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domingo, novembro 22, 2015

Homens da Defesa Nacional iniciam combate ao incêndio na Chapada

Atividades começaram por volta das 8h deste domingo, diz Secretário.
Entre bombeiros e brigadistas, mais de 120 pessoas atuam contra o fogo.

Do G1 BA
Homens da Defesa Nacional iniciam atividades de combate ao fogo na região da Chapada Diamantina. (Foto: Gorverno da Bahia)Homens da Defesa Nacional iniciam atividades de combate ao fogo na região da Chapada Diamantina (Foto: Divulgação GOV/BA)


A equipe de bombeiros formada por 40 homens da Defesa Nacional, que chegou na tarde do último sábado (21) à Chapada Diamantina, no centro da Bahia, iniciou por volta das 8h deste domingo (22) o combate às chamas que atigem a região.

Até a manhã deste domingo, a estimativa era de que o fogo tenha atingido mais de 30 mil hectares.
Em contato com o G1, o Secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, afirmou que homens da Defesa Nacional atuarão principalmente na região de Morro Branco, na cidade de Lençóis. 

"Atualmente é o ponto mais preocupante porque é de difícil acesso.

É preciso entrar com estratégia para combater o fogo", contou.

Com a chegada da Defesa Nacional, são mais de 120 homens atuando contra o incêndio da Chapada. 

Entre eles estão também bombeiros militares da Bahia e brigadistas voluntários.

MPF investiga

O Ministério Público Federal (MPF) em Irecê, centro-norte da Bahia, abriu uma investigação para apurar as providências adotadas pelo governo do estado e órgãos ambientais em combate ao incêndio que atinge a Chapada Diamantina. 


A procuradoria cobra das entidades explicações sobre as medidas adotadas no controle do fogo, além de informações sobre os focos das chamas e os danos causados.
Homens da Defesa Nacional foram acionados para ajudar a combater o incêndio na região da Chapada. (Foto: Gorverno da Bahia)Homens da Defesa Nacional foram acionados para ajudar a combater o incêndio na região da Chapada (Foto: Divulgação GOV/BA)

A Educação Ambiental do SAAEP na Escola Municipal Faruk Salmem.


 No comando da unidade escolar municipal Faruk Salmen, a diretora a Zélia Aranha , a  coordenadora  pedagógica Amália e a professora Marcia Nunes do 5º ano, solicitaram no mês de novembro, uma palestra da educação ambiental do SAAEP , cuja o tema "Água " no município, no Brasil  e no mundo .

O objetivo do trabalho dos alunos, através da palestra ministrada é escrever um artigo de opinião, sobre o tema abordado. 









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UFPA tem primeiro indígena com título de doutor


 UFPA tem primeiro indígena com título de doutor (Foto: Divulgação/UFPA)


A Universidade Federal do Pará (UFPA) vivenciou um momento histórico na última sexta-feira (20), quando Almires Martins Machado, da etnia Guarani, se tornou o primeiro indígena a receber o título de doutor pela instituição.

 Ele participava do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e defendeu uma tese sobre a história de seu povo.

O trabalho, intitulado “De Sonhos ao Oguatá Guassú em busca da(s) Terra(s) Isenta(s) de Mal”, contou sobre a migração dos Guarani, que saíram de Missiones, na Argentina, até chegar ao Pará, em busca do que chamam de “terra sem mal”, abordando as motivações do seu povo, compreensão de mundo e o significado dessas mudanças de locais de morada, tudo sob a visão da população indígena.

Segundo Almires, tanto o seu ingresso no ensino superior como o tema de sua tese foram escolhidos coletivamente pela comundiade Guarani. 

 “Quando disse na minha aldeia que iria fazer uma tese, me disseram ‘Agora vais escrever a nossa história, de um jeito que os brancos entendam’”, afirmou.
Almires fez graduação em Direito, no Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran), no Mato Grosso do Sul, e mestrado em Direitos Humanos e Doutorado em Antropologia, na UFPA.

(DOL com informações da UFPA)

SAAEP participando de mais evento Prefeitura nos bairros.

O governo "Mãos que Trabalham" no comando o prefeito Valmir  Queiroz Mariano, promoveu mais uma ação Prefeitura nos bairros, neste dia 21 de novembro de 2015.

Na manhã de sábado, ás 8 horas, o prefeito Valmir Mariano se fez presente,  na Escola Municipal Terezinha de Jesus, no bairro Cidade Jardim, deu abertura a solenidade, logo em seguida o prefeito participou de um delicioso café da manhã juntamente a comunidade presente.

Dando continuidade a programação de atividades culturais e sociais durante o dia todo.
 Na unidade escolar, participaram da ação  secretarias: da Saúde, da Assistência Social, da Cultura, da Segurança Pública, Procon, DMTT, da Mulher, Esporte, do Meio Ambiente, SAAEP e outras demais, fizeram o atendimento publico.

O SAAEP também se fez presente, levando o sistema de abastecimento até local de forma lúdica, esclarecendo dúvidas quanto ao funcionamento do sistema, aproveitando os visitantes foi enfatizado o "DESPERDÍCIO ZERO", mostrando que o planeta vem sofrendo com a escassez de água, o município não está longe, o nível do Rio Parauapebas vem, sofrendo modificações, com a retirada de areia do rio, moradores invadindo o local para construir casa na área de preservação permanente, jogando esgoto doméstico diretamente no rio sem tratamento, agravante maior é o desmatamento acelerado dos morros, com isso tem alterado as condições climáticas, as estações do ano, assim comprometendo a natureza que  DEUS nos deu para cuidar. 

Reflexão:

O que você esta fazendo para ajudar o planeta ?

 Acorda Parauapebas! 

Daqui um tempo teremos mais esse rio precioso? Teremos água?
  

 Fotos : Educação Ambiental / Assessoria de Comunicação do SAAEP



 
 

 
 








ONG faz dossiê e mostra que Belo Monte não pode ter licença para operar

Foto aérea mostra região onde a usina de Belo Monte está em construção, no Pará 

RESUMO DO ARTIGO:

Neste texto, a jornalista Amelia Gonzalez comenta o dossiê preparado pelo Instituto Socioambiental (ISA) sobre os impactos causados pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. VEJA A ÍNTEGRA DO ARTIGO ABAIXO: 

Para digerir o dossiê Belo Monte feito pelo Instituto Socioambiental (ISA) que li durante todo o fim de semana, tive que buscar ajuda de quem pensa criticamente o desenvolvimento. 

A Usina Belo Mont

e, quando construída, deverá produzir cerca de 4.500 MW em média ao longo do ano, o que representa aproximadamente 10% do consumo nacional. 

Será a terceira maior hidrelétrica do mundo em potência instalada e a maior inteiramente em território nacional.

Se, em resumo, desenvolvimento é sinônimo de vida, quem pode ser contra?

Alguém como GilbertRist, professor do Instituto Universal de Estudos do Desenvolvimento, situado em Genebra. Escreve Rist num artigo do livro “The Post-Development Reader” (Zed Books):

“As organizações são raramente questionadas sobre se os sinais de desenvolvimento   têm algum significado real para as populações atingidas”.

Já me basta esta reflexão para acompanhar o pensamento do antropólogo Guilherme Orlandini Heurich, que escreve um dos artigos que acompanham o dossiê do ISA.   

Ele se pergunta:“Será que algo do tamanho, físico e simbólico, de Belo Monte pode ser ressignificado por um povo como os Araweté?”

Não preciso conhecer a rotina dos Araweté, povo que habita uma das terras indígenas afetadas pelas obras para imaginar que não, eles não conseguem entender que o combustível, as voadeiras e os fardos de arroz que chegam à aldeia são uma contrapartida para algo que o homem branco chama de desenvolvimento. 

Para aquelas pessoas, segundo o relato de Orlandiini Heurich, será a morte “do povo do Ipixuna”.

Fato é que, baseados em mais de 50 entrevistas e em duas dezenas de artigos inéditos, a equipe do ISA decidiu elaborar o dossiê, esperando que funcione como uma espéciede reflexão sobre o licenciamentoda Usina de Belo Monte. 

O estudo tem o intuito de “promoverum debate qualificado, que possa influenciar o planejamento, a execução, a fiscalização e o controle social”.

A conclusão, depois de tudo o que os técnicos do ISA leram e refletiram, é de que não há condições para a licença de operação da usina, subtítulo da obra que foi lançada hoje e pode ser lida no site do Instituto (veja aqui) .

Um dos principais gargalos, como é fácil de se prever, foi o aumento da população gerada pelas obras. 

De 2011 para cá, segundo informa o dossiê, de cem mil pessoas a população da cidade paraense de Altamira, localizada às margens do Rio Xingu, que virou palco da construção da Usina (veja aqui)cresceu para cerca de 150 mil pessoas. 

Para diminuir os impactos negativos, o Ibama exigiu que o consórcio Norte Energia S/A, que está realiando a obra, cumprisse várias exigências que ainda estão em pendência.
   
Diz o estudo: “O que se verificou, na elaboração deste dossiê, é um cenário de descompasso. 

A Norte Energia é capaz de erguer a terceira maior hidrelétrica do mundo e não conseguiu, em três anos, construir um hospital público em Altamira a tempo de atender à demanda geral no pico das obras”.

Sim, foram empregados R$ 458 milhões na implantação de tubos e na estação de tratamento de esgoto e de água mas isso não garante que a cidade vá ter saneamento básico.

É que este sistema não foi conectado à casa dos moradores. 

A empresa alega que fez o que foi exigido no Projeto Básico Ambiental (PBA) e que não é função dela fazer as obras nas casas dos moradores. 

O poder público local não se coça. Corre-se o risco, alerta o dossiê, de que assim que seja autorizado o barramento do Rio Xingu, “degradem-se as águas do reservatório”.

A concessão da licença prévia da Usina foi dada há cerca de cinco anos, e até hoje persistem os problemas na implementação da infraestrutura de saúde, educação ,  saneamento básico e de proteção das terras indígenas.

Há problemas  que demonstram uma total desconexão entre realidade e teoria: algumas salas de aula construídas pela concessionária ganharam modernos aparelhos de ar condicionado que não podem ser utilizados por inadequação à rede elétrica.

É mais ou menos como ganhar uma geladeira de presente que não cabe em sua cozinha.

Os exemplos dessa desconexão se acumulam no dossiê. 

Esta é a última etapa do licenciamento ambiental, e não  se pode deixar mais “para depois” a solução dos problemas.

Meu olhar mais atento vai para a questão das remoções. Segundo o estudo,  o consórcio não levou em conta a peculiaridade dos povos que moram à beira rio.

Essas famílias normalmente têm duas casas, uma próxima do rio e outra mais afastada, por questões de conveniência.

Mas, na hora em que tiveram que optar sobre a melhor forma  de serem ressarcidos, essas duas modalidades de moradia foram ignoradas pela concessionária.

Das  quase oito mil famílias que serão atingidas pela barragem, 1.798 já optaram por uma das formas de compensação.

Só 28, ou seja, 1,5%, escolheram o reassentamento rural. Outras 1.378 – 75% - optaram por indenizações em dinheiro e 379 – 21% - preferiram a carta de crédito, um processo onde o morador escolhe o terreno e a concessionária o compra posteriormente.

O relatório do ISA conta a história de uma mulher, analfabeta, que optou pela indenização sem ter muito ideia do que isso significava, e se arrependeu.

Nos últimos quatro anos, o número de acidentes de carro em Altamira saltou de 456 por ano para 1.169 por ano, segundo dados colhidos no Hospital Regional.  

Na Terra Indígena de Cachoeira Seca foram extraídos 200 mil metros cúbicos de madeira só em 2014. Em todas as terras indígenas situadas na área afetada por Belo Monte houve um crescimento de 16,3% de desmatamento.

A construção da usina tem tornado as águas do Xingu turvas, impossibilitando a pesca em algumas regiões.

Essas são algumas questões  levantadas no extenso dossiê que certamente serão contestadas pelo governo e pela concessionária Norte Energia. Faz parte de um processo polêmico, grandioso demais.

Há a promessa de que o Xingu não terá mais nenhuma hidrelétrica, o que é bom. 

Até porque, segundo outro estudo divulgado na sexta-feira (26) pelo Greenpeace e Observatório do Clima (veja aqui)a diversificação das fontes de energia é fundamental para que se pense em desenvolvimento sustentável.

O dossiê do ISA é a forma de a sociedade civil exercer o legítimo controle social. Tenho feito contato com situações em que esse controle tem sido importante para conseguir mudanças estruturais (leia aqui). 

O próprio estudo do instituto mostra que uma única comunidade no Xingu conseguiu que o consórcio construísse um bairro à beira rio, como todas as outras gostariam para continuarem vivendo uma vida parecida. 

Houve mobilização, deu certo.
Nada parecido, no entanto, ao caso do Chile que, no ano passado, rejeitou um projeto de uma enorme hidrelétrica na Patagônia (leia aqui, em inglês) com forte mobilização nas ruas. Belo Monte não pode mais ser paralisado, se tornaria um enorme elefante branco. 

Mas há muito que pode ser feito no sentido de minimizar os impactos socioambientais e, nesse sentido, o dossiê dá uma valiosa ajuda às autoridades e à empresa. 

O ideal seria que todo mundo pudesse se sentar para resolver as pendências.

O calendário pendurado no escritório de Altamira da Norte Energia comemora: “faltam 64 dias para a Licença de Operação”. 

Mas, pelo que se vê, muito ainda precisa ser feito para uma licença definitiva à obra.

*Crédito da imagem: André Villas-Bôas/ISA

Após quatro anos, vertedouro de Itaipu volta a abrir todas as comportas

Vazão de água na manhã deste domingo (22) passou de 11 milhões de l/s.
Cheia vem sendo monitorada por comissão que alerta sobre enchentes.

Do G1 PR, em Foz do Iguaçu
As três calhas do vertedouro de Itaipu foram abertas neste domingo (22) por volta das 10h (Foto: Patrícia Iunovich / Itaipu Binacional / Divulgação) 
As três calhas do vertedouro de Itaipu foram abertas neste domingo (22) por volta das 10h (Foto: Patrícia Iunovich / Itaipu Binacional / Divulgação)
 
 
Com vazão recorde, a Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, abriu na manhã deste domingo (22) todas as 14 
comportas do vertedouro.

Situação semelhante foi registrada pela última vez em 2011. 

Por volta das 10h, o volume de água dispensado pelas três calhas passava de 11 milhões de litros por segundo, o equivalente a sete Cataratas do Iguaçu em dias normais. 

Inicialmente, a previsão é que seguisse aberto até as 12h, porém até as 13h30 seguia sem previsão de fechamento.

A vazão do excedente de água não usado na produção de energia elétrica é a maior do ano.

Por causa do espetáculo raro, o Complexo Turístico da hidrelétrica disponibilizou ônibus extras para a visitação neste domingo e lembra que moradores de Foz do Iguaçu e região não pagam para fazer a visita panorâmica.

 Para tanto, é preciso apresentar comprovante de endereço recente.

Por ser uma usina que opera com reservatório um pequeno volume de água se comparado à vazão do rio – do tipo fio d’água -, Itaipu não tem como “segurar” a água do Rio Paraná.

Por isso, toda a água que chega até a barragem segue o curso do rio barragem abaixo, seja passando pelas unidades geradoras e produzindo energia, ou dispensada pelo vertedouro, quando há mais água do que o necessário para a geração.

O reservatório opera no sistema de cotas mínima e máxima de armazenamento. 

A cota máxima fica aos 220,30 metros acima do nível do mar. 

Até hoje, a cota mínima utilizada por Itaipu foi de 215,35 metros, em 2001, quando a binacional precisou operar em carga máxima para atender o setor elétrico brasileiro. 

Naquele ano, o Brasil chegou a enfrentar um racionamento de energia e a usina precisou ser acionada com maior potência.

Imagem rara: vertedouro de Itaipu teve todas as calhas abertas pela última vez em 2011 (Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)Imagem rara: vertedouro de Itaipu teve todas as calhas abertas pela última vez no dia 24 de julho de 2011, quando a estrutura passou por testes (Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)
Alerta para enchentes

A Comissão de Cheia permanece monitorando e avaliando a situação, com a divulgação de boletins permanentes de alertas hidrológicos para a região. No sábado (21), cerca de 40 casas no bairro San Rafael, em Hernandárias, no Paraguai, foram atingidas pela elevação do Rio Paraná na região da Ponte da Amizade, na fronteira entre o Brasil e o país vizinho. 


Naquele ponto, o nível do rio chegou a 113,3 metros, mais de 4 metros acima do normal.

Vazão no vertedouro passou de 11 milhões de litros de água por segundo, o equivalente a mais de sete Cataratas do Iguaçu (Foto: Isabeli Zucheli / RPC)Vazão no vertedouro passou de 11 milhões de litros de água por segundo, o equivalente a mais de sete Cataratas do Iguaçu (Foto: Isabeli Zucheli / RPC)
Estrutura segura

Apesar do grande volume de água no lago, técnicos de Itaipu asseguram que a população não precisa temer possíveis rompimentos da barragem.


“Não há motivo algum para preocupação com Itaipu”, afirma o coordenador da Comissão de Concreto do Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), engenheiro José Marques Filho, que esta semana esteve na usina para ministrar um curso sobre segurança de barragens, direcionado a 25 funcionários de Itaipu.

Completo Turístico preparou esquema especial de visitação disponibilizando ônibus extras para turistas e moradores da região (Foto: Patrícia Iunovich / Itaipu Binacional / Divulgação)Completo Turístico preparou esquema especial de visitação disponibilizando ônibus extras para turistas e moradores da região (Foto: Patrícia Iunovich / Itaipu Binacional / Divulgação)
 
 
Para ele, a combinação de três fatores – projeto, obra e monitoramento bem feitos – faz com que o risco em Itaipu seja considerada mínimo, apesar de sua dimensão gigantesca.

 “Uma obra deste porte tem importância monstruosa, do ponto de vista econômico e de responsabilidade com as pessoas do entorno. 

Imagine ter um problema na usina que contribui com quase 17% do consumo de energia do País?

 Seria desastroso”, observa.

Itaipu conta com mais de 2,5 mil instrumentos para acompanhar o comportamento das estruturas de concreto e da fundação das suas barragens, além de 5.295 drenos e do próprio vertedouro, com capacidade para vazão de 60 milhões de litros por segundo.

sábado, novembro 21, 2015

Carta de Belém .O 12º Fórum de Governadores da Amazônia Legal,."Não queremos que uma carta esgote nossos sonhos.

 







 
 
Da Redação
Agência Pará de Notícias


"Não queremos que uma carta esgote nossos sonhos. 

Queremos que ela nos lembre, cotidianamente, os nossos compromissos”, disse governador Simão Jatene antes de assinar a Carta de Belém, que congrega os interesses dos Estados da região amazônica, discutidos e pactuados durante o 12º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, realizado na capital paraense, nesta sexta-feira (20). 

Os gestores estaduais também criaram um Conselho de Governadores para o Desenvolvimento da Amazônia, que deverá, entre outras funções, nortear a criação de uma autarquia para defender os interesses regionais junto ao governo federal.

A fase inicial do Conselho de Governadores tem a missão de encaminhar e avançar na construção de uma entidade mais definitiva que possa congregar os interesses da Amazônia e, sobretudo, discutir problemas e soluções de forma coletiva e integrada. 

“A ideia é que possamos criar uma autarquia como foi feito no Brasil Central, com uma pessoa jurídica de direito público interno que faça a interlocução com organismos internacionais e com o governo federal para que possamos receber investimentos”, explicou o governador do Mato Grosso, Pedro Taques. 

“A solução deve ser nossa. Precisamos de solidariedade entre nós. 

Vamos unificar nossos desejos e discurso e melhorar o espírito de cooperação entre nós para que possamos resolver nossos dramas”, reiterou o governador de Rondônia, Confúcio Moura.

A preservação do meio ambiente foi um dos assuntos mais debatidos no encontro. 


A mensagem deixada pelos governadores para o Brasil é que a única forma de a Amazônia contribuir para o desenvolvimento brasileiro e global é com seu próprio desenvolvimento.

 Desta forma, a sustentabilidade não pode ser adjetivada, ela tem que ser social, ambiental, política e econômica.

Se somos um grande contribuinte da redução do efeito estufa, então é preciso que a comunidade internacional entenda o que é o papel da floresta amazônica no desafio de caminharmos, até 2030, na redução das emissões desses gases”, destacou o governador do Acre, Tião Viana, que defende que o país compartilhe com os Estados amazônicos o desafio de transformar os  serviços ambientais em cooperação financeira e em resultados para o desenvolvimento sustentável para se viver com qualidade na Amazônia.


O governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, lembrou a importância das florestas na manutenção do clima do globo terrestre. 


“As florestas prestam um serviço importante para a sociedade e para o mundo.

Ainda temos a floresta amazônica, uma no centro da África e outra na Azia. 

Temos que pensar qual a importância que essas florestas têm para o clima mundial, e é essa a nossa pauta na COP 21. 

O Brasil vai apresentar as propostas do nosso país e queremos participar dessa agenda”, afirmou.

Infância – Os direitos das crianças e adolescentes amazônidas também ganharam a atenção dos nove governadores participantes do fórum.

 Eles assinaram o Termo de Pactuação da Agenda Criança Amazônia, comprometendo-se, até o ano 2018, em cumprir ações voltadas para a promoção, proteção e garantia de direitos de crianças e adolescentes, num trabalho conjunto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Na opinião da governadora de Roraima, Suely Campos, o interesse dos gestores no desenvolvimento social é algo que merece destaque. 


“O bem-estar das nossas crianças e adolescentes é algo que realmente precisa da nossa atenção. 

Metade delas vive abaixo da linha de pobreza. 

Isso é um ponto importantíssimo que temos que combater e avançar.

 Para isso, precisamos de aporte de recursos para ativar projetos e retirar nossas crianças desse tipo de situação”, afirmou.

Durante o evento, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi apresentou o Programa Nacional de Governança Diferenciada das Execuções Fiscais, destinado aos cidadãos e empresas, oferecendo a oportunidade de saldar dívidas e regularizar a situação fiscal da população, com o retorno dos tributos recolhidos em forma de obras de infraestrutura e cumprimento de políticas públicas dos governadores da região Norte. 



“Repassamos o objetivo desse programa, que é desenvolver o poder cívico que todo o cidadão tem que é o de pagar os impostos.

 Só assim é que podemos cobrar dos administradores estaduais as promessas de campanha e o cumprimento das políticas públicas”.

Para o governador Simão Jatene, o encontro dos governadores da Amazônia reflete a coragem de dizer ao país que ele precisa de uma nova agenda para se tornar um Brasil que seja bom para todos os brasileiros.

 A Carta de Belém, como todas as cartas criadas ao final de cada Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, é resultado da unidade do que querem e pensam os Estados da região.

Quando a gente afirma que a Amazônia quer continuar contribuindo para o desenvolvimento brasileiro e que ela quer continuar a contribuir para a condição climática global, mas que só tem uma forma de fazer isso, que é com a melhoria da qualidade de vida da sua gente, essa não é a opinião deste ou daquele Estado, deste ou daquele partido.


 Essa carta diz isso, como uma fala da Amazônia, e é essa a principal diferença”, avaliou Jatene.

O governador Flávio Dino, do Maranhão, afirmou que o principal destaque da Carta Belém é a “conclamação para que haja uma revisão da política econômica e a retomada do crescimento”, para que os governadores possam cumprir os objetivos traçados durante o encontro. 


“Só teremos condições de concretizar nossos planos se tivermos aporte financeiro.

 É um posicionamento político importante dos governadores da Amazônia”, avaliou.

O governador Waldez Góes vai ser o próximo anfitrião do Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, que será no Amapá, em 2016, após o carnaval. 


Para ele, a união dos governadores é importante para fortalecer a representatividade da região nas decisões nacionais. 

“Esse encontro fortalece o espírito do amazônida por meio dos seus representantes na luta pelas causas que defendemos há décadas. 

Surgiram duas grandes novidades aqui, a questão da recuperação fiscal e o pacto pela modernização do estado brasileiro”, destacou.

Compuseram a mesa de discussão do 12º Fórum de Governadores da Amazônia os governadores Simão Jatene (Pará), Tião Viana (Acre), Waldez da Silva (Amapá), José Melo de Oliveira (Amazonas), Flávio Dino (Maranhão), José Taques (Mato Grosso), Confúcio Moura (Rondônia), Suely Campos (Roraima) e Marcelo Miranda (Tocantins). 

Também participaram Nancy Andrighi, ministra do STJ; Constantino Guerreiro, presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJE); Milton Nobre, presidente do Colegiado; Raphael Neto, secretário de Fundos e Incentivos Fiscais do MIN; Mariano Canamo, do Idesam; Beto Veríssimo, do Imazon; Esperanza Vives, do Unicef; e Alberto Lourenço, subsecretário do Seae.

Leia abaixo, no anexo, a íntegra da Carta de Belém.


Dani Filgueiras

Gabinete do Governador

Água turva alcança Linhares e Samarco facilita chegada ao mar

Justiça Estadual decidiu que lama deve ser direcionada ao mar, não contida.
Serviço Geológico constatou água turva na cidade nesta sexta-feira (20).

Manoela Albuquerque Do G1 ES
Lama chega a Linhares, Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)Lama chega a Linhares, Espírito Santo (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)
 
 
Uma onda de água com aspecto turvo chegou a Linhares, no Norte do Espírito Santo, e a Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, informou, na noite desta sexta-feira (20), que está trabalhando na abertura da foz do Rio Doce que vai facilitar a chegada da lama ao mar, atendendo a uma decisão da Justiça Estadual.

Segundo boletim do Serviço Geológico do Brasil, a previsão de chegada dessa água à foz do rio, para escoar no mar, em Regência, é na noite deste sábado (21).

A Justiça estadual determinou nesta sexta-feira (20) o aumento da abertura da foz do Rio Doce, na região de Regência, para que a lama chegue ao mar com maior facilidade e se dilua rapidamente.

A decisão se contrapõe à determinação da Justiça Federal, que na última quarta-feira (18) pediu que a Samarco apresentasse um plano de contenção da lama antes de chegar no oceano, com vê multa diária de R$ 10 milhões em caso de descumprimento.

A mineradora apresentou à Justiça Federal do Espírito Santo um pedido de suspensão da ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF-ES). 

Até o momento, a decisão da Justiça Federal quanto ao pedido não foi publicada.

Previsão 


De acordo com o boletim do Serviço Geológico do Brasil divulgado na noite desta sexta-feira (20), foi constatado aspecto turvo no rio durante a manhã, no entanto, a turbidez da água aumentaria no decorrer das horas.



A previsão de chegada dessa água à foz do rio, para escoar no mar, em Regência, é na noite deste sábado (21).

Da mesma forma, a Prefeitura de Linhares informou que biólogos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente sobrevoaram o leito do rio e estimam que a lama chegue à foz nas próximas horas deste sábado.

A empresa esclareceu que as barreiras instaladas na parte Sul da foz até Povoação não têm com objetivo conter a chegada da lama ao mar, mas exercem a  função de preservar a fauna e a flora local. 

Procurada pelo G1, a Samarco não esclareceu como se posiciona em relação à decisão da Justiça Federal, de impedir a chegada da lama ao mar.
De acordo com a Samarco, providências definidas pelo Ministério Público, Iema, Projeto Tamar e Instituto Chico Mendes para proteger a fauna e a flora na foz do Rio Doce, direcionando a pluma de turbidez para o mar.

A empresa alega que a recomendação dessas instituições e organizações ambientais é de que se deva deixar a pluma de turbidez chegar ao mar, uma vez que a diluição do material será muito mais rápida em função do volume de água.

Para isso, a Samarco informou que está fornecendo equipamentos para abertura do banco de areia que impede a chegada do rio ao mar no lado sul da foz.


Quatro máquinas trabalham 24 horas por dia nas escavações, com apoio de uma draga e bombas que ajudam no bombeamento da pluma.

 Barreiras 

A Samarco explicou que, para isolar a fauna e a flora que vivem no entorno nas duas margens do rio e em algumas ilhas localizadas no estuário, nove mil metros de barreiras continuam sendo instalados em sentido longitudinal.


A empresa esclareceu, ainda, que essas  barreiras não têm a função de impedir a chegada da pluma ao mar.

A instalação das barreiras teve início na parte sul da foz, em Regência, e segue até Povoação, na região de Linhares. 


Um mapeamento das áreas e ecossistemas foi realizado na região da foz para determinar o tipo de barreira a ser utilizado em cada ponto.

De acordo com a empresa, o planejamento considerou a velocidade da corrente e a profundidade do rio nos locais.

Quatro frentes de trabalho, com mais de 50 pessoas e  embarcações, atuam simultaneamente na instalação, segundo a Samarco.

As barreiras instaladas variam de 60 cm até 2,1 metros de altura. 


A altura é adaptada de acordo com a profundidade de cada ponto de instalação, o que permite uma melhor contenção da pluma.

As contenções são feitas de lona 100% impermeável e fixadas no fundo do rio. 


Têm alta resistência, sendo capazes de suportar ventos de 20 km/hora e ondas de 3 metros.

Monitoramento aéreo
A partir deste sábado (21), a Samarco vai iniciar monitoramento aéreo com um equipamento chamado OceanEye. 


De acordo com a mineradora, trata-se de um balão equipado com câmera com um sensor triplo capaz de produzir imagens de alta resolução em tempo real, dia e noite, com coordenadas georreferenciadas, que geram um mapeamento preciso da região.

Planejamento

Segundo a Samarco, para realizar o planejamento de ações, foi contratada uma empresa
internacional especializada em emergências ambientais, com atuação em eventos naturais como o Furacão Katrina, ocorrido em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

A operacionalização das ações está sendo feito por companhia internacional especializada em proteção ambiental no mar e rios do Brasil.


Justiça Federal x Justiça Estadual
A decisão da Justiça Estadual desta sexta-feira (20) tem a intenção é preservar o estuário, a embocadura do rio chegando no mar, que funciona como espécie de berço para muitos criadouros naturais. 


Nesse caso, considera-se que o escoamento da lama causará um impacto menor do que se o material ficar parado na região.

Pela decisão, qualquer máquina envolvida em algum processo de fazer um obstáculo para que a água do rio não vá para o mar será apreendida e os responsáveis serão presos pelo crime de desobediência.


 Também foi instituída uma multa de R$ 20 mil pelo descumprimento e outra de R$ 1 milhão no caso de abandono das obras de alaramento da foz.

Assinada pelo juiz Thiago Albani Oliveira, da Vara da Fazenda Pública, Registros Públicos e Meio Ambiente de Linhares, a decisão aconteceu após uma audiência com presença de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Estadual do Meio Ambiente (Iema), do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), da prefeitura de Linhares, dos procuradores do estado, Marcos José Milagre, e do município, Rodrigo Santos Neves.

Na quarta-feira (18), a Justiça Federal no Espírito Santo determinou que a Samarco adotasse em 24 horas medidas para barrar a chegada ao litoral capixaba da lama oriunda das barragens rompidas em Mariana, Minas Gerais. 

A ação prevê multa diária de R$ 10 milhões em caso de descumprimento.

A determinação foi dada a partir de ação do Ministério Público Federal (MPF), com base em cálculos do Ibama, que estimou que a lama chegaria ao litoral do Espírito Santo nesta sexta-feira (20). 


O prazo passa a contar a partir da intimação da Samarco.


De acordo com a Justiça Federal, o prazo da Samarco terminaria nesta quinta-feira (19) às 19h55, mas um minuto antes, foi protocolada pela Samarco uma petição com informações e requerimentos.

Na petição, a Samarco alegou que já assinou um Termo de Compromisso Socioambiental Preliminar (TAC) com os Ministérios Público do Trabalho, Federal e Estadual do Espírito Santo, em que se compromete a realizar diversas ações para mitigar o efeito da onda de rejeitos oriunda da barragem.


20/11 - Versão infográfico barragens Mariana (Foto: Arte/G1)20/11 - Versão infográfico barragens Mariana (Foto: Arte/G1)
 

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