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segunda-feira, setembro 07, 2015

Desfile oficial atrai 20 mil à Esplanada dos Ministérios, informa PM

Dilma assistiu à comemoração do 7 de Setembro ao lado do vice Temer.
Ela foi recebida por ele, pelo governador do DF e pelo ministro da Defesa.

 

Laís Alegretti e Débora Cruz Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, durante o Desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios (Foto: Ichiro Guerra/PR) 
A presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, durante o Desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios (Foto: Ichiro Guerra/PR)
 
 
O desfile oficial de 7 de Setembro em Brasília atraiu na manhã desta segunda-feira cerca de 20 mil pessoas às arquibancadas montadas na Esplanada dos Ministérios, segundo informação da Polícia Militar do Distrito Federal.

Às 9h14, a presidente Dilma Rousseff autorizou o comandante militar do Planalto a dar início ao desfile cívico-militar, comemorativo dos 193 anos da Independência.

Antes, vestida de branco e usando a faixa presidencial verde e amarela, Dilma subiu ao Rolls Royce oficial que, cercado de batedores, e percorreu cerca de dois quilômetros para se deslocar até o palanque das autoridades.

No palanque, Dilma foi recebida pelo vice-presidente Michel Temer, pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) e pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner.

Ela assistiu ao desfile ao lado de Rollemberg e de Temer, que neste domingo (6) divulgou nota negando participar de "conspiração" contra a presidente e dizendo que a 'intriga' agrava a crise político-econômica.

Vários ministros compareceram, entre os quais José Eduardo Cardozo (Justiça), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rosseto (Secretaria Geral), Edinho Silva (Comunicação Social), Gilberto Kassab (Cidades), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União), Pepe Vargas (Direitos Humanos),Renato Janine Ribeiro (Educação), Ricardo Berzoini (Comunicações), Carlos Gabas (Previdencia) e Mauro Vieira (Itamaraty).

Antes do início do desfile, um grupo, das arquibancadas, entoou o grito "Dilma, Dilma, Dilma". 

Fora da área oficial do desfile, manifestantes em protesto contra o governo inflaram um boneco gigante de Dilma e outro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chamado "Pixuleco".
Manifestantes contrários ao governo erguem, na Esplanada dos Ministérios, o "Pixuleko", boneco inflável que representa Lula como presidiário (Foto: Isabella Calzolari/G1)Manifestantes contrários ao governo erguem, na Esplanada dos Ministérios, o "Pixuleco", boneco inflável que representa Lula como presidiário (Foto: Isabella Calzolari/G1)
Boneco inflável da presidente Dilma Rousseff (Foto: Mateus Rodrigues/G1)Boneco inflável da presidente Dilma Rousseff (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
A presidente Dilma Rousseff se dirige ao palanque das autoridades do 7 de Setembro (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil) 
A presidente Dilma Rousseff se dirige ao palanque das autoridades do 7 de Setembro (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff no desfile de 7 de Setembro, em Brasília (Foto: Reprodução/NBR) 
A presidente Dilma Rousseff no desfile de 7 de Setembro, em Brasília (Foto: Reprodução/NBR)

domingo, setembro 06, 2015

Testemunha descreve vida de luxo de casal suspeito de golpes pela internet

Dona do site Pank foi presa em Ribeirão após investigação de 10 anos.
Segundo MP, fraudes somam R$ 100 milhões; empresário segue foragido.

 

Do G1 Ribeirão e Franca
 
Suspeitos de aplicar golpes pela internet de no mínimo R$ 100 milhões, a empresária Viviane Boffi Emílio e o marido Michel Pierri de Souza Cintra mantinham uma vida de luxo com restaurantes caros, compra de veículos importados a cada três meses e doações para igreja no total de R$ 700 mil, segundo uma testemunha entrevistada pela EPTV.

A rotina do casal, que mora em Ribeirão Preto (SP), foi revelada por um ex-funcionário do site Pank, uma das empresas com sistema de compras online que, segundo o Ministério Público, fizeram mais de 100 mil vítimas em todo o país.

Os suspeitos eram investigados há dez anos. 

Viviane foi detida na terça-feira (1º) em Ribeirão Preto e foi levada para a Cadeia de Cajuru (SP), após ter prisão temporária decretada. 

Cintra também teve prisão ordenada, mas está foragido. 

A advogada do casal, Cláudia Seixas, afirmou que não comentará as acusações porque o processo ainda está em andamento.

Saiba mais:

A dupla e mais duas pessoas apontadas como "laranjas" podem responder por associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

Sem qualidade.

Segundo as investigações do MP, os sites administrados pelo casal comercializavam diversos produtos, principalmente eletroeletrônicos, que, após serem adquiridos pelos clientes, não eram entregues ou não apresentavam a qualidade anunciada, sendo, muitas vezes, artigos piratas.


“Ele [Cintra] sabia da qualidade dos produtos, porque era um canal de intermediação de oferta. 

Qualidade bem inferior. 

Sabia que ia ter problemas com esses produtos e mesmo assim ele colocava para vender”, afirmou o ex-funcionário, que preferiu não ser identificado.

A empresa em questão era registrada no nome de Viviane, funcionava no Jardim Irajá, zona sul de Ribeirão, e contava com 60 funcionários. 

Já Cintra respondia pelo site Stop Play, que também vendia produtos pela internet e foi fechado há oito anos pela mesma prática de golpes em clientes, segundo o MP.

De acordo com a testemunha, o site Pank vendia de 10 mil a 20 mil peças de um único produto, mesmo quando não havia estoque suficiente. 

 “Poderia entregar um terço [do que era vendido]. 

Mas desse um terço mais de 50% ia dar problema. 

Com certeza."
 
Vida de luxo.

Pelo menos 100 mil pessoas foram lesadas em golpes que somam, no mínimo, R$ 100 milhões, segundo a Promotoria. 


O valor adquirido com o esquema possibilitou que o casal levasse uma vida de luxo, que envolvia um apartamento em uma área nobre de Ribeirão Preto, a troca de carros importados a cada três meses, restaurantes caros e frequente ajuda em dinheiro à igreja - ele não revelou quantas nem quais eram.

“Funcionários sabiam que eles doavam não só dinheiro, mas ofertas também. Ele já deu muita grana na igreja. 

Inclusive doou carros. 

Três carros que eu sei. 

Isso dá mais ou menos R$ 700 mil, mas deve ter muita coisa que a gente nem sabe ainda”, disse o ex-funcionário.

Viviane Boffi Emílio
Empresária foi presa em Ribeirão Preto por golpes praticados por meio de sites de compra (Foto: Reprodução/EPTV)
Viviane Boffi Emílio
Empresária foi presa suspeita de aplicar golpes por meio de sites de compra (Foto: Reprodução/EPTV)
 

Reclamações

O ex-funcionário contou também que a empresa em que trabalhou contava com um setor de atendimento, que estava ciente das constantes reclamações sobre a qualidade dos produtos, mas não tinham como agir.


“Vários e-mails de pessoas prejudicadas, de todas as classes sociais, todos foram prejudicados. E o atendimento sabia. 

Se você pegar um funcionário do atendimento ele vai falar que tinha receio, tinha dó, ficava superchateado com a situação, mas não podia fazer nada. 

Era só um funcionário”, ressaltou.

De acordo com o promotor Aroldo Costa Filho, o MP identificou milhares de queixas contra empresas do casal nos últimos dez anos. 

“Um site de reclamações bem conhecido registrou mais de 42 mil reclamações só da empresa Pank. 

Mais três mil reclamações contra a Stop Play, que também era do grupo, e mais três mil de outras empresas. 

Nós estimamos que seja um dos maiores fraudadores na internet do Brasil”, afirmou.

Os golpes também foram praticados contra empresas de publicidade, que eram contratadas para divulgar os sites dos suspeitos. 

Em uma das principais ocorrências, o casal divulgou o site Pank durante um jogo da seleção brasileira de futebol em Londres e deixou de pagar US$ 360 mil.
Empresário prestou esclarecimentos na Justiça sobre denúncias contra os sites (Foto: Reprodução/EPTV)Em gravação, Cintra presta esclarecimentos sobre denúncias contra os sites (Foto: Reprodução/EPTV)
 

Apreensões.

Durante os anos de investigação, Viviane e Cintra foram intimados a depor e tentaram explicar os problemas apontados pelos clientes. 


Em gravações dos depoimentos adquiridas pela equipe da EPTV, o casal alega que apreensões feitas pela Polícia Federal desencadearam um “descontrole financeiro muito grande”.

“A Polícia Federal fez uma busca no depósito da empresa. 

Eu tinha um volume de produto muito grande, que ultrapassava R$ 1 milhão, era o meu primeiro Natal, inclusive, e ali foram apreendidos R$ 257 mil em produtos, preço de compra”, explicou Cintra em um trecho do depoimento.

Neste, ele ainda disse que houve uma segunda apreensão, em 2009, e dois furtos em 2008. 

Na ocasião, o empresário prestava contas de uma empresa associada à Stop Play.

Por sua vez, Viviane prestou esclarecimentos sobre a empresa Yes, da qual era dona. 

Segundo ela, as denúncias contra sua loja, tanto física quanto online, apareceram devido aos problemas das empresas de Cintra, de forma que ela também teve produtos apreendidos.

“Essa apreensão aconteceu tanto da parte do Fisco quanto da Polícia Civil. 

Por conta disso a gente não conseguiu continuar. 

Depois o site também acabou saindo do ar. Inviabilizou 100% do negócio”.

Ela também negou que não fossem feitas as entregas do produto. 

“Essa empresa foi uma loja física, ela tinha endereço, estoque de produtos, inclusive lá tinha uma assistência técnica”, destacou.

Todas as empresas online relatadas no curso do processo foram retiradas do ar pela Justiça.

Justiça prorroga prisão de suspeita de golpe de R$ 100 milhões pela internet

Viviane Boffi Emílio deve continuar presa por pelo menos mais cinco dias.
Michel Cintra, marido de Viviane e suspeito no esquema, continua foragido.

 

Do G1 Ribeirão e Franca
Viviane Boffi Emílio é suspeita de aplicar golpes de ao menos R$ 100 milhões pela internet (Foto: Reprodução/EPTV)Viviane Boffi Emílio é suspeita de aplicar golpes de ao menos R$ 100 milhões pela internet (Foto: Reprodução/EPTV)


A Justiça de Ribeirão Preto (SP) prorrogou na sexta-feira (4) a prisão temporária da empresária Viviane Boffi Emílio, suspeita de aplicar R$ 100 milhões em golpes pela web através do site de compras Pank. 

Segundo o documento, Viviane deverá continuar presa por mais cinco dias a partir deste sábado (5), na Cadeia de Cajuru (SP).

A prorrogação da prisão de Viviane foi proferida pelo juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto

O marido de Viviane, Michel Pierri Cintra, também é suspeito de participar do esquema e está foragido.

O caso.

Viviane Boffi Emílio e o marido, Michel Pierri Cintra, são suspeitos de aplicar um golpe de ao menos R$ 100 milhões através de um site de compras pela internet. 


Proprietários da empresa Pank, eles fizeram mais de 42 mil vítimas, segundo estimativa do Ministério Público. 

O casal é investigado há dez anos.

Saiba mais:

Viviane foi presa em Ribeirão Preto na terça-feira (1º) e levada para a cadeia de Cajuru (SP). 

Já Cintra está foragido. 

O carro do empresário foi apreendido na quarta-feira (2) em Guararema (SP). 

O veículo era conduzido por um agente de segurança da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). 

Em depoimento à polícia, o funcionário informou que conduzia o veículo a pedido de um deputado estadual.

De acordo com o promotor Aroldo Costa Filho, Cintra também é ex-proprietário da empresa Stop Play, que também comercializava produtos pela internet e foi fechada há oito anos pela mesma prática de golpes em clientes.

O casal e outros dois suspeitos comandavam o esquema de estelionato. 

Uma das bases da empresa Pank, em Ribeirão Preto, contava com 60 funcionários. 

"Eles vendiam produtos, não entregavam, ou entregavam produtos falsificados e, assim, lesavam inúmeras pessoas no Brasil inteiro", afirma Costa Filho, destacando que empresas de publicidade também foram alvos dos supostos golpistas.

Em depoimentos, ex-funcionários relataram que seguiam uma espécie de cartilha com orientações para enrolar os clientes. 

Eles também afirmaram que o casal, que frequenta uma igreja evangélica, fazia doações semanais à instituição. 

Em uma ocasião, os empresários teriam doado, inclusive, um carro de luxo avaliado em mais de R$ 100 mil.

A igreja também é alvo de investigação, e deverá informar, segundo determinação da Justiça todas as doações recebidas pelo casal nos últimos anos.

Todos os suspeitos respondem por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

A advogada do casal, Cláudia Seixas, informou que não comentará as acusações porque o procedimento investigatório corre em sigilo.
Empresária foi presa em Ribeirão Preto por golpes praticados por meio de sites de compra (Foto: Reprodução/EPTV)Empresária foi presa em Ribeirão Preto por golpes praticados por meio de sites de compra (Foto: Reprodução/EPTV)
 
 
COMENTÁRIO: 
 
Em todo segmento da sociedade tam gente honesta, e gente desonesta, não é diferente em grupos religiosos dos diversos segmentos no mundo. 
 
A maioria de pessoas que são frequentadoras desses grupos religiosos sejam eles denominados evangélicos ou não, são pessoas honestas e de boa índole. 
 
O que não se deve é generalizar, só porque alguns integrantes desses grupos têm desvios de condutas, se achar que os demais também tenham.
 
 
Valter Desiderio Barreto. 

Refugiados chegam à Alemanha e são recebidos com faixas de boas-vindas

País abriu fronteiras para receber imigrantes de países em crise.
Entre sábado e domingo, foram mais de 13 mil pessoas transportadas.

 

Da Reuters
Grupo de refugiados é recebido com faixas de boas-vindas em estação ferroviária da Alemanha. (Foto: Ina Fassbende/Reuters)Grupo de refugiados é recebido com faixas de boas-vindas em estação ferroviária da Alemanha. (Foto: Ina Fassbende/Reuters)


Um grupo de refugiados foi recebido com faixas de boas-vindas ao chegar à estação ferroviária de Dortmund, na Alemanha , neste domingo (6). 

Em 2 dias, o número de refugiados acolhidos por países europeus já passa de 13 mil.

A Alemanha e a Áustria abriram suas fronteiras para receber pessoas de países em crise. 

O drama dos imigrantes ganhou maiores proporções nesta quarta (2), quando foi divulgada  a foto de um menino de 3 anos, morto em uma praia da Turquia após uma travessia arriscada de barco. 

Antes, a família havia tentado refúgio no Canadá e teve o pedido negado.

Na madrugada deste domingo (6),

cerca de mil refugiados do Oriente Médio cruzaram a pé a fronteira entre Áustria e Hungria

Eles fizeram a travessia caminhando após terem vindo de trem de diferentes pontos da Hungria, informou a Polícia austríaca.

Mais de 3 mil refugiados chegaram na região fronteiriça de Nickelsdorf após a última onda migratória. 

Cerca de 1,5 mil foram levados em ônibus, ainda de madrugada, até diferentes centros de alojamento em Viena, Baixa Áustria e Alta Áustria, para que neste domingo (6) seguissem viagem rumo à Alemanha, se assim o desejassem.

Balanço parcial.


A empresa estatal ferroviária da Áustria (ÖBB) transportou no sábado 11 mil refugiados, procedentes da Hungria, até a vizinha Alemanha, enquanto outros 2.,2 mil estão a caminho, informou neste domingo uma porta-voz da companhia à agência de notícias "APA".

Assim, o número total de refugiados do Oriente Médio que cruzou a fronteira entre Hungria e Áustria desde a madrugada de sábado já supera os 13 mil, frente às estimativas iniciais que antecipavam cerca de 10 mil pessoas. 


Na Hungria saíram esta manhã vários trens com mil refugiados a bordo, com destino à cidade de Hageyshalom, onde iam tomar outro trem até a fronteira austro-húngara.
Refugiados e imigrantes dormem sobre os trilhos de trem perto da aldeia de Idomeni, na fronteira da Grécia com a Macedónia, neste domingo (6) (Foto: Alexandros Avramidis/Reuters)Refugiados e imigrantes dormem sobre os trilhos de trem perto da aldeia de Idomeni, na fronteira da Grécia com a Macedónia, neste domingo (6) (Foto: Alexandros Avramidis/Reuters)

No pior cenário, Cantareira ficará no volume morto até fim do verão de 2016

Projeção é do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais.
Mesmo se chover acima da média, reserva será necessária até novembro.

 

Isabela Leite Do G1 São Paulo
Redução no nível de água obrigou marina a fazer obras para o acesso de embarcações (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)Queda no nível de água obrigou marina a fazer obras para acesso de barcos (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)


O Sistema Cantareira dependerá do volume morto pelo menos até o começo do período chuvoso, mesmo no cenário mais otimista em relação à previsão de chuva no estado de São Paulo nos próximos meses. 

Na pior situação, com registro de chuva 50% abaixo da média, a reserva técnica será usada, no mínimo, até o fim do verão de 2016. 

A projeção é do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O reservatório, que já foi o maior de São Paulo e chegou a atender 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo, foi um dos mais afetados pela crise hídrica e atualmente opera com 15,2%, considerando duas cotas do volume morto. 

Desde maio do ano passado, bombas instaladas nas represas fazem a captação de reservas técnicas.

Em 24 de fevereiro desse ano, a segunda cota - com 105 bilhões de litros - foi recuperada, mas a Sabesp ainda depende da primeira cota do volume morto - 182,5 bilhões de litros - para garantir o abastecimento de 5,3 milhões de pessoas atendidos pelo Cantareira na Região Metropolitana de São Paulo.

A situação pode se agravar se os próximos meses continuarem com índices pluviométricos abaixo da média. 

Segundo o Cemaden, de outubro de 2014 a março deste ano (ciclo hidrológico), o volume de chuva registrado foi 73,5% ao esperado. 

Já a precipitação acumulada de abril a agosto de 2015 foi 79,2% da média. 

Só em agosto, a chuva atingiu 86% do esperado.

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais acompanha a situação do manancial desde com começo da crise hídrica em São Paulo, com 30 medidores de chuva (pluviômetros) instalados nas represas do Cantareira.

Diferentes cenários.

No boletim mais recente divulgado pelo Cemaden, os pesquisadores traçam cinco cenários para o sistema até 31 de março de 2016, fim do período hidrológico, ou seja, o período com mais chuva no estado de São Paulo. 


O centro de monitoramento tem 30 medidores de chuva (pluviômetros) instalados nas represas do Cantareira.

No pior cenário, com chuva 50% abaixo do esperado para o período, o sistema vai depender do volume morto pelo menos até março do próximo ano. 

Se a chuva ficar 25% abaixo da média, o sistema só sairá da reserva técnica no fim de fevereiro.

Saiba mais:

Já com índice pluviométrico dentro do esperado, o reservatório vai precisar do volume morto até dezembro. 

Já no melhor cenário - chuva 50% acima da média - o nível do reservatório chegaria a quase metade da capacidade no fim de março e deixará a reserva técnica no fim de novembro.
 
Alternativas para o Cantareira
Mesmo com a captação das duas cotas do volume morto do Cantareira, a Sabesp precisou fazer interligações e remanejamento na rede de distribuição para reduzir a sobrecarga no manancial, que foi o mais afetado pela crise hídrica desde o ano passado. 


Por isso, os sistemas Alto Tietê, na Grande São Paulo, e o Guarapiranga, na capital paulista, absorveram parte dos clientes do Cantareira.

O governo paulista e a Sabesp também prometem entregar, até o fim de setembro, a obra de interligação dos sistemas Rio Grande e Alto Tietê que produzirá 4 metros cúbicos de água por segundo (m³/s) de água. 

Um m³ corresponde 1 mil litros. 

Em agosto, no entanto, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) confirmou que a Bacia do Alto Tietê está em situação crítica.

O Ministério Público (MP) classificou como "tardia" e "incompleta" a portaria do DAEE e afirmou ainda que a medida abre precedentes para a implantação oficial de um rodízio na Grande São Paulo, já que é obrigatório formalizar a gravidade da crise antes de tomar medidas emergenciais, como cortes periódicos no fornecimento de água.

Já a Secretaria do Estado de Saneamento e Recursos Hídricos negou que a medida tenha como objetivo reconhecer o risco de rodízio ou desabastecimento, e sim o de evitá-lo. 

A portaria, de acordo com a pasta, serve como "instrumento para minorar riscos ao abastecimento” no Alto Tietê e para assegurar a "execução de obras emergenciais que estão em curso diante da maior seca dos últimos 85 anos".

STF autoriza inquérito para investigar Mercadante, Edinho e Aloysio

Ministros e senador foram citados em delação de Ricardo Pessoa, da UTC.
Edinho e Aloysio negaram as acusações; Mercadante não se manifestou.

 

Do G1, com informações do JN

O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, a pedido do Ministério Público Federal, a abertura de inquérito para investigar os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), além do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). 

Edinho Silva e Aloysio Nunes negaram as acusações; Mercadante não se manifestou (leia mais ao final desta reportagem).

Na delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, disse que fez repasses milionários para as campanhas eleitorais de Mercadante e de Aloysio Nunes, e também para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, da qual Edinho Silva foi tesoureiro.

Pessoa assinou acordo de delação premiada, no âmbito da Operação Lava Jato, em 13 de maio. 

O acordo foi feito em Brasília porque Ricardo Pessoa citou pessoas com foro privilegiado.

Senadores, deputados e ministros de Estado têm foro privilegiado no STF. 

Por isso, o procurador-geral precisa pedir à Corte autorização para a abertura de inquérito.

Doações.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a UTC doou R$ 7,5 milhões para a campanha de Dilma Rousseff. 


Para Mercadante, Pessoa disse que doou R$ 500 mil em 2010, quando ele era candidato ao governo de São Paulo. 

Para o senador Aloysio Nunes Ferreirra, o empresário disse ter doado R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em dinheiro vivo, sem declaração.

Respostas.

O ministro Mercadante afirmou que só irá se manifestar quando tiver a confirmação oficial da autorização da abertura de inquérito.


O ministro Edinho Silva disse que é favorável à apuração de todos os fatos e que, como coordenador financeiro da campanha de Dilma Rousseff, sempre agiu dentro da legalidade. 

Afirmou, ainda, que as contas da campanha já foram aprovadas pelo TSE.

O senador Aloysio Nunes Ferreira declarou que não tem qualquer relação com corrupção ou com a Petrobras.
 

Desempregada encontra R$ 580 na rua e devolve para a dona em Mococa, SP

Nair Nunes Pereira, de 60 anos, havia acabado de perder o emprego.
idosa voltava da empresa quando viu um pacote jogado na sarjeta.

 

Do G1 São Carlos e Araraquara
 
Uma idosa de 60 anos que havia acabado de perder o emprego em Mococa (SP), na sexta-feira (4), encontrou um pacote de dinheiro na rua quando voltava para casa. 

Nair Nunes Pereira procurou pela dona e devolveu os R$ 580 que estavam no meio de um holerite.

Nair tinha ido à empresa em que trabalhava com serviços gerais para receber o último pagamento. 


Quando voltava, disse ter visto um pacote estranho na sarjeta. 

"Estava andando depressa, quando olhei vi que parecia dinheiro. 

Aí voltei e peguei", contou.

As notas estavam enroladas em um comprovante de pagamento, mas Nair não quis nem abrir o pacote e foi direto atrás do dono. 


"Eu não contei, só vi o holerite, o nome da dona e não mexi no dinheiro, Do jeito que estava eu deixei".
Dinheiro estava enrolado em meio ao holerite (Foto: Ely Venancio/EPTV) 
Dinheiro estava enrolado em meio ao holerite  na rua em Mococa (Foto: Ely Venancio/EPTV)
 
 
Salário.
 

O dinheiro pertencia a Simone Reis dos Santos, que trabalha como vistoriadora de carros e que tinha acabado de receber o salário. 

Em meio à correria, ela enrolou o dinheiro no holerite e colocou no bolso de trás da calça. 

Foi embora de moto e só depois percebeu havia perdido.

"Eu entrei em desespero, procurei no meu serviço para ver se tinha caído em algum lugar. 


Aí fui na rua e refiz o trajeto para ver se eu conseguia achar e nada”, relatou.

Ao retornar ao trabalho, se surpreendeu a ver Nair com a irmã. 


A desempregada estava com o dinheiro. 

"Eu agradeci ela demais. Nos dias de hoje, na crise em que estamos, nunca imaginei que uma pessoa fosse achar e me devolver", desabafou Simone.

Para demonstrar a gratidão, Simone presenteou Nair com flores neste sábado (5). 


"Essa amizade continua e o que eu puder fazer ela pode contar comigo", disse, emocionada.

Dona Nair agradeceu e afirmou que não abre mão da honestidade. 


"Meu pai ensinou nós assim: não pega as coisas dos outros que não serve de adianto. 

Tem que trabalhar e pegar o seu dinheiro, não as coisas dos outros”, relembrou a idosa.
Simone levou flores para Nair como forma de agradecimento (Foto: Ely Venancio/EPTV)Simone levou flores para Nair como forma de agradecimento (Foto: Ely Venancio/EPTV)

sábado, setembro 05, 2015

A propina atômica do PMDB em Angra 3

A Procuradoria-Geral da República obtém evidências de que os senadores Renan Calheiros, Edison Lobão e Romero Jucá receberam propina de empreiteiras pelo contrato da usina nuclear

DIEGO ESCOSTEGUY 
 
05/09/2015 - 00h20 - Atualizado 05/09/2015 00h37 
 
(Versão reduzida da reportagem de capa de ÉPOCA desta semana)

Às vésperas das eleições do ano passado, já com a Lava Jato fazendo a República tremer, o empreiteiro Ricardo Pessôa, dono da UTC, encontrou-se com o presidente da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro. 

O almirante era o responsável pela retomada da construção da usina nuclear de Angra 3, parada desde a década de 1980. 

Naquele momento, após anos de negociações, os contratos, que somavam R$ 3,1 bilhões, estavam prestes a ser assinados com o consórcio de empreiteiras liderado por Pessôa. 

O almirante Othon, que fora indicado ao cargo pelos senadores do PMDB, foi direto: “Vocês estão muito bem qualificados, vão ganhar, então vocês vão precisar contribuir para o PMDB”. 

Estava verbalizada, mais uma vez na longa história da corrupção política do Brasil, a chamada regra do jogo – o uso criminoso da máquina pública para enriquecer políticos e empresários, mantendo ambas as partes no comando do Estado.
Capa edição 900 - A propina atômica do PMDB (Foto: Divulgação/ÉPOCA)
Até agora, sabia-se que Pessôa, que se tornou um dos principais delatores da Lava Jato, acusara Lobão de participar do esquema nas obras de Angra 3. 

Houve menções vagas, também, a negociações entre o cartel do petrolão, com Pessôa à frente, e chefes do PMDB. 

Muito do que já se conhece da delação de Pessôa, porém, restringe-se às propinas para as campanhas presidenciais do PT em 2006 (Lula), 2010 (Dilma) e 2014 (Dilma novamente), cuja investigação foi pedida sigilosamente pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki

Quase nada se sabe sobre os bastidores – e as provas – da negociação e dos pagamentos de propina das empreiteiras do consórcio de Angra 3 aos senadores do PMDB. 

Segundo as investigações, se cartel havia entre as empreiteiras, cartel havia também entre os senadores do PMDB. 

E esse cartel do Senado é o próximo alvo de Janot e sua equipe – uma caça que se desenrolará nas semanas que virão, ameaçando ainda mais a frágil estabilidade política que ainda resta no Congresso, especialmente após a dura denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também do PMDB.

Expresso: Janot encaminha ao STF pedidos para investigar propina em campanhas do PT

ÉPOCA obteve acesso ao material de caça de Janot. 

Trata-se de um conjunto de documentos das investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Polícia Federal e da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba sobre a participação dos senadores do PMDB no esquema de Angra 3 – a maioria deles, inéditos. 

A reportagem também entrevistou investigadores, parlamentares e operadores do PMDB. 

Dessa apuração, emergem os detalhes desconhecidos do caso que, até o momento, destaca com mais força o envolvimento da trinca do PMDB do Senado – o presidente da Casa, Renan Calheiros, Romero Jucá e Lobão – na Lava Jato. 

Eles já são investigados no Supremo por suspeita de participação no petrolão. 

Renan, por exemplo, será denunciado em breve num desses processos. 

No eletrolão, que mimetizava a roubalheira da Petrobras na Eletronuclear e na Eletrobras, descobre-se não somente que os três chefes do PMDB no Senado são acusados de receber propina – descobre-­se que eles negociaram o pedágio pessoalmente, sem intermediários, como homens de negócio.

Nas próximas semanas, Janot pedirá a Teori autorização para investigar Renan e Jucá no caso de Angra 3 – Lobão já é investigado. 


Entre os investigadores, as últimas semanas foram tensas. 

Muitos queriam denunciar a turma do PMDB do Senado antes da sabatina de Janot na Casa. 

Também pressionavam para que o procurador-geral pedisse logo, formalmente, a investigação contra Renan e Jucá no caso Angra 3. 

No final de julho, os delegados da PF que atuam na Lava Jato, em Brasília, cobraram Janot e sua equipe, por escrito: por que não investigar Renan e Jucá no caso Angra 3? Janot optou pela estratégia de aguardar a recondução para, em seguida, partir para o ataque à turma do Senado. 

Ele foi reconduzido há duas semanas, com tranquilidade. 

Agora, sua equipe acelera os trabalhos para preparar os torpedos contra o PMDB do Senado.

O questionamento dos delegados sobre Renan e Jucá também foi enviado ao ministro Teori. 


Eles tinham razão em reclamar. 

As provas do caso apontam igualmente para os três senadores do PMDB. 

Há quatro delações premiadas, fechadas ou em andamento, algumas conhecidas e outras sigilosas, que fornecem as principais provas do que ÉPOCA narra nesta reportagem. 

A principal é a do empreiteiro Ricardo Pessôa, que tratava diretamente com os senadores e o almirante Othon. 

Há, também, as delações de dois executivos da Camargo Corrêa: Dalton Avancini e Luiz Carlos Martins. 

Martins era o homem da Camargo no projeto Angra 3. 

Está falando aos procuradores em Brasília. 

Há, por fim, a delação de Walmir Pinheiro, diretor financeiro da UTC, o encarregado de entregar a propina aos senadores do PMDB – e a muitos outros políticos. 

Teori, até agora, ainda não homologou a delação de Walmir Pinheiro. 

Em sigilo inquebrantável estão, por enquanto, as provas de que políticos com foro recebiam propinas em contas secretas em paraísos fiscais. 

Neste caso, também, há mais delações premiadas.
Renan Calheiros  (Foto: Igor Pereira / Editora Globo e Sérgio Lima/Folhapress)
Romero Juca  (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
Edison Lobão  (Foto: Givaldo Barbosa/Agência O Globo)



Outro lado.

Os senadores do PMDB negam, veementemente, qualquer participação no eletrolão. 

Lobão disse, por meio de seu advogado: “A hipótese é completamente uma fantasia e o delator não tem nenhum compromisso com a verdade. 

Pura ficção mental”.

 Renan admitiu ter se encontrado com Pessôa – mas apenas isso. “O senador informa que esteve com o empresário mencionado. 

A doação obtida em nome do Diretório foi dentro do que prevê e permite a lei. 

O Senador agrega que jamais solicitou doações que fossem consequência de quaisquer impropriedades e que não se sente devedor de nenhum doador. 

O Senador também não conhece nenhum diretor da empresa responsável pela obra citada”, disse, em nota.

O senador Romero Jucá também negou tudo. “Não tenho conhecimento da delação e estou à disposição para prestar qualquer esclarecimento que o Ministério Público pedir. 


Não participei de nenhuma irregularidade em contratos com qualquer estatal”, disse, por meio da assessoria. 

Rodrigo Jucá não quis se pronunciar. 

O Consórcio Angramon, composto das empreiteiras que venceram os contratos de R$ 3,1 bilhões, negou qualquer irregularidade: “O Consórcio Angramon nunca efetuou nenhum pagamento de propina. 

Não podemos responder pelo que supostamente teria sido feito individualmente por qualquer pessoa ou empresa, mas podemos afirmar que todo ato relativo ao consórcio foi e está sendo executado dentro da legislação”. 

A UTC diz que não comenta casos sob investigação. Sibá Machado não retornou as ligações de ÉPOCA.

Na quinta-feira, o juiz Sergio Moro aceitou denúncia do MPF contra o almirante Othon e dirigentes das empreiteiras do cartel. 


Em sua decisão, Moro disse: “O caso é um desdobramento dos crimes de cartel, ajuste de licitação e propinas no âmbito da Petrobras, sendo identificadas provas, em cognição sumária, de que as mesmas empresas, com similar modus operandi, estariam agindo em outros contratos com a Administração Pública, aqui especificamente na Eletrobras Termonuclear S/A – Eletronuclear”. 

A regra do jogo está sob perigo.

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