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terça-feira, fevereiro 23, 2016

João Santana, o homem que elegeu seis presidentes





A trajetória e os números impressionantes do marqueteiro em quem Dilma Rousseff aposta para se reeleger em 2014

LUIZ MAKLOUF CARVALHO
04/10/2013 - 21h09 - Atualizado 22/02/2016 12h14


"A Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões. 

Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo.”

 A previsão é do marqueteiro João Santana, o número um do PT, do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e da presidente da República, Dilma Rousseff – a “selvagem da motocicleta”, como divertidamente a chamou em uma das duas entrevistas que concedeu a ÉPOCA. 

Os “anões”, diz Santana, são os candidatos Marina SilvaAécio NevesEduardo Campos e, pelas contas dele, José Serra.

“O que menos crescerá, ao contrário do que ele próprio pensa, é justamente Eduardo Campos”, disse.


Santana faz parte, como consultor político informal de Dilma, da meia dúzia de assessores que ela ouve mais, conhecida como “núcleo duro” do governo.

Além dele, formam o time os ministros Aloizio Mercadante (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), o ex-ministro Franklin Martins e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

 Deles, o único que não é ou foi ministro nem presidente da República é Santana.

Ele compara Lula a Dilma da seguinte forma: “Lula é vulcão. Dilma é raio laser”. 

E se autodefine assim: “Sou um dos últimos socialistas românticos e um dos primeiros socialistas cibernéticos – ao mesmo tempo utópico e descrente; ao mesmo tempo sério e debochado”. 

Faz uma profecia para o Brasil: “Aqui ocorrerão, neste século, as grandes tramas neopolíticas, neoestéticas e ciberétnicas. 

Gosto muito da definição espiritua­lista, de que o Brasil é o laboratório do espírito santo”.


AUTODEFINIÇÃO O marqueteiro João Santana em seu escritório, em São Paulo. “Sou um dos últimos socialistas românticos e um dos primeiros socialistas cibernéticos” (Foto: Mauricio Lima/The New York Times)

João Santana de Cerqueira Filho, baiano da cidade de Tucano (pois é...), tem 60 anos, é vovô de três netos, com o quarto a caminho, e coleciona feitos e números inusitados. 

Como marqueteiro, já ajudou a eleger seis presidentes da República: Lula (reeleição, 2006), Mauricio Funes (El Salvador, 2009), Dilma Rousseff (2010), Danilo Medina (República Dominicana, 2012), José Eduardo dos Santos (Angola, 2012) e Hugo Chavez/Nicolás Maduro (Venezuela, 2012). 

É um recorde mundial. 

Vale lembrar que Lula foi reeleito depois do escândalo do mensalão. 

O marqueteiro contou a ÉPOCA que foi ele quem convenceu o PT a lançar a quarta candidatura de Lula, no começo de 2001, momento em que até o próprio Lula não estava animado com a ideia. 

“Naquela época, o Duda (Mendonça, então sócio majoritário de Santana, com quem ele rompeu depois) defendia os nomes do Suplicy ou do Tarso Genro”, afirma. (Mendonça não quis dar entrevista a ÉPOCA.)

Santana pode chegar a sete presidentes eleitos, se confirmadas as pesquisas no Panamá. 

O candidato José Domingo Arias, seu cliente, está na liderança. 

As eleições serão em março de 2014. 

Santana está concentrado nesse trabalho. 

Viaja com frequência para a Cidade do Panamá, onde mantém uma equipe de 30 pessoas. 

Sua empresa continua a dar assistência aos presidentes de Angola, El Salvador e República Dominicana.

Quanto Santana fatura com todo esse movimento? “São números confidenciais, que só interessam à empresa”, diz. 

Mas ele próprio já informou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que a campanha de Dilma Rousseff custou R$ 42 milhões – sem especificar os percentuais de despesa, a maior parte, e de lucro. 

Os números disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a Pólis Propaganda e Marketing, sua empresa, recebeu, do PT nacional, R$ 13,7 milhões em 2006, R$ 9,8 milhões em 2008, R$ 42 milhões em 2010 e R$ 30 milhões em 2012. 

Um total de R$ 95,6 milhões.

 É o que há no TSE até 2012.

Não existe TSE ou semelhantes para as campanhas internacionais.

De vez em quando, sai um número que Santana não confirma nem desmente, como os US$ 65 milhões de faturamento na campanha presidencial de Angola – aí incluídos os custos, a exemplo dos demais números citados. 

No ano passado, com seis campanhas simultâneas, a Pólis empregou temporariamente um batalhão de 700 funcionários.

 Seus braços direito e esquerdo, na Pólis, além da sócia e mulher, Mônica Moura, são os marqueteiros Marcelo Kertész e Eduardo Costa.


álbum de família 1. Na infância, tocando trompa na escola em Tucano, Bahia 2. Com as irmãs Márcia e Balila, em 1962 3. Em São Paulo, nos anos 1970, época em que compunha letras para o grupo Bendegó 4. Entrevistando o cacique Raoni no Xingu, em 1984 (Foto: Arq. pessoal)

 

No caso da presidente Dilma, Santana e a área de comunicação do governo dizem que ele trabalha de graça. 

Em 9 de fevereiro de 2011, Santana e seu diretor de criação, Kertész, assinaram, com a Presidência da República, um termo de cessão de direitos de uso da marca e do slogan “Brasil – país rico é país sem probreza”, criado por ambos. 

A ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, não quis falar sobre Santana. 

A presidente Dilma também não.

O escritor e marqueteiro baiano Marcelo Simões, amigo antigo, admirador e ex-colaborador da Pólis, afirma que Santana ficou milionário. 

“Bota aí uns US$ 50 milhões, para mais”, diz. Santana ouviu esse número duas vezes. 

Apenas riu, gostosamente, e carimbou Simões com dois ou três palavrões dos que se dizem na baianidade.

Já veio a público que Santana tem um bom apartamento num bairro chique de Salvador, uma casa de oito quartos na Praia de Interlagos, Bahia, outra, futurista, na Praia de Trancoso, uma fazenda em Tucano e outra em Barreiras, cidade vizinha. 

Viaja com frequência para o exterior – principalmente Nova York e Paris, algumas vezes por ano. “Adoro essas duas cidades e já não sou um turista acidental”, diz. 

Em janeiro passado, levou a família – 13 pessoas – para 20 dias de férias em Barbados, uma ilha no Caribe.

Ultimamente, mora em São Paulo, onde fica a sede da Pólis, com 20 funcionários fixos (a empresa tem filial em Salvador). 

Depois de alguns anos morando em bons hotéis, mudou-se com a mulher para um apartamento de 280 metros quadrados, por enquanto alugado, no bairro de Vila Nova Conceição. 

Em Brasília, aonde vai quando a presidente o chama – não diz com que frequência –, hospeda-se em hotel.

Santana já se casou com sete mulheres. 

Sua sócia e faz-tudo Mônica Regina Cunha Moura é a sétima. “É a grande mulher da minha vida”, diz ele.

 Antes de Mônica, ou MM, como ela assina os e-mails, os amigos o chamavam de Dom João VI.

 O casamento-namoro vai para 15 anos. 

Jantam fora praticamente todos os dias, nos melhores restaurantes, com os melhores vinhos, escolhidos, às vezes, no aplicativo que ela guarda no iPhone.

Santana é muito de frutos do mar – com predileção pelo tirashi, da cozinha japonesa, que leva fatias cruas de peixe sobre uma tigela de arroz. 

MM é ele, para todas as tarefas práticas que possam existir: contatos com imprensa, advogados, clientes, fornecedores, meia dúzia de secretários domésticos, problemas com filhos (e suas mães), netos, sogra, logística.

 É tudo com ela.

Para esta reportagem, Santana só apareceu depois de dois meses, diversos telefonemas, dezenas de e-mails e torpedos – todos com ela.
Mônica já não estranha as muitas excentricidades do marido – entre elas a relação espiritual que Santana tem com Ettore Majorana. 

A internet informa que Majorana foi um físico italiano. 

Estudioso da energia nuclear, desapareceu misteriosamente em 1938, com 32 anos. 

É uma espécie de Dana de Tefé da física, por assim dizer. 

“Tenho uma relação misteriosa e cotidiana com ele”, diz Santana, ao relembrar que o jovem cientista existiu. 

É o Santana dos espíritos e do candomblé, de confessada forte influência, pé de pato, mangalô, três vezes.

Numa entrevista a ÉPOCA, quando achou que falava mais do que pretendia, Santana fez uma pausa, acendeu a luz alta dos grandes olhos verdes, disse “Você tem um omulu...” – e continuou a falar. (Majorana desapareceu, livro do escritor italiano Leonardo Sciascia, está disponível nos sebos virtuais.)

Os números também são superlativos no que tange às (p)referências culturais de Santana, definidas por ele como “maravilhosamente caóticas”. 

Na literatura, citou 56 autores, 14 deles brasileiros, entre aqueles que fazem ou fizeram seu deleite. 

Na música, relacionou 80 compositores e/ou intérpretes.

A maioria faz parte do cânone universal, ou nacional (leia a relação abaixo). 

Um ou outro pede um passeio no Google, caso do compositor erudito Arvo Part, de 78 anos, da Estônia (nascido em 11 de setembro, já que Santana é de ver omulus...). 

 No estilo brega, diz que adora Waldick Soriano – de “Eu não sou cachorro não”–, sempre querido dos que farrearam em casa de mulher, prostíbulo, cabaré e lupanares. 

De um deles, em Porto Alegre – tempos em que fazia a campanha do peemebedista Antônio Britto contra o vitorioso bigodudo petista Olívio Dutra –, Santana escorraçou da mesa um colega que desrespeitou uma estonteante profissional.
  •  
Junho era emoção, espasmo.
Não foi modificado o sentimento
em relação a Dilma"
João Santana
Há um João Santana romancista – e nessa área os números também falam alto. 

Ele classificou o órgão sexual feminino em nada menos de 14 tipos, cada qual com sua detalhada e criativa descrição.

São eles: “abóbada azulada”, “brasa endiabrada”, “mamãe eu quero”, “de siri”, “gaita de fole”, “dedo de veludo”, “Vênus de Apuleio”, “menina fujona”, “grota oceânica”, “arco-íris”, “alicate”, “serpente alada”, “porta de cadeia” e “rainha”. 

A única descrição possível de citar em ÉPOCA é a arco-íris: “Coberta por uma pequena selva respingada de gotas tímidas, que se abrem suspeitas de segredos, loucas para se revelar”. 

As outras – e muitíssimo mais – estão no romance Aquele sol negro azulado, o único de Santana até aqui, lançado em 2002, disponível on-line.

Santana escolheu, para a primeira entrevista, um estrelado restaurante nos Jardins, área nobre da capital paulistana. 

Era uma agradável tarde de sábado. Chegou, baianamente, irradiando simpatia. 

Um blazer azul-marinho com botões dourados rodeava uma barriga que, vá lá, sempre poderia ser maior.

Calça jeans, camisa de listras verticais e sapatênis, todos de boas marcas, completavam sua ladina figura (no sentido em que Rubem Braga chamou Vinícius de Moraes, ambos na lista dos 56 autores).

Uma das características mais singulares de Santana é que ele não termina todas as frases de forma inteligível. 

“Tenho um circuito neural rápido, tzzzzwzq, tchxzhchcz, querwtzch, tryzwrrrs (barulhos de circuito neural rápido). 

Qualquer pessoa que convive ou conviveu comigo sabe disso.” Diz que a presidente Dilma brinca com ele devolvendo fins de frases igualmente incompreensíveis, que ambos entendem. 

“Meu cérebro produz algumas coisas muito rápidas, e essa é a função nossa, como marqueteiros, um termo que adoro, um nome simpático.

Apesar de toda a carga pejorativa que tentam impor, acho bonito.

Parece coisa de sambista.

Sinto como se fosse o sambista da política.

Me sinto na Lapa de Noel, fazendo política na Lapa...”

No restaurante, Santana relembra a infância em Tucano, no sertão de Canudos, a 250 quilômetros de Salvador, àquela época com 3 mil habitantes. 

Foi o filho do meio do segundo casamento do fazendeiro, beneficiador de sisal, dono de cartório e depois prefeito João Santana, “muito autoritário”. Seu pai já morreu.

Sua mãe, dona Helena, que mora em Salvador, abastecia a casa com publicações do “sul”, como a revista O Cruzeiro e livros das Edições de Ouro.

Santana conta que estudava – “até latim grego” –, lia, dirigia o DKW desde os 9 anos e soprava saxofone alto na Filarmônica São José.

O maestro era João Neves, de resto oficial de justiça no cartório paterno. 

Ele diz que aprendeu hipnotismo em dez lições, e praticou, até com levitação. 

“Adorava provocar dor de dente nas meninas.” 

Até hoje é adepto da quiromancia – a leitura das mãos. 

Em 1965, com 12 anos, mudou-se para Salvador. 

Vida de colégio interno, o marista Vieira, onde ganhou o apelido que até hoje carrega: Patinhas.

Não por ser pão-duro – é até mão aberta.

Mas por exercer “com tirania fiscal única” o posto de tesoureiro do grêmio estudantil.

Em junho, quando as manifestações de rua abalaram o país, a presidente Dilma convocou Santana.

De olho na televisão, almoçaram no dia 17, com Carlos Augusto Montenegro e Márcia Cavallari, do Ibope, que monitorava a movimentação. 

“Ninguém entendia o que estava acontecendo”, diz Santana.

 Na noite do mesmo dia – quando mais de 100 mil pessoas ocuparam o centro do Rio de Janeiro –, o jantar, com TV, reuniu a presidente, o marqueteiro e o, no momento, mais poderoso integrante da meia dúzia de conselheiros palacianos: o ministro Mercadante, da Educação.

 “Já ficou claro que a crise seria maior do que a gente tinha imaginado”, diz Santana. 

Ele é muito cioso, quase temeroso, em contar o que Dilma disse ou deixou de dizer nessa e em qualquer outra ocasião. 

Sabe que ela não suporta leva e traz.

 Faz um comentário genérico sobre a postura dela na crise junina – quando chegou a cair 27 pontos nas pesquisas: “Ela tem uma capacidade muito forte de resistir a uma situação de crise. 

A Dilma é f... Ela fica surpresa, sim, mas jamais intimidada”.

Santana detectou, em sua cadeia de pesquisas, que junho poderia acontecer? 

“Não. É impossível”, responde. Não é uma falha do marqueteiro político? “Não. 

Acontecimentos dessa natureza só podem existir porque são imprevisíveis.

Pesquisa não pode detectar fatores vulcânicos. 

É igual um terremoto.

Você sabe que pode acontecer, mas nunca saberá o dia, nem a intensidade. 

Se, uma semana antes, perguntassem, para as 400 mil pessoas que foram às ruas, se elas iriam, a resposta seria não.” 

Em julho, quando uma pesquisa do Datafolha mostrou uma queda de 21 pontos na popularidade de Dilma, apontando segundo turno em 2014, Santana disse à Folha de S.Paulo: “Essa pesquisa tem o valor de uma vaia em estádio.

Não passa de catarse temporária. 

Redobro a aposta: Dilma ganha no primeiro turno”.

No sábado de agosto, durante o almoço com ÉPOCA, as pesquisas apontam forte subida de Dilma – 38% de avaliação “ótimo” ou “bom”. Santana está feliz. “Nas minhas pesquisas, ela já está com 43 – e subirá mais”, afirma.

Para explicar seu prognóstico, usa a nomenclatura do neurobiologista português António Damásio, “um dos caras mais geniais que eu já li”. 

Nesse caso, a referência é o livro  

Em busca de Spinoza: prazer e dor na ciência dos sentimentos, que diz reler pela terceira vez. 

Damásio trata, filosoficamente, das diferenças entre os sentimentos e as emoções.

JUNTOS HÁ 15 ANOS João Santana está no sétimo casamento, com Mônica Moura (acima). “É a grande mulher da minha vida”, diz (Foto: Arq. pessoal)


– Junho era emoção, espasmo. 

Não foi modificado o sentimento das pessoas em relação a Dilma.

Uma semana antes, minhas pesquisas mostravam que os atributos dela, a maioria, eram extremamente positivos.

 É honesta? Tem comando? Mais de 70%. 

O governo está gerindo bem? Está, com problemas aqui e ali, mas está. 

Confirmava a série histórica, e batia com a pesquisa de 15 dias antes. 

Então, não poderia ser algo em relação a ela, Dilma, mas à posição no cargo.

Há estudos mostrando que, na estrutura republicana federativa, a crise bate mais fortemente lá em cima – mas é lá em cima também que começa a se dissolver.

Por isso, ela se recuperou tão rápido.

Patinhas é o nome com que Santana virou verbete no prestigioso Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira, disponível na internet.

Foi fundador e letrista do grupo Bendegó, com os parceiros Winston Geraldo Guimarães Barreto, o Gereba, que segue músico em Salvador, e José Ventura dos Santos, o Kapenga, funcionário de Santana em São Paulo.

Nos velhos tempos, Patinhas conviveu com Caetano, Gilberto Gil e muitos outros “bichos-grilos” do que viria a ser o tropicalismo. Patinhas gostava de chocar (ontem como hoje).

Contam que uma vez, na casa de Caetano, copinho de cachaça equilibrado no joelho – “nunca deixou cair!”, diz Gereba –, quis constranger o grupo perguntando quem se masturbava (com outra palavra, é claro). As respostas foram saindo, tímidas e confrangidas. 

Até que Caetano fez a mesma pergunta ao próprio Patinhas. “Não abro mão”, respondeu, zás-trás, para a gargalhada geral.

E virou mais um copinho da bebida que ainda hoje curte (e coleciona).

Eram anos de ditadura, década de 1970.

Patinhas aderiu aos sentimentos e emoções da guerrilha cultural, em sentido amplo. 

Deixou crescer o cabelo, à black power. 

Pelos relatos, fumou toda a maconha que pôde, viciou-se em nicotina (até quatro maços por dia), experimentou muitos cogumelos alucinógenos do sertão, fez viagens místicas e psicodélicas, jogou-se na música e na filosofia eubiótica (ou arte de bem viver) do suíço-baiano Walter Smeták, guru dos tropicalistas. Santana o incensa até hoje: “Foi meu pai espiritual.

Ensinou-me a virar os olhos para dentro da cabeça e o ouvido para dentro do silêncio da alma”.

O João trouxe muita convicção
de que era possível reverter
a crise, e acertou a mão"
Gilberto Carvalho, ministro, sobre a crise do mensalão .
Como jornalista, teve “um tremendo lado moleque”, expressão do jornalista Antônio Risério, amigo e colaborador.

Uma vez, atrapalhou completamente uma visita do então presidente Sarney, hoje presidente do Senado, ao Mercado Modelo, em Salvador.

Na hora em que Sarney chegou, um ator comediante localmente bem conhecido comandava uma balbúrdia de fãs pedindo autógrafo. 

Santana é quem armara tudo, caladinho.

 Outra vez, na época das Diretas Já, quando Paulo Maluf visitava Salvador, mandou fazer uma camiseta.

No aeroporto, pediu a uma fotógrafa (sua namorada, para variar) que entregasse a camiseta a Maluf, como presente dos jornalistas da Bahia.

Então candidato ao colégio eleitoral, Maluf a recebeu, dobrada, deu aquele indefectível sorriso e, sem atentar na inscrição, abriu um “Diretas Já” que foi parar na imprensa.

Sua primeira e rápida incursão como publicitário foi na agência Standard, do então rebelde, comunista e ex-exilado Sérgio Amado. 

O cliente era a cadeia de lojas Tio Correa, um varejista daqueles tempos como as Casas Bahia. “Vá direto no barato”, foi o slogan criado por Patinhas.

 Era um pleonasmo vicioso. 

“Ele sempre foi talentoso”, diz Amado, hoje presidente da Ogilvy Group Brasil.

Do time publicitário que não trabalha para o governo, ele não é o único dos centroavantes a elogiar Santana.

“João é um cara que sabe se colocar”, afirma Nizan Guanaes, presidente do Grupo ABC, o maior grupo brasileiro de marketing, onde pontifica a agência África.

“O Tio Correa dobrou as vendas, mas o barato bom era o outro”, diz Santana, com uma espontânea risada de baiano folgado. 

Conta que parou com os exageros quando nasceu sua primeira filha, Suriá Luirí, hoje com 37 anos. 

Ela mora com o marido nos Estados Unidos. 

É mãe de Natália, de 3 anos, e carrega a próxima neta de Santana, que nasce neste outubro. 

(Aylê Axé, seu outro filho, de 35 anos, mora em Salvador e trabalha com o pai. 

Ele tem os filhos João Pedro, de 14 anos, e Manuela, de 4, capa do celular de Santana.)

“João é muito de dizer o que pensa, sem ser puxa-saco”, diz o radialista Mário Kertész, o MK, dono de um popular programa de rádio da Bahia. MK foi prefeito de Salvador, pelo então MDB, entre 1986 e 1988. 

A seu convite, Santana largou o jornalismo – era o diretor de redação da sucursal do Jornal do Brasil, em Brasília, subordinado ao jornalista Ricardo Noblat – “Tocávamos de ouvido”, diz o hoje blogueiro de O Globo – e assumiu a Secretaria de Comunicação Social da prefeitura. 

Foi seu batismo no marketing político. 

Circulava na prefeitura o publicitário Duda Mendonça, que fizera a campanha de Kertész e continuava com a conta, administrada pelo secretário de Comunicação Social.

Deram-se bem – mas cada um ficou cuidando da sua vida.

Santana voltou para o jornalismo, saiu e foi estudar um ano em Washington. 

Na volta, dirigiu a sucursal da revista Isto É, em Brasília, onde ganhou o Prêmio Esso de Reportagem em 1992, com os jornalistas Augusto Fonseca e Mino Pedrosa, pela reportagem “Eriberto, testemunha-chave”, decisiva para o impeachment do presidente Fernando Collor. 

Depois da folga sabática, decidiu-se pelo marketing político. 

“Jornalismo não dá camisa a ninguém”, dizia a quem perguntava se não voltaria às redações. 

Queria ganhar dinheiro.

Aceitou um convite de Mendonça.

Àquela altura, 1994, ele já conquistara a vitória do prefeito Maluf contra o petista Eduardo Suplicy, nas eleições de 1992, em São Paulo. 

Santana entrou na agência como contratado, depois virou sócio.

 Trabalhou, ilustre desconhecido, na campanha que elegeu Celso Pitta e em diversas outras, incluindo a segunda vitória de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, em 2000.

 Santana a dirigiu, venceu e ganhou simpatia e confiança do quadro petista.
EM AÇÃO 1. Na mesa de edição, durante a campanha de Dilma Rousseff à Presidência 2. Com Dilma, em debate na campanha 3. Com Luiz Inácio Lula da Silva, na campanha presidencial de 2006 (Foto: Mauricio Lima/The New York Times, Eduardo  Knapp/Folhapress e Jf Diorio/Estadão Conteúdo)

Lula já admirava Mendonça. 


Conheceram-se em 1994, pelas mãos do jornalista Ricardo Kotscho.

Desde então, ficara no ar o desejo de trazer Mendonça para a campanha nacional. 

A preliminar com Palloci foi determinante para que isso acontecesse. 

No final de 2000, Mendonça e Santana jantaram na casa de Lula – presentes, ainda, Palocci e José Dirceu. 

“Naquele momento, havia um descrédito absoluto em relação à capacidade de vitória do Lula – até do próprio Lula. 

O Duda queria que o candidato fosse o Suplicy ou o Tarso Genro. 

Coordenei as pesquisas, quantis (quantitativas) e qualis (qualitativas), e os números deram Lula, claramente. 

O Duda não acreditou e pediu para repetir. 

Repeti, por amostragem, e veio uma onda gigantesca para o Lula. 

Fiz um diagnóstico, analisando esses números.

Duda era visto como malufista, então fui eu que apresentei, primeiro ao Lula e à direção executiva, depois a uma reunião ampliada do Diretório Nacional, com uns 30 caciques do PT. 

Ficaram fascinados. 

Foi assim que a candidatura de Lula renasceu.”

Lula ficou grato e convidou Santana para um bacalhau de botequim, só os dois, segundo o marqueteiro. 

“Uns e outros aí queriam me rifar – e você deu a pá de cal”, disse Lula, segundo Santana. (Procurado por ÉPOCA, o ex-presidente Lula não quis dar entrevista.).

Começaram a trabalhar na pré-campanha de 2001. 

A estrela (e o patrão) era Duda – e Santana começou a se incomodar. 

Ozeas Duarte, então integrante do Diretório Nacional e coordenador de comunicação da campanha – há muito afastado do partido –, foi um dos que perceberam a chateação de Santana.

Uma vez, quando Mendonça pensava, numa sala de porta fechada, com a luz vermelha acesa, para ninguém entrar, Santana o apontou e disse a Duarte, azedo: “Esse aí, se escrever mais de dez linhas, tem um curto-circuito”.

Em 2001, quando a campanha de Lula começava a esquentar, a paciência de Santana transbordou. 

A última gota foi o livro que Mendonça escreveu, Casos & coisas.

 O já sócio Santana é citado seis vezes, de passagem, uma delas assim: “Com seu jeito calado e avesso a badalações, João é hoje um dos grandes nomes do marketing político brasileiro”. 

O problema, na ótica de Santana, é que Mendonça chamava para si 99% do trabalho que todos faziam, incluindo as campanhas na Argentina, onde Mendonça mal pusera o pé.

Como já estava no limite, Santana teve outro zás-trás.

Foi à casa de Mendonça e disse com todas as letras, sem maior alteração, que pularia fora, porque não aguentava mais trabalhar com ele. 

Mendonça ofereceu mais 11% de sociedade além dos 9% que o parceiro tinha. 

Santana ofendeu-se – e não voltou atrás.

Disse a Mendonça que iria a São Paulo explicar a situação a Lula, sem criar problemas para a continuidade da campanha. Mendonça não acreditou.

 Foi exatamente o que Santana fez, sem choro, sem vela e sem retaliação. 

Mendonça chegou a oferecer até recompensa para quem o trouxesse de volta – US$ 10 mil –, mas logo desistiu.

Com Mônica de esteio, fundou a Pólis, arrebanhou uma parte dos clientes de Mendonça – principalmente os argentinos – e conseguiu outros, como o petista Delcídio Amaral, de Mato Grosso do Sul (eleito senador em 2002, numa campanha em que começou com 3%). 

Delcídio lembra uma noite fria, em que os dois tomavam uísque 12 anos e banho de piscina em sua casa de Campo Grande.

 “Ele nunca duvidou que eu fosse ganhar”, diz. “João é um cara de convicções, que faz o marketing do bem, sem bruxaria e dossiês.” 

 O primeiro colo que Santana procurou depois do rompimento com Mendonça – tirante o de Mônica, sempiterno – foi do também ex-jornalista, marqueteiro e depois consultor de crises Mario Rosa, então parceiro de Mendonça. 

“Eram dois machos alfa, que não cabiam no mesmo bando”, diz Rosa.

 “João estava sofrido, mas era um cara de Tucano, de farra, de energia vital.” Poderiam ter sido sócios, meio a meio, mas Rosa achou que, tendo dispensado Mendonça, não seria com ele, ainda uma promessa, que Santana compartilharia o mando.

Santana remou seu barco e deu sorte nas pescarias, principalmente em águas platenses.

 Não fez um só movimento em direção ao presidente eleito, Lula, ou ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Passou 2003, 2004, e chegou 2005, com as CPIs, a denúncia do mensalão e a maior crise política do governo petista.

 O PT nacional chamara, para abafar o incêndio, o também ex-jornalista baiano e marqueteiro Edson Barbosa, o Edinho, dono da Link Propaganda, que hoje atende o governador Eduardo Campos (pois é...).

 São de Edinho os primeiros vídeos a estilizar o “nunca antes da história deste país”, ladainha do ex-presidente Lula.

Várias vezes eles estiveram em vias paralelas, em campanhas, Edinho antes, Santana depois. 

E assim também seria em 2005. “O João é pensamento crítico, comunicação coordenada”, diz Edinho. 

“Tem um portfólio encantador – e não é um prestidigitador.”




ESTILO Hugo Chávez e Nicolás Maduro (no alto) e Antonio Palocci (acima). Suas campanhas tiveram a assinatura de Santana (Foto: Miguel Rojo/AFP e Lula Marques/Folhapress)


Em agosto de 2005, Santana estava em Córdoba, no maior frio.

 Viu, pela internet, o depoimento franco de Mendonça à CPI dos Correios. 

“Fiquei estarrecido. ‘O governo acabou’, pensei.”

 Dias depois, recebeu um telefonema do assessor do presidente, Gilberto Carvalho, hoje ministro da Secretaria-Geral da presidente Dilma. 

“O Lula quer saber se você pode vir a Brasília falar com ele”, perguntou Gilberto Carvalho. 

“Foi o Palocci que falou com o Lula”, disse Carvalho a ÉPOCA.

 “O João veio e provocou um impacto imediato, porque trouxe muita convicção de que era possível reverter a crise. 

Eu ficava desconfiado, porque confesso que não tinha muita certeza. 

Mas ele devolveu a confiança, fez o próprio Lula recobrar o ânimo, e acertou a mão.” 

O que Santana trouxe de novidade, na leitura de Carvalho, foi a inclusão das conquistas sociais do governo numa narrativa publicitária audaciosa, com foco nas mídias regionais. 

Houve um momento difícil, diz ele: 

“Quando houve o escândalo dos aloprados e o Alckmin acabou indo para o segundo turno, o João ficou muito mal, completamente nocauteado, bem perdido.

 Aí, já foram o Lula e o Palocci que o reanimaram”.

Lula reeleito, Santana levou para o governo o jornalista Franklin Martins. 

Para prestigiá-lo, pediu que Lula transformasse em Ministério a Secretaria de Comunicação Social. Martins aceitou. 

Hoje ex-ministro, ele faz parte da meia dúzia que a presidente consulta, e até convida para maiores responsabilidades. 

“Não somos divergentes, e sim complementares”, diz Santana sobre Martins. 

“O João tem o toque de Midas eleitoral”, diz Martins.

 “Desde o governo Lula, nós tocamos de ouvido.”

"A selvagem da motocicleta” foi a primeira expressão de Santana quando entrou na conversa o passeio de moto que Dilma fizera, driblando a segurança, em agosto passado. 

“Achei sensacional, mas não tive nada a ver com isso. 

Se eu tivesse dado a ideia, ela não toparia. 

No íntimo, ela é isso, muito bem-humorada tzzzzwzq, tchxzhchcz, querwtzch, tryzwrrrs.”

Os dois se conheceram quando Dilma era ministra – e Santana foi ao gabinete, com um funcionário da Pólis, ouvir uma explanação sobre um programa do governo que queria divulgar.

 Simpatizaram. Tiveram um atrito, no começo de 2010, quando a ministra já era o “poste” que ele precisava iluminar. 

“Aí a relação ficou péssima, tivemos discussões muito fortes. 

Foi assim durante sete meses, até maio de 2010.

 O Lula é que ajudava”, diz.

 O pior dia foi durante um almoço na casa de Dilma.

 Santana leria uma proposta de roteiro para um primeiro programa de TV, em que ela começaria a aparecer mais. 

Estavam presentes os ex-ministros Palocci, Márcio Thomaz Bastos e José Dirceu, o então presidente do PT, Ricardo Berzoini, o assessor e hoje chefe do gabinete pessoal de Dilma, Giles Azevedo. 

Feita a leitura, Dilma não gostou. 

“Ela reclamou.

Achou a presença dela muito light, disse que deveria ter maior protagonismo. 

Eu disse que o protagonismo tinha de ser gradativo, aos poucos.

Fui sintético, mas muito deselegante.

 Tive de ser duro com ela.

 O Zé Dirceu até tomou um susto com a minha reação”, diz Santana.

Ele não é de maiores detalhes sobre seu trabalho com Dilma. 

O programa Mais Médicos, como foi?

 “É claro que fui consultado, ajudei, embasado nas pesquisas, mas o Mais Médicos é uma decisão corajosa de Dilma Vana Rousseff, com o apoio fortíssimo do (ministro da Saúde, Alexandre) Padilha.” 

Sobre o discurso de Dilma na ONU, contra a espionagem dos Estados Unidos, ele não quis dizer nada. 

Respondeu sobre o que ela fez na visita do papa – aquela extensa peroração sobre o governo.

 “Este não fui eu”, diz. “E eu não iria naquela linha.”

A segunda entrevista com Santana, no dia 10 de setembro, é no mesmo restaurante agradável, ao cair de uma tarde querendo esfriar. 

Santana pede um dry martini, seu drinque predileto, no limite de dois.

Tem o cuidado de escolher o gim, no caso inglês, embora defenda que o melhor é uma marca russa.

 Elogia muito Euclides da Cunha e Os sertões, que afirma ter lido aos 12 anos e diz reler até hoje. 

“Tucano é no sertão de Canudos”, diz. Lembra que o avô materno, Jonas, mulato de muita coragem, combateu Lampião na força policial. 

Comenta o filme Hannah Arendt, que diz tê-lo levado às lágrimas, discorre sobre seus autores prediletos no marketing político, entre eles o russo Serguei Tchakhotine, autor de A mistificação da massa pela propaganda política.

No restaurante, Santana pega uma folha de papel. 

Desenha um retângulo vertical em toda a metade esquerda, e quatro quadrados sobrepostos na metade direita. “Esse espaço de cá – o do retângulo – é 200% Dilma, preservadíssimo. 

O de cá – os quadrados – tem um espaço muito pequeno para os três candidatos da oposição. Se tiver um quarto, porque eu acho que o Serra vai entrar, ainda é melhor para Dilma. 

Nenhum deles invadirá a área dela – muito menos Eduardo Campos. 

E acabou, não vou falar mais nada, a minha emoção é não falar, tzzzzwzq, tchxzhchcz, querwtzch, tryzwrrrs...” 


O marqueteiro João Santana relacionou para ÉPOCA seus livros, autores e compositores preferidos:
NA COMUNICAÇÃO POLÍTICA :
SERGUEI TCHAKHOTINE - " A Mistificação da Massa pela Propaganda Política".

WALTER LIPMANN - "Public Opinion", "The Cold War" e "The Public Philosophy".

EDWARD BERNAYS - "Propaganda".
GUSTAVE LE BON - "A Psicologia das multidões", "A Psicologia do Socialismo".

MURRAY EDELMAN - "The Symbolic Uses of Politics", "Politics as Symbolic Action: Mass Arousal and Quiescence", "From Art to Politics: How Artistic Creations Shape Political Conceptions"
DENNIS C. MUELLER - "Public Choice"
REGYS DEBRAY – “Vida e Morte da Imagem”
GLAKOFF - "Don't Think an Elephant! Know your values and frame the debate"
DREW WESTERN - "The Political Brain"
WILLIAM MEYERS - "The Image Makers"
GREG MITCHELL - "The Campaign of the century - Upton Sinclair's race foi governo of California and the birth of media politics"
THEODORE WHITE - "The making of the president"
KATHLEEN HALL JAMIESON - "Eloquence in an electronic Age"

NA LITERATURA:
HOMERO, CERVANTES, SHAKESPEARE, ANTÔNIO VIEIRA, DICKENS, HENRY JAMES, PROUST, JOYCE, CELINE, KAFKA, DOSTOIEVSKY, MELVILLE, POE, CAMUS, JOHN DE PASSOS, JUAN RULFO, CORTAZAR, BORGES, GARCIA MARQUES, CALVINO, THOMAS PYNCHON, DON DELILLO, PHILIP ROTH, JUNICHIRO TANIZAKI, MARTIN AMIS, IAN MCEWAN, MIGUEL ESTEVES CARDOSO.
YEATS , DYLAN THOMAS, S. JUAN DE LA CRUZ, S. TEREZA DE JESUS, WILLIAM BLAKE, POUND, FRANK OHARA, ELISABETH BISHOP, CARL SANDBURGH, DOROTHY PARKER, W.H. AUDEN. T.S. ELIOT, FERNANDO PESSOA, VICENTE HUIDOBRO, CESAR VALLEJO.

MACHADO DE ASSIS, EUCLIDES DA CUNHA, GUIMARÃES ROSA, GRACILIANO RAMOS, JORGE AMADO, ARIANO SUASSUNA, MURILO MENDES, JOÃO CABRAL DE MELO NETO, MANUEL BANDEIRA, JORGE DE LIMA, VINICIUS, RUBEM BRAGA, AUGUSTO DE CAMPOS, HAROLDO DE CAMPOS, DECIO PIGNATARI.

NA MÚSICA:
Clássicos : Bach, Beethoven, Wagner.
Contemporâneo : Arvo Part

Música Popular – Mundo (compositores e intérpretes ) :
Cole Porter, Billie Holiday, Louis Armstrong,John Coltrane, Charlie Parker, Miles David, Nat King Cole, Ray Charles, Count Basie, Elvis Presley, James Brown, Edith Piaf, Gardel, Discépolo, Cadícamo, Piazzola, Edmundo Rivera,
Roberto Goyeneche, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Beatles, Roling Stones, Gentle Giant,
Mina, Dalida, Lou Reed, Serge GainsBourg, U2, Muse, Amy Winehouse

– Brasil (compositores e intérpretes):

Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Noel, Assis Valente, Mário Reis, Ary Barroso,
Caymmi, Luis Gonzaga, Carmen Miranda, Cartola, Ataulfo, Nelson Cavaquinho, Dolores Duran, Nelson Gonçalves, Noite Ilustrada, Miltinho, Tom Jobim, João Gilberto,Roberto Carlos, Caetano, Gil, Mutantes, Raul Seixas, Tim Maia, Jorge Benjor, Chico Buarque, Luis Melodia, Waldick Soriano, Moraes Moreira, Arnaldo Baptista, Arnaldo Antunes, Gal, Bethania, Marisa Monte, Cássia Eler.

Dinheiro vivo, outro artigo em extinção na Venezuela em crise

Mercado 'paralelo' só aceita pagamentos em dinheiro.
Caixas eletrônicos têm limite baixo para saques e pouco estoque.

Agencia EFE
Na Venezuela existem diferentes tipos de câmbio  (Foto: AFP) 
 
Notas de bolívar (Foto: AFP)
 
Conseguir dinheiro na Venezuela, imprescindível para pagar serviços como os táxis, as refeições na rua ou os produtos de revenda, se transformou em uma árdua tarefa para a qual cada venezuelano deve reservar uma boa parte de seu tempo.

A altíssima inflação, unida à falta de papel-moeda e a não impressão de notas de maior valor, faz com que seja necessário andar sempre com um boa quantidade de notas no bolso para se precaver.

Isso porque não basta ir uma vez por dia ao caixa automático, que na maioria dos casos oferecem um máximo de 4.000 bolívares diários quando não menos, e quando uma corrida média em um táxi custa cerca de 1.000 bolívares, o mesmo preço de um pacote de cigarros.


"É uma perda de tempo, os caixas do Banco da Venezuela nunca servem, nem nenhum dos bancos do Estado", se queixou Luz Sabas, uma das 11 pessoas que fazia fila em um caixa automático do leste de Caracas quando um homem bateu na parede ao lado do dispositivo e afirmou pra frustração de todos: 

"Não tem mais dinheiro".

As telas dos outros dois caixas no exterior de um centro comercial indicavam estar "temporariamente em manutenção" enquanto o rosto de Luz já mostrava sinais de mal-estar.

O suor em seu rosto e as bolsas em suas mãos com artigos cada vez mais raros, como papel higiênico e açúcar, fazem intuir que, como muitas mulheres no país, ela deve ter passado horas sob o sol fazendo fila para comprá-los em um supermercado.

A escassez de alimentos e produtos de higiene criou um novo ofício, o dos "bachaqueros", que se dedicam a comprar produtos e revendê-los. Seu "trabalho" ilegal lhes obriga a aceitar apenas dinheiro vivo, com o que aumentam a demanda por notas dos cidadãos venezuelanos.

No caixa de uma das entidades financeiras do governo só é possível retirar 3.000 bolívares diários, mas Luz gasta mais "porque sempre há filas por aí e se alguém consegue algum produto de primeira necessidade é preciso entrar nelas".

"Tudo é com dinheiro", comentou, inclusive nas farmácias ou mercados que dispõem de pontos de venda e que, às vezes, quando há muita filas, pedem o pagamento em efetivo "para agilizar o processo".

Luz, frustrada, se afastou do caixa em direção a outra entidade financeira próxima, enquanto Marlon Herrera cruzou seu caminho e alheio à "manutenção" tentou, também em vão, retirar seu dinheiro.

Segundo ele às vezes é preciso ir em "até três caixas" para adquirir algumas dessas notas com os rostos dos heróis venezuelanos que, somadas uma de cada exemplar, não conseguem custear um dólar pela taxa oficial.

A moeda que leva o sobrenome do libertador de cinco nações (Simon Bolívar) tem notas de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 unidades.

Na taxa de câmbio oficial mais alta (a baixa está reservada para a importação de alimentos e remédios) para comprar um dólar são necessários 200 bolívares, ou duas notas da denominação máxima.

Em outra entidade bancária, que "milagrosamente" tinha dinheiro no caixa, Yonder Hernández contou à Agência Efe que gasta 6.000 bolívares por dia com refeições e deslocamentos em táxi, razão pela qual precisar ir várias vezes ao dia em algum caixa.

Isso desde que não seja sexta-feira, quando quase todos os caixas ficam sem notas depois que as pessoas sacam tudo para passar o fim de semana e será uma tremenda façanha conseguir algum bolívar.

Funcionários da Vale fazem manifestação na BR-356, em Itabirito

Segundo a PM, eles reivindicam participação nos lucros da empresa.
Sindicato informou que trabalhadores entraram em greve nesta manhã.

Do G1 MG

Funcionários da Vale fazem, nesta terça-feira (23), uma manifestação na BR-356, na entrada da empresa em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o diretor-presidente do Sindicato Metabase, Sebastião Alves de Oliveira, os trabalhadores entraram em greve nesta manhã.

Ainda segundo o sindicato, a categoria reivindica o pagamento da participação nos lucros da empresa em 2015. Sebastião de Oliveira informou que cerca de 5,5 mil funcionários da empresa, em Itabirito e em Nova Lima, paralisaram as atividades.

Segundo a Polícia Militar Rodoviária, por volta de 8h, um comboio com cerca de 50 carros bloqueava uma das entradas da empresa.

 A PM informou que trabalhadores protestavam também na parte interna da companhia.

 Os militares informaram que a manifestação não atrapalhava o trânsito na rodovia, já que estava sendo feito um desvio para os outros veículos.


Em nota, a Vale informou que desde o início da manhã ocorre o bloqueio de portarias de diversas unidades operacionais da empresa e que vem mantendo negociação com o sindicato para a liberação das portarias.

Ainda de acordo com o comunicado, o pagamentos da participação nos lucros não será feito porque os critérios negociados entre a Vale e o sindicato não foram atingidos.

 Esses critérios, segundo a mineradora, foram estabelecidos e aprovados em assembleias pelos sindicatos e pelos empregados.

Fonte :G1



Itabirito e Nova Lima: funcionários da Vale são surpreendidos com greve

O motivo da paralisação é o não pagamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR)



Greve na Vale de Itabirito Sindicato Metabase BH 11 

Comunicado do Sindicato Metabase
 
Centenas de funcionários da mineradora Vale, em Itabirito e Nova, foram surpreendidos com uma greve organizada pelo Sindicato Metabase BH na manhã desta terça-feira, dia 23. 

A portaria da empresa foi fechada e os funcionários são impedidos de entrar.

Segundo o Sindicato Metabase, a greve é organizada pelo não pagamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR) aos funcionários da Vale (informação já divulgada aqui no Minuto Mais).

A reportagem do site conversou, por telefone, com alguns funcionários da empresa.

 “Existia um rumor de que a greve iria acontecer, mas ninguém deu muita credibilidade.

Chegamos aqui hoje pela manhã e estava tudo parado, ninguém entra”, disse um funcionário que não quis ter o nome divulgado no site.


Quando perguntamos se ele era a favor ou contra a greve, resposta estava na ponta da língua.

 “Não tem como ser contra. 

O Sindicato fechou a portaria, ninguém consegue entrar.

 Eu vim para trabalhar entendeu? 

É difícil isso. 

Mas também queria receber a PLR”, disse.

Aguarde mais informações em instantes.


 
 


Fonte: 

Vale e Samarco são citadas em ação judicial de R$ 2 bi no ES

Ação do MP-ES pede o bloqueio de bens e indenização por dano moral.
Vale diz que vai assegurar o direito de defesa; Samarco não se posicionou.

Juirana Nobres Do G1 ES
Rio Doce com água cheia de lama, nesta terça-feria (23) (Foto: Viviane Machado/ G1)Rio Doce com água cheia de lama, nesta terça-feria (23) (Foto: Viviane Machado/ G1)
A mineradora Samarco e suas acionistas, a BHP Billiton e a Vale, foram citadas em uma ação judicial de R$ 2 bilhões aberta pelo Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) na Justiça estadual relacionada ao desastre ambiental provocado pelo rompimento de uma barragem da Samarco em Mariana (MG).

A Vale confirmou a citação na Ação Civil Pública, em trâmite na 3ª Vara Cível da Comarca de Colatina, no Noroeste, do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo.

Rio Doce em Baixo Guadu, nesta terça-feira (23) (Foto: Viviane Machado/ G1) 
Rio Doce em Baixo Guadu, nesta terça-feira (23)(Foto: Viviane Machado/ G1)
A ação pede o bloqueio de bens das rés e o pagamento de indenização por dano moral difuso,   que atinge várias pessoas, por causa de supostos prejuízos decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco.

A Vale informou ao G1, na manhã desta terça-feira (23), que adotará todas as medidas para assegurar o direito de defesa.

 A Samarco foi procurada pela reportagem, mas ainda não se posicionou.

O MP-ES também foi acionado, mas ainda não deu detalhes sobre a ação contra as empresas.

Ao longo desses três meses o G1 fez várias reportagens que relataram os danos, prejuízos e impactos para os moradores da região atingida pela lama. 

A população da região Norte sofreu com a qualidade da água, prejuízos na agricultura e no turismo e pescadores foram proibidos de trabalhar no Rio Doce.

 
Rompimento
 
A barragem de Fundão, na unidade industrial de Germano, da Samarco Mineração, cujas donas são a Vale a anglo-australiana BHP, se rompeu no dia 5 de novembro, provocando o despejo de cerca de mais de 35 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério e água, segundo a Samarco.


Uma onda de lama se formou e devastou os locais por onde passou.

 O Rio Doce, que passa pelo Leste de Minas e desemboca no litoral do Espírito Santo, foi atingidos e várias cidades tiveram abastecimento de água suspenso.

Pesca proibida
 
A Justiça Federal proibiu por tempo indeterminado, a pesca na região da Foz do Rio Doce, no Norte do Espírito Santo.


De acordo com o MPF-ES, as atividades pesqueiras no local voltaram a acontecer após o fim do período de defeso do camarão. 

A medida visa a preservar a saúde da população que consume os pescados da região e a sobrevivência das espécies.

A decisão compreende a região da Foz do Rio Doce entre a Barra do Riacho, em Aracruz, até Degredo/Ipiranguinha, em Linhares.

 Ficará permitida somente a pesca destinada à pesquisa científica.

Pescadores fazem 'bicos'
 
Pescadores contam que já estavam preparados para voltar ao trabalho e que não sabem o que vão fazer.


 "Faço bicos para viver", disse o pescador Arnoilton Pereira.

O pescador Eliseu Oliveira de Souza já havia levado seu equipamentos de pesca para o píer.

Ele investiu R$ 1,5 mil para a reforma do barco, que agora ficará parado.

"Agora é levar pra casa e guardar outra vez. Estava todo mundo ansioso pelo fim da piracema, e agora vamos ficar parados de novo", lamentou.

Barcos de pescadores estão parados em Regência (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Barcos de pescadores estão parados em Regência (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
Prejuízos na agricultura
Cerca de 60 produtores rurais de Colatina  que dependem exclusivamente do Rio Doce para irrigar as plantações, perderam lavouras inteiras depois da chegada da lama de rejeitos no estado. 


No distrito de Itapina, agricultores relataram o prejuízo.

Sigmar Santos Rocha é um dos produtores rurais que teve prejuízo na região. 

Ele tem 6 mil pés de café plantados em todo o terreno, o que renderia uma média de 80 sacas na próxima colheita.

Carlos Alberto Rudio perdeu a plantação em Itapina, no Espírito Santo (Foto: Heriklis Douglas/ A Gazeta) 
Carlos Alberto Rudio perdeu a plantação em Itapina (Foto: Heriklis Douglas/ A Gazeta)
Depois que a lama de rejeitos de minério da Samarco chegou a produção teve que parar.

 Com a falta de chuvas, os frutos ficaram perdidos e os galhos secaram. "Não tem nada e o que tem nos pés não vai valer nada", disse.

Turismo é afetado
 
Três meses após o desastre, os efeitos na economia do Norte do Espírito Santo ainda são sentidos. 


No balneário de Povoação, em Linhares, lojas fecharam e restaurantes suspenderam atendimento.

De acordo com o representante da Associação de Moradores de Povoação, Michel Gomes, a época de Carnaval seria de movimento intenso na região.

“Os comerciantes trabalham durante o ano todo para que esse período seja de ganho para a comunidade.

 Mas, desde que essa lama veio, houve uma perda muito grande na quantidade de turistas, o que afetou um comércio inteiro.

 É como se fosse uma bola de neve. Se afeta pescador, ele acaba afetando o comércio, os bares e a comunidade toda”, falou.

Coloração do Rio Doce em Colatina ainda está alterada devido à lama de rejeitos que vazou de barragem (Foto: Raquel Lopes/ A Gazeta) 
Coloração do Rio Doce em Colatina ainda está alterada Foto: Raquel Lopes/ A Gazeta)
Qualidade da água 
 
Uma análise feita com a água do Rio Doce, coletada pela ONG SOS Mata Atlântica, constatou que a água está com Índice de Qualidade (IQA) péssimo em 16 de 18 pontos.

Dos pontos analisados, quatro estão no Espírito Santo: em Colatina, Boa Vista, Linhares e Regência.

O laudo técnico aponta que a água da bacia do Rio Doce, afetada pelo rompimento de barragens em Minas Gerais, está imprópria para consumo humano e de animais em 650 km do rio.

A coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, afirmou que a água não pode ser consumida diretamente do rio em plantações e na pesca, por exemplo. 

Ela explica que é preciso ter tecnologia suficiente para melhorar a qualidade para que a água seja consumida.

Moradora mostra água chegando em quintal, em Colatina, no Espírito Santo (Foto: Raquel Lopes/ A Gazeta) 
Moradora mostra água chegando em quintal, em Colatina (Foto: Raquel Lopes/ A Gazeta)
Moradores deixam casas 
 
A Defesa Civil de Colatina orientou os moradores que vivem às margens do Rio Doce e Rio Santa Maria que deixassem suas casas por motivo de segurança.


 A água já estava atingindo o quintal das residências de seis bairros do município.

Em janeiro, devido às chuvas de Minas Gerais e do Espírito Santo, o nível do Rio Doce atingiu a cota de inundação, chegando a 6 metros e 21 centímetros.

A moradora do bairro Adélia Giuberti, Simone Laporte, começou a retirae todas as coisas que possui na casa.

 Na enchente de 2013, a água chegou até no teto da residência que vive hoje.

“Aluguei uma casa até o nível do rio baixar. 

Tenho minha mãe que está idosa e duas filhas, prefiro sair. 

O negócio é não esperar acontecer”, disse.

Foz do Rio Doce, em Regência, Linhares (Foto:  Fred Loureiro/Secom-ES) 
Foz do Rio Doce, em Regência, Linhares
(Foto: Fred Loureiro/Secom-ES)
Prejuízo de R$ 70 milhões em Linhares
 
A prefeitura de Linhares calculou um prejuízo de R$ 70 milhões decorrentes da chegada da lama de rejeitos de minério da Samarco.

Panetto explicou que quando a represa estourou, Linhares estava prestes a inaugurar um segundo ponto de captação de água no Rio Doce.

O investimento foi de aproximadamente R$ 5 milhões.

Além disso, a lama de rejeitos de minério inviabilizou a irrigação de produções agrícolas. Rodrigo também destaca os impactos no turismo e na extração de areia do Rio Doce.

Prévia da inflação oficial é a maior para fevereiro desde 2003, diz IBGE

Na análise em 12 meses, IPCA-15 é o maior desde novembro de 2003.
O que mais pesou foram altas em alimentação, transporte e educação.

Anay CuryDo G1, em São Paulo
A pressão dos preços de alimentos, transportes e educação deixou o bolso do brasileiro mais apertado e fez o Índice de Preços ao Consumidor - Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, acelerar de 0,92% em janeiro para 1,42% no mês seguinte.

Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa taxa é a mais elevada para fevereiro desde 2003, quando ficou em 2,19%.

IPCA-15 NO MÊS DE JANEIRO
em %
 
2,190,90,740,520,460,640,630,940,970,530,680,71,331,4220052010201500,511,522,5

 
 Fonte: IBGE

O recorde também é registrado no índice acumulado em 12 meses. Nesse período, o índice chegou a 10,84% - o mais alto desde novembro de 2003, quando bateu 12,69%.


Para os analistas do mercado financeiro, a o IPCA deve dar sinais de desaceleração ao longo do ano, já que eles preveem que o índice chegue no final de 2016 em 7,62%, segundo o boletim Focus mais recente.

 Ainda assim, o indicador vai permanecer acima do teto de 6,5% do sistema de metas do governo.

Mais caro
 
O índice que mede os preços dos alimentos subiu de 1,67% em janeiro para 1,92% em fevereiro.


 A cenoura, por exemplo, ficou 24% mais cara, a cebola, 14,16%, o tomate, 14,11%, o alho (13,08%)  e a farinha de mandioca (12,2%).

No caso do grupo de gastos com transportes, cuja variação acelerou de 0,8% para 1,65%, as tarifas dos ônibus urbanos subiram 5,69%, exercendo a maior influência sobre o índice ao refletir os reajustes aplicados em algumas cidades. 

Mas não foram só os ônibus que ficaram mais caros. Também avançaram os preços de trem (6,12%) e metrô (5,27%).

feira livre (Foto: Divulgação/Prefeitura de SJC)Alimentos ficaram mais caros de janeiro para fevereiro, segundo prévia da inflação. (Foto: Divulgação/Prefeitura de SJC)
 
De acordo com o IBGE, considerando os outros grupos analisados pela pesquisa, os maiores "pesos" foram exercidos, individualmente, por TV, som e informática (3,43%); cigarro (2,61%);
 higiene pessoal (1,64%); taxa de água e esgoto (1,64%); serviços médicos e dentários (1,45%); artigos de limpeza (1,40%) e plano de saúde (1,06%).


Comida em Salvador
 
Na análise regional, a maior variação do IPCA-15 partiu de Salvador (2,26%), porque lá os alimentos subiram quase 5%. 


Na outra ponta, está Brasília (1,01%), influenciado pela queda no preço das passagens aéreas (13,14%).

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...