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sexta-feira, dezembro 14, 2018

O drama das mulheres raptadas e forçadas a se casar: 'Ele me estuprava todos os dias'


Rubie Marie, 35, nasceu e cresceu no País de Gales. Teve uma infância feliz, mas tudo mudou quando ela fez 15 anos e foi obrigada a se casar. No Reino Unido, discute-se se criminalizar a prática é o melhor caminho.

Por BBC
 Rubie Marie era estuprada diariamente pelo marido para engravidar. — Foto: BBC
Rubie Marie era estuprada diariamente pelo marido para engravidar. — Foto: BBC.

Rubie Marie, 35, nasceu e cresceu no País de Gales


Teve uma infância feliz, mas tudo mudou quando ela fez 15 anos. 

Marie foi levada para Bangladesh como se a família estivesse saindo de férias. 


"Era para ficarmos por seis semanas, mas aí aumentou para dois meses, depois três, depois seis", diz ela. 

"Eu dizia para o meu pai que queria voltar para casa, para a escola, para os meus amigos. 


Mas ele respondia coisas como 'a gente gastou dinheiro demais vindo para cá'. 


Essa era a desculpa dele, a forma de esconder que estava planejando meu casamento." 

"Lembro como se fosse hoje. 


Eu estava sentada jantando com a família e ele apareceu, sentou-se e começou a comer. 


De repente, disse: 'Não seria ótimo se a gente casasse a Rubie?' 


Eu morri de vergonha. 


Eu era criança, dei um ataque, joguei meu prato no chão, saí batendo porta, fui correndo para o quarto, aos berros. 


Não conseguia lidar com aquela informação", conta ela. 

"Me colocaram num sistema de leilão.


Um dos meus tios começou a me leiloar.


Foi horrível, fui tratada como uma escrava.


Eu estava num lugar totalmente estranho.


Não sabia para onde ir, não sabia nem onde tinha telefone, nada."

'Fui desonrada'

 

Marie foi obrigada a se casar com um homem que tinha o dobro da sua idade. 


Na festa de noivado, foi vestida "como uma boneca". 

"A casa estava cheia de gente rindo, tinha um bando de gente tentando entrar no meu quarto para me ver, para dar uma espiada na noiva. 


E eu só fiquei sentada lá pensando: 'sou um objeto'. 


Pensava: 'volte para casa, faça o que tiver de fazer para voltar para casa'." 

Depois do casamento, seu marido quis um filho. 

"Eu era estuprada praticamente todos os dias para engravidar, porque assim ele poderia ir morar no Reino Unido, por causa do filho.


Esse era o plano deles", conta.

Ela finalmente engravidou e voltou para o País de Gales para ter o bebê. 


Quando ele nasceu, ela fugiu. 


"Isso envergonhou minha família. 


Eu fui desonrada por muito tempo."


Ela hoje vive na Inglaterra e trabalha como ativista, educando as pessoas sobre casamento forçado. 
"Agora eu passo a mensagem de que há luz no fim do túnel, há um lugar para você no mundo.

Não é tudo horrível.

Não é o inferno.


Você tem que dar a volta por cima, senão ninguém vai fazer isso por você."

Criminalizar é a solução?

 

Tornar o casamento forçado um crime pode fazer as vítimas não denunciarem, dizem ativistas. 

O fato de ser proibido por lei "manda um recado", mas, por outro lado, afasta algumas pessoas, diz uma ONG. 

O casamento forçado é crime no Reino Unido desde 2014. 


No País de Gales, só houve uma denúncia formal, mas o governo acredita que haja cerca de 100 desses casamentos por ano. 

Shahien Taj, de uma ONG que atua com famílias muçulmanas, disse à BBC que é necessário um trabalho de prevenção para educar quem comete esse tipo de crime, que em geral são os pais das vítimas. 

Ela diz que normalmente a vítima quer voltar para a casa dos pais quando a situação se resolve. 

"Nunca conheci uma vítima que dissesse que não se importava que a polícia fosse atrás dos seus pais.


Na maioria das vezes, eles não querem nenhum tipo de intervenção por esse motivo", disse Taj.

 
Samsunear Ali, de outra ONG, a Bawso, diz que a educação é essencial, pois muitos pais sequer sabem que estão cometendo um crime. 
"Na visão deles, estão fazendo a coisa certa.


É um problema gravíssimo e que tem sido pouco discutido."

'Conte conosco', diz Bolsonaro a ministro italiano sobre extradição de Battisti



Nesta quinta-feira (13), o ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal determinou a prisão do italiano Cesare Battisti para que ele possa ser extraditado para a Itália.

 

Por Guilherme Mazui, G1 Brasília



Resultado de imagem para 'Conte conosco', diz Bolsonaro a ministro italiano sobre extradição de Battisti

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (14) que a Itália pode "contar" com ele no processo de extradição do italiano Cesare Battisti

Ele respondeu no Twitter à mensagem do ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, que comentou a decisão do ministro Luiz Fux do Supremo Tribunal Federal (STF) de determinar a prisão de Battisti.

“Darei grande valor ao presidente @jairbolsonaro se ele ajudar a Itália a ter justiça, "presenteando" Battisti com um futuro na sua terra natal”, afirmou o ministro no Twitter.

Bolsonaro respondeu ao ministro em português e italiano: "Obrigado pela consideração de sempre, Senhor Ministro do Interior da Itália.


Que tudo seja normalizado brevemente no caso deste terrorista assassino defendido pelos companheiros de ideais brasileiros! Conte conosco!"

A troca de mensagens ocorreu no dia seguinte à decisão do ministro Luiz Fux, que determinou a prisão de Battisti para que ele possa ser extraditado para a Itália.

Nesta sexta, Polícia Civil de São Paulo fez buscas por Cesare Battisti em Cananéia, no litoral paulista.
Ministro do STF Luiz Fux autoriza prisão preventiva de Cesare Battisti
Ministro do STF Luiz Fux autoriza prisão preventiva de Cesare Battisti.
 

Prisão e extradição.

 

Battisti vive em uma cidade do litoral paulista. 


Ele foi condenado por quatro homicídios na Itália na década de 1970. 

Em 2007, a Itália pediu a extradição do italiano e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República

À época, o então presidente Lula negou a extradição em seu último dia de mandato. 

O governo italiano não desistiu da extradição e retomou conversas com o Brasil após o presidente Michel Temer chegar ao poder. 

Fux revogou uma liminar concedida por ele próprio, quando a defesa de Battisti a solicitou ao STF um habeas corpus preventivo para que ele não fosse extraditado. 

A nova decisão do ministro registra que cabe ao presidente extraditar ou não o estrangeiro, porque as decisões políticas não competem ao Judiciário. 

'Voltará para a Itália'.

 

Bolsonaro costuma repetir que deseja extraditar o italiano


Em 5 de novembro, durante entrevista após a vitória na eleição presidencial, Bolsonaro afirmou que fará "tudo o que legal" para extradir Battisti "imediatamente". 

"Ele [ex-presidente Lula] decidiu, no apagar das luzes, dar status de refugiado a um terrorista italiano chamado Cesare Battisti. 


O que disse [no encontro com o embaixador da Itália] é que tudo o que for legal da minha parte nós faremos para devolver este terrorista para a Itália", afirmou o presidente eleito à TV Band. 

Perguntado se o italiano deveria ser extraditado, Bolsonaro respondeu: "Voltará para a Itália, sim, imediatamente. 


Volta para lá. 


Vai depender do Supremo Tribunal Federal esta decisão".

Governo dos EUA pede à Suprema Corte para bloquear entrada de transgêneros nas Forças Armadas

Trump anunciou a medida em julho de 2017, mas tribunais norte-americanos conseguiram reverter a proibição.

Por France Presse

Manifestantes protestam em Nova York contra decisão de Trump de proibir transgêneros nas Forças Armadas, em 26 de julho — Foto: Reuters/Carlo Allegri.
 
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu na quinta-feira (13) à Suprema Corte que bloqueie a entrada de transgêneros nas Forças Armadas do país até uma solução para a batalha legal em curso sobre o tema. 
 
A administração do presidente Donald Trump afirmou em julho de 2017 que não permitiria o alistamento de pessoas transgênero, após ouvir generais e especialistas na área militar

Segundo ele, haveria um "risco muito grande para a efetividade militar e a letalidade". 
 
"Nossos militares devem se concentrar em vitórias decisivas e extraordinárias, e não podem se preocupar com os tremendos custos médicos e transtornos que seriam causados por transgêneros entre os militares", escreveu no Twitter em 2017. 
 
Tribunais norte-americanos questionaram a posição repetidas vezes – e a oposição à medida conseguiu algumas vitórias na Justiça

O governo Trump, porém, insistiu nesta quinta-feira em garantir o cumprimento da medida em caráter emergencial. 
 
Segundo a Casa Branca, a permissão "permaneceria em vigor durante pelo menos um ano a mais e provavelmente até 2020, um período muito longo para que os militares se vejam obrigados a manter uma política que, segundo seu critério profissional, é contrária aos interesses da nação".
 

Obama e Trump.

 

A posição da Casa Branca é radicalmente distinta da postura adotada pelo governo do ex-presidente Barack Obama, antecessor de Trump. 
 
De acordo com uma medida adotada durante a administração Obama, a partir de 1º de julho de 2017 as Forças Armadas deveriam começar a aceitar recrutas transgênero

Mas o governo Trump alterou a data para 1º de janeiro de 2018, antes de reverter completamente a política.

Fux manda prender Cesare Battisti e abre caminho para extradição do italiano


Ministro revogou liminar dada por ele mesmo em outubro de 2017, que impedia extradição. Segundo Fux, STF já permitiu extradição e revisão cabe ao presidente da República

 

Por Mariana Oliveira, TV Globo Brasília

Ministro do STF Luiz Fux autoriza prisão preventiva de Cesare Battisti
Ministro do STF Luiz Fux autoriza prisão preventiva de Cesare Battisti
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (13) a prisão de Cesare Battisti para que ele possa ser extraditado para a Itália. 

Na decisão, o ministro Luiz Fux autoriza que Cesare Battisti seja preso pela Interpol imediatamente, ou seja, pela Polícia Federal, que representa a Interpol no Brasil. 

O italiano foi condenado por quatro homicídios na Itália na década de 1970. 


Em 2007, a Itália pediu a extradição dele e, no fim de 2009, o STF julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. 


Na época, o então presidente Lula negou a extradição em seu último dia de mandato. 

No ano passado, a Itália pediu que o governo Michel Temer revisasse a decisão que vetou a extradição. 

Diante do risco de uma reviravolta, a defesa de Battisti solicitou ao Supremo um habeas corpus preventivo para que ele não fosse extraditado. 


Atualmente, Battisti vive numa cidade no litoral paulista.


O relator, ministro Luiz Fux, concedeu a liminar, ou seja, uma decisão provisória, em outubro do ano passado. 


Essa medida garantia que Battisti não fosse expulso, extraditado ou deportado até um novo posicionamento do STF. 

Nesta quinta-feira, Fux revogou essa liminar. 


Disse que cabe ao presidente extraditar ou não porque as decisões políticas não competem ao Judiciário. 

Além disso, segudo Fux, a Interpol pediu a prisão de Battisti pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, o que permitirá o "reexame da conveniência e oportunidade de sua permanência no país". 

Essas suspeitas se referem à prisão de Battisti em Corumbá (MS), em outubro do ano passado, com dinheiro não declarado. 


Ele teria tentado cruzar a fronteira com a Bolívia com US$ 6 mil e 1,3 mil euros. 

Extradição.

 

Na decisão desta quinta-feira, Fux considerou que, como o Supremo reconheceu a possibilidade da extradição, outros presidentes podem tomar decisões diferentes e rever o entendimento para expulsar o italiano. 

"Tendo o Judiciário reconhecido a higidez do processo de extradição, a decisão do chefe de Estado sobre a entrega do extraditando, bem assim como a sua eventual reconsideração, não se submetem ao controle judicial."

O ministro destacou que o presidente tem soberania para revisão da decisão sobre a extradição. 

Fux destacou que Battisti não tem direito adquirido de permanecer no Brasil em razão da decisão de Lula de não extraditá-lo. 


E disse que o fato de Battisti ter um filho no Brasil não impede a extradição, conforme já decidido pelo STF. 

O ministro destacou que foram preenchidos os requisitos para a prisão. 

A expectativa era de uma decisão colegiada, no plenário ou na Primeira Turma do Supremo. 


Mas o ministro Fux acabou tomando a decisão sozinho por considerar que o Supremo já autorizou a extradição. 

Agora, o futuro do italiano está nas mãos do presidente da República: o atual Michel Temer ou o que toma posse em janeiro, Jair Bolsonaro.


Battisti ainda pode recorrer ao Supremo. 


A defesa disse que ainda não foi notificada e por isso não iria comentar. 

Governo italiano.

 

O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, compartilhou nesta sexta-feira (14) uma notícia do site Libero Quotidiano comentando da decisão do ministro Luiz Fux, que determinou a prisão de Cesare Battisti. 

“Darei grande valor ao presidente @jairbolsonaro se ele ajudar a Itália a ter justiça, "presenteando" Battisti com um futuro na sua terra natal”, afirmou no Twitter.

MP-GO convoca promotora de férias para reforçar força-tarefa que apura denúncias contra João de Deus


Em quatro dias, 330 mulheres registraram acusações contra o médium. Promotores já pediram a prisão de João de Deus, mas ainda não há uma decisão. Ele nega os crimes.

 

Por Paula Resende, G1 GO
Defesa de João de Deus quer que médium retome atendimentos
Defesa de João de Deus quer que médium retome atendimentos
O Ministério Público de Goiás convocou a titular da promotoria de Abadiânia, Cristiane Marques, que estava de férias, para reforçar a força-tarefa que investiga as acusações de abuso sexual contra João de Deus


Até quinta-feira (13), 330 mulheres denunciaram o médium ao órgão. 


Ele nega os crimes. 

A força-tarefa começou o trabalho de investigação na segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium. 

O jornal "O Globo", a TV Globo e o G1 têm publicado nos últimos dias relatos de dezenas de mulheres que denunciaram o médium. 


Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus ou a fé de milhares de pessoas que o procuram.
João de Deus é suspeito de abuso sexual  — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
João de Deus é suspeito de abuso sexual — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera.

Para atender às mulheres que não moram em Goiás, o MP-GO preparou uma sala de videoconferência. 


Nela, ficam os promotores de Goiás que participam da força-tarefa, duas psicólogas e dois tradutores de línguas estrangeiras. 

“Temos casos fora do Brasil, por isso, temos a necessidade de acompanhamento para ajudar a gente a esclarecer todas essas situações”, afirma o procurador-geral do órgão, Benedito Torres.

Compõem a força-tarefa:

Promotores:
  • Cristiane Marques - promotora de Abadiânia;
  • Steve Gonçalves Vasconcelos - promotor de Alexância que estava em substituição na promotoria de Abadiânia;
  • Luciano Miranda Meireles - coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) Criminal;
  • Paulo Eduardo Penna Prado - subcoordenador do CAO Criminal;
  • Patrícia Otoni Pereira - coordenadora do CAO dos Direitos Humanos;
  • Gabriella de Queiroz Clementino - integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Psicólogas:

 

  • Liliane Domingos Martins
  • Lícia Nery Fonseca

 

Pedido de prisão.

 

O MP-GO protocolou, no fim da tarde de quarta-feira (12), o pedido de prisão preventiva de João de Deus, após a força-tarefa receber centenas de denúncias de supostas vítimas do médium. 

O pedido deve ser analisado pelo juiz Fernando Chacha, que é responsável pela comarca de Abadiânia. 


A assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou ao G1 que não pode confirmar nenhuma informação porque o caso está em segredo de Justiça. 

Continuidade dos atendimentos.

 

A defesa do médium protocolou, na quinta-feira, no Fórum de Alexânia, um pedido para o que João de Deus continue os atendimentos na Casa Dom Inácio de Loyola, mesmo que , para isso, seja filmado ou tenha a presença de policiais. 


O objetivo é que os trabalhos na casa não sejam prejudicados e para que não haja a suspeita sobre continuidade de crimes. 

“Muitas pessoas são beneficiadas com o tratamento e vão em busca do João de Deus. 


Então, para que ele possa continuar os atendimentos sem causar um embaraço à Justiça, parecer uma afronta, pedimos para que, se o juiz julgar necessário, coloque câmeras no local e até policiais para ver que o trabalho é feito com lisura”, disse o advogado Alberto Toron. 

O defensor explicou ainda que já havia feito outro pedido à Justiça, para que possa marcar uma data para que o médium seja ouvido. 


Toron relatou que ainda não teve acesso ao teor dos depoimentos das vítimas e nem ao pedido de prisão. 

“Ele tem 76 anos e uma larga folha de serviços prestados. 


Os depoimentos têm que ser apurados com rigor. 


É necessário ter cuidado para que João de Deus não seja submetido a um linchamento público antecipado”, completou.

quinta-feira, dezembro 13, 2018

Futura ministra dos Direitos Humanos promete 'contrarrevolução cultural' nas escolas

Damares Alves diz que escola ensinará menino ‘a respeitar menina como menina’. ‘Vamos ensinar os meninos, quem sabe, a levar flores para as meninas na escola’, disse em entrevista à rádio.

 

Por G1 RS

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Damares disse que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres — Foto: Reprodução/JN
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Damares disse que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres — Foto: Reprodução/JN.
 
A futura ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu, na manhã desta quinta-feira (13), uma ‘contrarrevolução cultural’ nas escolas. 

Damares disse que pretende combater, desde cedo, a agressão contra as mulheres. 
 
"Nós vamos para a escola ensinar o menino a respeitar a menina como menina. 

No momento em que você diz lá na escola que menino é igual à menina, o menino, então, vai poder dar porrada na menina? 

A menina aguenta, às vezes, as brincadeiras de meninos? 
 
 
Não", argumenta a nova ministra. 
 
"Nós vamos voltar a dizer na escola que menina é menina e menino é menino.

Vamos ensinar os meninos, quem sabe, a levar flores para as meninas nas escolas.


Uma contrarevolução cultural nessa nação", acrescenta.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Damares falou que não é contrária às aulas de educação sexual, mas não assegura que elas continuarão no governo de Jair Bolsonaro. 

Ela disse que está conversando com o Ministério da Educação sobre o assunto. 
 
Para Damares, as escolas devem abordar o assunto respeitando as faixas etárias dos jovens e seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
 
"O menino que estuda matemática, que é voltada apenas à área de exatas, só entende de matemática.

Aí ele vai dar aula, lá no 5º ano, com criança de 10 anos, de matemática. 

Você acha que um jovem, que está na faculdade, com 22 anos, estudando só matemática, tem condições e capacidade de abordar o tema com um menino de 10, 11 anos?", indaga. 
 
"O tema tem que ser abordado de forma madura, inteligente, com professores com conhecimento do assunto, obedecendo às especificidades de cada idade", prossegue. 

Estupro na infância.

 

Damara contou que foi vítima de estupro na infância e que, por muitos anos, se culpou e só descobriu mais tarde que era uma vítima. 
 
"Fui abusada dos seis aos oito anos, inúmeras vezes.

Eu tinha um pé de goiaba no fundo de minha casa e era lá que eu chorava sozinha.

O meu agressor me convenceu que eu era culpada do abuso.

Eu mandava todos os sinais e ninguém via, não podia falar porque tinha uma ameaça: 'se você falar, seu pai morre'.

Aos 10 anos eu quis morrer", conta.

Ministério da 'Vida'

 

A ministra falou ainda que vai trabalhar por políticas públicas para "quem está invisível" e não deve levar à discussão assuntos que já possuem leis específicas, como o aborto e o casamento entre pessoas homossexuais. 
 
"As feministas tiveram os holofotes até agora. 

Vai para os holofotes agora, trazido por esta ministra, a mulher ribeirinha, a mulher seringueira, a mulher quebradeira de coco, a mulher catadora de siri, a mulher cigana. 

É um momento novo. 

Vai vir para o protagonismo quem está invisível. 

É uma alternância de poder. 

Daqui alguns anos, talvez, as feministas voltem para os holofotes." 
 
A um ouvinte da rádio que perguntou à ministra se Jair Bolsonaro teria errado ao manter o nome do Ministério dos Direitos Humanos, ela disse que não pôde mudar o nome. 

"Seria interessante que esse ministério fosse 'Vida'", sugeriu. 
"Vai proteger vida de idoso, criança, quilombola, índio, isso é direitos humanos. 

O maior e o primeiro direito humano, por favor, é a vida. 

Então, esse ministério tem a cara de vida. 

Faz o seguinte: vamos trazer o nome fantasia para o ministério: Ministério da Vida, da Família e da Alegria", concluiu a ministra.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...