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terça-feira, novembro 27, 2018

Justiça mantém a prisão de ex-diplomata acusado de agredir atriz

Recurso de advogado não foi aceito e Sérgio Schieller Thompson Flores será mantido na prisão. Ele se apresentou à delegacia no domingo. 

Preso, no Rio, o ex-diplomata acusado de espancar a mulher
Preso, no Rio, o ex-diplomata acusado de espancar a mulher
A Justiça manteve, nesta terça-feira (27), a prisão do ex-diplomata e empresário Sérgio Schieller Thompson Flores. 


Ele é apontado como responsável pelas agressões contra a atriz Cristiane Machado.


Thompson Flores se apresentou no domingo à 28ª DP (Campinho).


Depois seguiu para o Sistema Penitenciário do Rio.


A secretaria de administração penitenciária alegou não dar informações por segurança.


Nesta terça, a Justiça decidiu que o pedido da defesa do empresário fosse indeferido para garantir a integridade física da atriz.


Thompson-Flores teve a prisão preventiva decretada após descumprir uma medida protetiva, que o obrigava a ficar distante de Cristiane.
Atriz Cristiane Machado falou ao Fantástico sobre as agressões do marido — Foto: Reprodução/TV Globo 
Atriz Cristiane Machado falou ao Fantástico sobre as agressões do marido — Foto: Reprodução/TV Globo.
 
O caso ganhou destaque após a atriz Cristiane Machado gravar algumas das agressões que sofreu do marido

Ela instalou câmeras em casa que registraram, em 31 de agosto, tapas e tentativas de enforcamento.

Também gravou com o celular ameaças de morte a ela e à familia.


Com medo de ser morta, a atriz denunciou o ex-marido.
Atriz instalou câmeras escondidas para provar perigo de ser morta pelo marido
Atriz instalou câmeras escondidas para provar perigo de ser morta pelo marido.

Maioria dos deputados federais eleitos é a favor de reduzir a maioridade penal


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Pelo menos 290 deputados federais eleitos e que tomam posse em fevereiro de 2019 se dizem a favor da redução da maioridade penal, segundo levantamento realizado pelo G1
  • Favoráveis à redução da maioridade penal: 168 deputados (33%)
  • Favoráveis à redução da maioridade penal em determinados casos: 122 (24%)
  • Contrários à redução da maioridade penal: 112 (22%)
  • Não quiseram responder a essa pergunta: 10 dos 412 que responderam ao questionário
 — Foto: Alexandre Mauro/G1
 — Foto: Alexandre Mauro/G1
— Foto: Alexandre Mauro/G1.

Atualmente, a legislação brasileira afirma que menores de 18 anos são penalmente inimputáveis. 


Assim, jovens entre 12 e 18 anos que cometem alguma infração são responsabilizados por meio de medidas socioeducativas, decididas por um juiz, e previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Em 2015, a Câmara aprovou, em dois turnos, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que reduz a maioridade idade penal de 18 para 16 anos no caso de crimes de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e crimes hediondos, como o estupro. 

Desde então, o texto está parado no Senado, onde espera análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para o plenário. 

A redução da maioridade penal foi uma das principais bandeiras do presidente eleito Jair Bolsonaro durante a campanha. 


Ele disse em mais de uma ocasião que não abria mão de aprovar o tema, e chegou a propor uma redução progressiva, para 17 anos, e depois para 16

O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou em entrevista coletiva que pessoas com menos de 18 anos "devem ser protegidas", mas disse que "um adolescente acima de 16 anos já tem condições de percepção de que, por exemplo, não pode matar". 

Comparação entre levantamentos.

 

Em 2014, o G1 perguntou aos novos deputados se eram favoráveis à redução para 16 anos – especificando a idade. 


Naquele ano, 64% se mostraram favoráveis, sendo 35% totalmente a favor e 29% apenas para determinados casos. 

O percentual dos que eram contra era menor: 18%. 

Entre os dias 5 e 23 deste mês, o G1 aplicou aos deputados um questionário sobre 18 temas que deverão constar da pauta de debates legislativos. 

Todos os 513 deputados foram contatados – 412 (80%) responderam e 101 (20%) não responderam ou prometeram enviar as respostas, mas não o fizeram.

Parte dos deputados respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte por e-mail, aplicativos de mensagens ou por intermédio das assessorias. 


Todos foram informados de que a divulgação das respostas não será feita de forma individualizada. 

* Participaram do levantamento: Adriane Schultz, Aline Ramos, Carol Prado, Carolina Dantas, Cauê Fabiano, Cauê Muraro, Cesar Soto, Clara Velasco, Darlan Alvarenga, Elida Oliveira, Elisa Clavery, Fabiano Costa, Felipe Grandin, Fernanda Calgaro, Gabriela Caesar, Gustavo Garcia, Karina Trevizan, Lara Pinheiro, Laura Naime, Lucas Vidigal, Luiz Guilherme Gerbelli, Marília Neves, Marina Franco, Marta Cavallini, Mônica Aquino, Paula Paiva Paulo, Rafaela Putini, Ricardo Novelino, Rodrigo Ortega, Taís Laporta, Thaís Matos, Thiago Lavado e Thiago Reis

 

O QUE PENSA A NOVA CÂMARA SOBRE...

Governo divulga lista de cidades onde estão trabalhando novos profissionais selecionados pelo Mais Médicos

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São 224 médicos que já atuam em diferentes estados do Brasil após novo edital.


O novo edital do Programa Mais Médicos preencheu e efetivou o trabalho de 224 profissionais, que já se apresentaram às Unidades Básicas de Saúde. 


A lista com a localização e a quantidade de médicos por cidade foi divulgada nesta segunda-feira (26) pelo Ministério da Saúde.


 (Veja a lista completa das cidades abaixo)
De acordo com a pasta, os mais de 200 médicos já estão trabalhando.


Ainda não há a informação se todos os profissionais são brasileiros, mas todos eles têm registro CRM ou passaram por aprovação do Revalida.

Mais cedo, o ministério havia anunciado que 97,2% das vagas foram preenchidas.


Até as 12h desta segunda, 8.278 profissionais se cadastraram e estavam alocados para atuação imediata.


Eles têm até 14 de dezembro para se apresentarem no município escolhido e entregar todos os documentos exigidos no edital.

O salário é de R$ 11.800. Podem se candidatar às vagas os médicos brasileiros com CRM brasileiro ou com diploma revalidado.

As inscrições vão até o dia 7 de dezembro pelo site http://maismedicos.gov.br/, que chegou a apresentar instabilidade nos primeiros dias de abertura para cadastramento.

Veja a lista completa de médicos atuando pelo novo edital, por município: 

 
Lista de novos médicos do Programa:


AC CIDADE QUANTIDADE DE MÉDICOS
AC Cruzeiro do Sul 1
BA América Dourada 1
BA Central 3
BA Feira da Mata 1
BA Itabuna 1
BA Jequie 1
BA João Dourado 1
BA Santa Maria da Vitória 1
BA Santo Estevam 1
BA Seabra 1
BA Uauá 1
CE Acarau 3
CE Iraucuba 1
CE Marco 1
CE Pacajus 1
CE Parambu 2
CE Quixeramobim 1
CE Tianguá 2
DF Brasília 5
ES Barra de São Francisco 1
ES Cariacica 4
ES Castelo 1
ES Laranja da Terra 1
ES Serra 13
ES Viana 4
ES Vila Velha 3
GO Aparecida de Goiânia 4
GO Catalão 1
GO Cidade Ocidental 1
GO Crixas 1
GO Morrinhos 1
GO Valparaíso de Goiás 1
MG Carmo do Cajuru 1
MG Cataguases 1
MG Contagem 4
MG Diamantina 1
MG Divinópolis 2
MG Esmeraldas 1
MG Funilândia 1
MG Juatuba 2
MG Juiz de Fora 2
MG Lagoa Santa 2
MG Leopoldina 1
MG Mar de Espanha 1
MG Moema 2
MG Montes Claros 3
MG Pará de Minas 1
MG Porteirinha 3
MG Raposos 1
MG Sabará 5
MG Santa Bárbara 1
MG Santa Luzia 5
MG Uberaba 1
MG Wenceslau Braz 1
MS Corumbá 2
MT Caceres 2
MT Tangará da Serra 3
PA Rurópolis 1
PA Santarém 12
PA Tracuateua 1
PB Cabedelo 1
PB DSEI Potiguara 1
PB Picuí 1
PB São José de Princesa 1
PB Sume 1
PE Agrestina 1
PE Bodoco 1
PE Carpina 2
PE Moreno 1
PE Recife 3
PE São Vicente Ferreira 1
PI Monsenhor Gil 1
PR Ibaiti 1
PR Ibema 1
PR Itambé 1
PR Ivaiporã 1
PR Paicandu 2
PR Paranavaí 1
PR Piraquara 1
PR Ponta Grossa 5
PR Rondon 1
PR São Manoel do Paraná 1
RJ Nova Friburgo 2
RO Buritis 1
RO Campo Novo de Rondônia 1
RO Ouro Preto do Oeste 5
RO Porto Velho 6
RR Boa Vista 3
RS Bagé 1
RS Cachoeirinha 1
RS Parobe 1
RS Porto Alegre 1
SC Balneario Arroio do Silva 1
SC Navegantes 1
SP Araçatuba 3
SP Araraquara 1
SP Arujá 2
SP Assis 1
SP Bauru 3
SP Castilho 1
SP Cosmopolis 2
SP Franca 3
SP Guaratingueta 1
SP Jandira 2
SP Limeira 6
SP Mauá 1
SP Monte Mor 1
SP Morro Agudo 1
SP Ourinhos 1
SP Piracicaba 3
SP Praia Grande 2
SP Santo Antônio do Aracanguá 1
SP Santos 1
SP São Bernardo do Campo 1
SP São Carlos 1
SP São Joaquim da Barra 1
SP São José dos Campos 2
SP Votorantim 1

CUBA DEIXA O MAIS MÉDICOS

MAIS DO G1

segunda-feira, novembro 26, 2018

‘Quem define gênero é a natureza’, diz futuro ministro da Educação



Por Aline Pavaneli, G1 São Paulo

 
26/11/2018 20h53.

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O futuro ministro de Educação do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Ricardo Vélez Rodríguez, disse que “quem define gênero é a natureza”, ao justificar porque discorda da discussão de gênero em sala de aula. 

Rodríguez falou com a imprensa, pela primeira vez, no início da noite desta segunda-feira (26), durante uma recepção em homenagem a ele, na universidade particular em Londrina, no norte do Paraná, onde trabalha. 


Ele mora na cidade com a família.
Para o futuro ministro, a discussão de gênero é um pouco abstrata.

"Olha, eu não concordo por uma razão muito simples: quem define gênero é a natureza. 


É o indivíduo. 


Então a discussão da educação de gênero me parece um pouco abstrata, um pouco geral", declarou. 

Ele citou o exemplo do Canadá, onde esteve em julho visitando parentes. 


Disse que o país decretou a educação de gênero por lei federal, mas as províncias autônomas começaram a debater o tema localmente e algumas, onde o governo é conservador, derrubaram a lei. 

“Então eu acredito que quando consultadas as pessoas onde moram, enxergando o indivíduo, a educação de gênero é um negócio que vem de cima para baixo, de uma forma vertical e não respeita muito as individualidades. 


A culminância da individualização qual é? 


A sexualidade. 


Então, se eu brigo com um indivíduo, vou brigar com a sexualidade e vou querer regulamentar a sociedade por decreto, o que não é bom. 


Eu acho que é um tiro fora do alvo”, afirmou. 

Veja abaixo outros trechos da entrevista:

 

“Escola sem partido”.

 
Sobre o projeto de lei “Escola sem partido”, Rodríguez explicou porque discorda da doutrinação. 

“Eu acho que a doutrinação não é boa ao aluno, nos primeiros anos, no ensino básico, fundamental, tem que ser educado fundamentalmente para integrar-se na sua comunidade, no seu país, que é um país suprapartidário. 


Não é um partido político que vai fazer com que o menino, o jovem tenha consciência cidadã”, disse. 

O futuro ministro contou que assistiu a uma sessão da Câmara Federal, quando foi conversar com Bolsonaro, na qual se discutia o projeto de lei, e pontuou que a discussão está sendo muito aberta. 

“Acho que está acontecendo uma discussão muito aberta e vai haver uma moderação na regulamentação disso. 


Não acredito que haja violação dos direitos das pessoas para se exprimirem”, declarou. 

Enem.

 
Sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Rodíguez afirmou que a prova precisa ser preparada com isenção, para que não seja veículo de disseminação de determinadas posições ideológicas ou doutrinárias. 

“Tem que ser uma prova que avalie realmente os conhecimentos, e que não obrigue o aluno a assumir determinada posição com medo de levar ‘pau’. 


Tem muito aluno que me falou: Professor, eu tento responder certo, não quero levar ‘pau’ por isso, porque tento responder o que eu espero que os questionadores, eu respondo”, detalhou
Perguntado se a prova poderia passar pelo crivo do presidente, ele respondeu que ninguém vai impedir. 

“Se o presidente se interessar, né? 


Ninguém vai impedir. 


Ótimo que o presidente se interesse pela qualidade das nossas provas”, disse. 

Universidade pública.

 
Na opinião do futuro ministro, as universidades precisam melhorar a gestão, com cobrança de eficiência e resultado pessoal. 

“Eu acho que a universidade pública tem que permanecer pública. 


Mas com uma gestão eficiente, uma gestão em que o cidadão veja que o que está pagando tem resultado. 


E nossa estrutura de universidade pública sai quatro, cinco vezes mais caro que universidade particular. 


Precisamos justificar isso perante o eleitorado que é quem financia”, pontuou. 

Prioridades no Ministério da Educação.

 
De acordo com Rodríguez, a prioridade na sua gestão frente ao Ministério da Educação será pensar nas pessoas. 

“Para mim o valor fundamental é servir as pessoas. 


Então, vou tentar dar importância às pessoas, ao aluno em sala, aos professores que se sentem oprimidos pela violência que há em sala, isso precisa ser equacionado”, afirmou. 

O futuro ministra da Educação acredita que as universidades ficaram reféns de uma doutrinação de “cunho marxista”, e que é preciso “abrir a mente e o espírito para que haja compreensão de outras formas de ensino e educação”. 

Rodríguez acredita que há muito a se fazer pela educação, melhorando principalmente as condições do ensino nas escolas municipais. 

“É aí onde se forma a consciência cidadã, a educação para cidadania, e onde se pode começar a resgatar a qualidade do nosso ensino. 


Acho que temos a necessidade de voltar os olhos para o cidadão, para o aluno, para a pessoa, para as pessoas individuais, com suas diferenças, suas preocupações”, disse. 

Colégios militares.

 
Perguntado sobre a experiência em colégios militares, Rodríguez afirmou que valoriza muita a disciplina e a eficiência que eles têm. 

“Os colégios militares, hoje, representam para o Brasil, o que há de melhor em termos de qualidade, exigência, de disciplina. 


É interessante visitar um colégio militar, a gente fica surpreendido como professor”, declarou. 

Ele disse ainda que, acha que Bolsonaro tem uma grande ideia ao colocar os colégios militares como exemplo para a sociedade civil. 

“Não para que virem colégio militar, não. 


Mas para que olhem que é possível ter eficiência, disciplina, sem sacrificar a alegria de viver. 


Eu sempre valorizei a Escola de Estado Maior do Exército e o Centro de Estudos do Exército, porque em qualquer disciplina a gente é avaliado no final. 


E lhe apresenta a possibilidade de ver os seus erros e de corrigi-los. 


O que eu acho maravilhoso, a gente só tem a crescer com essa modalidade de ensino disciplinar”, pontuou. 

O futuro ministro da Educação.

 

Rodríguez foi anunciado como ministro da Educação pelo presidente eleito na última quinta-feira (22). 


Nascido na Colômbia e naturalizado brasileiro em 1997, o futuro ministro é autor de mais de 30 obras e, atualmente, é professor emérito da Escola de Comando do Estado Maior do Exército. 

Rodríguez é mestre em pensamento brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ); doutor em pensamento luso-brasileiro pela Universidade Gama Filho; e pós-doutor pelo Centro De Pesquisas Políticas Raymond Aron. 

Em carta divulgada na sexta-feira (23), Rodríguez afirma que sua gestão à frente da pasta buscará preservar "valores caros à sociedade brasileira" que, segundo ele, é "conservadora". 

Crítico dos últimos governos do país, Rodríguez disse que é contra "discriminação de qualquer tipo" e afirmou que, nos últimos anos, a "instrumentalização ideológica da educação" polarizou o debate sobre o tema. 

A "ideologização" da educação já havia sido criticada por Rodríguez em um texto publicado no início de novembro

Na ocasião, escreveu que o órgão responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) entende as provas "mais como instrumentos de ideologização do que como meios sensatos para auferir a capacitação dos jovens no sistema de ensino".

Lava Jato em SP denuncia Lula por lavagem de dinheiro em negócio na Guiné Equatorial


Por G1 São Paulo

 
26/11/2018 12h41.
 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Guiné Equatorial, Obiang Nguema Mbasogo, posam em cumprimento durante visita de Lula a Malabo, capital da Guiné, em julho de 2010 — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República via AFP
 
A Força Tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo denunciou nesta segunda-feira (26) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo crime de lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido R$ 1 milhão para intermediar discussões entre o governo de Guiné Equatorial e o grupo brasileiro ARG para a instalação da empresa no país.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Lula recebeu a quantia dissimulada em forma de uma doação da empresa ao Instituto Lula, entre setembro de 2011 e junho de 2012. 

O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, afirma em nota que a nova denúncia “é mais um duro golpe no Estado de Direito porque subverte a lei e os fatos para fabricar uma acusação e dar continuidade a uma perseguição política sem precedentes pela via judicial” (leia mais abaixo). 

Em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirma que todas as doações recebidas por ela "são legais, declaradas, registradas, pagaram os impostos devidos". 

Ainda de acordo com o comunicado, as doações "foram usadas nas atividades fim do Instituto e nunca tiveram nenhum tipo de contrapartida".
Lula é denunciado pela força tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo
Lula é denunciado pela força tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo.

Além de Lula, o MPF denunciou ainda o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, pelos crimes de tráfico de influência em transação comercial internacional e lavagem de dinheiro. 

Como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele. 
O G1 procurou a ARG e aguarda retorno. 

As negociações começaram entre setembro e outubro de 2011. 

Segundo o MPF, Geo pediu a Lula para que interviesse junto ao presidente da Guiné Equatorial, Obiang Nguema Mbasogo, para que o governo continuasse realizando transações comerciais com a ARG, especialmente na construção de rodovias.
Carta de Lula para presidente da guiné Equatorial — Foto: Reprodução/Ministério Público Federal Carta de Lula para presidente da guiné Equatorial — Foto: Reprodução/Ministério Público FederalCarta de Lula para presidente da guiné Equatorial — Foto: Reprodução/Ministério Público Federal 
Carta de Lula para presidente da guiné Equatorial — Foto: Reprodução/Ministério Público Federal.

O MPF dizer que conseguiu provar a transação com base em e-mails encontrados em computadores no Instituto Lula, apreendidos em março de 2016 na Operação Aletheia, 24ª fase da Operação Lava Jato de Curitiba.
 
Em e-mail de 5 de outubro de 2011, o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula Miguel Jorge, escreveu para Clara Ant, diretora do Instituto Lula, que o ex-presidente havia dito a ele que gostaria de falar com Geo sobre o trabalho da empresa na Guiné Equatorial. 

Segundo o ex-ministro informava no e-mail, a empresa estava disposta a fazer uma contribuição financeira “bastante importante” ao Instituto Lula. 

Em maio de 2012, Geo encaminhou a Clara Ant por e-mail uma carta digitalizada de Teodoro Obiang para Lula e pede para que seja agendada uma data para encontrar o ex-presidente e lhe entregar a original. 

Também informa à diretora do instituto que voltaria à Guiné Equatorial em 20 de maio e que gostaria de levar a resposta de Lula. 
Lula escreveu uma carta a Obiang em que mencionava um telefonema entre ambos e que acreditava que o país poderia ingressar, futuramente, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. 

A carta foi entregue em mãos ao presidente da Guiné Equatorial por Rodolfo Geo. 
Na carta, Lula diz a Obiang que Geo dirige a Arg, “empresa que já desde 2007 se familiarizou com a Guiné Equatorial, destacando-se na construção de estradas”. 

Na análise dos dados apreendidos no Instituto Lula foi localizado registro da transferência bancária de R$ 1 milhão pela ARG ao instituto em 18 de junho de 2016.

Recibo emitido pela instituição na mesma data e também apreendido registra a “doação”. 

Para o MPF, não se trata de doação, mas pagamento de vantagem a Lula em virtude do ex-presidente do Brasil ter influenciado o presidente de outro país no exercício de sua função. 

Como a doação feita pela ARG seria um pagamento, o registro do valor como uma doação é ideologicamente falso e trata-se apenas de uma dissimulação da origem do dinheiro ilícito, e, portanto, configura crime de lavagem de dinheiro. 
Um dos sócios do grupo, pai do denunciado, Adolfo Geo morreu em um acidente de avião nesta segunda-feira em Minas Gerais

Adolfo não tinha sido denunciado.


O caso envolvendo o Instituto Lula foi remetido à Justiça Federal de São Paulo por ordem do então titular da Operação Lava Jato, Sergio Moro. 

O inquérito tramita na 2ª Vara Federal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, que analisará a denúncia do MPF. 
Segundo a defesa de Lula, a nova denúncia “é mais um capítulo do ‘lawfare’ que vem sendo imposto a Lula desde 2016”. 

“A denúncia pretendeu, de forma absurda e injurídica, transformar uma doação recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente contabilizada e declarada às autoridades, em tráfico internacional de influência (CP, art. 337-C) e lavagem de dinheiro (Lei n. 9.613/98, art 1º. VIII)”, disse Zanim Martins. 

“A acusação foi construída com base na retórica, sem apoio em qualquer conduta específica praticada pelo ex-presidente Lula, que sequer teve a oportunidade de prestar qualquer esclarecimento sobre a versão da denúncia antes do espetáculo que mais uma vez acompanha uma iniciativa do Ministério Público – aniquilando as garantias constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal”, acrescentou. 

O advogado finaliza a nota dizendo esperar que “a Justiça Federal de São Paulo rejeite a denúncia diante da manifesta ausência de justa causa para a abertura de uma nova ação penal frívola contra Lula”.
Comprovante de doação deito pela ARG para o Instituto Lula — Foto: Reprodução/MPF Comprovante de doação deito pela ARG para o Instituto Lula — Foto: Reprodução/MPF Comprovante de doação deito pela ARG para o Instituto Lula — Foto: Reprodução/MPF  
Comprovante de doação feito pela ARG para o Instituto Lula — Foto: Reprodução/MPF.

Outro caso envolvendo a Guiné Equatorial ocorreu em setembro. 

No dia 14 daquele mês, agentes da Receita Federal e da Polícia Federal (PF) apreenderam US$ 1,4 milhão e R$ 55 mil em dinheiro, e cerca de 20 relógios avaliados em US$ 15 milhões com membros de uma comitiva do país no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. 

O vice-presidente do país, Teodoro Obiang Mang, estava no voo. 

Conhecido como Teodorín, ele é o filho mais velho do presidente da Guiné Equatorial. 

A PF quer descobrir com quem a comitiva iria se encontrar durante estada no Brasil

A fortuna estava em duas malas não diplomáticas da delegação. 

Em depoimento à Polícia Federal, o secretário da Embaixada da Guiné Equatorial, Leminio Akuben Mikue, explicou que o vice-presidente veio ao Brasil para tratamento médico, e que o US$ 1,4 milhão em uma das malas seria utilizado em missão oficial posterior, com destino a Singapura. 

Sobre os relógios, o secretário informou que seriam de uso pessoal de Teodoro Obiang Mang.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...