TUDO É FORÇA, SÓ DEUS É PODER.
"DEUS SEM MIM CONTINUARÁ SENDO DEUS.
EU SEM DEUS NÃO SEREI NADA".
DISSE JESUS : ”E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ“. JOÃO 8:32 .
TODOS CONTRA A PEDOFILIA, EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL, A CORRUPÇÃO GENERALIZADA NO NOSSO PAÍS, A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS, AS CRIANÇAS E TODOS INDIVÍDUOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA IDADE.
ACESSE DIARIAMENTE A SUA "REVISTA ELETRÔNICA".
Anthony
Garotinho está preso em área separada dos outros presos, já que são
inimigos políticos. Baile funk atormenta presos na cadeia Pública José
Frederico Marques e é alvo de reclamações dos detentos.
Por Bom Dia Rio
Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica (Foto: Reprodução/ TV Globo).
Reformada para abrigar os presos da Operação Lava Jato, a cadeia
pública José Frederico Marquês, em Benfica, na Zona Norte do Rio, nos
últimos dias passou a ter pai e filho na mesma cela. O presidente
licenciado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj)
Jorge Picciani divide cela com o filho, Felipe Picciani. No mesmo
espaço também estão o deputado estadual Edson Albertassi e com Rogério
Onofre, ex-presidente do Detro.
Os políticos detidos por corrupção têm feito reclamações, pois as celas
destinadas aos presos por corrupção não ficam de frente para a fachada
do presídio, mas sim para a favela do Arará, que fica nos fundos. De
acordo com informações obtidas pelo Bom Dia Rio, o barulho causado por
um baile funk na comunidade tem atormentado os detentos e sido alvo de
reclamações.
No presídio também estão os ex-governadores Anthony Garotinho, Sérgio
Cabral e Rosinha Garotinho. Garotinho está em área separada por ser
considerado inimigo político dos outros presos. Já Rosinha está em uma
ala feminina.
Cela de 16 metros quadrados, semelhante as usadas pelos presos da Lava Jato. (Foto: Reprodução/ TV Globo).
Presos recusam comida do presídio.
O ex-governador Sérgio Cabral divide espaço com Flávio Melo, ex-PM, um
enfermeiro chamado Alex, além de Wilson Carlos, ex-secretário de seu
governo e o empresário Marco Antônio Luca. Fontes indicam que Cabral e
outros presos se recusam a comer a comida servida no presídio e se
alimentam somente com o que é trazido pelas famílias.
No segundo andar do presídio estão o empresário do setor de transportes
Jacob Barata Filho, que divide cela com Lélis Teixeira, ex-presidente
da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio
de Janeiro (Fetranspor), e outro empresário de ônibus.
Carlos Miranda, apontado como o operador financeiro do esquema chefiado
por Cabral, divide cela com o ex-secretário de Obras, Hudson Braga.
Já o
ex-secretário de Saúde Sérgio Cortes divide cela com os empresários
Miguel Iskin e Gustavo Estellita.
O advogado Daniel Bialski, defensor de Rodrigues, informou que seu
cliente irá se entregar ao longo do dia na cidade de São Paulo ou do Rio
de Janeiro.
Ele acrescentou que considera "a decretação da prisão
ilegal e desnecessária". O advogado também disse que vai pedir o habeas
corpus para conseguir a liberação do ex-ministro. Na quarta (22), o
político não foi encontrado pela Polícia Federal em sua residência em
São Paulo.
Rodrigues é suspeito de corrupção, extorsão, participação em
organização criminosa e falsidade ideológica na prestação de contas
eleitorais na mesma investigação que resultou na prisão do ex-governador
do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR).
Como a denúncia apresenta conexão entre crimes da Justiça Federal e da
Justiça comum a competência para processar e julgar ambos os delitos é
da Justiça Eleitoral, por ser considerada Justiça Especial.
A colaboração premiada oferecida na Operação Lava Jato pelo executivo
da JBS Ricardo Saud ressalta a participação do réu Antônio Carlos
Rodrigues.
Segundo relato da testemunha, ao longo do segundo mandato do governo do
ex-presidente Lula e no decorrer do governo Dilma na Presidência da
República, a empresa teria que pagar propina ao PT e ao PMDB para obter
facilidades no governo federal. E em 2014 a empresa teria que pagar
propina de R$ 20 milhões ao PR (Partido da República) para obter seu
apoio para a reeleição da ex-presidente Dilma Russef.
“Para tal desiderato, a testemunha participou das tratativas com o
presidente nacional do PR e ora réu Antônio Carlos Rodrigues, o qual
apresentou uma planilha com o nome de candidatos que seriam beneficiados
com a propina milionária, entre os quais não se encontrava o réu
Anthony Garotinho como contemplado. Ainda durante as tratativas do réu
Antônio Carlos Rodrigues com a testemunha Ricardo Saud, restou afirmado
pelo réu que Anthony Garotinho estava pressionando-o para obter R$
4.000.000,00 (quatro milhões de reais) para sua campanha, jogando na
responsabilidade de Ricardo Saud a resolução de tal problema”, disse o
juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 98º Zona Eleitoral de Campos dos
Goytazes, em sua decisão.
Segundo a testemunha, diante da insistência do réu Antônio Carlos
Rodrigues e do problema causado pelo réu Anthony Garotinho, ficou
estabelecido que a JBS faria uma doação via “caixa 2” para o segundo no
valor de R$ 3 milhões e que Fabiano Alonso, genro do réu Antônio
Rodrigues, ficaria responsável por operacionalizar o repasse da propina,
mediante envio de uma nota fiscal fria para uma empresa de acordo com o
que foi acordado entre Fabiano Alonso e o grupo da ORCRIM, liderado
pelo réu Anthony Garotinho.
Antes de assumir a pasta durante o governo Dilma, Rodrigues ocupou a
cadeira de Marta, à época senadora pelo PT, quando ela se licenciou do
Legislativo para comandar o Ministério da Cultura, em 2012. Em São
Paulo, foi o primeiro vereador a comandar quatro vezes consecutivas a
Presidência da Câmara Municipal, nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010.
Investigação
Segundo a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ),
Antônio Carlos Rodrigues negociou com Anthony Garotinho e com a empresa
JBS a doação de dinheiro oriundo de propina para a campanha do
ex-governador ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, em 2014.
Após ser pressionado por Garotinho, Antonio Carlos pediu que a JBS
conseguisse mais R$ 4 milhões para a campanha, ficando combinado, por
fim, o pagamento de mais R$ 3 milhões, dinheiro oriundo de propina, para
selar apoio do PR ao PT e ao PMDB, dinheiro que foi destinado, segundo o
MP, a outra conduta ilícita, que era custear despesas do grupo político
de Garotinho sem a devida declaração nem comprovação.
O inquérito que embasa a denúncia partiu da delação de Wesley, Joesley e
Saud. "Na ocasião, foi relatado que o referido Grupo Econômico doou
cerca de R$ 3.000.000,00 para a campanha de Anthony Garotinho ao Governo
do Estado do Rio de Janeiro em 2014, a título de "caixa 2", dinheiro
não contabilizado na prestação de contas eleitoral, valendo-se de um
contrato de prestação de serviços celebrado com uma empresa indicada por
aquele candidato, apenas para dar aparência de legalidade ao repasse de
dinheiro.", diz o documento.
MP ainda afirma que, após a divulgação dos fatos, André Luiz da Silva
Rodrigues procurou a Polícia Federal espontaneamente e se dispôs a
esclarecer os fatos e de colaborar com as investigações, trazendo
informações até então desconhecidas dos investigadores.
"Apontando e revelando a estruturação de uma organização criminosa, com
emprego de arma de fogo inclusive, no seio da gestão municipal de
Campos dos Goytacazes, no período em que Rosinha Garotinho foi prefeita
(2009 a 2016)."
Régis
Fichtner é suspeito de receber propina de R$ 1,6 milhão. Operação foi
batizada como C'est fini, que em francês significa 'é o fim', alusão ao
fim da 'Farra dos Guardanapos'.
Por Arthur Guimarães, Fernanda Rouvenat, Paulo Renato Soares, Pedro Figueiredo e Pedro Neville, G1 Rio, TV Globo e GloboNews
Ex-chefe da Casa Civil Regis Fichtner é preso em operação da Polícia Federal.
A Polícia Federal (PF) prendeu o ex-chefe da Casa Civil do Rio Régis
Fichtner e o empresário Georges Sadala na manhã desta quinta-feira (23).
A operação, que é mais uma fase da Lava Jato no Rio de Janeiro, foi
batizada como C'est Fini, que em francês significa "é o fim".
O nome seria uma alusão ao fim da Farra dos Guardanapos,
como ficou conhecido um jantar em Paris do qual participaram
ex-secretários do Rio, empresários e o ex-governador Sérgio Cabral.
Em
fotos tiradas durante o jantar, eles usavam guardanapos na cabeça.
A ação desta quinta-feira é um desdobramento das investigações da
Operação Calicute, desencadeada em novembro do ano passado e que prendeu
Sérgio Cabral.
Foram presos nesta fase:
Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do governo Cabral
Georges Sadala, sócio de uma das empresas que administravam o Rio Poupa Tempo
Henrique Alberto Santos Ribeiro, ex-presidente do DER no governo Cabral
Maciste Granha de Mello Filho, presidente da empresa Construtora Macadame LTDA
Os mandados são de prisão preventiva, que não tem prazo de liberação.
Os agentes também cumprem mandados de busca e apreensão e de condução
coercitiva – quando a pessoa é levada para depor.
Foto que ficou conhecida como 'Farra dos Guardanapos' em um restaurante em Paris (Foto: Reprodução / TV Globo).
Suspeitas
Os agentes chegaram ao endereço de Fichtner, em um condomínio de luxo
na Barra da Tijuca, por volta das 6h.
O ex-chefe da Casa Civil é
suspeito de receber propina no valor de R$ 1,6 milhão.
Os procuradores investigam também um esquema de corrupção no uso de
precatórios por empresas que tinham dívidas, tributos e impostos com o
governo do estado e também por empresas que tinham interesse em fazer
negócios com o governo e que procuravam o escritório de advocacia de
Fichtner.
Agente da Polícia Federal na varanda do prédio do ex-chefe da Casa
Civil do governo Cabral, Régis Fichtner. (Foto: Reprodução/ TV Globo).
Ele acompanha o ex-governador há muito tempo, desde que Cabral era
presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e foi seu
suplente no Senado.
Segundo a denúncia, o ex-chefe da Casa Civil era responsável por
recolher dinheiro de construtoras e empreiteiras para repassar como
propina a agentes políticos que integravam a organização criminosa
chefiada por Cabral.
Régis Fichtner foi citado no depoimento de Luiz Carlos Bezerra, um dos
operadores financeiros do esquema criminoso.
Bezerra disse aos
procuradores da Lava Jato que deu dinheiro para o ex-chefe da Casa
Civil.
Nas anotações do operador, Fichtner era conhecido como "Alemão"
ou "Gaúcho".
Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do governo Cabral, é um dos
alvos da Lava Jato no Rio nesta quinta (23). (Foto: Reprodução/ TV
Globo).
Georges Sadala é um dos empresários que aparece na foto da "Farra dos
Guardanapos" e era sócio de empresas que administrava o serviço Rio
Poupa Tempo.
Ele também era representante de um banco que fazia
empréstimos consignados para servidores públicos.
Ele é conhecido por ser uma pessoa muito leal ao ex-governador Cabral e
foi preso em casa em um prédio luxuoso da Avenida Vieira Souto, em
Ipanema.
No mesmo prédio onde vive Sadala mora o empresário o empresário
Alexandre Accioly, dono de uma rede de academias.
Ele foi intimado a
depor na PF, mas ainda não foi informado o motivo.
Em abril desse ano, o ex-presidente do DER preso nesta fase da Lava
Jato foi testemunha de defesa de Cabral.
Henrique Alberto Ribeiro disse,
na época, que não tinha conhecimento do recebimento de vantagem
econômica indevida em obras.
O empresário Maciste Granha de Mello Filho é suspeito de realizar pagar
propinas para a organização criminosa, totalizando R$ 552.678,60, para
obter contratos de obras com o Estado do Rio de Janeiro, de acordo com
as investigações.
Cavendish é levado para depor
O fundador da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, foi levado pelos
agentes da PF para prestar depoimento na operação.
Ele estava em casa,
em um prédio da Avenida Delfim Moreira, no Leblon, e saiu pouco depois
das 6h em direção à PF.
A defesa de Cavendish disse o cliente não vai
comentar sobre a condução coercitiva.
Fernando Cavendish é conduzido para depor na Polícia Federal na Operação C'est Fini.
O empresário também aparece nas fotos da Farra dos Guardanapos e já é
réu na Lava Jato.
O empresário foi preso em julho de 2016 na Operação
Saqueador e desde agosto do ano passado está em prisão domiciliar.
A Delta era uma das principais construtoras do Rio e do Brasil durante a
gestão de Cabral.
Em agosto desse ano, Cavendish prestou depoimento ao
juiz Marcelo Bretas e admitiu que pagou 5% de propina em dinheiro ao
ex-governador para que a Delta participasse da reforma do Maracanã.
A PF e o Ministério Público investigam a participação dele para que a
Delta vencesse licitações para a reforma do Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia (Into) e de obras no Rio Tietê, em São Paulo.
Agentes chegaram no prédio de Fernando Cavendish pouco antes das 6h. (Foto: Pedro Neville / GloboNews).