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segunda-feira, outubro 28, 2019

Tenente-coronel da PM é acusado de abusar sexualmente mulheres da corporação


g1.globo.com

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Um médico, oficial da Polícia Militar do Paraná, e conhecido como Doutor Bacana, está sendo acusado de usar os consultórios dos quartéis para abusar sexualmente de mulheres. 


O processo, que está em fase final na Justiça Militar, envolve 30 vítimas. 


A reportagem é de Mônica Marques. 

Dor, injustiça: "Ele esfregava a genitália na perna, ele apalpava, ele agarrava assim". 


Vergonha: “Esse cara, ele acabou com a minha vida. 


Acabou". 

Nada disso se espera de alguém com a missão de servir e proteger a população. 


Todo ano, milhares de mulheres fazem prova para ingressar na Polícia Militar em todo o Brasil. 


O sonho delas é se juntar às mais de 30 mil policiais femininas que hoje fazem parte da corporação. 

“Eu achava o máximo, uma profissão assim que: ‘nossa, eu vou fazer o bem e vou ajudar as pessoas’. 


O fato de você andar armada, ser autoridade. 


Isso era encantador. 


Eu pensava: ‘nossa, vou estar protegida’", conta uma vítima. 

O Fantástico mostra um dos consultórios onde atendia o tenente coronel Fernando Dias Lima. 


Além de consultas regulares, ele prestava atendimentos de emergência dentro dos quartéis e validava para a PM atestados assinados por médicos civis. 


Ou seja, mais cedo ou mais tarde, todo policial militar da região tinha que passar pelo local. 

A Justiça determinou uma série de mandados de busca e apreensão nesses consultórios para investigar denúncias de que o médico aproveitava esses atendimentos para abusar sexualmente das pacientes. 

O tenente coronel Fernando Dias Lima é médico da Polícia Militar desde 2009. 


Antes disso, tinha sido vereador de Cascavel, no Paraná, e candidato à vice Prefeitura da cidade com o nome de Fernando Bacana. 


Nos quartéis, ele é conhecido como doutor Bacana. 


“Muito atencioso com todo mundo. 


É ‘amada’ daqui e ‘amada’ dali. 


Ele tratava todos bem”, afirma outra vítima. 

O Ministério Público do Paraná afirma que o denunciado "se prevaleceu de sua condição de superior hierárquico para constranger as vítimas com intuito de obter favorecimento sexual". 

O tenente coronel responde a processo por 23 denúncias de atentado violento ao pudor e sete de assédio sexual, em batalhões de Cascavel e Foz do Iguaçu e na Academia Policial do Guatupê, em São José dos Pinhais. 

Só que o total de mulheres ouvidas pela Justiça é maior: 45. 


Alguns desses casos já estavam prescritos, mas as vítimas foram ouvidas como informantes durante a investigação. 


O Fantástico teve acesso a todos esses depoimentos. 


Serão protegidos os rostos das policiais nos vídeos e os depoimentos, que só existem por escrito, serão lidos por atrizes. 

“Ele a chamou na sala e pediu-lhe para deitar na maca e erguer a camiseta. 


Que pegou o estetoscópio e o posicionou na região dos seios. 


Com a outra mão, ele apalpava os seus seios”. 

“Em todas as consultas que eu fui, ele trancava a porta”. 

“Ao me abraçar, ele colocou a mão na minha nádega”. 

“Ele colocou o estetoscópio aqui no meu peito, pediu para eu abrir a camisa, e quando ele foi colocar, ele encostou o pênis ereto na minha perna”. 

“Várias vezes, ao efetuar a limpeza da sala, a declarante encontrou caixas de Viagra no lixeiro”. 

O Fantástico conversou com três mulheres que acusam o doutor Bacana e com o marido de uma quarta mulher. 


Perguntamos por que levou tanto tempo para que o médico fosse denunciado, já que esses crimes teriam começado em 2011. 

“Tinham medo dele. Medo de um oficial, medo de responder processo. 


Todos os oficiais, eles acabam se juntando e defendendo um. 


E essa recruta não tem voz”, explica o marido de uma vítima. 

“Pelo menos entre os policiais, todos já sabiam, dessa forma dele. Tanto as mulheres quanto os homens. 


Eles usavam isso até para fazer uma diminuição de nós mulheres. 


Era com tom machista”, conta vítima. 

 
Os depoimentos são de recrutas, soldados, cabos e até de esposas de policiais militares que se consultavam nos quartéis. 


A situação só mudou quando uma oficial se tornou vítima, em fevereiro de 2018: 


"Só precisou de uma primeira denúncia para brotar várias outras". 

“Ele colocou o estetoscópio por baixo de sua camiseta e a declarante percebeu que ele encostava um pouco das mãos e que ele ficava somente nos seus seios e não no tórax. 


A declarante começou a suar, pois estava nervosa e reclamou disso. 


O doutor Fernando disse que ela precisaria de alguém para apagar seu fogo e ficou repetindo isso durante algum tempo”. 

“Aí eu sentei na maca, aí ele falou assim para mim: ‘abre as pernas’. 


E eu abri um pouco as minhas pernas. 


Daí ele pegou e abriu as minhas pernas. 


Daí ele veio no meio das minhas pernas, e eu comecei a sentir ele ali. 


Ele pegou o estetoscópio e vinha nos meus peitos. 


Na abertura da blusa, assim. 


E aí ele começou a pegar no peito e vinha querendo cheirar o meu pescoço, sabe? 


Aí eu comecei a passar mal com aquilo. 


Aí eu saí da sala, passei a mão na bolsa para pegar a minha arma e me dar um tiro na cabeça. 


Eu fiquei tão fora da 'casinha'. 


A minha arma não estava na bolsa. 


Eu tinha deixado ela em casa”, relembra vítima. 

Uma pesquisa de 2015 revela que 25% das mulheres que atuam em alguma instituição policial já sofreram assédio sexual. 


Entre as que sofreram assédio, só 12% registraram o crime. 


Prestar queixa nem sempre encerra a questão: 


“Ser vítima de assédio já é difícil, agora tentar desabafar e ninguém acreditar é pior ainda”. 

“O que causou nessas famílias, eu até imagino. 


Porque eu sei o que causou na minha”. 


“Ela ficou destruída. 


Na verdade, a nossa família destruiu. 


Até hoje a gente vem tendo problemas, até conjugais, por conta disso”, revela marido de uma das vítimas. 

E quando o abusador é um superior hierárquico, cresce o medo de represálias. 


“Até hoje tem gente sendo perseguida”, destaca outra vítima. 

“Ela foi colocada em trabalhos degradantes, em jornadas extenuantes e trabalhos humilhantes. 


Toda vez que ela chega em casa, às vezes chorando, eu mesmo peço para ela sair da corporação. 


Porque não vale a pena”, relata o marido de uma das vítimas. 

O doutor Bacana também responde por supressão ou ocultação de documentos. 


Imagens do circuito interno do 5º Comando Regional Da Polícia Militar, em Cascavel, mostram soldado que era secretária dele. 


No dia 22 de março de 2018, dois dias depois do médico ser afastado, ela recebeu uma ordem: 


“Ele me pediu para que eu levasse para ele os prontuários, porque os prontuários eram coisa que só eu e ele tínhamos acesso. 


Ficava guardado chaveado. 


E contém informação dos pacientes. 


Então, ele me deu a ordem e eu levei para ele”. 

No dia seguinte, a soldado voltou para buscar mais. 


“Foi na primeira semana em que ele foi afastado”, contou Fabiana. 

Como a polícia não localizou as fichas das pacientes nos consultórios, pediu à Justiça um mandado de busca e apreensão para a casa do médico, onde os documentos foram encontrados. 


Também foram apreendidas gravações que o próprio médico fazia das suas conversas telefônicas. 


Ele parecia fazer ameaças: “Não passa um dia sequer sem eu pensar nisso, ir lá pegar uma arma, comprar uma arma, e fazer uma merda, sabe? 


Eu ia me prejudicar depois que eu prejudicasse uns três, sabe?”. 

No dia 25 de maio de 2018, o médico foi preso preventivamente, mas foi solto dez dias depois, se comprometendo a não deixar a região de Cascavel, não usar armas e a se afastar da função pública que exerce. 

“Ficava com a porta do banheiro aberta enquanto trocava de roupa, inclusive durante atendimentos”. 


"Em vez de apalpar só o tornozelo, ele apalpou com as duas mãos a perna inteira, enfiou os dedos por baixo do meu short até na região da virilha". 


"Ele chegou, me abraçou, encostou tudo e me puxou. 


E ficou fazendo barulho no meu ouvido ali. 


Fungando, literalmente, no meu cangote, né?" 

A assistente do doutor Bacana foi inocentada do crime de ocultação de provas. 


A Justiça Militar entendeu que ela estava cumprindo ordens. 


Na opinião dela, o médico é inocente das acusações de abuso.

“Eu também sou uma autoridade. 


Então, se eu tivesse sido assediada ou se eu visse, como eu nunca vi alguém saindo chorando e pedindo socorro de lá, eu não ia omitir isso. 


Só que eu também não vou ser conivente com esse tipo de mentira”, defendeu Fabiana Gomes Freitas, soldado Gomes. 

A repórter Mônica Marques falou com o tenente coronel Fernando Dias Lima, que está afastado de suas funções e continua recebendo um salário de R$ 26 mil. 


Por telefone, o médico negou que tenha abusado de qualquer mulher. 

“Isso eu posso te afirmar, em plena convicção, perante a Deus, que não.


E que todos esses fatos surgiram depois de denúncias que eu estava fazendo em relação à polícia. 


À Polícia Militar. 


A gente só pode falar aquilo que a gente pode provar. 


Foi após algumas cobranças que eu tava fazendo. 


Mera coincidência, talvez. 


Eu sempre recebi muitos elogios na forma de tratamento que é peculiar do carioca. 


Nós, cariocas, somos mais humanos, somos mais humanizados, mais hospitaleiros. 


Então, na forma de tratamento, talvez alguma pessoa possa ter confundido alguma coisa”, disse. 

O advogado do tenente coronel, Zilmo Girotto, também falou ao Fantástico: “Não existe uma prova material que possa incriminar o tenente coronel Fernando Dias Lima. 


Uma policial que se diz assediada, ela volta três consultas depois do suposto assédio sozinha, sem o marido, sem o companheiro, sem nada. 


Uma mulher volta pra ser consultada por seu assediador cinco, seis, oito, dez oportunidades novamente?”, questionou. 

"Todas faziam tratamento particular por fora com seu médico específico e pra Via Militar tinha que ter um carimbo de um médico militar. 


Pra ser aceito na nossa ficha", explica vítima. 

Em nota, a Polícia Militar do Paraná afirmou que não há dificuldades em apurar denúncias sobre estes tipos de delitos, mas que o assunto de abuso sexual induz erroneamente as vítimas a não procurarem a administração. 


A nota ainda diz que a polícia possui um serviço de atendimento psicológico para quem passa por traumas como os dessa reportagem. 

O Conselho Regional de Medicina do Paraná abriu uma sindicância para apurar se o tenente coronel cometeu infração ética. 


“Uma vez considerado culpado, ele pode receber cinco tipos de penas. 


Desde a mais branda, que é uma advertência confidencial, até à medida extrema, que é a cassação do registro profissional”, afirma o presidente do Conselho Regional de Medicina – PR, Roberto Yosida. 

“Ele chegava a agarrar, ele segurava. 


Agarrava eu e ficava aquele cheiro de perfume, aquele cheiro forte. 


Aquele cheiro horrível. Eu sabia que era uma situação complicada, que eu devia ter falado alguma coisa. 


Devido a ele que, na época, era major e eu era soldado”. 

“Entrou no consultório e o médico chaveou a porta. 


Ele a beijou no rosto e abraçou muito forte, aproximou também o quadril, como se estivesse rebolando, com a finalidade de encostar as partes íntimas na ofendida. 


Como ele a abraçou muito forte, ela não conseguia que ele se afastasse”. 

“Ele mesmo abriu a minha calça ao invés de ter pedido para que eu fizesse isso. 


E eu estava ali por motivo de dor no estômago. 


Ele apalpou toda a região do abdômen, inclusive a região dos meus seios, colocando a mão dele por baixo do meu top”. 

“Ele enfiou a mão por baixo do meu vestido, passando as mãos nas minhas pernas até chegar na minha barriga. 


Foi aí que eu percebi que ele estava excitado, né?". 

As penas previstas para os crimes de atentado violento ao pudor, que são os casos em que houve contato físico forçado, variam de dois a seis anos de prisão. 


Um a dois anos para assédio sexual. 


Para supressão ou ocultação de documentos, a pena é de dois a seis anos de reclusão.

“Da Polícia Militar, eu gostaria que eles tivessem o mínimo de preparo, para lidar com uma vítima de um crime desses. 


Minha esposa foi vítima de um crime, entrou numa situação psicológica ruim. 


Mais de 50 anos que as mulheres fazem parte dos quartéis e a gente está caminhando para trás. 


Como a gente pode permitir isso ainda?”, lamenta o marido de uma das vítimas. 

Ouça o podcast do Fantástico

domingo, outubro 27, 2019

Pai, filho e genro são assassinados dentro de caminhonete em garimpo ilegal em MT


g1.globo.com

Triplo assassinato ocorreu em garimpo que foi alvo de operação de desocupação há menos de três semanas. Não há informações do motivo ou se alguém foi preso.

Pai, filho e genro foram assassinados dentro de caminhonete em garimpo ilegal em Aripuanã — Foto: Polícia Civil de Aripuanã(MT)
Pai, filho e genro foram assassinados dentro de caminhonete em garimpo ilegal em Aripuanã — Foto: Polícia Civil de Aripuanã(MT).

Três homens foram assassinados a tiros no final da tarde desse sábado (26) no garimpo ilegal de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá. 


Segundo a Polícia Civil de Aripuanã, as vítimas estavam em uma caminhonete e morreram no local. 

A polícia informou ao G1 que investiga o caso para identificar os autores do crime e a motivação.
Osmir Zeferino, de 48 anos, e o filho dele, Matheus Paes Zeferino, de 20 anos, foram assassinados no garimpo de Aripuanã — Foto: Facebook/Reprodução
Osmir Zeferino, de 48 anos, e o filho dele, Matheus Paes Zeferino, de 20 anos, foram assassinados no garimpo de Aripuanã — Foto: Facebook/Reprodução.

O motorista foi identificado como Osmir Zeferino, de 48 anos. No banco do passageiro estava o filho dele, Matheus Paes Zeferino, de 20 anos. 


O genro de Osmir, Klidio Henrique Richieri Pereira, de 26 anos, estava no banco de trás. 

O triplo assassinato ocorreu a 14 km da cidade dentro do garimpo alvo de uma operação para desocupação da área há menos de três semanas.
Corpos de pai, filho e genro estavam em caminhonete no garimpo ilegal de Aripuanã — Foto: Polícia Civil de Aripuanã(MT)
Corpos de pai, filho e genro estavam em caminhonete no garimpo ilegal de Aripuanã — Foto: Polícia Civil de Aripuanã(MT).

Os policiais foram informados por moradores que encontraram as vítimas na caminhonete. 


Uma força-tarefa de policiais civis e militares foi ao local e encontrou os corpos. 

De acordo com a Polícia Civil, que analisou o local do crime, as vítimas não tiveram nenhuma chance de se proteger. 


A suspeita é de que eles estavam falando com o ou os autores do crime no momento dos disparos. 

Os corpos foram removidos para exame de necrópsia. 

Até a manhã deste domingo (27) não havia nenhum suspeito preso ou identificado pela polícia.
Operação em Aripuanã foi feita por policiais federais — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria
Operação em Aripuanã foi feita por policiais federais — Foto: Polícia Federal de Mato Grosso/Assessoria.

Há quase um ano o garimpo ilegal atrai aventureiros e curiosos em busca de ouro na região de Aripuanã. 


A situação já foi alvo de investigação da Polícia Federal em 2018 e reuniu autoridades, no entanto, a exploração continuava sem qualquer tipo de controle. 

A área explorada ilegalmente registrou acidentes, soterramentos, mortes e assassinatos ao longo de quase um ano.
Estrutura montada por garimpeiros em Aripuanã — Foto: Cláudio Alfonso e Sérgio Gouvea/TV Centro América
Estrutura montada por garimpeiros em Aripuanã — Foto: Cláudio Alfonso e Sérgio Gouvea/TV Centro América.

A estrutura montada em meio a floresta amazônica impressionou a polícia. 


Foram encontradas 25 retroescavadeiras, que eram usadas para escavar as encostas. 


Grandes geradores faziam a ventilação em crateras por onde garimpeiros desciam até 60 metros de profundidade para encontrar jazidas. 

Imagens feitas do alto revelam o tamanho do estrago na região do garimpo. 


São quilômetros de mata devastada, onde, segundo a Polícia Federal, estavam vivendo cerca de 2 mil pessoas. 


Estradas foram abertas e casas construídas.
Garimpo ilegal fechado em operação tinha quadrilha que extorquia garimpeiros em Aripuanã — Foto: Cláudio Alfonso e Sérgio Gouvea/TV Centro América
Garimpo ilegal fechado em operação tinha quadrilha que extorquia garimpeiros em Aripuanã — Foto: Cláudio Alfonso e Sérgio Gouvea/TV Centro América.

Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta que os casos de malária aumentaram 195%, entre 2018 e 2019, em Aripuanã. 


No ano passado foram registradas 180 notificações da doença. 


De janeiro a outubro deste ano, foram 532 novos registros.
Operação Trype é realizada em garimpo ilegal em Aripuanã — Foto: Ciopaer
Operação Trype é realizada em garimpo ilegal em Aripuanã — Foto: Ciopaer.

A SES afirma que esse aumento, provavelmente, está relacionado à instalação do garimpo ilegal, na região. 


Ainda segundo a secretaria, essa quantidade de casos é considerada surto da doença, no município.

Trump confirma morte de chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi


g1.globo.com

Resultado de imagem para Trump confirma morte de chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi
O chefe do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, morreu durante uma operação militar dos Estados Unidos na Síria, confirmou Donald Trump, presidente norte-americano. 


O anúncio foi feito em pronunciamento na manhã deste domingo (27). 

Trump afirmou que al-Baghdadi, um dos terroristas mais procurados do mundo, se suicidou ao acionar explosivos de um colete após ser perseguido em um túnel. 


A explosão matou ainda três crianças que estavam ao lado de al-Baghdadi.
Donald Trump confirma morte do líder do Estado Islâmico em operação dos EUA
Donald Trump confirma morte do líder do Estado Islâmico em operação dos EUA.

Ainda de acordo com o pronunciamento de Trump, "nenhum oficial americano morreu durante a operação", mas um dos cães militares usados na perseguição ficou ferido. 

O presidente, que assistiu à ação ao lado do vice Mike Pence e de oficiais do exército americano, disse ainda que "onze crianças foram retiradas do local e estão bem". 


Outras pessoas ligadas ao Estado Islâmico também morreram e algumas foram capturadas e presas.
Donald Trump, presidente dos EUA, o vice-presidente Mike Pence (2º esquerda), o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper (3º direita), juntamente com os membros da equipe de segurança nacional, em sala na Casa Branca, em Washington, no sábado (26), observam operação que levou à morte de al-Baghdadi — Foto: Shealah Craighead/The White House/Reuters
Donald Trump, presidente dos EUA, o vice-presidente Mike Pence (2º esquerda), o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper (3º direita), juntamente com os membros da equipe de segurança nacional, em sala na Casa Branca, em Washington, no sábado (26), observam operação que levou à morte de al-Baghdadi — Foto: Shealah Craighead/The White House/Reuters.

Em seu pronunciamento, Trump utilizou palavras duras contra o al-Baghdadi, dizendo que o terrorista "era um homem doente e degenerado, e agora ele já era." 

"Um assassino brutal foi eliminado.


Ele não vai fazer mal a nenhum homem e nenhuma mulher", afirmou Trump.

"O bandido que tentou tanto intimidar os outros passou seus últimos momentos com medo, pânico e pavor extremos, aterrorizado pelas forças americanas que se aproximavam dele." 

O relato de Trump é de que al-Baghdadi foi perseguido por cães militares norte-americanos até o fim de um túnel, "choramingando e chorando e gritando por todo o caminho". 


Quando chegou ao final do percurso, acuado pelos cães, detonou os explosivos. Parte do túnel desabou. 

"Morreu como um cachorro, como um covarde", disse Trump.

Abu Bakr al-Baghdadi estava sendo perseguido em uma operação com oito helicópteros na província de Idlib, no noroeste da Síria. 


Fugiu pelo túnel ao ser encontrado em um imóvel, onde os militares entraram quebrando as paredes para evitar as armadilhas das portas. 

Oficiais dos Estados Unidos disseram ao jornal "The New York Times" que o paradeiro de al-Baghdadi foi descoberto após o interrogatório de uma das esposas de al-Baghdadi e de um mensageiro. 


A região onde ele foi encontrado é controlada pela Al Qaeda. 

Segundo Trump, o corpo de Abu Bakr al-Baghdadi foi mutilado pela explosão, mas ainda assim foi possível fazer a identificação 15 minutos depois, por meio de teste de DNA. 

Trump agradeceu a ajuda de outros países como Rússia, Turquia, Síria e Iraque, que forneceram informações. 


O presidente disse que os russos, no entanto, não sabiam detalhes da operação.
Operação que matou Abu Bakr al-Baghdadi — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1 
Operação que matou Abu Bakr al-Baghdadi — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/G1.

 

Quem era Abu Bakr Al-Baghdadi?

 

Em abril deste ano, o líder da organização jihadista apareceu pela 1ª vez em 5 anos, em um vídeo de propaganda transmitido pelo Estado Islâmico.
Abu Bakhr Al-Baghdadi em vídeo divulgado no dia 29 de abril de 2019 — Foto: AFP/Al-Furqan
Abu Bakhr Al-Baghdadi em vídeo divulgado no dia 29 de abril de 2019 — Foto: AFP/Al-Furqan.

Nascido na cidade de Samarra, no Iraque, em 1971, com o nome Ibrahim Awad Ibrahim Ali al Badri al Samarrai, al-Baghdadi trabalhou como imã (líder religioso) durante anos, antes de se unir à resistência armada contra a ocupação norte-americana do Iraque, em 2003. 

Um ano depois, foi preso pelas forças norte-americanas e levado ao campo de prisioneiros de Bucca. 


Após 11 meses preso, al-Baghdadi se reengajou na luta jihadista. 


Ele chegou a controlar grandes áreas da Síria e do Iraque, onde declarou haver um califado.

Al-Baghdadi é considerado um dos terroristas mais procurados no mundo. 


Os Estados Unidos ofereciam US$ 25 milhões por qualquer informação sobre ele. 

Ibrahim, também conhecido como Abu Duaa, optou pelo codinome Abu Bakr al-Baghdadi al Hosseini al Quraishi em homenagem a Abu Bakr, primeiro califa após a morte de Maomé, e à tribo do profeta, Al Quraishi. 

As dúvidas em relação a Abu Bakr al-Baghdadi aumentaram depois que ele perdeu o califado que proclamou em 2014 na cidade iraquiana de Mossul e que se expandia até a Síria. 

Dado como morto em várias ocasiões, al-Baghdadi já costumava publicar mensagens de áudio encorajando seus seguidores a continuarem sua chamada "guerra santa". 

Estado Islâmico e al-Baghdadi.

 

O Estado Islâmico (EI) perpetrou atrocidades contra minorias religiosas e conduziu ataques em cinco continentes em nome de uma versão ultrarradical do islã que aterrorizou os muçulmanos tradicionais. 

No auge de seu poder, dominou milhões de pessoas num território que ia do norte da Síria e ao longo de cidades e vilas nos vales dos rios Tigre e Eufrates e até os arredores da capital iraquiana Bagdá. 


O grupo ficou ainda mais conhecido ao redor do mundo ao chocar diversos países com a divulgação de imagens que mostravam a decapitação de estrangeiros de países como Estados Unidos, Reino Unido e Japão. 

Nos últimos anos, o EI perdeu a maior parte de seu território. 


A destruição da estrutura construída por al-Baghdadi ajudou nesse enfraquecimento, porque desfalcou o grupo de sua ferramenta de recrutamento e de sua base logística para o treinamento de combatentes e planejamento de ataques em outros países. 

Mesmo assim, a maioria dos especialistas em segurança ainda consideram o EI uma ameaça capaz de realizar ataques e operações clandestinas. 

 

Retirada norte-americana da Síria.

 

No pronunciamento deste domingo, Trump voltou a falar sobre as discussões sobre uma retirada da Síria. Ele disse que a a operação não alteraria sua decisão de retirar as tropas do país. 

Nas últimas semanas, o presidente vem sendo alvo de críticas dos democratas e de seus correligionários republicanos ao anunciar a retirada das tropas norte-americanas do nordeste da Síria.  


Isso porque a medida permitiu à Turquia atacar os aliados curdos dos EUA.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...