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segunda-feira, julho 08, 2019

Bilionário é acusado de abusar sexualmente de meninas de 14 anos nos EUA


g1.globo.com
Por G1.

08/07/2019/ 12h29.

Manifestante protesta contra Jeffrey Epstein nesta segunda-feira (8), em Nova York. — Foto: Stephanie Keith / Getty Images North America /AFP
O bilionário americano Jeffrey Epstein, de 66 anos, foi acusado criminalmente nesta segunda-feira (8) em Nova York, nos Estados Unidos, de ter abusado de meninas de 14 anos e de operar uma rede de exploração sexual de menores. 


Ele foi preso no sábado (6) e compareceu ao tribunal nesta segunda, onde se declarou inocente. 

Os procuradores federais que trabalham no caso pediram que o bilionário seja detido até o julgamento, dizendo que ele representa um "risco extraordinário de fuga" por causa de sua riqueza "exorbitante", posse de aviões privados capazes de viajar internacionalmente e laços internacionais significativos, diz a Reuters. 

De acordo com a acusação, Epstein coordenou uma rede, entre 2002 e 2005, que pagava centenas de dólares em dinheiro para meninas irem até suas casas de luxo, em Nova York e na Flórida, e realizarem atos sexuais, ou para recrutar outras menores com a mesma finalidade. 

“Deste modo, Epstein criou uma vasta rede de vítimas menores de idade para explorar sexualmente, muitas vezes diariamente", disse o gabinete da Procuradoria dos EUA em um comunicado à imprensa, de acordo com a CNN.

Os investigadores afirmam terem apreendido fotos de meninas nuas, menores de idade, na mansão que Epstein tem em Manhattan.
Jeffrey Epstein, de 66 anos, foi preso no sábado (6). — Foto: Florida Department of Law Enforcement/Handout via Reuters
Jeffrey Epstein, de 66 anos, foi preso no sábado (6). — Foto: Florida Department of Law Enforcement/Handout via Reuters.

As acusações desta segunda (8), feitas em uma corte de Manhattan, vêm mais de uma década após um acordo que protegeu o bilionário de 66 anos de acusações semelhantes na Flórida (veja mais abaixo). 

Em documentos anteriores, Epstein havia afirmado que seus encontros com supostas vítimas foram consensuais e que ele achava que elas tinham 18 anos quando ocorreram. 

Segundo a acusação desta segunda (8), entretanto, Epstein "intencionalmente procurava menores e sabia que muitas de suas vítimas tinham menos de 18 anos, inclusive porque, em alguns casos, as vítimas lhe disseram sua idade".

O advogado de Epstein, Jack Goldberger, já havia afirmado, antes de as acusações serem tornadas públicas, que o cliente se declararia inocente. 

Conhecido por socializar com políticos e membros da realeza, Epstein já teve amigos que incluíam o presidente dos EUA, Donald Trump, o ex-presidente Bill Clinton, e, de acordo com documentos da corte britânicos, o príncipe Andrew. 

Nenhuma dessas pessoas foi mencionada na acusação, segundo a Reuters.
A casa de Jeffrey Epstein em Nova York. — Foto: Carlo Allegri/Reuters
A casa de Jeffrey Epstein em Nova York. — Foto: Carlo Allegri/Reuters.

Inicialmente, Epstein recrutava as vítimas para fornecer "massagens" — que elas executavam total ou parcialmente nuas, segundo a acusação. 

Os procuradores disseram que os encontros se tornavam cada vez mais sexuais, às vezes incluindo contato indireto com os órgãos genitais das vítimas — quando Epstein normalmente se masturbava e pedia que as vítimas o tocassem enquanto ele o fazia. 

Três funcionários anônimos, um em Manhattan e dois em Palm Beach, ajudaram Epstein a organizar alguns de seus encontros sexuais, disse a acusação. 

Acordo anterior e ligação com Trump

A foto, de julho de 2008, mostra Epstein sob custódia em West Palm Beach, na Flórida. — Foto: Uma Sanghvi/Palm Beach Post via AP
A foto, de julho de 2008, mostra Epstein sob custódia em West Palm Beach, na Flórida. — Foto: Uma Sanghvi/Palm Beach Post via AP.

Epstein foi investigado pela primeira vez em 2005, depois que a polícia de Palm Beach, na Flórida, recebeu denúncias de que ele havia abusado sexualmente de garotas menores em sua mansão. 

Em 2007, Epstein enfrentava uma potencial acusação federal por abusar sexualmente de dezenas de garotas entre 1999 e 2007, instruindo outros a abusar delas e pagando funcionários para trazer vítimas para ele, de acordo com documentos judiciais. 

No entanto, Epstein fechou um acordo para se declarar culpado por uma acusação menor, do estado da Flórida, de prostituição. 


Ele cumpriu 13 meses de prisão, mas foi autorizado a sair durante o dia para ir a seu escritório e concordou em se registrar como agressor sexual.


Epstein também pagou a restituição às vítimas identificadas pelo FBI.
O presidente americano, Donald Trump, elogiou Jeffrey Epstein em entrevista concedida em 2002. — Foto: Saul Loeb / AFP
O presidente americano, Donald Trump, elogiou Jeffrey Epstein em entrevista concedida em 2002. — Foto: Saul Loeb / AFP.

Vários dos que o acusavam, entretanto, contestaram o acordo na Flórida na Justiça, dizendo que lhes foi negada a chance de expressar suas opiniões, violando a lei federal de direitos das vítimas de crimes. 

Em fevereiro deste ano, um juiz distrital na Flórida concordou, dizendo que o acordo era ilegal. 

Mesmo assim, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou, em um processo judicial no mês passado, que não havia motivo para cancelar o acordo. 

Entre os procuradores envolvidos no acordo estava Alex Acosta, então procurador dos EUA para o Distrito Sul da Flórida e agora Secretário do Trabalho de Trump. 


Em abril, quando questionado sobre o papel dele no caso, Acosta afirmou que "entendia a frustração" com o resultado. 

"É importante entender que ele iria se safar sem prisão ou restituição.


Foi o trabalho de nosso escritório que resultou na prisão dele", afirmou Acosta.

Uma porta-voz do Departamento do Trabalho se recusou, no domingo (7), a comentar a prisão de Epstein.

Em 2002, o presidente americano elogiou Epstein em uma entrevista à "New York Magazine". 

"Eu conheço Jeff há quinze anos.


Um cara fantástico", disse Trump. "Ele é muito divertido.


Comenta-se até que ele gosta de mulheres bonitas tanto quanto eu, e muitas delas são mais jovens.


Sem dúvida, Jeffrey gosta de sua vida social", declarou o presidente americano, segundo a Reuters.

O Departamento de Justiça está investigando se os advogados do governo cometeram má conduta profissional no caso da Flórida.

sexta-feira, julho 05, 2019

Relator do pacote anticrime aponta à PF presença de homens armados perto da casa dele


g1.globo.com

 

Câmeras do bairro onde fica a casa do senador Marcos do Val (Cidadania-ES) em Vitória mostram duas pessoas armadas rondando a casa. Ele deu informações à Polícia Federal em Brasília.

Relator do Projeto Anticrime, no senado, denuncia tentativa de intimidação
Relator do Projeto Anticrime, no senado, denuncia tentativa de intimidação.

O senador Marcos do Val (Cidadania-ES), relator do pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, foi nesta quinta-feira (4) à Polícia Federal em Brasília para relatar que duas pessoas armadas estiveram perto de sua casa, no Espírito Santo.

Marcos do Val suspeita que essas pessoas foram lá para reconhecer a área e planejar um futuro ataque, já que, em abril, ele recebeu ameaças por e-mail, em razão da relatoria do pacote anticrime, que prevê aumento de pena para integrantes de organizações criminosas.


Nesse caso, a Polícia Federal instaurou inquérito em abril e segue investigando.


A apuração é sigilosa. 

O senador mostrou à PF vídeos da câmera do bairro onde tem casa, na Ilha do Frade, em Vitória (ES).


As imagens foram gravadas na última sexta-feira .
Imagem captada por câmeras de segurança de homens rondando a casa do senador Marcos do Val, em Vitória (ES) — Foto: Reprodução
Imagem captada por câmeras de segurança de homens rondando a casa do senador Marcos do Val, em Vitória (ES) — Foto: Reprodução.

A assessoria do senador diz que seguranças dele acionaram a Polícia Militar, que seguiu os dois suspeitos em perseguição de carro, mas não conseguiu alcançá-los. 

A PF vai analisar as imagens e as informações a partir de agora para decidir qual medida tomará.
Senador Marcos Do Val entrega relatório sobre projeto anticrime
Senador Marcos Do Val entrega relatório sobre projeto anticrime.
Pacote anticrime de Sergio Moro começa a tramitar no Senado
Pacote anticrime de Sergio Moro começa a tramitar no Senado. 



COMENTÁRIO:  


Graças ao ministro Sergio Moro que o cerco está se fechando para esses marginais da pior espécie que atuam covardemente no nosso país ! 


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 05 de julho de 2019.

Em áudio, mãe dá bronca no filho que desiste de 'missão' dada por pai e chefe de milícia; ouça


g1.globo.com

A operação da polícia desta quinta-feira (4) para combater milicianos que passaram a atuar em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, depois que as obras do Comperj foram retomadas, descobriu que os criminosos são implacáveis até dentro de casa. 

A força-tarefa que levou à Operação Salvator descreve a quadrilha como "brutal" e "com requintes de crueldade". 


Há relatos de expulsões, mutilações e sumiços – a que chamavam de "discos voadores". 


"Um chegou a tirar o coração de uma vítima, a cabeça", citou o delegado Gabriel Poiava. 

Escutas telefônicas gravadas pela polícia mostram um rapaz assustado depois de receber uma ordem do pai, chefe da milícia, para executar uma tarefa. 


Ele resolve ligar para a mãe e, em determinado momento da conversa, pede para desistir, mas acaba levando uma bronca (ouça abaixo). 

Assista ao próximo Homem acusado de ser miliciano pula da janela para fugir de policiais.

Assista também
Bom Dia Rio.
 
Homem acusado de ser miliciano pula da janela para fugir de policiais.

Bom Dia Rio .  
 
Milícia é investigada por assassinatos e cobranças de taxas no Comperj, Itaboraí
Miliciana dá bronca no filho que ficou com medo de cumprir tarefa

Bom Dia Rio G1 no Bom Dia RJ: Luc é primeiro aluno não-binário a ter nome social reconhecido na UFRJ
Miliciana dá bronca no filho que ficou com medo de cumprir tarefa


Filho: Mãe!


Miliciana:

Quem é?

Filho: Sou eu, Lucas!


Miliciana:

Fala.


Filho:


Muito obrigado pela oportunidade, mas não vou ficar nesse plantão aqui, não... onde eu tô aqui, não!


Miliciana:

Tá...


Filho:

Porque aqui tá 'assombradão'!


Desceu um Fox preto sem placa com quatro caras dentro!


Miliciana:


Tá vendo que o bagulho é doido, não tá vendo?


Filho:


Pô aqui é... [inaudível]!
Miliciana:


Eu sei que o bagulho é doido!


Você acha que ser "melícia" é botar arma na cintura?

Filho:

Não, mãe, não é, não...

Miliciana:

É isso aí, "chegá" em casa a gente desenrola!

A participação ativa de mulheres na milícia que atuava em Itaboraí chamou a atenção das autoridades durante as investigações.


Dos 74 mandados de prisão expedidos na Operação Salvator, pelo menos 10 tinham como objetivo encontrar mulheres.

A ação policial, que prendeu mais de 40 criminosos nesta quinta-feira (4), apontou uma mudança estrutural no grupo comandado pelo miliciano Orlando Curicica.

O promotor do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Rômulo Santos Silva afirmou que algumas mulheres exerciam cargos de chefia na hierarquia dos milicianos.

Segundo ele, elas atuavam para dissimular e não chamar a atenção das autoridades.

“As mulheres faziam a arrecadação dos valores.


Ainda não temos informações delas atuando com armamentos.


Elas faziam a função de ‘recolhedoras’ de dinheiro, faziam a busca das taxas de segurança, mas sempre escoltadas com homens armados.


Para não chamar a atenção, eles utilizavam essas mulheres para realizar o ‘recolhe’ que eles cobravam”, afirmou.

A mãe de Renatinho Problema, Maria do Socorro Nascimento dos Santos, foi uma das presas na ação desta quinta-feira (4).

Os investigadores afirmam que, após a prisão de seu filho em dezembro, ela passou ir a Itaboraí semanalmente para recolher cerca de R$ 15 mil, que seria a “fatia” do filho nos lucros da organização criminosa.

O grupo tinha lucro mensal que ultrapassava R$ 500 mil.

“A função da mãe do Renatinho era de transporte.


Ela ia até Itaboraí, pegava o percentual dele, e repassava para o filho.


Ela ia buscar semanalmente cerca de R$ 15 mil, há áudios nesse sentido para comprovar.


Nessa investigação, a gente já identificou esse perfil, que não é tão comum”, disse o promotor.
Mensagem pichada em um muro de Itaboraí — Foto: Reprodução/PCERJ
Mensagem pichada em um muro de Itaboraí — Foto: Reprodução/PCERJ.

Outra mulher investigada, mas que até a tarde desta quinta-feira (4) não tinha sido presa, é Rosane Moreira da Silva da Conceição Almeida.


Conhecida como “Rose” ou “Tia”, ela era a gerente financeira dos milicianos.


Autorizar compra de armas e controlar os lucros da milícia eram algumas atribuições que ela exercia.

“Ela decidia e controlava a entrada dos lucros e gastos da organização.


Se existia uma despesa para compra de arma de fogo, passava por uma decisão dela.


Compra de combustível de veículos roubados também passava por ela. 


Chamou a atenção essa participação ativa dessas mulheres nessa milícia”, afirmou o delegado Gabriel Poiava, que conduziu as investigações através da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI).

Entre as presas nesta quinta está a advogada Tânia Monique Correia. De acordo com a polícia, Tânia era contratada para defender milicianos e traficantes.
Advogada Tânia Monique Correia é presa pela Delegacia de Homicídios, na manhã desta quinta (4), em Niterói (RJ — Foto: Fernanda Rouvenat/G1 Rio
Advogada Tânia Monique Correia é presa pela Delegacia de Homicídios, na manhã desta quinta (4), em Niterói (RJ — Foto: Fernanda Rouvenat/G1 Rio.

Aos integrantes da milícia, Tânia Monique dizia ter contatos com um policial da Delegacia de Homicídios, o que facilitaria o acesso a informações sigilosas.


Durante as investigações, a polícia descobriu que a advogada tentou negociar uma trégua entre traficantes e milicianos em Itaboraí.

A advogada foi presa, na manhã desta quinta-feira, em um prédio na Praia de Icaraí, Zona Sul de Niterói.
Após negociar 'taxa de segurança', miliciano diz levar paz e ensino para região de colégio
Após negociar 'taxa de segurança', miliciano diz levar paz e ensino para região de colégio.

Cabral admite que comprou, por US$ 2 milhões, votos para trazer a Olimpíada para o Rio


g1.globo.com

Resultado de imagem para Cabral admite que comprou, por US$ 2 milhões, votos para trazer a Olimpíada para o Rio
O ex-governador Sérgio Cabral admitiu pela primeira vez que comprou, por US$ 2 milhões, votos que garantiram a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. 

Em depoimento nesta quinta-feira (4) ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, Cabral disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-prefeito Eduardo Paes não participaram do esquema, mas sabiam dos pagamentos de propina.

Em nota, a assessoria de Lula afirmou: "É inverídica e sem provas a referência feita ao ex-presidente Lula pelo ex-governador Sergio Cabral". 

Paes disse: "no depoimento dado hoje, o Sr. Sérgio Cabral disse, com todas as letras, que Eduardo Paes não participou de qualquer esquema de compra de votos. 


Eduardo Paes reafirma, ainda, que nunca soube da existência do referido esquema.” 

O interrogatório desta quinta foi um pedido da defesa de Cabral, que pretende colaborar com as investigações da Operação Unfair Play. 


Ele afirmou que o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, indicou o presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, como intermediário da negociata. 

No processo, Cabral é acusado pelo Ministério Público Federal de envolvimento em um suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI). 

 Resultado de imagem para Cabral admite que comprou, por US$ 2 milhões, votos para trazer a Olimpíada para o Rio
Os investigadores querem saber se houve fraude na eleição do Rio para receber os Jogos Olímpicos. 

Além de Cabral e de Nuzman, o ex-diretor do COB Leonardo Gryner e o empresário Arthur Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, foram denunciados por corrupção devido à suspeita de compra de votos. 


As defesas negam. 


Lamine Diack e o filho dele, Papa, são acusados de intermediar o pagamento de US$ 2 milhões.
Cabral diz que comprou, por US$ 2 milhões, votos para levar Olimpíada para o Rio
Cabral diz que comprou, por US$ 2 milhões, votos para levar Olimpíada para o Rio.


Cabral citou Serguei Bubka e Alexander Popov.

 

Entre os nomes citados por Cabral como tendo vendido o voto estão dois grandes nomes da história do esporte olímpico: 
  • o ucraniano Serguei Bubka, considerado o maior saltador com vara de todos os tempos
  • e o nadador russo Alexander Popov, quatro vezes medalhista de ouro olímpico


"Eles me garantiram que o Serguei Bubka, atleta ucraniano, recebeu propina, recebeu vantagem indevida.


Outro atleta que não é do atletismo mas, segundo eles, recebeu também, é o russo Alexander Popov, grande campeão mundial", disse Cabral.


A reportagem ainda não obteve resposta de Bubka e Popov sobre as acusações. 

Detalhes do depoimento de Cabral.

 

No depoimento desta quinta, Cabral contou que, em agosto de 2009, durante a campanha trazer os Jogos Olímpicos ao Rio, foi procurado por Nuzman, então presidente do COB, para um "encontro urgente" depois de um evento esportivo em Roma. 

"Eu não sabia qual seria a repercussão de um núcleo europeizado muito forte [na votação]. 


Nessa natureza, o Nuzman vira pra mim e me fala: 'Sérgio, quero te abrir que o presidente da IAAF, Lamine Diack, ele é uma pessoa que se abre pra vantagens indevidas. 


Ele pode garantir 5 ou 6 votos. 


Ele quer, em troca, US$ 1,5 milhão'", disse o ex-governador. 

No interrogatório, Cabral disse ter perguntado a Nuzman de onde viriam os votos e qual a garantia de que seriam de fato obtidos. 


O então presidente do COB teria respondido que seriam de membros africanos do comitê e também de representantes do atletismo. 

Após o encontro, Cabral disse que iria confiar em Nuzman para tratar dessa negociação. 


Afirmou, no entanto, que iria conseguir um empresário de confiança para fazer os pagamentos necessários para o acordo. 

"Eu chamei o [empresário] Arthur Soares e falei pra ele da necessidade de conseguir o dinheiro para os votos. 


Isso foi debitado do crédito que eu tinha com ele. Fui eu que paguei. 


Eu dei o telefone do Léo [Leonardo Gryner, ex-diretor de operações da Rio 2016], e eles acertaram com esse Papa Diack, filho de Lamine Diack", contou o ex-governador. 

Cabral disse que, em setembro de 2009, em Paris, dias antes do jantar que ficou conhecido como "Farra dos Guardanapos", Gryner e Nuzman o alertaram sobre a possibilidade de conseguir mais votos para a campanha do Rio. 

"Em Paris, no hotel, eu fui chamado no canto pelo Léo e pelo Nuzman, que me falaram de um problema. 


O Nuzman falou que Papa Diack disse que conseguiria mais votos. 


Ele disse que poderíamos chegar em 9 votos no total. 


Mas que precisava de mais US$ 500 mil. 


Eu disse pra ele que seria feito", contou Cabral.


O evento citado aconteceu em 14 de setembro e o pagamento teria sido feito no dia 29 do mesmo mês.

Diante de Bretas, Cabral afirmou que talvez a compra de votos não fosse necessária para que o Rio fosse escolhido como sede olímpica. 


Mas o ex-governador questionou: "E se eu não tivesse comprado? 


Eu não iria ficar nessa dúvida". 

O que Cabral falou sobre Lula.

 

Sobre a suposta conversa com Lula a respeito da compra de votos, Cabral afirmou no depoimento:
"Eu falei: 'Presidente, deixa eu te contar. 


Meu medo era passar por essa fase. 


Eu tive um arranjo político, assim, assim, assado...'. 


Ele fingiu que não ouviu. 


'Tá bom, tá ótimo.' 


Eu falei: 'Não queria falar nada pro senhor, coisa minha'". 

A conversa teria acontecido em Copenhague, depois que o Rio passou pela primeira fase de votações e o ex-presidente teria estranhado a comemoração de Cabral, que teria passado mal e precisado de atendimento médico. 

"Eu também não falei em Arthur [Soares, que teria fornecido o dinheiro da propina], falei por alto. 


Ele [Lula] também fingiu que não ouviu, estava meio assim e falou: 


'Bom, você está me contando um negócio que já aconteceu, tá bom, tá ótimo'", contou Cabral na audiência. 

  • Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro
  • Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)
  • Leonardo Gryner, ex-diretor do COB e ex-diretor de operações da Rio 2016
  • Arthur Soares Filho, empresário conhecido como Rei Arthur que teria participado do esquema de compra de votos
  • Lamine Diack, ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF)
  • Papa Massata Diack, filho de Lamine.


De acordo com a denúncia do MPF, Cabral, Nuzman e Gryner solicitaram diretamente a Arthur Soares Filho o pagamento de US$ 2 milhões para Papa Diack, para garantir votos para o Rio de Janeiro na eleição da cidade-sede da Olimpíada de 2016, o que configura corrupção passiva. 


As defesas negam. 

Como Lamine Diack e Papa Diack são estrangeiros, o juiz Marcelo Bretas determinou que o processo fosse desmembrado, para que ambos sejam investigados no país em que residem. 

Defesas negam participação na compra de votos.

 

Em nota, a defesa de Carlos Arthur Nuzman disse que ele "repele veementemente" a "questão da compra de votos". 


"Isso não aconteceu. 


O depoimento do Sr Sérgio Cabral hoje corrobora tudo o que já havia sido dito no decorrer do processo. 


O Nuzman não recebeu um centavo. 


Nunca Integrou essa organizado criminosa", diz o comunicado. 

"Não teve nenhum benefício com as obras que aconteceram depois da vitória em 2009. 


O que Cabral falou sobre compra de votos: ele está condenado a 200 anos de prisão e fala qualquer coisa. 


E mesmo se tivesse acontecido, isso seria uma corrupção privada, que não é crime no Brasil." 

Leonardo Gryner afirmou, em nota:


 "Ficou claro que Sérgio Cabral falta com a verdade e não apresenta qualquer prova de seus relatos, mantendo-se integra a prova produzida na instrução criminal que isenta Leonardo Gryner de qualquer responsabilidade! 


Se houve compra de votos ele não participou!". 

A defesa de Arthur Soares Filho disse que ele "está e sempre esteve à disposição das autoridades para esclarecimentos".

Nova estratégia de Cabral.

 

Em uma nova estratégia da defesa, o ex-governador tem revelado mais detalhes nos casos em que confessou participação. 


Vários novos depoimentos estão sendo marcados. 

Na última segunda-feira (1), Sérgio Cabral disse a Bretas que o empresário Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, atuava junto aos políticos do Estado. 

Segundo Cabral, o empresário fraudava licitações, organizava os prestadores de serviços durante seu governo e ainda fazia doações, através de caixa 2, para parceiros políticos do ex-governador.

Cabral está preso desde novembro de 2016 e acumula quase 200 anos de detenção — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo Cabral está preso desde novembro de 2016 e acumula quase 200 anos de detenção — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo
Cabral está preso desde novembro de 2016 e acumula quase 200 anos de detenção — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo/Arquivo.

De acordo com o depoimento, Rei Arthur pagou R$ 6 milhões para a campanha de Eduardo Paes (DEM), em 2008, e mais R$ 5 milhões para ajudar a eleger Lindbergh Farias (PT) como senador, em 2010. 


Paes diz que doações foram declaradas e devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral e a assessoria de Lindbergh ainda não respondeu aos contatos da reportagem do G1

Cabral responde a 29 processos e já foi condenado em 9 deles, somando 198 anos de prisão na Justiça Federal do Paraná e do Rio de Janeiro.

Morte de empresário cancela evento com governador de Sergipe e ministro de Minas e Energia


g1.globo.com

 

Empresário atirou contra si durante a realização do Simpósio de Gás Natural na Orla de Aracaju.

O empresário estava na segunda fila da plateia e, logo após o pronunciamento do governador, sacou uma arma e atirou contra si
O empresário estava na segunda fila da plateia e, logo após o pronunciamento do governador, sacou uma arma e atirou contra si.

O Simpósio de Oportunidades – Novo Cenário da Cadeia do Gás Natural em Sergipe, que acontecia na manhã desta quinta-feira (4), em um hotel da Orla da Atalaia, na Zona Sul de Aracaju, foi cancelado após a morte do empresário do setor de cerâmica Sadi Gitz.


O evento contava com a presença do governador Belivaldo Chagas e do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

O empresário estava na segunda fila da plateia e, logo após o pronunciamento do governador, sacou uma arma e atirou contra si.


O próximo a falar seria o ministro de Minas e Energia.

Antes de sair do hotel, Belivaldo Chagas falou sobre o ocorrido e confirmou o cancelamento do simpósio.


“Sabíamos que Sadi estava com problemas de ordem financeira, por problemas com a sua empresa.


Ele vinha conversando com a Sergas, e lamentavelmente num momento de fraqueza ele cometeu o suicídio.


Eu quero prestar a minha solidariedade à família, sei que não é fácil receber uma notícia dessa, mas a vida segue e por conta disso suspendemos o evento.


Seria um desrespeito a ele continuar”, disse.
O local foi isolado para perícia da Polícia Civil — Foto: Reprodução/TV Sergipe
O local foi isolado para perícia da Polícia Civil — Foto: Reprodução/TV Sergipe.
Corpo de empresário que atirou contra si durante evento em Aracaju é levado ao IML
Corpo de empresário que atirou contra si durante evento em Aracaju é levado ao IML.

Após perícias da Polícia Criminalística no local da ocorrência, o corpo de Sadi Gitz foi levado ao Instituto Médio Legal (IML) por volta das 11h e liberado no início da noite desta quinta-feira. 

De acordo com a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Thereza Simony, o tiro foi na parte superior da cabeça e a arma utilizada, um revólver calibre 38, pertence ao empresário. 


Ela disse ainda que pessoas que estavam no evento e parentes do empresário serão ouvidos pela polícia.
Morte de empresário cancela evento com governador de Sergipe e ministro de Minas e Energia
Morte de empresário cancela evento com governador de Sergipe e ministro de Minas e Energia.

A Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) informou que o velório do empresário será realizado nesta sexta-feira (5), no Cemitério Colina da Saudade. 


No sábado (6), o corpo segue para a cidade de Alagoinhas (BA), onde será cremado.
Morte de empresário durante evento em Aracaju gerou repercussão no meio empresarial
Morte de empresário durante evento em Aracaju gerou repercussão no meio empresarial
O empresário gaúcho Sadi Paulo Castiel Gitz nasceu em Porto Alegre, no dia 13 de novembro de 1948. 


Graduado em matemática, engenharia mecânica e administração, chegou a Sergipe na década de oitenta. 

Sadi atuou na Superintendência de Transporte e Trânsito (SMTT) e na Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). 


Também foi presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese). 


Mas a atividade de maior destaque ao longo das últimas décadas foi na fábrica de cerâmica Escurial, com sede na cidade de Nossa Senhora do Socorro. 

A fábrica começou a operar em 1993 e se tornou uma importante unidade de produção do setor. 


Porém, nos últimos anos, a situação econômica da empresa piorou. 


No ano passado, foram realizadas demissões. 


E em maio deste ano, com os reflexos da crise econômica do país, foi iniciado o processo de hibernação, com a perda de mais de 600 empregos diretos e indiretos.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...