Meditem nesse texto
Por Valter Desiderio Barreto.
Versículo para memorizar: “Então Ele se levantou e ordenou ao vento e às ondas: fiquem quietos!
O vento parou, e tudo ficou calmo.” (Marcos 4.39)
Introdução: Jesus estava formando os seus discípulos.
E nesse processo, Ele fez questão de que eles passassem por experiências que os ajudassem a identificar as áreas problemáticas em suas vidas.
Admitindo o medo, a insegurança, a falta de fé, e outras coisas mais, cada um deles poderia se abrir com maior facilidade aos ensinos do Mestre.
Vejamos como Ele os conduziu pelo caminho do aprendizado nas experiências difíceis.
1 – Jesus os desafiou a passarem para o outro lado – Não sabemos exatamente o que Jesus e os discípulos estavam fazendo, antes de tentarem passar para o outro lado do mar.
Mas é certo que todos foram desafiados a subir no barco e a passar para o lado, onde multidões os aguardavam.
Cremos que os discípulos estavam felizes pela expectativa dos outros sinais e curas que estavam por vir.
Tudo parecia tranqüilo, até que uma grande tempestade se levantou em alto mar.
Eles não contavam que o desafio de passar par o outro lado, pudesse reservar-lhes tal experiência.
O Senhor, porém, estava no controle de todas as coisas.
Ele sabia que não podia poupá-los de experiências que os levassem ao amadurecimento da fé em Deus.
A possibilidade de enfrentarmos tempestades no caminho, não pode nos desestimular de continuar aceitando desafios na vida.
Nós também temos de passar para outros lados.
Jesus quer nos desafiar a cada dia subir em nosso barco para que novas metas possam ser atingidas.
Em qualquer área do nosso viver: profissional, familiar, ministerial, etc., com ousadia podemos superar os obstáculos que surgem pelo caminho e conquistar nossos ideais (Hebreus 12.1-2).
2 – Jesus e a visão do descanso e da palavra de autoridade –
Em meio à crise em alto mar, quando o único quadro que os discípulos conseguiam ver era o da destruição e morte, Jesus conseguiu transmitir uma visão diferente.
Dois ensinos o Mestre pôde transmitir-lhes com sua atitude no barco:
Em primeiro lugar, a visão do descanso que se opunha ao desespero geral apresentado na ocasião.
Jesus descansava, enquanto os discípulos buscavam desesperadamente uma saída para a crise.
A segunda visão foi a da liberação da palavra de autoridade sobre a circunstância adversa, enquanto a maioria falava sobre morte.
Aprendemos sobre o descanso em Deus para os momentos de lutas e conflitos da vida (Sl 127.1-2).
Certamente, o descanso de Cristo não se tratou de uma atitude irresponsável diante de uma real situação de perigo.
Tampouco a manifestação de passividade perniciosa que leva muita gente a ficar estagnada quando, de fato teria de agir.
O que vimos foi, tão somente, a manifestação externa de algo que lhe era tão próprio: a sua confiança em Deus para todas as horas.
Firmado nesta convicção é que Ele pode também se levantar, e, com firmeza, repreender os ventos e o mar revoltos.
Somente mantendo uma atitude de paz interior e de plena confiança em Deus, é que teremos condições de liberar palavras de autoridade sobre as circunstâncias adversas.
Do contrário, falaremos baseados em nosso desespero e angústia (Mt 12.34).
3 – Jesus ensinou que até o vento e o mar lhe obedecem – Quando toda experiência terminou e os discípulos viram os resultados da Palavra de Jesus, acalmando e controlando toda a situação, todos diziam entre si: “quem, porventura, é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?”.
Eles já tinham visto a autoridade de Jesus sobre os demônios, sobre as doenças e sobre a morte, mas sobre os poderes da natureza, ainda não.
E por isso se maravilharam.
Quando tivermos a oportunidade de ver o senhorio de Cristo sobre novas áreas de nossas vidas, também nos regozijaremos como eles.
Saber que não há limites para o poder e a sabedoria de Deus, deve nos elevar a um nível de confiança cada vez maior.
Poder reconhecê-lo em todos os nossos caminhos, sem deixar qualquer um de fora, certamente trará Sua bondosa provisão, endireitando todas as nossas veredas (Pv 3.5-6).
Conclusão:
Devemos sempre aceitar novos desafios que o Senhor nos apresentar.
Caminhar por eles poderá nos levar a experiências difíceis, mas importantes, dentro do processo de amadurecimento espiritual.
Ao passarmos pelas nossas tempestades, precisamos desenvolver a calma e a confiança n’Aquele que prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28.20).
Quando assumirmos uma posição de autoridade no reino espiritual, o mal não prosperará em nosso caminho.
Jesus continuará reinando por meio de nós, sua igreja e sobre todas as coisas (Mt 16.18-19).
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 05 de agosto de 2019.