a imprensa de mostrar queixas de cidadãos

Funcionários da Prefeitura do Rio tentam impedir a imprensa de mostrar queixas de cidadãos.

Funcionários mandam selfies para dizer que chegaram aos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo

Funcionários mandam selfies para dizer que chegaram aos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo.


As 'invasões'

Em uma entrevista ao vivo para o Bom Dia Rio em 20 de agosto, no Hospital Rocha Faria, dona Vânia cobrava uma transferência para a mãe que tem câncer, mas não conseguiu terminar a conversa com a repórter Nathália Castro porque dois homens começaram as agressões verbais e gritos de "Bolsonaro".

A repórter pediu desculpas para Vânia, encerrou a reportagem e as agressões dos dois homens continuaram, gerando uma confusão.

Dias depois, no Hospital Rocha Faria, o repórter Ben-Hur Corrêa falava da falta de equipamentos de raios-x e da situação do caixa da prefeitura, quando dois homens impediram a reportagem.

Em seguida, um dos homens botou o crachá e foi em direção ao interior do hospital.

Os ataques não acontecem por acaso. 

Ao contrário: são organizados e pelo poder público.

Os agressores são contratados da prefeitura do Rio

Recebem salários pagos pelo contribuinte para vigiar a porta de hospitais e clínicas, para constranger e ameaçar jornalistas e cidadãos que denunciam os problemas na saúde da capital fluminense.

Servidores conhecidos como 'guardiões do Crivella' atrapalham reportagens nos hospitais

Servidores conhecidos como 'guardiões do Crivella' atrapalham reportagens nos hospitais.

Nesta segunda-feira (31), o repórter Paulo Renato Soares fazia uma entrevista na porta do Hospital Salgado Filho, no Méier. 

Ao primeiro sinal de que a gestão da saúde poderia ser criticada, o entrevistado foi interrompido (veja no vídeo acima).

  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu querido".
  • Entrevistado: "Oi?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, cumpadre".
  • Entrevistado: "Como, perdi um dedo, não posso falar?"
  • Funcionário da prefeitura: "Fala isso não, meu irmão".
  • Entrevistado: "Não tô falando do hospital, não. Estou falando de Rocha Miranda".
  • Funcionário da prefeitura: "Você foi bem atendido, não foi?"
  • Repórter: “Ele [o entrevistado] não pode falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Não".
  • Repórter: "O senhor pode deixar ele falar da saúde?"
  • Funcionário da prefeitura: "Está tudo indo bem, meu querido"

O repórter, então, começa a confrontar o funcionário:

  • Repórter: "O senhor é o senhor José Robério Vicente".
  • Funcionário da prefeitura: "O hospital está tudo certinho, meu querido. O prefeito está trabalhando correto e bem."
  • Repórter: "Quem está trabalhando bem?"
  • Funcionário da prefeitura: "Com certeza, o prefeito está trabalhando bem. Na saúde. Que negócio é esse, rapaz?"
José Robério, um dos funcionários da prefeitura que invadiu reportagens — Foto: Reprodução/Globo

José Robério, um dos funcionários da prefeitura que invadiu reportagens — Foto: Reprodução/Globo.

José Robério Vicente Adeliano foi admitido na prefeitura em novembro de 2018, em “cargo especial”. 

O salário bruto é de R$ 3.229.

Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018, como assistente 3 e salário de R$ 3.422.

Dupla posta foto na 'ronda' pelos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo

Dupla posta foto na 'ronda' pelos hospitais — Foto: Reprodução/TV Globo.

Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018 — Foto: Reprodução/TV Globo

Ricardo Barbosa de Miranda foi contratado pela prefeitura em junho de 2018 — Foto: Reprodução/TV Globo.

Guardiões.

Os dois fazem parte de um grupo que se apresenta em um aplicativo de mensagens como "Guardiões do Crivella"

Para cumprir a tarefa de tentar calar a população e a imprensa, os guardiões têm até escala.

O RJ2 teve acesso às conversas desse e de outros dois grupos. 

Um identificado como Assessoria Especial GBP -- gabinete do prefeito -- e o outro, como Plantão.

É por esses grupos que os funcionários da prefeitura ficam sabendo pra onde vão – em duplas ou sozinhos – para cumprir o dia de trabalho e impedir que se mostrem as dificuldades na saúde.

Quando chegam nas unidades, ainda de madrugada, precisam registrar a presença. 

Na rotina, todos os dias têm que mandar selfies do lugar onde estão: "Hospital Souza Aguiar, cheguei cedo"; "Bom dia companheiros, mais um dia no Albert Schweitzer"; "Equipe Pedro 2º"; "Hospital Evandro Freire - Beto e Dani" foram algumas mensagens postadas.

Em uma foto aparecem Robério e Ricardo Barbosa, que a TV Globo encontrou no Salgado Filho, mostrando que estavam a postos.

Depois de bater essa espécie de ponto, os funcionários públicos monitoram e relatam tudo o que acontece na porta das unidades de saúde. 

Principalmente a chegada dos jornalistas.


Foi assim, na quinta-feira (27), quando a equipe da Globo esteve no Rocha Faria. 

Eles ficam sempre com o celular na mão, fazem vídeos dos jornalistas, estão sempre perto da reportagem e esperam o momento de agir.

Os escalados naquele dia eram:

  • Marcelo Dias Ferreira, desde setembro de 2018 na prefeitura com cargo especial e salário bruto de R$ 2.788.
  • Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, contratado em dezembro de 2019 com salário bruto de R$ 4.195, em cargo especial.
Marcelo Dias Ferreira tem cargo especial e salário bruto de R$ 2.788 — Foto: Reprodução/TV Globo

Marcelo Dias Ferreira tem cargo especial e salário bruto de R$ 2.788 — Foto: Reprodução/TV Globo.

Luiz Carlos tem cargo especial na prefeitura e recebe mais de R$ 4 mil — Foto: Reprodução/TV Globo

Luiz Carlos tem cargo especial na prefeitura e recebe mais de R$ 4 mil — Foto: Reprodução/TV Globo.

Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, ao lado de Crivella em foto — Foto: Reprodução/TV Globo

Luiz Carlos Joaquim da Silva, o Dentinho, ao lado de Crivella em foto — Foto: Reprodução/TV Globo.

Dentinho tem várias fotos com Crivella nas redes sociais desde a campanha para a prefeitura. 

É ele também que impede a entrevista com dona Vânia (citada no inicio da reportagem ao cobrar uma transferência para a mãe com câncer).

Bronca após atraso.

'ML' dá bronca porque equipe não conseguiu atrapalhar reportagem da Globo: 'muito triste' — Foto: Reprodução

'ML' dá bronca porque equipe não conseguiu atrapalhar reportagem da Globo: 'muito triste' — Foto: Reprodução.

Na quinta-feira (27), no entanto, os vigias estavam atrasados. 

Não viram o repórter Ben-Hur entrar ao vivo, ainda muito cedo, o que provocou irritação e cobrança nos grupos.

Alguém identificado apenas como ML manda a foto da reportagem e escreve: “A Globo está no Rocha.

Cadê a equipe do Rocha? 

Mateus, liga pra equipe do Rocha”.

Mateus responde: “Sim, senhor”.

ML, de novo, questiona: “Quem está no Rocha?? Gente, muito triste, não derrubamos a matéria (...) Não pode haver falta, nem atraso.

 

Falhamos no Rocha Faria. Inaceitável”.

Depois da bronca, além dos dois escalados, chegou um reforço: outra dupla de agressores.

Eles atrapalharam a continuação da reportagem – e comemoraram:

“Eu acho que não é ao vivo.

 

Acho que estão fazendo matéria pra mais tarde, mas tentaram entrar várias vezes e nós interrompemos por essas vezes todas aí”, diz um deles, em um áudio enviado no grupo.

ML – que aparece no grupo – está sempre dando ordens. 

“Marquem durinho aí, hein. 

Não dá mole pra eles, não", diz em uma das mensagens.


ML é Marcos Paulo de Oliveira Luciano, o Marcos Luciano. 

Outro que divulga várias fotos com o prefeito.

Em 2018, Marcos Luciano ganhou uma moção de aplausos e louvor na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a pedido da deputada Tia Ju, do Republicanos, o mesmo partido de Crivella.

O currículo de Marcos, apresentado na época, revela a proximidade dele com o prefeito. 

Trabalhou como missionário com Crivella na África e no Nordeste do Brasil, foi um dos coordenadores das campanhas eleitorais do bispo ao Senado e à prefeitura.

Desde 2017, Marcos Luciano é assessor especial do gabinete do prefeito. 

Em julho, o salário foi de R$ 10,5 mil.

“O sistema todo é chefiado pelo doutor Marco Luciano.

 

Doutor Marco Luciano é um amigo do Crivella.

 

É o chefão geral, tá?

 

Não sei se ele é parente, se é da Igreja Universal, não sei, não, mas sei que ele é muito chegado.

 

É uma pessoa de extrema confiança do prefeito Crivella.”

A fala é de um dos contratados da prefeitura que fez parte do esquema para vigiar a porta dos hospitais. 

Ele diz que era intimidado pelos chefes.

"Todo tempo, ameaça é de demissão. 

Quando eles fazem reuniões com a equipe, ninguém pode entrar de celular e passam detectores de metal em cada funcionário e as reuniões são geralmente na prefeitura, e é muita ameaça.”

'Missão' antiga, intensificada na pandemia

O homem conta ainda que a tática foi adotada no fim do ano passado e aumentou durante a pandemia.

“Nós temos essa missão lá já há mais de 8 meses.

 

Antes, já estava funcionando, mas quando entrou a Covid em março, ficou todos os dias.

 

Existe plantão nas unidades para poder cercear a imprensa”, conta.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Prefeitura do Rio diz que "reforçou o atendimento em unidades de saúde municipais no sentido de melhor informar à população e evitar riscos à saúde pública, como, por exemplo, quando uma parte da imprensa veiculou que um hospital (no caso, o Albert Schweitzer) estava fechado, mas a unidade estava aberta para atendimento a quem precisava. A Prefeitura destaca que uma falsa informação pode levar pessoas necessitadas a não buscarem o tratamento onde ele é oferecido, causando riscos à saúde".

GUARDIÕES DO CRIVELLA

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...