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sábado, junho 17, 2017

'Época': em entrevista, Joesley chama Temer de 'chefe de organização criminosa'

Temer é chefe de organização criminosa, acusa Joesley Batista
Temer é chefe de organização criminosa, acusa Joesley Batista.
 
O empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, chamou o presidente da República, Michel Temer, de chefe "da maior e mais perigosa organização criminosa" do Brasil em entrevista publicada na edição deste fim de semana da revista "Época"
 
O Palácio do Planalto divulgou nota na qual diz que empresário é "bandido notório", "desfia mentiras" e informa que na próxima segunda-feira Temer ingressará com ações na Justiça contra ele. 
 
Na entrevista, o dono do frigorífico JBS, delator da Operação Lava Jato, também reafirma as denúncias que fez ao Ministério Público e à Polícia Federal contra integrantes das cúpulas de PT, PMDB e PSDB. 
 
A entrevista de Joesley Batista ocupa 12 páginas da edição impressa de "Época".
 
O empresário inicia explicando como e quando os políticos começaram a agir como "organizações criminosas". 
 
Segundo Joesley Batista, tudo começou há cerca de 10, 15 anos, quando surgiram grupos com divisão de tarefas: um chefe, um operador e um tesoureiro. 
 
De acordo com o empresário, são organizações criminosas que existem para ganhar dinheiro cometendo crimes. 
 
Na entrevista, Joesley afirma que esses esquemas organizados começaram no governo do PT e diz que "Lula e o PT" institucionalizaram a corrupção com a criação de núcleos, divisão de tarefas entre integrantes, em estados, ministérios, fundos de pensão e bancos, entre os quais o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
 
O resultado, para o empresário, é que hoje o 
 
Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. 
 
Segundo Joesley, o modelo foi reproduzido por outras legendas.
O presidente Michel Temer, em imagem da semana passada; Joesley Batista afirmou que o peemedebista é chefe
 
O presidente Michel Temer, em imagem da semana passada; Joesley Batista afirmou que o peemedebista é chefe "da maior e mais perigosa organização criminosa" do Brasil (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)

Michel Temer

Em determinado ponto da entrevista, o empresário passa a detalhar sua relação com o presidente Michel Temer iniciada entre 2009 e 2010, quando o peemedebista ainda era vice-presidente. 
 
Ele disse que, no segundo encontro, Temer deu o número de seu celular e que os dois passaram a trocar mensagens. Joesley afirmou ainda que frequentou o escritório e a casa do presidente em São Paulo e o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice em Brasília. 
 
O empresário contou ainda que Temer já esteve em sua casa e que foi ao seu casamento. 
 
Joesley narrou que a relação entre os dois era institucional, de um empresário que precisava resolver problemas e que via em Temer a condição de resolver problemas. 
 
Acrescentou que achava que o presidente via nele um empresário que poderia financiar as campanhas – e fazer esquemas que renderiam propina. 
 
Joesley Batista disse ainda que, desde que se conheceram, teve “total acesso” a Temer. 
 
Na entrevista, Joesley afirmou que o presidente não tem muita “cerimônia” para tratar desse assunto e que “não é um cara cerimonioso com dinheiro”. 
 
Segundo o empresário, em uma ocasião, Temer pediu para que o empresário pagasse o aluguel do escritório dele na Praça Pan-Americana, região nobre de São Paulo. 
 
Joesley relatou que desconversou e que o presidente nunca mais o cobrou. 
 
A revista, então, perguntou se o empréstimo do jatinho da JBS ao então vice-presidente também ocorreu dessa maneira. 
 
Joesley respondeu que não se lembra direito, mas que o pedido era dentro desse contexto: “Eu preciso viajar, você tem um avião, me empresta aí”, disse o empresário. 
 
Ele disse ainda que Temer acha que o cargo que ocupa “já o habilita” a fazer tais pedidos. “Sempre pedindo dinheiro. 
 
Pediu para o Chalita em 2012, pediu para o grupo dele em 2014”, relata. 
 
O empresário afirmou na entrevista que a pessoa a quem Eduardo Cunha se referia como seu superior hierárquico era Michel Temer. 
 
“Tudo que o Eduardo conseguia resolver sozinho, ele resolvia. 
 
Quando ficava difícil, levava para o Temer”, relatou. 
 
A reportagem, então, perguntou: “O chefe é o presidente Temer?”. 
 
Joesley respondeu diretamente: "O Temer é o chefe da Orcrim, organização criminosa da Câmara. 
 
Michel Temer, Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Eliseu Padilha e Moreira Franco. 
 
É o grupo deles. 
 
Quem não está preso está hoje no Planalto. 
 
Essa turma é muita perigosa. 
 
Não pode brigar com eles".

Aécio Neves

“Época", então, perguntou quem era o número 2. Joesley responde que é o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), que era a alternativa ao "número 1" porque, em 2014, teve 48% dos votos dos brasileiros. 
 
Aécio foi afastado do mandato parlamentar por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, após ser gravado por Joesley pedindo R$ 2 milhões
 
Na entrevista, o empresário diz que precisava fazer uma ação que fosse indiscutível para o entendimento da população e do Ministério Público. 
 
Registrar como se dão as conversas com o número da República e com o número 2, que seria a alternativa ao 1. 
 
“Se o Brasil não entendesse que o 2 era igual ao 1, o Brasil ia achar que a solução era substituir o 1 pelo 2. 
 
Mas o 2 é do mesmo sistema”, declarou.
 
Joesley contou à “Época” que tanto o PT quanto o PSDB usaram o mesmo sistema: “caixa dois, nota fria, compra de coligação”. 
 
O empresário disse que calculou que ia precisar do apoio de Aécio se ele fosse eleito em 2014. 
 
Aécio, segundo o delator, pediu para dar R$ 50 milhões no primeiro e outros R$ 50 milhões no segundo turno. 
 
Joesley diz que Aécio tentou trazer o PR para o lado do PSDB no segundo por R$ 35 milhões. 
 
Ele afirma ainda que já havia separado essa quantia para pagar o partido, mas que, pouco tempo depois, o PR apareceu “através do PT”, cobrando R$ 40 milhões. 
 
Segundo Joesley, Aécio disse que tentou conquistar o apoio do PR por R$ 35 milhões. 
 
Mas o PT cobriu os R$ 40 milhões. 
 
“E nós pagamos, pode isso?”, questionou.
O presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG); delação da JBS os colocou no centro da crise política (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG); delação da JBS os colocou no centro da crise política (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Eduardo Cunha e Lúcio Funaro

Também na entrevista, Joesley disse que foi chantageado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pelo doleiro Lúcio Funaro, ambos presos pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
 
O empresário afirma que, se não aceitasse pagar propina aos dois, o crédito legítimo que tivesse pedido na Caixa Econômica Federal não era analisado. 
 
Como exemplo, ele afirma que deu entrada em um financiamento no FI-FGTS da Caixa, mas que o vice-presidente do banco à época, Fábio Cleto, indicado por Funaro e Cunha, descobriu a solicitação. 
 
Foi então que, segundo Joesley, Funaro entrou na vida do empresário. 
 
Ele diz que o "modus operandi" era assim: Joesley tentava fazer operações na Caixa, Lúcio descobria e dizia a ele: "Vai ter os 3%, né?". 
 
E aí, segundo o empresário, a JBS tinha que pagar. 
 
"Um toma-lá-dá-cá muito às claras. 
 
Paga os 3%, e o financiamento passa no comitê. 
 
Se não paga, alguém pede vista", disse Joesley. 
 
O empresário também explicou, na entrevista, o papel das campanhas eleitorais no esquema.
 
 
E o que o político faz com o dinheiro, o empresário não sabe. 
 
"É por isso que os partidos se multiplicaram. 
 
Ter partido dá oportunidade de fazer negócio escuso. 
 
Como o partido maior precisa do partido menor para fazer coligação, vira balcão, vira organização criminosa", diz o empresário. 
 
O empresário confirmou também que manteve pagamentos a Eduardo Cunha e Lúcio Funaro mesmo depois que os dois foram presos. 
 
O empresário diz que virou "refém" dos presidiários. 
 
Segundo o empresário narrou em delação premiada, ele informou ao presidente Michel Temer que comprou o silêncio de Cunha e Funaro para que os dois não o citassem em delação premiada. 
 
Como prova, Joesley Batista entregou uma gravação na qual, segundo ele, Temer dá aval para os pagamentos
 
Ele afirmou à "Época" que, quando já estava claro que Cunha seria preso, o ex-deputado pediu R$ 5 milhões. 
 
Dez dias depois do episódio, Cunha foi preso.
 
Joesley contou que, antes de Cunha ser preso (em 19 de outubro de 2016), o peemedebista havia indicado um homem chamado Altair como mensageiro. 
 
Um mês depois da prisão, segundo o empresário, Altair apareceu e disse que a família de Cunha precisava do dinheiro e que "logo, logo" o ex-deputado seria solto. 
 
O dono da JBS diz que foi pagando, em dinheiro vivo, para Altair ao longo de 2016. 
 
Com relação a Funaro, o doleiro indicou como mensageiro primeiro um irmão e, depois, a irmã. 
 
Ele disse que pagou mesada e que os dois presidiários confiavam nele e pediam para que Joesley cuidasse de seus familiares. 
 
Em troca, não o delatariam. 
 
Segundo Joesley, Funaro e Cunha mandavam recados por interlocutores dizendo “você está cumprindo tudo direitinho, não vão te delatar”. 
 
Joesley disse que toda hora era procurado pelo mensageiro do presidente Michel Temer para garantir que ele estava mantendo esse sistema.

Geddel Vieira Lima

Joesley disse que este mensageiro de Temer era o então ministro Geddel Vieira Lima que o procurava a cada 15 dias “em uma agonia terrível”.
 
Segundo ele, o ex-ministro o procurava sempre querendo saber se estava tudo certo, se ia ter delação, se Joesley estava cuidando de Cunha e de Funaro, e dizendo que o presidente estava preocupado se quem estava incumbido de manter os dois “calmos” era Joesley. 
 
Joesley diz que, depois que Cunha foi preso, manteve a interlocução sobre pagamentos da empresa ao partido via Geddel. 
 
A revista perguntou se o ministro Geddel falava em nome do presidente Temer. 
 
Joesley disse que “sem dúvida” isso acontecia.
Montagem com fotos do presidente Michel Temer e do dono da JBS, Joesley Batista (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters; Zanone Fraissat/Folhapress/Arquivo)

Montagem com fotos do presidente Michel Temer e do dono da JBS, Joesley Batista (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters; Zanone Fraissat/Folhapress/Arquivo)

 

Decisão de delatar.

Na entrevista, Joesley disse que, até o fim do ano passado, continuava conversando bastante com políticos tentando entender qual seria a solução para os crimes investigados na Lava Jato. 
 
Até dezembro, segundo ele, acreditou-se que a solução para os problemas dos políticos seria aprovar a anistia ao caixa 2 e a lei de abuso de autoridade. 
 
De acordo com o empresário, com a lei do abuso, os políticos acreditavam que se iriam segurar a Lava Jato e com a anistia ao caixa 2, acreditava-se que se legalizava as coisas erradas do passado. 
 
A revista perguntou quem comandava esse movimento. 
 
Joesley respondeu que era Michel Temer e que cabia a Geddel articular a anistia ao caixa 2 e ao líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), o projeto de abuso de autoridade, mas que os assuntos “morreram”.
 
Ele explicou que, com a recuperação econômica do país, os políticos passaram a achar que, com ela, conseguiriam "comprar o silêncio dos brasileiros". 
 
“A recuperação econômica começou a vir, o brasileiro não iria mais para a rua e eles poderiam abafar a Lava Jato”, declarou Joesley.
 
Para o empresário, os políticos "não estavam entendendo" o que as investigações da Lava Jato trouxeram ao país e que o sistema político "faliu". 
 
A revista questionou se foi aí que veio a decisão de tentar a delação premiada. 
 
"Iríamos esperar o quê? 
 
Ser presos, a empresa quebrar, causar desemprego, dar prejuízo ao BNDES, à Caixa, ao mercado de capitais, aos credores?”, questionou Joesley. 
 
Joesley Batista afirmou que sabia que estava aumentando a chance de trocar de lado e que estava próximo de partir para a delação com o Ministério Público. 
 
Ele acrescentou que o acordo era a única saída que estava enxergando e que a maneira mais efetiva de colaborar no combate à corrupção era mostrar para os procuradores que, apesar de três anos de esforços com a Lava Jato, nada mudou. 
 
“Os políticos, no topo, não mudaram nada. 
 
Isso começa com o número 1, com o presidente da República”, declarou Joesley. 
 
Ele acrescenta que, quando percebeu que as coisas não iam mudar, começou a registrar as conversas dele com políticos e gravou um diálogo com o presidente Michel Temer. 
 
“Época” questionou se Joesley foi pressionado para direcionar o depoimento na Procuradoria-Geral da República. 
 
O empresário afirmou que nunca recebeu sugestão do que deveria contar. 
 
Fez tudo espontaneamente.
E acrescentou: “Me apresentei para tentar fazer o acordo e contei aquilo que achei que deveria contar: que empresários obrigados a lidar com agentes públicos no Brasil têm de pagar para conseguir trabalhar”.

Gravação

Joesley diz que foi ao presidente porque queria saber se Temer estava entendendo o que estava acontecendo com o sistema político do país e se o presidente tinha alguma solução para os problemas dos políticos. 
 
O empresário acrescentou que, para ele, continuar pagando pelo silêncio de Cunha e de Funaro estava errado e que não ia resolver o problema. 
 
“Época” perguntou se Joesley queria ter certeza de que Temer continuava concordando em pagar o silêncio dos dois. 
 
O empresário confirmou e acrescentou que queria ter certeza de que essa agenda ainda era de Temer. 
 
“De repente eu chegava lá e o Temer dizia: 'Não, Joesley, para, não precisa mais não’", afirmou. 
 
Mas Temer, segundo o empresário, disse que tinha que continuar isso. 
 
A revista perguntou se o áudio gravado no Palácio do Jaburu entre ele e o presidente Temer foi alterado. 
 
Joesley foi enfático e respondeu: “De modo algum. 
 
Zero. 
 
Zero”. 
 
“Podem fazer todas as perícias do mundo. 
 
Tentam desqualificar o áudio por desespero. Gravar uma pessoa não é algo trivial. 
 
É duro, doído, forte”, declarou. 
 
Joesley diz que a única coisa que o conforta nessa história de ter gravado políticos é ter registrado o que eles falaram. 
 
Ele diz que não “botou palavra na boca de ninguém”. 
 
“Se mesmo com toda a robustez das provas nós já estamos sendo perseguidos, imagine se fosse só o meu testemunho. 
 
Se isso fica só da minha boca?”, questiona.
 
Joesley foi perguntado por “Época” por que não gravou Lula. 
 
Joesley responde que “nunca teve uma conversa não republicana com Lula”. 
 
Diz que esteve com Lula duas vezes, em 2006 e em 2013. 
 
Joesley conta que Guido Mantega era o contato no PT que sempre resolvia os pedidos dele e que não precisava de outro interlocutor. 
 
Ele lembrou que entregou provas aos procuradores e que o PT tinha o maior saldo de propina com a JBS.
Joesley confirma à PF declarações sobre Temer e Rocha Loures
Joesley confirma à PF declarações sobre Temer e Rocha Loures

Guido Mantega

O dono da JBS diz também que, na maioria dos casos, os pagamentos viraram uma obrigação. 
 
Ele cita, como exemplo, o ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma Rousseff, Guido Mantega. 
 
Joesley diz: "Olhe o caso do Guido. 
 
'O BNDES comprou ações e investiu na sua empresa. 
 
Como você não vai me dar dinheiro?". 
 
"Época" questionou se essa prática funcionava como um contrato informal. 
 
Joesley confirma e acrescenta que ele e a JBS nunca pagaram "um centavo" de propina dentro do BNDES, "do presidente Luciano Coutinho ao técnico mais júnior". 
 
Joesley diz que todas as relações que tinha com o banco eram "republicanas". 
 
A revista pergunta a razão para pagar propina para Guido e para o PT se as relações com o BNDES eram republicanas. 
 
Joesley diz que pagava porque estava nas mãos do governo. 
 
"Era só o Guido dizer no BNDES que não era mais do interesse do governo investir no agronegócio e pronto". 
 
Segundo Joesley, "bastava uma mudança de diretriz de governo para acabar com o negócio".

Operações de compra de dólar

A revista também o indagou sobre as operações de compras de dólar e venda de ações do grupo JBS, que teriam resultado em lucro por causa da delação
 
Joesley negou e disse que as operações foram feitas dentro das regras. 
 
O empresário afirmou ainda que não houve nada de atípico. 
 
Disse que os bancos estão restringindo o crédito e que precisava de dinheiro. 
 
“Eu tenho a ações e preciso vender para fazer dinheiro. 
 
Não tem mistério”, afirmou na entrevista.
 
A revista observou que Joesley era um dos poucos que sabiam que, quando a delação viesse a público, o dólar ia subir e as ações iam cair. 
 
O empresário respondeu que a única informação privilegiada capaz de mexer com o mercado seria a homologação e que ele só soube do momento em que o acordo seria reconhecido pela imprensa. 
 
“Porque tudo antes da homologação não é líquido e certo”, afirmou.

Versões dos citados

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a entrevista tem que ser entendida no contexto de um empresário que negocia o mais generoso acordo de delação premiada da história e que, mesmo assim, Batista foi incapaz de apontar qualquer ilegalidade cometida ou do conhecimento do ex-presidente Lula. 
 
Ainda segundo a defesa, considerações genéricas e sem provas de delatores não têm qualquer valor jurídico. 
 
O PT divulgou a seguinte nota: "As acusações do empresário Joesley Batista contra o Partido dos Trabalhadores são genéricas, carecem de provas e não condizem com a verdade. 
 
O PT reitera que todas as doações que recebeu são legais e foram analisadas e aprovadas pela justiça eleitoral." 
 
O deputado Eduardo Cunha nega qualquer participação ilícita afirma que prestará nos autos todos os devidos esclarecimentos.
 
O senador Renan Calheiros negou que a Lei do Abuso de Autoridade tenha a intenção de atrapalhar a Lava Jato, uma operação importante para o país, e que foi discutida com diferentes setores, inclusive com o Judiciário, com a intenção de proteger todos os brasileiros.
 
O PMDB ainda não tinha divulgado nota até a última atualização desta reportagem.
 
O ex-deputado Henrique Eduardo Alves e o ministro Eliseu Padilha não vão se manifestar.
 
A defesa de Geddel Vieira Lima disse que ele permanece convicto de que ninguém poderá enredá-lo em qualquer ilicitude já que jamais praticou qualquer ilegalidade. 
 
E que o cliente continua, como sempre esteve, à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários, já tendo renunciado aos seus sigilos bancário e fiscal.
 
O PSDB e o senador afastado Aécio Neves, disseram que, conforme dito pelos próprios delatores, a JBS doou cerca de R$ 60 milhões para as campanhas do partido em 2014, parte para a campanha presidencial e parte para as estaduais, conforme registrado no TSE. 
 
E, segundo eles, jamais houve contrapartida para essas doações o que torna absurdo caracterizá-las como propina. 
 
A defesa de Lúcio Funaro disse que desde o primeiro depoimento prestado à PF ele vem respondendo tudo que lhe é indagado de modo preciso e de acordo com a verdade, que ele não vai comentar a entrevista e que tudo será respondido nos autos dos processos ou dos inquéritos em tramitação. 
 
Gabriel Chalita declarou que não pediu nada para a campanha a Joesley e que toda a arrecadação foi feita pelo PMDB nacional, que fez a prestação de contas, aprovada pela Justiça Eleitoral. 
 
O ministro Moreira Franco divulgou a seguinte nota: "É surpreendente a ousadia e a desenvoltura em mentir do contraventor Joesley Batista. 
 
Estive com ele uma única vez, em um grupo de brasileiros, numa viagem de trabalho em Pequim, ocasião em que me foi apresentado. 
 
E nunca mais nos encontramos. 
 
Seu juízo a meu respeito é o de quem quer prestar serviço e para tal, aparenta um relacionamento que nunca existiu." 
 
A TV Globo não havia recebido, até a última atualização desta reportagem, resposta da defesa de Guido Mantega
 
A TV Globo não obteve contato com as defesas de Rodrigo Rocha Loures e Fábio Cleto
 
A íntegra da entrevista de Joesley Batista está na edição impressa da revista "Época", já disponível nas bancas.

O MARANHÃO FICA NO BRASIL ?

Por Jus Rod.

Em 27 de fevereiro de 2014



Por favor, após leitura, envie para parentes e amigos para que façam o mesmo, para que muitos saibam, obrigado.

- Para nascer, Maternidade Marly Sarney;
- Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;
- Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;
- Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;

- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney.

- Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante,
todas do mesmo proprietário;
- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor);
- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. 

Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas 'maravilhosas' rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.

Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? 

Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney...
Seria cômico se não fosse tão triste....

Deputado Gesmar Costa participa da entrega de 1.008 apartamentos para população de baixa renda no Alto Bonito



Boa tarde, amigos.

Tive a honra de participar de um momento marcante para Parauapebas; a entrega de 1.008 apartamentos para população de baixa renda no Alto Bonito e que foi construído com recursos do PAC, em parceria com a prefeitura de Parauapebas.


A entrega do empreendimento não foi fruto do acaso, teve inicio por volta de 2010. 


Já havia o projeto, Valmir Mariano tocou, mas, não deu tempo de entregar, mas o novo governo está entregando agora e é isso o que importa. 

Não estamos falando de partidos, porque o partido que existe hoje chama-se Parauapebas.

Não podemos esquecer da ex-secretária de Habitação, Maquivalda Aguiar, que teve um trabalho significativo, que levou a cabo o projeto habitacional, que hoje é referencia no Estado.


São 1.008 famílias contempladas com a casa própria. 


Parabéns a todos os envolvidos no projeto


quinta-feira, junho 15, 2017

Testemunhas de chacina em Pau D'Arco dizem que operação policial teve participação de seguranças

Funcionários de empresa privada teriam participado da operação que resultou na morte de 10 trabalhadores rurais na Fazenda Santa Lúcia. Promotoria descarta hipótese de confronto entre posseiros e policiais.

 

Operação policial que resultou em mortes teve participação de seguranças, diz promotoria
Operação policial que resultou em mortes teve participação de seguranças, diz promotoria
Testemunhas afirmam que seguranças de uma empresa privada participaram da operação policial que resultou na morte de dez trabalhadores rurais na Fazenda Santa Lúcia em Pau D'Arco, no sudeste do Pará. 
A afirmação foi feita em depoimentos prestados ao Ministério Público do Pará (MPPA) e divulgada pelo promotor Alfredo Amorim, em entrevista à TV Liberal. 
 
Dez pessoas morreram durante a ação policial que tinha como objetivo o cumprimento de mandados de prisão de pessoas suspeitas de envolvimento na morte de um segurança. 
Segundo as famílias, eles foram executados. 
A Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) disse que as mortes ocorreram em um confronto com a polícia, mas voltou atrás e vai aguardar a conclusão do inquérito.
 
Alfredo Amorim é um dos quatro promotores que acompanham o caso da chacina em Pau D'Arco. 
"Em 23 dias de exaustiva investigaçãao nós ouvimos os policiais, testemunhas, vítimas, sobreviventes, então a gente já pode abandonar o eufemismo do 'se houve excesso'. 
A promotoria já trabalha (com a versão) que houve execução", diz Amorim. 
 
O promotor ressaltou ainda as irregularidades da operação. 
"É totalmente irregular a participação dos seguranças e pelo menos um deles estava armado com um (revólver) 38. 
Eu sei que estavam de serviço para a fazenda e, por sinal, evaporaram do local", relata o promotor. 
A empresa E1 Segurança, que atua na fazenda Santa Lúcia, informou à TV Liberal que só vai se manifestar posteriormente, por meio de seus advogados. 
 
O trabalho do MPPA deve ser concluído em cerca de 40 dias. 
Depois de colher depoimentos de sobreviventes, testemunhas e policiais que participaram da ação, os promotores descartam a hipótese de um confronto na fazenda, apesar de ainda não ter tido acesso aos laudos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC). 
 
Mais de 50 armas recolhidas no local do crime, incluindo armas de policiais e posseiros, estão sendo periciadas pelo CPC e o laudo só será emitido no mês de julho. 
Na quarta-feira (14), o CPC informou que não foram constatados impactos de projétil de armas de fogo durante a perícia nos coletes à prova de balas usados pelos policiais durante a ação na Fazenda Santa Lúcia.
Laudos do CPC foram divulgados durante coletiva do Governo do Pará na quarta-feira, 14. (Foto: Alexandre Yuri / G1 Pará) 

Laudos do CPC foram divulgados durante coletiva do Governo do Pará na quarta-feira, 14. (Foto: Alexandre Yuri / G1 Pará)

 

CPT fala em massacre.

 

Para a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o resultado dos laudos confirma a versão da entidade sobre o caso. 
"Nós estávamos certos, o povo estava certo, as vítimas estavam certas. 
As polícias militar e civil entraram (na fazenda) para massacrar os trabalhadores rurais", diz o Padre Paulino Juanil, da CPT. 
 
De acordo com o laudo necroscópico realizado pelo CPC, 9 trabalhadores rurais morreram com dois ou mais tiros frontas. 
Apenas Jane Jane Julia de Oliveira, uma das líderes do assentamento, foi morta com um tiro lateral.

Deputado Gesmar Costa se reune com Diretor de Normalização e Fiscalização da Arcon para exigir a aplicabilidade da gratuidade de passagens para pessoas amparadas por lei.


Estive em reunião na sede da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos no Estado do Pará (Arcon), juntamente com o Diretor do DMTT de Parauapebas, Sandoval Pacheco, Diretor de Planejamento Cleiton de Alexandria e a Assessora jurídica do DMTT Camila Barata.

Conversamos com o Diretor de Normalização e Fiscalização da Arcon, Karim Zaidan, onde buscamos a assinatura de um convênio com o DMTT, para que o mesmo possa fiscalizar o intermunicipal, e exigir a aplicabilidade da gratuidade de passagens para pessoas amparadas por lei.





#DeputadoGesmar #Trabalho #Conquistas

Mulher encontrada morta com contraventor era PM de UPP

Franciene de Souza era policial e estava trabalhando na UPP da Rocinha. Casal foi morto em hotel na Barra da Tijuca na madrugada desta quarta-feira (14).


Franciene era policial militar  (Foto: (Foto: Reprodução / redes sociais) ) 


































A mulher encontrada morta em um hotel com o bicheiro Haylton Carlos Gomes Escafura foi identificada como Franciene de Souza. 
 
Ela era policial militar, estava lotada no 23°BPM e estava trabalhando na UPP da Rocinha. 
 
O casal foi encontrado morto no hotel Transamérica, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, na madrugada desta quarta-feira (14), de acordo com informações do 31ª BPM. 
 

O crime teria sido cometido por dois homens que usavam capuz.
 
No quarto onde ocorreram as mortes, foram encontradas cápsulas de fuzil e pistola.
 
A família de Haylton esteve no local, mas não quis falar com a imprensa. 
 

Para a polícia, o motivo da execução foi a disputa pelos pontos de venda de máquinas caça-níqueis. 

De acordo com informações do Tribunal de Justiça, as condições criminais de Haylton eram favoráveis para que ele tivesse o benefício da liberdade condicional.

Franciene estava trabalhando na UPP da Rocinha (Foto: Reprodução / TV Globo)
Franciene estava trabalhando na UPP da Rocinha (Foto: Reprodução / TV Globo) 
 



Haylton é filho do bicheiro José Caruzzo Escafura, o Piruinha, e chegou a ser preso em 2012 por fraudes em máquinas caça-níqueis. 
 
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que Escafura encontrava-se em liberdade desde janeiro desse ano.


Por volta das 7h45 desta manhã, a Delegacia de Homicídios estava no local.
 
O Hotel Transamérica afirmou que não vai comentar o caso, mas afirmou que já enviou todas as imagens de câmeras de segurança para a investigação policial.

Moradores do hotel ficaram assustados com a quantidade de disparos durante a madrugada.

Bicheiro foi encontrado morto com mulher em hotel na Barra da Tijuca (Foto: Reprodução) 

Bicheiro foi encontrado morto com mulher em hotel na Barra da Tijuca (Foto: Reprodução) 
 


Bicheiro tinha histórico de idas e vindas da prisãoHaylton era acusado de contrabandear equipamentos eletrônicos para “viciar” máquinas caça-níqueis. 
 
Ele também era acusado de chefiar uma quadrilha que importava ilegalmente carros de luxo usados. 
 
Artistas e jogadores de futebol eram clientes da agência, que funcionava na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
 

O contraventor tinha sido condenado a 14 anos de prisão em regime fechado. 

Em julho de 2015, conseguiu o direito de sair da cadeia e trabalhar durante o dia. 
 
Mas foi flagrado descumprindo o benefício com a ajuda de dois agentes penitenciários. 
 
Ele também foi flagrado em um churrasco. 

Depois do caso teve que voltar ao presídio de segurança máxima, em Bangu.
 

Ano passado, durante o carnaval, ele foi liberado pela justiça para tratar de uma suposta doença no hospital. 

Na época, o Ministério Público recorreu do benefício e Escafura foi levado de volta para a prisão. 
 


Haylton já respondeu por contrabando, lavagem de dinheiro, crime contra a economia popular e formação de quadrilha. 

No começo deste ano, ele conseguiu a liberdade condicional. 

De acordo com a polícia, depois de ser solto, ele retomou na Zona Norte os pontos de jogo do bicho e máquinas caça-níqueis que, durante o tempo em que ficou preso, estavam alugados.

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