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Pastor Izaias Monteiro
Neste último final de
semana tive a grata satisfação de visitar pela primeira vez, uma das cidades
mais tradicionais e antigas do estado do Pará, depois de viver mais de 03
décadas da minha vida neste pujante e riquíssimo solo paraense.
A convite de meu
amigo e irmão em Cristo, colega de ministério na Seara do Senhor, Pr. Izaias
Monteiro, que é Supervisor das congregações evangélicas Assembleia de Deus
Missionária distribuídas por diversas cidades do Nordeste do Pará, para fazer
parte de sua comitiva em visita missionária e de supervisão ao “campo
bragantino”, nos deslocamos de Castanhal as 15 horas de ontem (sábado)em
companhia dos pastores Val e Nazareno com destino a Bragança, passando pelo
município de Traquateua, onde fizemos uma breve parada para visitar um casal de
irmãos em Cristo, amigo do pastor Izaias, e depois de alguns minutos de prosa
acompanhado com um saboroso café preparado pelos anfitriões,
seguimos viagem ao nosso destino final.
Para dar continuidade ao nosso relato dessa
nossa primeira e oportuna visita a cidade de Bragança, vamos conhecer um pouco
de sua história.
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Bragança, uma história da terra de
caa + y + eté
Banhada pelo rio Caeté, Bragança é
uma das cidades mais importantes da História do Pará e da Região Norte do
Brasil, uma cidade do interior.
Com um ornamento nobre com palmeiras
imperiais, a frente da cidade é um monumento de imponência peculiar.
É uma terra que traz uma sensação
acolhedora característica para locais onde os rios ainda ditam, de certa forma,
o ritmo da vida em geral.
Bragança possui ao Norte de seu território,
belezas incomparáveis que brotam de um ecossistema em que se destacam
manguezais e quilômetros de praias.
As origens de Bragança remontam a
1613, sendo os franceses da expedição de Daniel de La Touche, os primeiros
brancos a conhecerem a região do Caeté, então habitada pelos índios Tupinambás,
a 08 de julho daquele ano, porém existem controvérsias acerca da exatidão dessa
data.
Em 1612, o conquistador francês
Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, à frente de seus expedicionários,
fundou São Luís no Maranhão, estabelecendo proveitosas alianças com as tribos
indígenas da região, muitas oriundas da poderosa nação Tupinambá.
Logo depois, Ravardière partia para a
conquista francesa da Amazônia.
Em 8 de julho de 1613, com uma
escolta de quarenta soldados, partiu rumo ao vale dos rios amazônicos,
estabelecendo amizade com os Tupinambás que povoavam densamente essa área,
escorraçados das costas baiana e pernambucana.
Os primórdios de Bragança remontam a
esse episódio, onde os franceses, tentaram organizar o primeiro núcleo da
colonização na região do rio Caeté (ou Caité = caa + y + eté = mato bom,
verdadeiro, na língua tupi).
Prosseguiu então para o vale do rio
Pará e, mais adiante, ao rio Tocantins, buscando firmar sua tentativa de
dominação nas áreas de posse da união ibérica na América.
Os momentos iniciais da formação da
capitania foram difíceis.
Os índios foram praticamente
exterminados tanto pela guerra contra franceses e holandeses, quanto pelos
males físicos e doenças dos europeus, além de o serem alocados para um trabalho
obrigatório junto aos primeiros colonos.
Por causa da perda da mão-de-obra
indígena, Gaspar de Souza não investiu nestas terras, nem investiu ou povoou o
território da capitania.
Diante da proeminência na perda da
capitania, doze anos depois, Álvaro de Souza, filho e sucessor de Gaspar,
erigiu a vila de Souza do Caeté.
Em seguida, após a criação da vila,
ocorreu a fundação do aldeamento de São João Batista, pelos padres jesuítas que
lideravam índios tupinambás.
O conflito inicial que envolveu o
território data de 1633, ainda com a posse do território dada a um donatário
particular.
Francisco Coelho de Carvalho,
governador do Maranhão, solicitou poderes sobre o local para doar a área a seu
filho, que chegou a fundar a sede da capitania do Caité às margens do rio
Piriá, no Maranhão, com o nome de Vera Cruz do Gurupi.
Inconformado, Álvaro de Souza,
herdeiro legítimo, reclamou seu território diretamente a Filipe IV da Espanha,
que resolveu a questão da posse junto a seu Conselho, dando definitivamente a
Capitania a Álvaro de Souza, que imediatamente fundou a Vila Souza do Caeté,
hoje Vila-que-era, ao lado direito do rio Caeté, mais próxima da saída para o
Oceano Atlântico, porém com dificuldades de acesso e comunicação com Belém.
A partir de então, a sede é
transferida para o outro lado o rio.
Portanto, desfazem-se certos mitos
recém-publicados dos nomes do local, dos recortes temporais e da explicação de
que Bragança teve duas origens, uma maranhense e uma propriamente local.
Em 1640, já encontram-se registros da
“villa de Caité”, num documento português de “Descrição de todo o Marítimo da
Terra de Santa Cruz”, de João Teixeira, responsável pela cartografia real e
pelo levantamento de praticamente todo o litoral conquistado pelos portugueses.
Bragança já teve seu período áureo na
história do Pará, quando da instalação em 03 de abril de 1908 da Estrada de
Ferro de Bragança-Belém, cuja extinção, em 31 de dezembro de 1965, contribuiu
para o declínio considerável da economia e do desenvolvimento da região e do
município.
Muitas marcas daquele período ainda
se percebem na arquitetura bragantina e nas lembranças de muitas pessoas.
Esperamos que todos os setores continuem
contribuindo para a divulgação do nome de nossa terra, chamando atenção para a
grande vereda, imensa plaga que é Bragança, a nossa pérola, a terra da Marujada
de São Benedito, a terra de caa+y+eté
Fonte: Blog do Prof. Dário Benedito
Rodrigues
Bragança hoje tem uma população
estimada em 2016 de 122.881 habitantes, e uma economia bastante equilibrada
mesmo diante da crise financeira que assola o nosso país.
Retomando o nosso relato sobre a
nossa chegada a Bragança, o pastor local de prenome Arold nos recebeu com muita
alegria e satisfação, e ato contínuo, nos apresentou a igreja que já estava
aguardando a visita do pastor Izaias Monteiro, e logo em seguida, passou a
palavra ao Supervisor do campo, que saudou a igreja, apresentando os membros de
sua comitiva com seus respectivos nomes, e sem demora, comandou o momento de
louvor ao nosso Deus Todo poderoso, seguindo uma programação previamente
preparada pelos nossos irmãos anfitriões.
Após o encerramento do louvor, o
pastor Izaias franqueou a palavra aos seus acompanhantes para saudarem a igreja
que nos recebeu com muito carinho, como também a alguns obreiros de outras
congregações que se encontravam presentes àquele banquete espiritual, como Pr.
Antônio, Pr. Dino da cidade de Augusto Correia, Pr. Val do Bairro Jaderlândia
em Castanhal, e Pr. Nazareno, encerrando o culto com uma breve mensagem,
devolvendo a palavra ao pastor Arold que nos convidou para fazermos uma oração
de encerramento, e o pastor Izaias para ministrar a bênção apostólica.
Nos despedimos dos queridos irmãos e
retornamos para Castanhal muito felizes pelos momentos que nos congratulamos e
compartilhamos daquele culto de louvor e gratidão a Deus por tudo que Ele tem
feito por nós, sua igreja viva, que tem o prazer de se alimentar da sua palavra
diariamente.
Valter Desiderio Barreto.
Sacerdote do Senhor e Salvador Jesus
Cristo desde 20 de agosto de 1978.
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Pastor Arold
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Pastor Valter Desiderio Barreto saudando a igreja do Senhor com uma reflexão bíblica. |
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Grupo de jovens louvando ao Senhor |
A Deus seja dada toda a honra e toda a glória !