Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sábado, agosto 08, 2015

Traficante Playboy é baleado e morto no Subúrbio do Rio


Celso Pinheiro Pimenta era um dos traficantes mais procurados pela polícia.
O criminoso tinha recompensa por sua captura avaliada em R$ 50 mil.

 

Do G1 Rio
 
Um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro, Celso Pinheiro Pimenta, conhecido como Playboy, morreu neste sábado (8), após ser baleado em uma operação no Morro da Pedreira, na Zona Norte. 

Condenado a 15 anos e 8 meses de reclusão por tráfico, roubo e homicídio qualificado, Playboy era foragido do Sistema Penitenciário. 

Ele tinha recompensa oferecida por sua captura, pelo Disque Denúncia, de R$ 50 mil.

A ação Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal contou com 80 policiais, carros blindados, um helicóptero e o apoio de policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil e da inteligência da PM do Rio. 

Segundo informações da Globonews, Playboy tentou fugir após a chegada dos policiais, mas ele acabou morto após um segundo confronto. 

Ele chegou a ser levado para o Hospital Geral de Bonsucesso, no Subúrbio.

O criminoso era um dos chefes do Morro da Pedreira, e o último remanescente da quadrilha de Pedro Machado Lomba Neto, o Pedro Dom, que durante anos aterrorizou moradores do Rio de Janeiro, invadindo residências para assaltar, segundo o Disque Denúncia.

Pedro Dom, um jovem de classe média que mergulhou no crime, foi morto pela polícia na Lagoa, Zona Sul, em 2005. 

Playboy atuava também na comunidade da Lagartixa, em Costa Barros, na Zona Norte.

Ainda segundo o Disque Denúncia, Playboy teria comandado o grupo de cerca de 50 criminosos de uma facção criminosa, que saíram do Caju para tomar o comando do tráfico de drogas das Vilas do João e Pinheiros, no Complexo da Maré, Zona Norte, dominadas pelo Terceiro Comando Puro (TCP).

Criminoso roubou depósito.

Entre os crimes mais ousados que teriam relação com Playboy nos últimos meses está o roubo de 193 motos de dentro de um galpão terceirizado do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), na madrugada do dia 31 de dezembro, em Fazenda Botafogo, Zona Norte.


No depósito, ficavam motos rebocadas por irregularidades. 

Cem criminosos participaram da invasão ao local, e não houve reação por parte dos funcionários do galpão porque mulheres e crianças foram usadas como escudo pelos bandidos.

O caso é investigado pela 40ª DP (Honório Gurgel), e, segundo a polícia, o assalto teria sido comandado por Playboy. 

Além de ser investigado por roubos de carros na região de Costa Barros e na Pavuna, Playboy também é suspeito de estar envolvido com a invasão de uma piscina da Vila Olímpica de Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio.
Traficante Playboy, Celso Pinheiro Pimenta, foi morto em operação policial no Rio. A recompensa oferecida por sua captura era de R$ 50 mil (Foto: Reprodução / Disque Denúncia)Traficante Playboy, Celso Pinheiro Pimenta, foi morto em operação policial no Rio. A recompensa oferecida por sua captura era de R$ 50 mil (Foto: Reprodução / Disque Denúncia)
 

Festa Rio 450 anos.

A Polícia Civil investiga ainda uma grande festa realizada na véspera do aniversário de 450 anos do Rio, em março de 2015, no Morro da Pedreira, em Costa Barros, no Subúrbio da cidade. 


E segundo investigações, a comemoração teria sido organizada por Playboy.

Na época, o secretário José Mariano Beltrame disse que não ia "valorizar marginal", a respeito da festa promovida por Playboy, e afirmou ainda que pretendia prender outro traficante, o Pezão, da VilaCruzeiro, na Penha, no Subúrbio.

"Não vou valorizar marginal. 

Esse Playboy surgiu há uns dois anos e está sendo valorizado. 

Primeiro vamos prender o Pezão, da Vila Cruzeiro. 

Temos a certeza que ele também vai ser preso. 

Já prendemos bandidos no Paraguai, no Nordeste, em todos os lados. 

Nossa meta não é prender um ou outro. 

Nossa meta é reduzir a criminalidade, como estamos fazendo em Acari, um importante núcleo de armas pra os bandidos da Zona Norte", disse Beltrame, na ocasião.


COMENTÁRIO:

Bandido bom, é bandido morto.

Valter Desiderio Barreto.

Após briga por tablet, adolescente mata avós e dois primos no Paraná

Segundo a Polícia Civil, jovem de 16 anos tem problemas psiquiátricos
Caso aconteceu em Marilândia do Sul; enterro foi neste sábado (8).

 

Luciane Cordeiro Do G1 PR
Corpos de vítimas foram enterrados neste sábado em Marilândia do Sul (Foto: Divulgação/ TN Online) 
Corpos de vítimas foram enterrados neste sábado em Marilândia do Sul (Foto: Divulgação/ TN Online)
 
 
Um crime brutal chocou os moradores da cidade de Marilândia do Sul, no norte do Paraná

Um adolescente, de 16 anos, confessou à polícia que matou os avós e dois primos, de 8 e 11 anos, na noite de quinta-feira (6), após brigar com a prima por um tablet. 

Os corpos foram encontrados na casa da família na sexta-feira (7) e enterrados na manhã deste sábado (8) no cemitério municipal.

A Polícia Civil descobriu o crime após o jovem ser apreendido com uma arma de fogo pela Polícia Militar quando saía do colégio. 

Em depoimento, o menor confessou o crime e deu detalhes de como matou parte da família.

Segundo o delegado Marcos Felipe da Rocha Rodrigues, o adolescente disse que tudo começou após se desentender com a prima de 8 anos. 

O menor agrediu a menina por causa de um tablet, a avó não gostou e repreendeu o jovem. 

Então, os dois discutiram e o menor matou a avó utilizando um martelo. Na sequência, o adolescente pegou um taco de beisebol e matou as crianças.

“O avô não estava em casa. 

Assim que chegou tentou conversar com o neto, mas o adolescente, ainda em surto, matou o avô com uma ferramenta”, detalha Marcos Rodrigues.

Rodrigues afirmou ainda que o jovem faz tratamento psiquiátrico há seis anos e parou de tomar os remédios dois dias antes de cometer os crimes. 

“Ele estava em surto psicótico quando matou os avós e os primos. 

Deixou de tomar os remédios controlados, e isso pode ter sido a causa de toda essa tragédia”, constata o delegado.

Por medida de segurança, o adolescente foi transferido para outra delegacia. 

O delegado não revelou para qual cidade ele foi levado.

Antes de serem enterrados, os corpos foram velados na Câmara Municipal de Marilândia do Sul.

Dilma confirma indicação de Janot para novo mandato à frente da PGR

Atual procurador-geral foi o mais votado no Ministério Público Federal.
Para Cardozo, presidente respeita autonomia do órgão com a escolha.

 

Do G1, em Brasília
Dilma Rousseff cumprimenta Rodrigo Janot durante cerimônia de posse de seu primeiro mandato à frente da PGR, sem setembro de 2013 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma Rousseff cumprimenta Rodrigo Janot durante cerimônia de posse de seu primeiro mandato à frente da PGR, em setembro de 2013 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

A presidente Dilma Rousseff deverá enviar na próxima segunda-feira (10) ao Senado a indicação do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para um novo mandato à frente do Ministério Público, informou neste sábado (8) o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. 

A informação foi antecipada pelo Blog da Cristiana Lôbo nesta sexta.

A recondução de Janot depende agora de sua aprovação por ao menos 41 dos 81 senadores da Casa. 


Antes, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deverá marcar uma sabatina com o indicado, antes de submeter seu nome ao plenário.

A presidente se reuniu nesta manhã com Cardozo e com o próprio Janot, no Palácio da Alvorada, para comunicar sua decisão. 


Há dois anos no cargo, Janot foi o mais votado numa consulta interna realizada entre membros do Ministério Público Federal para permanecer no cargo até 2017.

Em entrevista após a reunião, José Eduardo Cardozo afirmou que a escolha de Dilma reflete respeito pela autonomia do Ministério Público.


"O governo pensa que o Ministério Público deve atuar com autonomia. 

Pensa que a Constituição Federal garantiu a liberdade investigatória àqueles que devem atuar nesta área. 

É evidente que não podemos jamais condenar pessoas sem que seja assegurado o direito ao contraditório e ampla defesa, também estabelecidos na Constituição. 

Mas as instituições do Brasil, na medida em que a Constituição estabelece essas prerrogativas, devem funcionar e funcionar com eficiência e autonomia, é o que está assegurado na Constituição Federal", disse.
A votação foi realizada na última quarta (5) pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). 

Janot obteve 799 votos, ficando à frente dos outros candidatos, os subprocuradores-gerais Mario Bonsaglia (que obteve 462 votos), Raquel Elias Ferreira Dodge (402 votos) e Carlos Frederico Santos (217).

Saiba mais:
 
Apoio de Renan.

Segundo o Blog da Cristiana Lôbo, Dilma ouviu da base governista a promessa de que a indicação será aprovada pela Casa, inclusive com o apoio do PMDB do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).


Renan é um dos 48 políticos investigados pelo procurador-geral na Operação Lava Jato. 

Em março, o peemedebista criticou publicamente o chefe do Ministério Público por não tê-lo ouvido antes de solicitar abertura de inquérito para investigá-lo.

A expectativa em Brasília é que Janot apresentará nas próximas semanas, ao Supremo Tribunal Federal, as denúncias de políticos com foro privilegiado suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Entre os denunciados podem estar senadores que irão decidir se Janot poderá ser reconduzido ao cargo.

O é um dos 48 políticos investigados pelo procurador-geral na Operação Lava Jato.

Em março, o peemedebista criticou publicamente o chefe do Ministério Público por não tê-lo ouvido antes de solicitar abertura de inquérito para investigá-lo.

A expectativa em Brasília é que Janot apresentará nas próximas semanas, ao Supremo Tribunal Federal, as denúncias de políticos com foro privilegiado suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras. 

Entre os denunciados podem estar senadores que irão decidir se Janot poderá ser reconduzido ao cargo.

Prisões de irmão de Dirceu e mais 2 são prorrogadas na Lava Jato


Grupo foi preso na 17ª fase da operação e está detido na PF em Curitiba.
Irmão de José Dirceu admitiu que recebia R$ 30 mil por mês de lobista.

 

Do G1, em São Paulo
 
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, prorrogou por mais cinco dias, nesta sexta-feira (7), as prisões temporárias de Roberto Marques, ex-assessor do ex-ministro José Dirceu; de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de Dirceu, e de Pablo Alejandro Kipersmit, ex-sócio de Dirceu na JD Assessoria e Consultoria. 

O grupo está detido na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) desde segunda-feira (3).
O irmão do ex-ministro José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, chega ao IML de Curitiba (PR) para realizar exame de corpo de delito (Foto: Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo) 
O irmão do ex-ministro José Dirceu, Luiz Eduardo, preso na 17ª fase da Lava Jato (Foto: Paulo Lisboa/ Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)
 

(Correção: esta reportagem errou ao informar que Roberto Marques informou em depoimento ter recebido valores por 35 meses. Na verdade, foram 5 meses, segundo despacho de Sergio Moro. A informação foi corrigida.)

A atual fase da Lava Jato, batizada de "Pixuleco" (apelido para propina), investiga um esquema de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. 

O foco são irregularidades em contratos com empresas terceirizadas.

"A medida, por evidente, não tem por objetivo forçar confissões. 

Querendo, poderão os investigados permanecer em silêncio durante o período da prisão, sem qualquer prejuízo a sua defesa", escreveu o juiz no despacho.

Prisões prorrogadas.

No despacho, o juiz Sergio Moro diz que Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu, admitiu à Polícia Federal que recebia pagamentos mensais de R$ 30 mil em dinheiro, em espécie, do lobista Milton Pascowitch. 


Ele afirmou, porém, que desconhecia a origem do dinheiro ou o motivo dos pagamentos, conforme o despacho.

"Também admitiu aparentemente que pagamentos efetuados por empreiteiras após a condenação de José Dirceu não teriam sido efetuados a título de consultoria, como anteriormente afirmava a empresa JD em sua defesa, mas a título de "auxílio".", cita o juiz.

Roberto Marques, que foi assessor de Dirceu, também admitiu à PF que recebia R$ 30 mil por mês, em espécie, do escritório de José Dirceu. 

Os pagamentos eram feitos a título de "ajuda financeira", segundo o depoimento, e duraram 5 meses. 

Ele negou relação com os crimes.
Com relação a Kiepersmit, presidente da Consist Software, a PF relatou que apreendeu material que permitiu concluir que as empresas do Grupo Consist pagaram mais de R$ 15 milhões em contratos com a JAMP - empresa de Pascowitch. 

"Pablo Alejandro Kiepersmit confirmou o contrato com a JAMP e Milton Pascowitch, mas, aparentemente não conseguiu explicar os serviços contratados pela JAMP", diz o juiz.

Para justificar a prorrogação das três prisões, Sergio Moro afirmou que é preciso que sejam feitos mais exames de materiais apreendidos, e investigações "sem perturbação da prova".

Liberados.

Moro decidiu não prorrogar a temporária de outros dois investigados: Olavo Hourneaux de Moura Filho e Júlio Cesar dos Santos. Eles podem deixar a prisão assim que os alvarás de soltura, já expedidos, sejam apresentados à autoridade policial. 


Eles estão proibidos de viajar ao exterior, sob pena de ter uma prisão preventiva decretada.

Na decisão, Moro cita depoimento de Olavo Horneaux de Moura Filho em que ele admite ter recebido pagamentos de Milton Pascowitch, e que levou pedidos da empresa Hope para que José Dirceu auxiliasse a empresa com sua inluência política. 

No entanto, o juiz afirma que mesmo a PF não considerou necessária a prorrogação da prisão.

Ainda conforme o juiz, Julio Cesar Santos confessou que utilizou uma empresa para ocultar dois imóveis de José Dirceu. 

No entanto, Moro considerou o suspeito com "papel menor no grupo criminoso, com o que a prorrogação da temporária não é necessária".

Já com relação às prisões prorrogadas, Sergio Moro justificou a decisão para que sejam feitos mais exames de materiais apreendidos, e investigações "sem perturbação da prova".

Entre os presos nesta fase estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que cumpre prisão preventiva. 

Segundo as investigações, ele teria participado da instituição do esquema de corrupção na estatal quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. 

O advogado do ex-ministro nega irregularidades e diz que a prisão tem "justificativa política".
As prisões temporárias prorrogadas são de:

Luiz Eduardo de Oliveira e Silva – irmão de José Dirceu e sócio dele na JD Consultoria. 


É suspeito de ir até empresas para pedir valores para o esquema de corrupção. 

A JD é suspeita de receber R$ 39 milhões por serviços que não foram feitos.

Roberto Marques - ex-assessor de Dirceu. Segundo a delação de Milton Pascowitch, ele recebia dinheiro e controlava despesas de Dirceu no esquema de corrupção.


Pablo Alejandro Kipersmit – presidente da Consist Software. 

Segundo Pascowitch, a empresa simulou contrato de prestação de consultoria com a Jamp Engenheiros, com a finalidade de repassar dinheiro ao PT através de João Vaccari Neto.

Prisões temporárias não prorrogadas:

Júlio Cesar dos Santos – foi sócio minoritário da JD Consultoria até 2013. 

Uma empresa no nome dele é dona de um imóvel em Vinhedo que Dirceu usava como escritório. 

O imóvel foi reformado como contrapartida da participação de Dirceu no esquema, segundo Pascowitch.
 
Olavo Hourneaux de Moura Filho – irmão de Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, ele é suspeito de receber quase R$ 300 mil do esquema de corrupção para o irmão.
 
Presos que cumprem prisão preventiva e que não têm prazo para deixar a prisão:
José Dirceu - ex-ministro da Casa Civil e suspeito de receber propinas mesmo após o julgamento do mensalão.

Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura – lobista suspeito de representar José Dirceu na Petrobras, é apontado pelo MPF como responsável pela indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços da estatal.

Celso Araripe – gerente da Petrobras, denunciado na 14ª fase da Lava Jato. 


É acusado de receber propina para providenciar aditivos em contrato da Odebrecht com a estatal.

Petição.

Nesta sexta, o advogado Roberto Podval pediu para o juiz Sérgio Moro não prorrogar a prisão temporária de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva. 


Ele argumentou que o irmão de Dirceu já contribuiu "com tudo o que tinha que contribuir".

Ricardo Paes de Barros: “A crise da educação é mais grave do que a da pobreza”


O economista liberal, um dos pais do Bolsa Família, diz que o Plano Nacional de Educação é pouco ambicioso e critica o preconceito no governo contra o setor privado

FLÁVIA YURI OSHIMA E GUILHERME EVELIN 
 
Um dos maiores especialistas do mundo em pobreza e desigualdade abraçou outra causa. Um dos formuladores dos programas de combate à pobreza, ainda nos tempos do governo Fernando Henrique, Ricardo Paes de Barros deixou o governo Dilma neste ano e agora se debruça sobre políticas públicas para a educação, como economista-chefe do Instituto Ayrton Senna. PB, como é chamado, é engenheiro do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), tem mestrado em estatística, doutorado e pós-doutorado em economia pela Universidade de Chicago – templo do pensamento liberal – e pela Universidade Yale, ambas nos Estados Unidos. 

Hoje usa suas habilidades com números e o conhecimento que adquiriu ao longo de 40 anos de estudos sobre a sociedade brasileira para avaliar as políticas de maior alcance, com menor custo, na educação brasileira. Na entrevista a seguir, fala sobre o Plano Nacional de Educação, o impacto da desigualdade no aprendizado e sobre quanto a ideologia atrapalha o país.
O economista Ricardo Paes de Barros  (Foto: Ricardo Correa/ÉPOCA)
 



ÉPOCA – O problema da educação é falta de dinheiro ou de gestão?
Ricardo Paes de Barros – A meta é investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2024. 


Nenhum outro país coloca tanto dinheiro na área. Mas o Brasil tem a educação típica de um país que tem metade da renda per capita brasileira; está 25 anos atrás do Chile e tem apenas metade dos jovens cursando o ensino médio na idade certa. São problemas graves. Então, se pedirem 10% do PIB para mexer na educação, acho que a sociedade brasileira deve dar. Mas deve dar sob a condição de garantir que a situação mudará, com um plano sério, bem explicado, com metas.

>> Renato Janine Ribeiro: "As greves prejudicam os mais vulneráveis"
ÉPOCA – Esse seria o objetivo do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou a vigorar neste ano. Qual sua opinião sobre ele?

Paes de Barros – As metas do PNE são muito pouco ambiciosas para quem quer realmente dar um salto na área. Elas não botam o Brasil no mapa do mundo da educação mesmo que consigamos cumprir todas. Faltam no PNE evidências sobre a eficácia das ações que mudarão para melhor o cenário do país. O MEC tem de dizer: “Pegaremos esse dinheiro, faremos isso com ele e entregaremos este resultado. E se, no meio do caminho, não chegarmos lá, acionaremos uma outra coisa, que funcionará assim, custará tanto e produzirá tal efeito”.

ÉPOCA – No ponto em que o Brasil está hoje, cuidar da educação é mais importante que cuidar da pobreza?

Paes de Barros – Em 2000, a gente tinha 15% da população  extremamente pobre e 12% de analfabetos. Todo mundo acreditava que reduziríamos os analfabetos rapidamente porque o problema era focalizado e todos sabiam como fazer. Acreditavam que seria complexo reduzir a pobreza. No fim, a gente pegou aqueles 15% de pobres e rapidamente os levamos a 3%. E o analfabetismo ainda está em 9%. Hoje nossa revelada incompetência em melhorar em educação torna o problema mais desafiante e mais importante. Já temos uma política social supercapaz de atacar a miséria, mas os problemas da educação atingem muito mais gente do que a pobreza.

ÉPOCA – O que o senhor faria se estivesse no Ministério da Educação?
Paes de Barros – Cuidaria da difusão de melhores práticas. Num mesmo bairro temos escolas com nota 6 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é uma boa nota, e outras com Ideb 3, que é péssima. Isso não faz sentido. Se uma empresa inventar uma coisa bacana, o que a concorrência fará? Copiará. Por que a escola de Ideb 3 não copia a vizinha de Ideb 6? 


A questão é que criamos um sistema de educação que não é público, é estatal, e não tem nenhuma dinâmica.  O sucesso do Bolsa Família tem muito a ver com isso. No fundo, quem faz todo o trabalho do Bolsa Família ser um negócio focalizado é o município, porque quem escolhe quem será cadastrado é ele. Vários municípios copiam as experiências dos outros, e o Bolsa Família funciona bem em todo o país.
ÉPOCA – Essas boas práticas em educação não se disseminam por causa das desigualdades regionais?

Paes de Barros – Acho que não é esse o problema. O desempenho agregado de Pernambuco, Goiás e Rio de Janeiro em educação, na última década, é muito melhor que do resto do país. São Estados completamente diferentes. Agora, me diga por que o Espírito Santo não é igual ao Rio de Janeiro? Se Goiás fez, por que Tocantins e Mato Grosso não fizeram? Por que os municípios vizinhos a Sobral, no Ceará (outro caso de sucesso em educação), não vão lá entender o que eles fizeram para ter as melhores notas do Estado no ensino público?

"Não testamos  as escolas charter,  que misturam verba pública e privada, por discriminação contra o setor privado” (Foto: Melanie Stetson Freeman/The Christian Science Monitor)
ÉPOCA – E quanto a condição social influencia nessas disparidades na educação?

Paes de Barros – Muito mais do que deveria. Essa é uma das coisas que a gente deveria cobrar do governo. Esse é um ponto que está muito pouco contemplado no Plano Nacional da Educação. É absurdo que o aprendizado de uma criança esteja condicionado ao lugar em que ela vive, ao fato de ela ser pobre ou rica, branca ou negra. O sistema educacional brasileiro permite que essas características tenham um impacto gigantesco no aprendizado do aluno. Isso é uma fonte de desigualdade de oportunidade absurda, que alimentará uma desigualdade ainda maior no futuro.


ÉPOCA – O que pode ser feito para resolver esse problema?
Paes de Barros – Se for bem planejada e bem implementada, a educação de tempo integral pode reduzir essa desigualdade. Ela pode dar ao aluno mais pobre aquilo que uma família em melhores condições oferece para uma criança e que tem tanto impacto positivo no aprendizado. Se numa família mais rica a criança tem acesso a um lugar iluminado e tranquilo para estudar, é isso que a escola tem de ter. 


A escola tem de desenhar mecanismos para tornar a educação mais independente do ambiente familiar. Tem de dizer para o pai: eu só preciso que o senhor faça a criança dormir cedo, faça ela se alimentar bem e seja carinhoso e encorajador. Não adianta pedir para o pai estudar com ele, para fazer pesquisas em livros a que ele não tem acesso. É preciso cuidar também da autoeficácia. O aluno bom é aquele que acredita que é capaz de aprender. O aluno confiante que tem um professor que acredita nele vai aprender muito mais.

ÉPOCA – O senhor é um entusiasta da ideia de que os esforços de educação devem ser concentrados nos primeiros anos de vida da criança. A principal meta do governo para a primeira infância é a criação de milhares de creches. É o caminho certo?

Paes de Barros – Essa é uma questão importante e muito complexa. A creche não é a solução para todas as crianças. Mães e pais, em suas casas, com suporte do Estado, com atendimento médico, podem promover o desenvolvimento fantástico da criança. Um exemplo é o Primeira Infância Melhor, do Rio Grande do Sul. 


É um programa de visitação domiciliar, de um profissional que vai observar a criança e dar orientação para a família de como cuidar dela. O plano do governo diz que, daqui a dez anos, teremos 50% das crianças nas creches. Mas o que precisamos é de um plano que cuide de 100% das crianças aqui e agora. Precisamos de um programa em que os agentes de saúde olhem pelo desenvolvimento das crianças e orientem as famílias. Ninguém no mundo cuidou da primeira infância colocando todas as crianças em  creches de tempo integral.  

A creche é uma resposta para as crianças pequenas de mães pobres que trabalham. Para esse público,  é uma opção eficaz. A creche aumenta mais a renda da família que o Bolsa Família. E faz isso de forma autônoma. Agora, existe um problema com as creches no Brasil que chega a ser uma maluquice: a maior parte das creches públicas é usada por mães que não trabalham. 

Existe hoje espaço nas creches brasileiras para abrigar a vasta maioria das mães pobres que trabalham. Mas não se dá prioridade a elas. O Ministério Público diz que o direito à creche é universal. Ocorre que quem tem tempo para pegar a fila da creche, quem vai lá no Ministério Público reclamar que quer creche, é a mãe que não trabalha. A política de creches deveria ser focalizada em quem precisa.

ÉPOCA – Na criação do Bolsa Família, houve resistência de setores do governo Lula ao programa por se tratar de uma política focalizada, considerada neoliberal por eles. Ainda há preconceito contra as políticas de focalização?


Paes de Barros – Esse debate sobre a focalização foi superado. O que continua a existir é uma coisa discriminatória contra o setor privado. A educação claramente discrimina a universidade privada diante da pública, como se, por definição, algo estatal fosse melhor do que o privado. O programa nacional de alfabetização, por exemplo, tem de ser com as universidades públicas, e não com as privadas. Por quê? É pura discriminação – e ela tem de ser contestada. Há a ideia de que privatizar parte da educação é mercantilizar o setor. 


Esse é o grande nó dos serviços públicos do Brasil. Na educação essa mentalidade é brutal e representa um grande problema. Não se pode usar o Fundeb (fundo de financiamento para a educação básica) para contratar uma rede de escolas de educação média para prover os serviços de um Estado. Um Estado poderia gastar menos contratando uma rede de ensino particular. Ele não se preocuparia com infraestrutura, nem com o quadro de docentes. O foco do Estado seria o controle da qualidade do ensino. Isso economizaria dinheiro e dor de cabeça. Imagina isso no Estado de São Paulo, que tem mais de 200 mil professores. 

As Organizações Sociais (OS) deram certo na saúde. Mas não se pode usar OS na educação. Não podemos testar o modelo de charters schools no Brasil, que são escolas privadas pagas em parte pelo governo e gratuitas para a população. Na Colômbia estão fazendo isso. A Suécia está se livrando de todas as escolas públicas. O país paga para a rede privada prover o estudo. Para a família é gratuito – e só o que importa é a qualidade.
"Os municípios  se ajudaram para tornar o Bolsa Família eficiente.  O mesmo pode  ser feito  em educação”  (Foto: Mario Bittencourt/Folhapress)
ÉPOCA – Apesar da discriminação contra o setor privado, o Bolsa Família, formulado por liberais como o senhor, se transformou em uma vitrine dos governos do PT. O senhor se ressente por isso?
Paes de Barros – Não tenho problema nenhum com essa apropriação. Na verdade, é o contrário. Eu gostaria que eles tivessem se apropriado de outras ideias minhas. Foi um privilégio poder ter contribuído de alguma forma com a mudança social que ocorreu nos últimos anos. 


O presidente Lula fez coisas surpreendentes nesse sentido. Ele tem o mérito fantástico de ter escutado os caras mais variados da face da terra. Saiu copiando ideia de tudo que é lugar, coisas dramaticamente diferentes, filosófica e ideologicamente contrárias. O ProUni, que concede bolsas de estudo em rede privada, e o ReUni, que é a expansão das universidades públicas, são contradições frontais. O Fernando Henrique escolheria um dos dois, nunca faria os dois. O Lula não tinha muita ideologia. 

Ele tinha um senso prático e uma vontade de melhorar a vida das pessoas. Se você me perguntar por que a desigualdade caiu no Brasil, direi que não sei a razão e que isso é ótimo. Quando se sabe o motivo do crescimento econômico, isso significa que ele não será sustentável. Não tem nenhuma indústria que mantenha o crescimento de um país por um longo período. Quando é algo espalhado, misturado, que não dá para dizer que foi A, B ou C, é positivo, porque foi algo que aconteceu em todos os setores, por todo o país.
ÉPOCA –  Quais das suas ideias o senhor se ressente por não terem sido implementadas?

Paes de Barros – A principal foi a da junção de toda a política de transferência. Unir o seguro-desemprego com o Bolsa Família. Hoje, o beneficiário que conseguir um emprego formal perde o direito ao benefício. Se ele perder o emprego, não o ganha de volta. A gente tem de construir um sistema que junte isso tudo num programa que estimule o trabalho e a formalização. Da forma como está, ele desestimula o cidadão a ser formal, ou a voltar a trabalhar. Passei o último governo inteiro tentando emplacar esse plano, mas não fui ouvido. Desenvolvi outro programa para a população isolada na área de fronteira do país que garante a permanência nessa faixa. Temos 600 mil pessoas lá. Na próxima geração, não teremos ninguém. Isso será um problemão para o Brasil.


ÉPOCA – Tivemos vários ganhos na redução de desigualdade nos últimos 20 anos. Essas conquistas estão em risco com a crise que o país está vivendo agora?
Paes de Barros – Os ganhos sociais são muito sólidos. Não acho que corremos muito risco. A crise que temos é inventada por nós mesmos. Não temos crise por causa de desastre natural, ou alguma doença, ou algum inimigo que causou alguma coisa.  


É um desarranjo institucional. Fomos muito desorganizados, gastamos mais do que tínhamos. Dado isso, essa crise teria tudo para ser de curta duração. Seria o caso de chamar todo mundo, organizar e proteger a renda dos mais pobres. Metade da população brasileira tem menos de 20% da renda brasileira. É fácil proteger 20% da renda brasileira. Porque se a renda brasileira precisar cair 4%, basta os outros 80% perderem 5% que a renda dos mais pobres não precisa cair nada. 

Num país com uma política social poderosa como a do Brasil, dá para blindar os pobres. Para isso precisamos de um corte orçamentário cuidadoso. Agora, estamos caminhando para a direção errada. Fizemos cortes toscos, no abono salarial e no seguro-desemprego, que poderiam ser alterados de outra forma. E transformamos uma crise que poderia ser de curta duração em algo de média duração. Falta coesão e uma liderança que junte todo mundo em torno de uma mesa para fazer um ajuste sério. Hoje é como se estivéssemos numa enchente desastrosa, com água até o joelho, e a oposição quer sentar numa mesa boiando na enchente para discutir quem é o culpado, em vez de correr para escoar a água.

Ex-skinhead matou tia com golpe de jiu-jítsu e usou facão para cortar corpo

Guilherme Oliveira teria esquartejado Kely Oliveira em oito partes em junho.
Preso, rapaz confessou crime em conversa informal com policiais em SP.

 

Kleber Tomaz Do G1 São Paulo
Guilherme Lozano Oliveira deu um golpe de jiu-jitsu para matar a tia, Kely de Oliveira (no detalhe da foto), e depois esquartejá-la em ao menos oito partes, segundo a Polícia Civil (Foto: Fotomontagem: Reprodução/ TV Globo)Guilherme Lozano Oliveira deu um golpe de jiu-jítsu para matar a tia, Kely de Oliveira (no detalhe), e depois esquartejá-la em ao menos oito partes, segundo a Polícia Civil (Foto: Reprodução/ TV Globo)
 

Praticante de jiu-jítsu, o ex-skinhead Guilherme Lozano Oliveira, de 22 anos, matou a tia, a professora Kely Cristina de Oliveira, de 44, com um golpe de arte marcial chamado ‘mata-leão’ – o braço em torno do pescoço imobiliza e sufoca a vítima. 

O crime teria ocorrido após uma discussão.

Guilherme usou um facão para esquartejar o corpo da tia em ao menos oito partes. 

Ele colocou a cabeça, as pernas, as coxas e o tronco em uma mala e em sacos plásticos para guardá-los no freezer de uma geladeira do apartamento onde moravam, na Zona Norte de São Paulo. 

Os braços teriam sido jogados numa área de mata em Itapevi, Grande São Paulo. 

O corpo da vítima ainda não foi sepultado.

Saiba mais:

As descrições acima foram feitas nesta sexta-feira (7) ao G1 por policiais civis que investigam o desempregado, preso dois dias antes pela Polícia Militar (PM) por suspeita de ocultação de cadáver e desobediência.

Pai desconfiou.
 
O assassinato teria ocorrido entre junho e julho, mas o crime só foi descoberto porque o pai de Guilherme, o aposentado Marco Antonio Oliveira, pediu para policiais militares abordarem o filho na noite de quarta-feira (5). 


Ele desconfiava que o rapaz pudesse estar envolvido no desaparecimento da tia.

Guilherme ainda tentou fugir da PM com seu carro, mas bateu o veículo num poste e foi detido.

De acordo com o delegado Milton Gomes de Oliveira, do 39º Distrito Policial (DP), Vila Gustavo, Guilherme confessou o assassinato da tia numa conversa informal com policiais militares e civis. 

Como o rapaz foi preso em flagrante, a prisão foi convertida em preventiva pela Justiça para que ele fique retido até um eventual julgamento, disse o delegado.

“Nesta sexta-feira ele deverá ser interrogado”, afirmou Milton Gomes, que pretende indiciar o rapaz por homicídio doloso qualificado por motivo fútil. 

"Toda a descrição do crime que ele relatou informalmente à polícia precisa estar no papel agora para que ele possa ser indiciado e responsabilizado pelo que fez".

A equipe de reportagem não conseguiu entrar em contato com Guilherme, que estava detido na carceragem do 8º DP, Brás. 

Não há confirmação se ele constituiu advogado para defendê-lo. 

Até a publicação desta reportagem, o suspeito não havia sido interrogado.
Apartamento onde ocorreu o crime (Foto: Reprodução/TV Globo) 
Apartamento onde ocorreu o crime
(Foto: Reprodução/TV Globo)
 
 
'Mata-leão'.
 
"Na conversa que tivemos com ele, o rapaz falou que não é mais skinhead, que teve uma discussão boba com a tia. 


Como ela seria bipolar e teria ataques nervosos, ele resolveu segurá-la para ela parar de bater nele, mas não tinha intenção de matá-la", disse o delegado.

"Guilherme contou que tudo não passou de um acidente. 

Ele, que mede 1,90 m, falou que, como é praticante de jiu-jítsu, deu um 'mata-leão' nela, que é aquela gravata no pescoço. 

Falou que usou força desproporcional e ela perdeu os sentidos. 

Depois percebeu que a mulher havia morrido", afirmou Milton Gomes.

Em seguida, o delegado contou que Guilherme disse aos policiais que se desesperou e ficou arrependido do que havia feito a tia. 

"Passou a tomar bebidas alcoólicas e no dia seguinte decidiu esquartejá-la".

Partes do corpo na mala.
 
O G1 teve acesso a fotos feitas pela investigação dentro do apartamento onde sobrinho e tia moravam, divulgadas nesta reportagem. 


O imóvel fica na Rua Acapuzinho, na Vila Medeiros. 

Para fazer o corpo caber na geladeira, Guilherme retirou as prateleiras. 

O tronco da tia foi colocado dentro de uma mala.

A perícia do Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência da Polícia Técnico-Científica realizou exames nas partes do corpo de Kelly para determinar a causa da sua morte. 

Está sendo apurado se a tia foi asfixiada ou teve o pescoço quebrado.
Mala apreendida pela polícia: tronco de Kely Oliveira foi deixado dentro e colocado em geladeira (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Mala apreendida pela polícia onde o tronco de Kely foi guardado na geladeira (Foto: Divulgação/Polícia Civil)


Equipes do 39º DP foram a Itapevi, onde Guilherme informou ter jogado os braços da tia, mas não encontraram nada e decidiram retomar as buscas nesta sexta-feira. 

Até esta tarde, o corpo dela ainda não havia sido liberado para ser sepultado.

Procurado pela equipe de reportagem para comentar o assunto, o pai do ex-skinhead disse que não tinha condições de falar.

"Não vou me pronunciar agora", afirmou Marco, que deverá prestar depoimento na polícia na próxima semana.

Morte de punk em 2011.
 
Essa não é a primeira vez que Guilherme é envolvido num crime. 


No ano passado, ele havia sido condenado pela Justiça a 15 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de um punk, morto a facadas em 2011, também em São Paulo. 

O desempregado foi acusado de esfaquear e matar Johni Raoni Falcão Galanciak, de 25 anos.

O crime ocorreu no dia 3 de setembro de 2011, durante briga de gangues na Rua Cardeal Arcoverde, em frente ao Carioca Club, em Pinheiros, na Zona Oeste.

Guilherme foi condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel). 

Como respondia ao processo em liberdade, ele não foi para a prisão enquanto recorria da sentença.

Ainda naquela ocasião, outro skinhead, Fábio dos Santos Medeiros, então com 21 anos, ficou ferido no confronto. 


A confusão entre os grupos rivais de punks e skinheads ocorreu em frente ao Carioca Club pouco antes da apresentação da banda de punk rock inglês Cock Sparrer.

Câmeras de segurança gravaram o conflito e ajudaram na identificação dos envolvidos na confusão.

A advogada Marlene Maria Marra, que defendeu Guilherme no julgamento do punk, e não atua mais em sua defesa, foi procurada pelo G1 e afirmou que o pai do ex-skinhead "está muito abalado".
Carro usado por sobrinho suspeito de matar tia (Foto: EDU SILVA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)Carro usado por sobrinho suspeito de matar tia (Foto: Edu Silv/Futura Press/Estadão Conteúdo)

Advogado é preso em SP acusado de integrar esquema milionário na ALMT

Advogado fujão Júlio Cesar Domingues Rodrigues

Imagem do Google.

 

Denunciado na operação 'Ventríloquo' estava foragido desde 1º de julho. Segundo MP, ele planejou fraude de R$ 10 milhões nos cofres da ALMT.

 

Do G1 MT


Assembleia Legislativa de MT realizou concurso público em 2013. (Foto: Fablício Rodrigues / ALMT) 
ALMT foi alvo de esquema de desvio por meio de fraude. (Foto: Fablício Rodrigues/ALMT)
Apontado como mentor de uma fraude de R$ 10 milhões na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o advogado Júlio César Domingues Rodrigues foi preso nesta sexta-feira (7) no estado de São Paulo após mais de um mês foragido. 

A prisão foi divulgada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga o esquema de fraude na operação Ventríloquo. 

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do investigado para comentar a prisão e as acusações contra ele.

A operação também resultou na prisão do ex-deputado estadual José Riva (PSD) e do ex-secretário-geral da ALMT, Luiz Márcio Bastos Pommot. 

O ex-parlamentar já se encontra em liberdade, mas o ex-secretário, que continua como servidor, segue preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). 

A prisão e as acusações do Ministério Público (MP) não impediram Pommot de ser beneficiado, no último dia 4, com licença prêmio pelo período de nove meses.

De acordo com o Gaeco, que emitiu nota nesta sexta-feira sobre o cumprimento de mandado de prisão cumprido em São Paulo, o advogado Júlio César Domingues Rodrigues ainda deverá ser transferido para Cuiabá no mesmo dia.

Saiba mais:
Assim como Riva, Pommot e o procurador legislativo Anderson Flávio de Godoi, o advogado preso nesta sexta-feira é acusado dos crimes de peculato, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. 

Dos quatro, apenas o procurador não teve mandado de prisão expedido pela Justiça na operação Ventríloquo.

Segundo o MP, Júlio César Domingues Rodrigues foi um dos mentores da fraude na ALMT por ter enxergado em uma dívida de mais de R$ 9 milhões da Casa com uma instituição bancária a oportunidade para desvio de dinheiro entre 2013 e 2014.

A dívida se referia a seguros contratados pela ALMT para seus servidores junto ao banco. Entretanto, após vários anos, a dívida já era objeto de disputa judicial e o banco já não tinha perspectiva de receber o valor integral.

O MP relatou que Rodrigues atuava como lobista e articulou um acordo para que a ALMT pagasse a dívida com a instituição bancária, no valor de R$ 5 milhões. 

O pagamento, entrentanto, seria feito no valor integral e corrigido, chegando a R$ 10 milhões, mas o excedente seria desviado para contas indicadas. 

Ou seja, na prática a ALMT pagaria indevidamente parte da dívida que tinha com o banco e teria desviados recursos equivalentes a 50% do valor da dívida integral.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...