Os inimigos de Parauapebas !
Autor: Gregório de Matos
Da
ascensão
A
vitória
de
Darci
Lermen
em
2004
foi
um
grande
marco
para
o
PT
de
Parauapebas.
Naquele
momento
de
grandes
esperanças
e
desejos
de
mudanças,
que
tomou
conta
de
toda
a
população,
deu-se
início,
por
mais
esquisito
que
possa
parecer,
à
decadência
interna
de
“nosso”
Partido.
Posso
atribuir
– que
fique
claro,
são
apenas
conjecturas
– o
princípio
da
decadência
ao
fato
de
tudo
ter
acontecido
muito
rápido.
Nas
eleições
do
ano
2000,
Darci
teve
apenas
5%
dos
votos
válidos;
em
2004,
sai
vitorioso
com
impactantes
63,5%
dos
votos
válidos.
Foi
um
crescimento
assombroso.
Se
alguém
tivesse
visitado
nossa
cidade
no
ano
2000,
teria
aconselhado,
ao
pretenso,
largar
a
política
e
fazer
outra
coisa
mais
promissora,
porque
ser
candidato
não
parecia
ser
sua
“praia”.
A
disputa
pelo
Poder
Legislativo
teve
resultado
igualmente
espantoso;
nas
eleições
do
ano
2000,
tivemos
apenas
5,2%
dos
votos
válidos
e
não
conseguimos
eleger
um
vereador,
se
quer;
em
2004
a
coisa
foi
bem
diferente:
conseguimos
22%
dos
votos
válidos
para
nossa
sigla
e
elegemos
3
(três)
vereadores.
Não
sei
se
você,
caro
leitor,
conseguiu
acompanhar,
mas
quero,
com
sua
licença,
correr
o
risco
de
um
pleonasmo
e
evidenciar
ainda
mais
o
raciocínio:
o
PT
de
Parauapebas
cresceu,
na
preferência
eleitoral,
mais
de
1.200%
para
o
poder
executivo
e
mais
de
400%
para
o
legislativo
em
apenas
4
(quatro)
anos.
Seria
um
resultado
extraordinário,
daqueles
que
se
comemora
por
meses
a
fio.
Seria,
mas...
Da
falta de escrúpulos
Darci,
como
um
amante
do
livro
“As
48
leis
do
poder”
do
jornalista
norte-americano
Robert
Greene,
tratou
logo
de
aplicar
seus
conhecimentos,
adquiridos
de
várias
leituras
e
releituras
feitas
todas
as
noites
– alguns
amigos
íntimos
dizem
que
é
seu
livro
de
cabeceira
–,
de
forma
metódica.
O
objetivo,
claro,
era
a
manutenção
do
poder,
pois
o
que
vem
fácil
vai
fácil,
diz
o
ditado
popular.
Como
tudo
foi
conquistado
de
forma
meteórica,
o
cuidado
deveria
ser
redobrado,
pois
as
relações
de
poder
exigem
uma
habilidade
sobre-humana,
onde
conhecimentos
de
psicologia,
psiquiatria,
matemática,
física,
oratória,
retórica
e
filosofia
se
misturam
para
darem
ao
homem
condições
de
discernir
o
exato
momento
em
que
vive
e
da
posição
em
que
se
encontra,
caso
contrário,
está
fadado
ao
fracasso;
será
“engolido
pelo
processo”.
Foi
com
esse
cuidado
que
Darci
Lermem
procurou
ajuda
no
livro
que
é
ao
mesmo
tempo
odiado
e
admirado,
pois
expõe
de
forma
nua
e
crua
os
bastidores
da
disputa
pelo
poder,
mas
que
muitos
acham
– não
é
minha
opinião
– se
tratar
de
um
verdadeiro
manual
de
patifarias
para
políticos
sem
escrúpulos;
uma
Bíblia
para
corruptos.
Para
esclarecermos
melhor,
veremos
algumas
leis
do
poder,
segundo
Robert
Greene,
e
sua
interpretação
“Lerminiana”
[sic]
aplicada
à
realidade
política
de
Parauapebas:
LEI
2:
Não
confie
demais
nos
amigos,
aprenda
a
usar
os
inimigos.
Cautela
com
os
amigos
-
eles
o
trairão
mais
rapidamente
-,
pois
são
com
mais
facilidade
levados
à
inveja.
Eles
também
se
tornam
mimados
e
tirânicos.
Mas
contrate
um
ex-inimigo
e
ele
lhe
será
mais
fiel
do
que
um
amigo,
porque
tem
mais
a
provar.
APLICAÇÃO
LERMINIANA:
em
2004,
após
sua
eleição,
Darci
resolveu
que
não
iria
nomear
nem
um
dos
velhos
companheiros
para
as
pastas
mais
importantes.
A
estes,
somente
as
secretarias
de
menor
porte,
de
menor
importância
política.
Dessa
forma
não
correria
o
risco
de
ser
traído
por
alguém
próximo
com
ambições
de
poder
além
daquela
delegada
por
ele.
E
claro,
os
amigos
tem
uma
tendência
natural
de
sentirem
inveja
do
sucesso
de
seus
companheiros.
Mas
há
uma
exceção
no
PT
de
Parauapebas,
e
o
então
prefeito
eleito
soube
avaliar
muito
bem
tal
situação:
o
secretário
de
educação,
Sr.
Raimundo
Oliveira
Neto,
é
a
exceção
a
essa
lei.
Este,
um
ser
sem
ambição
política
alguma,
fiel
defensor
da
obediência
cega
à
hierarquia
administrativa.
Apenas
um
simples
pensamento
em
uma
estratégia
que
ofendesse
seus
princípios
de
subserviência,
seria
o
bastante
para
aterrorizá-lo.
Darci,
então,
pôde
nomeá-lo
sem
medo
de
traição:
seria
mais
fácil
um
camelo
passar
no
fundo
de
uma
agulha
do
que
Raimundo
Neto
entrar
no
reino
das
estratégias
políticas.
Dessa
forma,
Darci
pôde
se
justificar
perante
o
PT.
Para
a
secretaria
de
finanças,
onde
todo
o
poder
político,
financeiro
e
administrativo
de
seu
governo
está
concentrado,
nomeou
Marcelo
Catalão,
fazendeiro
e
antigo
inimigo
do
Partido
dos
Trabalhadores,
cujo
pai
– que
por
coincidência
atende
pelo
nome
Darci
– perseguia
duramente
os
trabalhadores
rurais
e
membros
de
nosso
partido,
inclusive
o
prefeito
que
na
ocasião
chegou
a
receber
até
ameaças
de
morte
por
parte
de
seu
xará.
Um
inimigo
tão
letal
assim
poderia
se
tornar
um
dos
mais
fiéis
secretários.
Pelo
menos
era
a
interpretação
“Lerminiana”
das
leis
do
poder.
E
assim
o
fez.
LEI
3:
Oculte
suas
intenções.
Mantenha
as
pessoas
na
dúvida
e
no
escuro,
jamais
revelando
o
propósito
de
seus
atos.
Não
sabendo
o
que
você
pretende,
não
podem
preparar
uma
defesa.
Leve-as
pelo
caminho
errado
até
bem
longe,
envolva-as
em
bastante
fumaça
e,
quando
elas
perceberem
as
suas
intenções,
será
tarde
demais.
APLICAÇÃO
LERMINIANA:
essa,
talvez,
seja
a
mais
emblemática
característica
de
seu
perfil
em
todos
os
sete
anos
de
governo.
Ninguém,
absolutamente
ninguém,
sabe
definir
com
clareza
o
que
pensa
o
prefeito.
Quais
seus
planos
para
o
futuro
da
cidade?
Ninguém
sabe!
Qual
sua
estratégia
eleitoral
para
2012?
Ninguém
sabe!
O
que
pensa
ser
melhor
para
o
PT?
Ninguém
sabe!
...
Ninguém
sabe!
...
Ninguém
sabe!
Justiça
seja
feita,
tem
sido
a
estratégia
mais
bem
sucedida
desse
rapaz.
Como
ninguém
sabe
de
nada,
todos
ficam
como
baratas
tontas
e
então
o
golpe
acontece
de
forma
rápida;
quando
todos
percebem,
já
está
feito
e,
como
sempre,
envolto
em
incertezas
e
dúvidas,
mas
há
o
aceite
ordeiro
e
subserviente
dos
próprios
filiados,
os
quais
anseiam
por
participar
como
atores
principais
da
“novela”,
mas,
sem
saber,
são
apenas
figurantes.
Foi
assim
na
nomeação
de
Alex
Pamplona
para
a
secretaria
de
saúde
– uma
pessoa
que
só
conhece
de
medicina
os
efeitos
da
“pila
contra”
[sic]
que
sua
avó
lhe
ministrava
para
curar
suas
fortes
dores
verminais
–;
foi
assim
na
entrega
da
administração
do
hospital
municipal
para
uma
OSCIP
de
origem
duvidosa.
Este
tem
sido
o
quadro
deprimente
do
PT
em
todo
o
governo
Darci
e,
como
não
poderia
deixar
de
ser,
a
história
se
repetirá
em
2012.
LEI
11:
Aprenda
a
manter
os
outros
dependentes
de
você.
Para
manter
a
sua
independência
você
deve
sempre
ser
necessário
e
querido.
Quanto
mais
dependerem
de
você,
mais
liberdade
você
terá.
Faça
com
que
as
pessoas
dependam
de
você
para
serem
felizes
e
prósperas,
e
você
não
terá
nada
o
que
temer.
Não
lhes
ensine
o
bastante
a
ponto
de
poderem
se
virar
sem
você.
APLICAÇÃO
LERMINIANA:
Desde
o
primeiro
mandato
tem
sido
assim:
os
petistas,
em
sua
maioria,
têm
recebido
do
prefeito
apenas
o
necessário
para
sobreviver,
ou
seja,
um
emprego
– alguns
têm
sorte
e
ganham
outros
mimos
como,
por
exemplo,
aluguéis
de
carro.
A
participação
política
fica
condicionada
à
manutenção
de
seu
emprego
– ou
de
seu
contrato.
É
um
acordo
tácito.
Todos
sabem
que
o
prefeito
pode
destruir
a
vida
de
alguém
em
apenas
uma
“canetada”.
Essa
condição
causa
uma
certeza
em
todos:
podem
fazer
e
falar
o
que
quiserem
de
mim,
mas
na
hora
“H”,
se
não
estiverem
do
meu
lado,
serão
meus
inimigos.
Isso
ficou
evidente
em
várias
ocasiões:
disputa
das
prévias
em
2008,
PED
2009,
eleições
2010
etc.;
em
todas
essas
oportunidades,
bastou
apenas
uma
ligação
do
prefeito
e
todos
já
estavam
defendendo
seu
“ganha
pão’,
ou
melhor,
defendendo
a
estratégia
do
governo.
E
a
história
se
repete.
LEI
16:
Use
a
ausência
para
aumentar
o
respeito
e
a
honra.
Circulação
em
excesso
faz
os
preços
caírem:
quanto
mais
você
é
visto
e
escutado,
mais
comum
vai
parecer.
Se
você
já
se
estabeleceu
em
um
grupo,
afastando-se
temporariamente
se
tornará
uma
figura
mais
comentada,
até
mais
admirada.
Você
deve
saber
quando
se
afastar.
Crie
valor
com
a
escassez.
APLICAÇÃO
LERMINIANA:
parece
até
piada
falar
em
respeito,
honra
e
admiração
em
se
tratando
de
Darci,
mas
quero
pedir
um
pouco
de
calma.
Vamos
fazer
um
raciocínio
sem
paixões
ou
ódios
e
ver
se
encontramos
sentido
no
“modus
operandi”
de
fazer
política
de
“nosso”
prefeito.
Qualquer
pessoa
em
sã
consciência,
ao
ser
eleito
prefeito
de
uma
cidade
como
Parauapebas,
tentaria
se
ausentar
o
mínimo
possível
para
não
deixar
problemas
aparecerem
ou
mesmo
por
questões
administrativas.
Dar
ordens
a
longas
distâncias
não
é
tão
simples
assim.
Darci
nunca
teve
esse
problema.
Ora
está
aqui,
ora
está
ali,
ora
esta
acolá,
ora
ninguém
sabe
onde
ele
está.
Em
Parauapebas
é
quase
impossível
achar
o
prefeito.
Alguns
de
nossos
companheiros
petistas
quase
morrem
do
coração.
-
Cadê
o
“homem”?
Dizem
desesperados;
a
preocupação
é
de
uma
mãe
que
procura
seu
filho
perdido
em
uma
noite
escura.
Falam
que
não
existe
ninguém
com
tamanha
irresponsabilidade,
que
é
doido,
que
é
mentiroso,
que
é
isso
e
que
é
aquilo
– falam
coisas
bem
mais
pesadas,
mas
prefiro
não
comentar.
O
mais
incrível
disso
tudo
é
que
quando
o
“homem”
aparece
é
um
alívio
geral.
Todos
querem
saber
o
que
o
prefeito
tem
a
dizer
sobre
as
novidades
políticas
que
estavam
esperando
sua
avaliação
e
que
ninguém
aguentava
mais
de
tanta
ansiedade
– ou
saudade,
quem
sabe!?
A
fila
na
porta
de
seu
gabinete
se
torna
interminável.
Para
dá
conta
de
todos
os
atendimentos,
começa
05:00
horas
da
manhã
e
se
estende,
como
de
costume,
até
as
22:00
horas;
são
17
horas
de
atividade
– ufa!
Quem
disse
que
ele
não
trabalha?
– e
até
o
almoço
é
saboreado
ali
mesmo,
no
gabinete.
É
comum
ver
todo
tipo
de
pessoa
na
fila
do
gabinete
esperando
ser
atendido
pelo
prefeito:
líderes
comunitários,
líderes
políticos,
vereadores
(!),
empresários,
pedintes
e
bajuladores
– é
importante
salientar
que,
às
vezes,
mais
de
um
desses
adjetivos
se
reúnem
em
uma
só
pessoa.
Também
é
comum
que
todos
estejam
ali
revoltados
com
alguma
situação
– quase
nunca
diz
respeito
à
sociedade,
mas
a
eles
mesmos
– e
que
se
dizem
prontos
para
dar
uma
bronca
no
prefeito,
falar
grosso
com
a
excelência.
Quando
começa
o
atendimento
ninguém
sabe
o
que
acontece
entre
as
quatro
paredes
do
gabinete,
mas
uma
coisa
é
visível
a
todos:
quem
sai
lá
de
dentro,
sai
mostrando
os
dentes
para
o
universo.
É
uma
alegria
que
contagia
a
todos.
As
esperanças
foram
renovadas
e
a
confiança
no
prefeito
fora,
mais
uma
vez,
restabelecida.
Sua
estratégia
de
fuga
e
aparição
lhe
deu
condições
e
discurso
para
alimentar
a
esperança
de
quem
quer
ouvir
palavras
de
conforto.
Lembro-me
do
que
dizia
o
ex
– nunca
mais
– vereador
Wanterlor
Bandeira,
fazia
alusão
à
capacidade
do
prefeito
em
transformar
hostilidades
em
sorrisos
e
abraços:
– O
Darci
parece
um
encantador
de
serpentes
[sic].
Se
deixar
ele
falar
ao
pé
do
ouvido
você
dobra
o
joelho
[sic].
Pobre
ex
– nunca
mais
– vereador!
Seu
intelecto
empobrecido
e
embaçado
pelo
poder
e
pelas
aulas
de
filosofia
política,
ministrada
pelo
“admirável”
ex-vereador
Juca,
o
impediram
de
enxergar
o
óbvio:
não
era
o
Darci
que
encantava
“serpentes”
– até
concordo
que
essa
definição
é,
para
muitos,
perfeita
–,
mas
sim
seus
próprios
sentimentos
e
desejos
que
estavam
sendo
usados
contra
ele
mesmo.
Feita
essas
observações
(quem
quiser
aprofundar-se
mais
recomendo
a
leitura
do
livro),
podemos
com
facilidade
concluir
que
o
prefeito
Darci
não
é
somente
um
administrador
incompetente,
mas
também
é
um
político
extremamente
inábil.
Ora,
o
objetivo
da
aplicação
das
Leis
do
Poder,
como
defende
o
próprio
autor,
não
é
simplesmente
manter-se
no
poder
a
qualquer
custo,
mas
fazer
com
que
os
outros
o
queiram
no
poder.
Ser
amado
e
respeitado
pelo
povo,
esse
é
o
verdadeiro
objetivo
das
Leis
do
Poder.
Pergunta:
quem
ama
e
respeita
o
prefeito
Darci?
Muitos
de
seus
amigos
íntimos
garantem
que,
esses
sentimentos,
nem
mesmo
sua
esposa
nutri
por
ele.
Será!?
Do
processo
de
decadência
Com
a
luta
pela
manutenção
do
domínio
e
sob
a
orientação
das
Leis
do
Poder,
“nosso”
prefeito
passou
a
usar
O
PT
como
um
veículo
eleitoral
e
nada
mais.
O
prefeito
sequer
paga
a
mísera
taxa
de
contribuição
que
serve
para
custear
os
encontros,
plenárias
e
etc.
E
nessa
música
que
soa
do
alto
do
Morro
dos
Ventos
muitos
petistas
foram
dançar,
e
dançaram.
Poderia
citar
vários
exemplos,
mas
quero
me
ater
a
somente
um;
o
caso
mais
emblemático:
o
medíocre
e
decadente
vereador
Euzébio
Rodrigues.
Euzébio,
em
quase
tudo,
tentou
copiar
o
prefeito.
Até
ser
amigo
dos
novos
amigos
do
Darci
ele
tenta,
sem
sucesso,
é
claro.
Meia
hora
de
conversa
sobre
política
e
ninguém
mais
se
interessa
por
ele.
A
queda
ocorrida
na
carreira
política
no
nobre
vereador
é
algo
cinematográfico:
ao
final
de
2009
ele
era
“o
cara”;
era
o
mais
cotado
à
sucessão,
dentro
e
fora
do
partido;
era
aclamado
por
todos
nós,
petistas;
era
destaque
em
pesquisas
de
opinião.
Só
se
falava
em
Euzébio.
À
boca
pequena,
todos
comentavam:
esse
aí,
com
certeza,
será
o
futuro
prefeito.
E
assim
todos
o
queriam.
Pois
bem.
Passados
dois
anos,
olha
onde
esse
mesmo
indivíduo
se
encontra:
no
esgoto.
Teve
apenas
12
votos
na
prévia
de
seu
partido,
aquele
mesmo
em
que
outrora
era
unanimidade.
Por
essa
pífia
votação
é
fácil
deduzir
que
fiéis
correligionários
não
votaram
nele.
Será
que
foi
o
advogado
trabalhista
mais
caro
do
Brasil?
Ou
será
que
foi
o
ex
– nunca
mais
– vereador?
E
o
mais
deprimente
é
sabermos
que
esse
vereador
anda
falando
aos
quatros
ventos
que
ainda
é
um
candidato
para
mais
de
2.600
(dois
mil
e
seiscentos)
votos.
Percebe-se
que
além
de
tudo,
ainda
é
um
péssimo
matemático
– e
olha
que
é
conta
de
aritmética
básica,
é
subtração.
Mas
é
compreensivo;
sabemos
que
é
um
apelo,
um
grito
de
desespero,
uma
tentativa
de
recuperar
o
prestígio
e
respeito
perdidos.
Ao
Euzébio,
um
conselho:
conforme-se
com
seu
destino.
Em
breve
se
juntarás
ao
seu
amigo
e
se
tornarás
um
ex
– nunca
mais
– vereador.
Em
minha
modesta
opinião,
penso
que
o
PT
só
tem
a
ganhar
sem
essas
duas
figuras
como
representantes
legislativos.
Uniram-se
em
momento
oportuno.
Não
estarão
sozinhos
no
fundo
do
poço,
um
fará
companhia
ao
outro.
Mas,
como
disse
acima,
esse
é
apenas
um
exemplo.
O
quadro
de
decadência
se
estende
a
todos
os
líderes
– ou
ex-líderes
– do
PT.
Não
pensem
que
os
outros
vereadores,
secretários
e
o
prefeito
trilharão
um
caminho
diferente,
pois
a
história
sempre
se
repete;
ela
costuma
ser
cruel.
Da
mediocridade
A
prévia
está
servindo
bem
mais
do
que
como
simples
processo
de
escolha
do
candidato
à
sucessão
do
PT.
Está
servindo
para
mostrar
a
que
ponto
todos
nós,
petistas,
chegamos.
É
ridículo,
eu
assumo:
Termos
de
escolher
entre
um
nome
ruim
e
outro
péssimo.
Um
nome,
José
das
Dores
Couto:
sem
expressividade
alguma.
Pensa
que
por
ter
inaugurado
pontes
de
madeira
nas
estradas
da
zona
rural,
está
credenciado
à
disputa
eleitoral.
Administra
a
secretaria
de
obras
(Semob)
e
tem
como
parceiros
o
engenheiro
Oscarino,
a
eminência
parda
Keniston
(sic)
e
o
pregoeiro
Argenor.
Com
uma
equipe
dessas,
não
precisamos
dizer
mais
nada,
não
é
mesmo!
Mas
vou
dizer.
É
de
assombrar
os
casos
de
corrupção,
prevaricação,
desvios
de
recursos,
fraude
em
licitações
etc.
etc.
etc.
São
milhões
que
somem
todos
os
meses
dos
cofres
públicos
de
Parauapebas
e
é
lá,
na
Secretaria
de
Obras
e
suas
medições
– assinadas
pelo
engenheiro
da
equipe
–,
que
esse
dinheiro
encontra
uma
janela
para
sumir
e
nunca
mais
ser
encontrado.
E
como
se
isso
tudo
não
bastasse,
tem
como
padrinho
político
– e
ídolo
– o
prefeito
Darci.
Com
um
currículo
desses
é
de
uma
obviedade
gritante
que
numa
disputa
interna
– do
PT
– esse
indivíduo
ficasse
com
menos
votos
que
o
futuro
ex
– nunca
mais
– vereador
Euzébio,
mas
não
foi
isso
que
aconteceu.
Coutinho
apareceu
com
210
votos
nas
urnas.
Como
explicar
esse
fenômeno?
Refletindo
sobre
isso
percebi
que
a
mediocridade
tinha
alcançado
a
– quase
– todos;
foram
votos
comprados.
Têm-se
notícias
de
pessoas
que
votaram
por
todos
os
tipos
de
“presentes”:
empregos,
aumentos
de
salários,
dinheiro,
carros
etc.
Como
seria
isso
possível!?
Um
militante
do
Partido
dos
Trabalhadores
vendendo
o
futuro
de
sua
cidade
a
pessoas
do
nível
de
Keniston
(sic)
e
Cia;
vendendo
o
futuro
de
seus
filhos,
de
seus
amigos,
de
seus
vizinhos;
vendendo
o
futuro
de
seu
partido.
Foi
possível.
Outro
nome,
Milton
Zimmer:
esse
também
sem
muita
expressividade.
O
único
motivo
que
o
credencia
a
pleitear
a
candidatura
à
sucessão
é
o
fato
de
ter
sido
eleito
deputado
nas
eleições
em
2010
– justiça
seja
feita,
não
é
pouca
coisa.
Pessoalmente
acho
que
ele
morre
de
saudades
do
tempo
em
que
era
secretário
de
fazenda
– e
que
tempo!
– e
deve
fazer
de
tudo
para
voltar
ao
poder.
Conseguiu
unir
em
torno
de
si
os
que
não
foram
cooptados
pelo
Coutinho
– aqueles
que
acham
que
a
oferta
não
é
o
preço
que
valem
e
esperam
por
uma
proposta
melhor.
Nesse
ponto
quero
abrir
um
“parêntese”:
não
são
todos
que
estão
usando
a
pré-candidatura
do
Milton
para
se
valorizarem
no
mercado
político,
tem
gente
de
bem
que
o
apóia
como
uma
forma
de
protesto
à
política
de
governo
do
prefeito
Darci.
Seu
histórico
como
administrador
é
de
dá
medo.
Em
sua
administração
à
frente
da
secretaria
de
fazenda
(Sefaz),
o
governo
Darci
conheceu
um
de
seus
piores
momentos:
simplesmente
o
dinheiro
sumia
todos
os
meses
e
nada
era
feito
na
cidade
– nem
inauguração
de
pontes
de
madeira
nas
estradas
da
zona
rural
–,
não
sobrava
nada
para...
entende!
Mantinha
pessoas
(correligionários)
em
folhas
de
pagamentos
paralelas
– o
que
mostra
um
total
desrespeito
com
o
dinheiro
público
– chamadas,
“carinhosamente”,
de
folhas
2,
folha
3
e
folha
4.
Na
câmara
municipal
o
Sol
do
Carajás
chama
esse
tipo
de
vínculo
de
fantasma.
Mas
será
que
estamos
falando
da
mesma
coisa!?
E
cá
estamos
nós,
filiados.
Temos
que
escolher
entre
o
que
ruim
e
o
que
é
pior
para
o
partido.
Dessa
mediocridade
todos
nós
somos
co-autores,
partícipes
e
vítimas.
Diante
disso,
sou
pessimista.
Com
Coutinho
ou
Milton
a
derrota
é
a
certeza
que
me
faz
lamentar.
Com
nosso
orçamento,
poderíamos
ter
sido
uma
referência
e
orgulho
para
nosso
partido,
assim
como
foi
a
gestão
do
PT
em
Porto
Alegre
– governo
de
16
anos
com
o
Orçamento
Participativo.
Mas
o
que
somos
hoje?
Talvez
uma
referência,
mas
uma
referência
de
como
o
PT
não
deve
governar.
Só
resta
saber
quem
de
nós
sobrará
em
2013
para
varrer
o
salão
depois
que
a
festa
acabar?
Quem
de
nós
ajudará
a
costurar
nossa
bandeira
rasgada
pelas
loucuras
nerianas
(sic)
– de
Nero
– de
nossos
velhos
e
cansados
– e
irresponsáveis
– líderes?
De
uma
coisa
tenho
certeza:
independente
do
resultado,
nosso
partido
em
Parauapebas
deverá
ser
renovado.
Velhas
lideranças
deverão
dar
lugar
– alguns
já
deveriam
ter
saído
de
fininho
– às
novas.
Quem
herdará
esse
legado
com
poder
de
apagar
essa
mancha
da
nossa
história?
Façam
suas
apostas!
Eu
tenho
a
minha.
Fonte: Blog Sol do Carajás.