TUDO É FORÇA, SÓ DEUS É PODER.
"DEUS SEM MIM CONTINUARÁ SENDO DEUS.
EU SEM DEUS NÃO SEREI NADA".
DISSE JESUS : ”E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ“. JOÃO 8:32 .
TODOS CONTRA A PEDOFILIA, EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL, A CORRUPÇÃO GENERALIZADA NO NOSSO PAÍS, A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS, AS CRIANÇAS E TODOS INDIVÍDUOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA IDADE.
ACESSE DIARIAMENTE A SUA "REVISTA ELETRÔNICA".
Ex-governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda (esquerda) e
Agnelo Queirox, em imagens de arquivo (Foto: GloboNews e TV
Globo/Reprodução).
A Polícia Federal encontrou documentos e relatórios que "aparentam ser
tabelas de propina" durante a operação que deteve os ex-governadores
José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, o ex-vice-governador Tadeu
Filippelli e mais sete pessoas.
Nesta sexta-feira (26), a decisão do
Tribunal Regional Federal de prorrogar o pedido de prisão temporária
usou como argumento a necessidade de continuação das investigações e a
documentação encontrada nas buscas e apreensões da Polícia Federal.
O
grupo deve permanecer na carceragem da Superintendência da Polícia
Federal em Brasília até a próxima sexta (2).
Segundo o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, além das supostas
‘tabelas de propina’, também foram encontradas agendas com marcação de
encontro entre os investigados o que pode demonstrar o vínculo entre
eles e, cheques de altos valores, dinheiro em espécie e celulares e
outras mídias que contém informações associadas ao caso.
Para a Polícia Federal, a liberação dos detidos poderia prejudicar a
“delimitação da autoria e materialidade da organização criminosa
apontada”.
Na decisão, Oliveira argumentou que as investigações não
seriam limitadas ao cumprimento de buscas e apreensões, mas que nos
próximos dias poderiam haver novos indícios de outros envolvidos.
“Nos
próximos dias pode haver novos indícios de outros envolvidos,
decorrente da análise pericial acerca dos elementos probatórios já
apreendidos. ”
As defesas dos ex-governadores negam acusações sobre os documentos.
Ao G1,
o advogado do ex-governador José Roberto Arruda, Paulo Emílio Catta
Preta, afirmou que "até o momento não está encartado no inquérito nenhum
documento que se pareça com isso".
Entenda a operação
• A PF suspeita que a reforma do Mané Garrincha tenha sido superfaturada em R$ 900 milhões
• Na terça, dois ex-governadores do DF e um ex-vice foram presos, suspeitos de receber propina do esquema
• O ex-governador José Roberto Arruda é apontado como quem bolou a fraude à licitação
• O ex-governador Agnelo Queiroz atuou "retirando obstáculos" às obras, segundo a Justiça
• O ex-vice Tadeu Filippelli é suspeito de receber propina para o PMDB
• A Justiça bloqueou R$ 26 milhões dos três
Arte Corrupção Mané Garrincha - Vale este (Foto: Editoria de Arte/G1)
O estádio Mané Garrincha foi construído por um consórcio formado pela
Andrade Gutierrez com a empresa local Via Engenharia.
Segundo
ex-executivos da Odebrecht, a contratação envolveu um "acordo de
mercado" – a empreiteira apresentou proposta fraca na disputa pelo Mané
e, em troca, conseguiu levar as obras da Arena Pernambuco, em Recife,
por um preço maior.
A decisão emitida na terça pelo juiz da 10ª Vara Federal Vallisney de
Souza Oliveira não explicita os valores que, segundo a investigação,
teriam sido pagos em propina aos políticos e servidores públicos.
Ao
todo, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 50 milhões em bens de dez
citados, além de outros R$ 100 milhões do patrimônio da Via Engenharia.
Durante a prisão temporária, os suspeitos ficam detidos na própria
superintendência da PF no DF, no Setor Policial Sul.
Dentro dos próximos
dias, a Justiça Federal também pode decretar a prisão preventiva dessas
pessoas – neste caso, elas devem ser encaminhadas ao Complexo
Penitenciário da Papuda.
Partidos
aliados iniciaram uma articulação para formar uma espécie de coalizão
para suceder o governo Michel Temer, seguindo o modelo da gestão de
Itamar Franco após a queda de Fernando Collor.
A diferença, dizem aliados, é que o cenário de um eventual impeachment é remoto e Temer tem dito que não vai renunciar.
Esse
cenário, dizem aliados do Planalto, seria a "saída honrosa".
O governo
enfrenta a pior crise política desde o ano passado, agravada pelas
delações de executivos da JBS.
"Com a crise política instalada,
temos que tentar uma solução negociada que envolva o próprio Temer na
decisão.
A grande dificuldade, a essa altura do campeonato, é fazer com
que Temer caia na real", disse ao Blog um importante cacique tucano.
"Ele
já tem sido, em várias conversas, alertado que as bancadas já começam a
debandar. [...] A situação é extremamente difícil", acrescentou este
aliado do presidente.
Líderes tucanos e do DEM têm alertado que há "debandada generalizada" e está "difícil segurar a base".
No PSDB, por exemplo, somente a cúpula do partido tem articulado para evitar uma saída imediata da legenda da base.
No
último dia 18, Polícia Federal deflagrou Operação Patmos, com base nas
delações da JBS. Em razão do que foi informado nos depoimentos, STF
afastou Aécio Neves do mandato de senador.
Por Renan Ramalho, G1, Brasília
Supremo torna públicos documentos da Operação Patmos.
A Polícia Federal registrou ter encontrado no apartamento do senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG) no Rio de Janeiro documento com a
anotação manuscrita "cx 2".
No registro, a PF não explica o que seria
"cx 2".
Em nota (leia a íntegra ao final desta reportagem),
a defesa de Aécio declarou que o tucano lamenta que "citações sem
qualquer informação real sobre a que se referem ou mesmo alguma
contextualização que permitam o seu devido esclarecimento" sejam
divulgadas por agentes públicos envolvidos nas investigações.
"Ainda assim, asseguramos que uma eventual referência a CX 2 não
significa qualquer indício de ilegalidade", diz a nota.
Em razão do que foi informado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin afastou Aécio Neves do mandato parlamentar.
Na diligência, a PF descreve ter apreendido "diversos documentos
acondicionados em saco plástico transparente dentre eles 01 papel azul
com senhas, diversos comprovantes de depósitos e anotações manuscritas,
dentre elas a inscrição 'cx 2'".
O senador afastado passou a ser investigado por acertar com Joesley Batista, dono da JBS, o pagamento de R$ 2 milhões.
Joesley entregou ao Ministério Público gravação de uma conversa com
Aécio na qual eles combinam como será feito o repasse.
Ao empresário,
Aécio disse que precisava do dinheiro para pagar advogados que o
defendem na Lava Jato.
O senador Aécio Neves, em discurso em abril no Senado (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Diligência da PF
No apartamento de Aécio, localizado na avenida Vieira Souto, em
Ipanema, a PF também apreendeu diversas obras de arte, entre elas 15
quadros e 1 estátua.
Foram, ainda, apreendidos um aparelho bloqueador de sinal telefônico,
dois celulares, três pen drives, um caderno espiral e uma fita de vídeo
com dedicatória do empresário Alexandre Accioly.
Há também, conforme a descrição da PF, "folhas impressas contendo
planilhas com 'indicações para cargos federais' com remuneração e
direcionamento em qual partido político pertence ou foi indicado".
Também foi encontrada uma pasta contendo cópias da agenda de 2016 com
agendamentos que incluem Joesley Batista e um pendrive em formato do
símbolo do time de futebol do Flamengo.
Íntegra
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela defesa de Aécio Neves:
A
defesa do senador Aécio Neves lamenta que citações sem qualquer
informação real sobre a que se referem ou mesmo alguma contextualização
que permitam o seu devido esclarecimento estejam sendo divulgadas para a
imprensa por agentes públicos envolvidos na investigação em curso.
Ainda
assim, asseguramos que uma eventual referência a CX 2 não significa
qualquer indício de ilegalidade.
O senador Aécio reitera que em toda sua
vida pública, nas campanhas de que participou, agiu de acordo com o que
determina a lei.
O senador está à disposição da Justiça para ser ouvido e esclarecer o que for necessário.
Nosso gabinete está de portas abertas para receber
todos vocês, e ontem, recebemos Representantes da Cooperativa Mista de
Produtores Rurais, Gleison Sousa e Marco Antônio e ex-candidata a
Vereadora Márcia Costa da cidade de Marabá!
Na oportunidade
conversamos sobre melhorias para os produtores ruais da região.
Vale
lembrar que hoje (25) é Dia do Produtor Rural.
Traficante
repassava papéis para cela ao lado e mulher de outro detento levava
para digitação fora de presídio. Lucro mensal de criminoso chegava a R$ 1
milhão por mês.
Por Marco Antônio Martins, G1 Rio*
Polícia prende parentes de Fernandinho Beira-Mar e integrantes da quadrilha do traficante.
Através de bilhetes, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho
Beira-Mar, enviava ordens do presídio federal de Porto Velho, em
Rondônia, para advogados e integrantes de sua família, segundo a Polícia
Federal.
Dessa forma gerenciou, pelo menos durante o último ano e meio,
a diversificação de seus negócios.
Agora, além do tráfico de drogas, o
criminoso lucra com a exploração de serviços como a venda de botijões de
gás até um percentual nas máquinas de caça-níqueis instaladas em três
comunidades de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de
Janeiro.
Os lucros, de acordo com os investigadores, chegam a R$ 1
milhão por mês.
Cinco filhos dele foram presos nesta quarta-feira (24), além de um
homem considerado seu braço-direito no Ceará.
A PF ainda prendeu
Alessandra da Costa, irmã de Beira-Mar e apontada como sua conselheira e
uma de suas advogadas.
Outros dois advogados também foram presos.
Débora da Costa, outra irmã, moradora da Ilha do Governador, vai ser
conduzida para prestar depoimento na Polícia Federal.
A mulher do
traficante, Jacqueline Alcântara, já presa, será transferida nesta
quarta para Porto Velho, em Rondônia.
Os policiais cumprem 35 mandados de prisão, 27 de condução coercitiva e
86 de busca e apreensão nos estados do Rio, Rondônia, Mato Grosso do
Sul, Paraíba, Ceará e no Distrito Federal.
As principais áreas de
atuação de Fernandinho Beira-mar são três comunidades de Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense: favela Beira-Mar, Parque das Missões e
Parque Boavista.
Bilhetes apreendidos pela polícia durante a Operação Epístolas, que
investiga a quadrilha de Fernandinho Beira Mar (Foto: PF RO/Divulgação).
Após um ano e dois meses de investigações, a PF descobriu que o
gerenciamento de Beira-mar levou sua organização a atuar como uma
milícia.
Os rendimentos são obtidos com a venda de botijões de gás,
cesta básica, mototáxi, venda de cigarros e até com o abastecimento de
água.
O traficante é acusado de organização criminosa, lavagem de
dinheiro e tráfico de drogas.
Nas investigações, a PF descobriu que, para fazer o esquema funcionar, o
criminoso contava com a colaboração de presos da penitenciária federal
onde cumpre pena.
Beira-Mar repassava bilhetes o vizinho de cela que
entregava para a mulher durante a visita íntima.
A companheira do
detento Cleverson Santos levava para uma digitadora, em Porto Velho.
Em
troca, a mulher do preso tinha estadia e transporte pagos pela quadrilha
de Fernandinho Beira-Mar.
Após a digitação da ordem, a digitadora enviava por e-mail ou por
mensagens de telefones celulares para integrantes da quadrilha do
traficante.
A cada semana, em média, um novo e-mail era criado.
Assim,
Beira-Mar tentou evitar o flagrante de ter algum bilhete apreendido com a
sua caligrafia.
Em 2010, vários bilhetes escritos pelo criminoso foram
apreendidos pela polícia.
Essa digitadora, que teve a prisão decretada
pela Justiça, também cuidava da compra de passagens aéreas para que
parentes viajassem do Rio a Porto Velho para visitar o traficante.
Por
semana, Beira-mar gastava R$ 20 mil em passagens aéreas.
Bilhetes apreendidos pela polícia durante a Operação Epístolas, que
investiga a quadrilha de Fernandinho Beira Mar (Foto: PF RO/Divulgação).
Nas investigações da PF não se encontrou nenhum indício de participação
de agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Foi um grupo
de agentes que encontrou em 2 de julho de 2015 um bilhete rasgado,
escrito por Beira-Mar, nos fundos da marmita de refeição servida na
unidade.
O primeiro bilhete foi transcrito pelos policiais federais:
“Segundo o Dr. Lopes me passou, esses telefones são criptografados e
funcionam como se fossem uma central e que é impossível grampeá-lo,
paguei US$ 3.000,00 (três mil dólares) em cada um.
Eu não acredito que
sejam 100% seguros.
Vocês têm que tomar muito cuidado.
Para que vocês
possam ficar em perfeita sintonia, um ficará com os amigos que vão morar
no Paraguai, outro com os que vão morar na Bolívia, outro com o Dr.
Lopes, outro com o Dr. Queiros, que vai ficar responsável por levar esse
aparelho ao Dr. Cury e a quem mais for preciso.
Outro com o Dr. Jaime.
Todas as mensagens que qualquer um desses aparelhos enviar ou receber
chegará aos demais, com exceção do que vai ficar com os Drs. Jaime e
Queirós.
Dessa forma, tudo (...) 100 % transparente”.
Os textos eram escritos em códigos pelo traficante.
Os policiais
descobriram que toda vez que Beira-Mar queria se referir a Brasília ele
escrevia "Bolívia".
Os doutores Lopes e Queiroz são apelidos,
respectivamente, do filho Marcelo e do sobrinho David.
A PF confirmou que dias depois Luan Medeiros da Costa foi até um
shopping de Porto Velho comprar telefones celulares.
Além de orientar
investimentos, o traficante dá broncas na postura dos filhos e chega a
afirmar que se não fossem "parentes já estariam mortos há muito tempo.
Por muito menos, o Alan morreu".
A frase levantou a suspeita de que a
quadrilha é responsável por mortes.
Os laudos periciais mostram que os bilhetes apreendidos na cela de Beira-mar foram escritos pelo traficante.
Principal meio de comunicação de Beira-Mar é por intermédio de bilhetes (Foto: Reprodução).
Alguns “bilhetes” encontrados pela Polícia Federal descrevem com
riqueza de detalhes a forma de atuação e a estrutura da quadrilha.
Eles
demonstram que o grupo criminoso utiliza aviões (e/ou hidroaviões),
helicópteros e caminhões para o transporte de drogas adquiridas na
Bolívia, Paraguai e Peru.
Os policiais suspeitam que a quadrilha possui membros que residem na
Bolívia e no Paraguai para facilitar a aquisição e o preparo das drogas.
A droga é adquirida, em regra, nesses países e depois distribuída nas
chamadas “firmas” dentro de comunidades no Rio de Janeiro.
Em setembro de 2016, a PF apreendeu no notebook de Francisca Vanesa dos
Santos um bilhete chamado de "Livro".
Nele, Fernandinho Beira-Mar dá
direcionamentos para a quadrilha.
Beira-Mar pede explicação sobre os
ganhos de cada boca-de-fumo, quanto cada arrecada e quanto custa uma
arma, que ele chama de "brinquedo".
Em outro trecho do mesmo “bilhete” denominado “livro”, o traficante
estipula os valores que devem ser repassados a ele pela venda de drogas
em suas “firmas”.
Ele destaca valores: R$ 25 mil da “3 Maria” (uma
comunidade), R$ 15 mil da comunidade Barro Velho, R$ 5 mil da comunidade
Ana Clara, R$ 5 mil da comunidade Danon e R$ 20 mil da comunidade Santa
Lúcia"
Lavagem de dinheiro
As investigações mostraram que pelo menos 11 empresas foram usadas pela
quadrilha para lavar dinheiro.
Nesta manhã de quarta, a Polícia Federal
fez buscas em uma casa de shows, em um lava-jato e em lojas criadas
pela quadrilha.
A polícia suspeita de que esses locais foram adquiridos
com dinheiro do tráfico de drogas ou de outros negócios de Fernandinho
Beira-Mar.
Criminoso atua mesmo preso
Desde 2006, Fernandinho Beira-Mar está preso em uma penitenciária
federal.
Em 2007, a Polícia Federal investigou o criminoso e descobriu
que, apesar da vigilância, ele manteve o fornecimento de drogas (maconha
e cocaína) para a maior facção de drogas do Rio.
A investigação da PF
na ocasião levou 19 pessoas para a prisão.
A operação Fênix, como foi chamada, descobriu que Beira-mar escolheu a
mulher, Jacqueline Alcântara de Morais, para sucedê-lo no comando da
quadrilha.
Na ocasião, 19 pessoas foram presas e condenadas pela Justiça
Federal do Paraná.
Em condenações, o traficante acumula penas que somam quase 320 anos de
prisão em crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem
de dinheiro e homicídios.
Em 2015, o criminoso foi condenado a 120 anos de prisão apontado como
responsável liderar uma guerra de facções, em 2002, dentro do presídio
de segurança máxima Bangu I, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na
Zona Oeste do Rio, quando quatro rivais foram assassinados.