Crime ocorreu em São Vicente e enfermeira está em estado gravíssimo.
Polícia e familiares acreditam que noivo seja autor das agressões.
Mulher foi asfixiada e duas pessoas são suspeitas (Foto: Arquivo Pessoal)
Um mês após ser agredida e asfixiada dentro da própria casa, a jovem Janaina Caroline Cunha Alves, de 26 anos, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Santos, no litoral de São Paulo.
Segundo familiares, o estado dela ainda é gravíssimo e, desde o ataque, ela segue em coma induzido.
O noivo da vítima é o principal suspeito de ter cometido o crime.
Em depoimento, o noivo afirmou que, ao chegar no apartamento onde a enfermeira morava, encontrou a vítima sendo esganada por um pedreiro em um dos cômodos.
Já o pedreiro, que também foi ouvido, disse que realmente fazia um serviço no local, mas fugiu ao ver o noivo da vítima agredindo a mulher durante um ataque de ciúmes.
Desde o crime, a mãe da jovem, Maria Rejane, de 48 anos, afirma que não sai mais do hospital.
"Está sendo horrível.
A minha vida parou, não consigo fazer nada além de pensar nela.
Ela está em um quadro bem delicado.
Estou sempre no hospital cuidando dela, mas é muito triste vê-la nessa situação", afirma.
Amigo de vítima relata ameaças sofridas por rede social (Foto: Reprodução/Facebook)
Os dois suspeitos pelo crime prestaram depoimento e foram liberados.
O caso é investigado pela 2º Distrito Policial de São Vicente.
A mãe da jovem ainda tem esperanças de justiça.
"As investigações estão bem lentas, estamos bastante insatisfeitos com isso, porém acreditamos que a Justiça será feita e que o culpado irá pagar pelo mal que fez a minha filha", lamenta.
Segundo familiares da vítima, Janaina apresenta ferimentos no pescoço, sinais de um possível estrangulamento, e está em internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Ana Costa, em Santos, e em coma induzido.
Ciúmes.
De acordo com um amigo da vítima, que preferiu não se identificar, o noivo da jovem é bastante ciumento e já chegou a ameaçá-lo.
"Éramos amigos e conversávamos constantemente.
Certa vez, comentei em uma foto dela no Facebook e, logo depois, esse rapaz me chamou, dizendo que ela tinha namorado e era para eu ficar longe.
Quando a Janaína soube, ela me pediu desculpas e disse que ele era muito ciumento mesmo", explica.
Segundo o rapaz, a discussão foi em 2014 e, após o ocorrido, ele se distanciou da enfermeira.
"Ela me dizia que, mesmo com o ciúmes dele, havia amor e eu respeitei.
Mas era algo muito intenso e ela chegou a desativar a conta por conta da perseguição", disse.
Estopim.
Segundo Nelci Alves da Silva, avó da vítima, as discussões entre ambos se intensificaram por conta de uma conta na rede social.
"Ele não queria que a Janaina criasse [uma conta no] Facebook.
Na semana passada, ela veio na minha casa e criou.
Quando ele descobriu, ficou muito nervoso e foi tirar satisfação.
Era uma paranoia eterna", explica.