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quinta-feira, janeiro 29, 2015

Quero ajudar meu povo, diz índia aprovada em medicina em duas federais

Celso Bejarano

Do UOL, em Campo Grande (MS)
Dara Ramires Lemes mora na aldeia Te'yi Kuê, em Caarapó (MS), e foi aprovada em medicina em duas universidades públicas 
Dara Ramires Lemes mora na aldeia Te'yi Kuê, em Caarapó (MS), e foi aprovada em medicina em duas universidades públicas.
 
Moradora da aldeia Te'yi Kuê, nos arredores de Caarapó (a 274 quilômetros de Campo Grande), Dara Ramires Lemes, 19, tem motivos de sobra para comemorar: a guarani- kaiowá foi aprovada em medicina em duas universidades públicas, a UFScar (Universidade Federal de São Carlos) e a UFSM (Universidade Federal de Santa Maria).

Nas duas instituições, Dara ficou em primeiro lugar entre os candidatos que disputavam uma vaga pelo sistema de cotas. 

Decidiu pela universidade gaúcha, onde eram 121 candidatos para apenas duas vagas.

Desde os sete anos, ela sonha em ser médica para cuidar de seu povo. "Esse é um dos meus objetivos, ajudar minha comunidade, mas também pretendo trabalhar em outros lugares. 

Montar um consultório, quem sabe", diz a estudante, que vai morar no alojamento da universidade. 

Filha de uma professora e de um comerciante, a indígena foi alfabetizada aos 4 anos e estudou o ensino fundamental e o médio em escolas públicas na aldeia onde vivem cerca de 5.000 índios. 

A região, assim como outras reservas indígenas do sul de MS, enfrenta sérios problemas, como altas taxas de homicídio, suicídio e disputas de terra entre índios e fazendeiros.

Rotina de estudos

Aos 17 anos, Dara tentou ingressar na faculdade de medicina, mas não foi aprovada. 

Decidiu então entrar em um cursinho pré-vestibular particular.

"Eu queria estudar integralmente, mas o custo era alto demais para minha família. 

Com isso, resolvi fazer só o [cursinho] noturno. 

Tive que me esforçar em dobro. 

Pelo cursinho noturno meu pai pagava R$ 290 por mês, fora o ônibus [deslocamento de 50 km de distância da aldeia]. 

Embora fosse caríssimo, garanti ao meu pai que, se ele pagasse, eu iria passar. 

Ele e minha mãe me apoiaram. 

E graças a Deus deu tudo certo", disse Dara, que tem mais três irmãos.

"Estudava até 10 horas por dia intercaladamente. 

Meu pai tem uma venda na aldeia e eu cuidava para ele. 

Quando não vinha ninguém, eu estudava. 

Fazia muitos exercícios por dia, simulados e via bastante vídeo-aula no Youtube. 

Não perdia tempo. 

Se sobravam 10 minutos, para mim era lucro. 

Quando não entendia alguma matéria, eu estudava de madrugada depois do cursinho", diz a estudante. 

Arquivo Pessoal
Dara jogou no Atlético Mineiro antes de ser aprovada em medicina em duas federais

Jogadora de futebol

O sonho de ser médica, quase foi deixado de lado por outra ambição, a de ser jogadora de futebol. "Amo esse esporte. 

Joguei no Atlético Mineiro quando tinha 16 anos. 

Joguei a Copa do Brasil Feminino, Copa Mineiro, taça BH e outros torneios. 

Jogava de meia-atacante, meia-direita e às vezes de volante (apesar de odiar essa posição)", diz Dara, que chegou a mudar para Minas Gerais.

Decepcionada com a vida de atleta, ela resolveu voltar a morar em Caarapó e seguir em busca da medicina. 

"Eu tinha que estudar, e não dava para conciliar futebol e o sonho de ser médica, então desisti e tornei esse esporte um hobby", disse Dara, que é torcedora do Corinthians.

RJ volta atrás e confirma meta olímpica de limpeza da Baía de Guanabara

Vinicius Konchinski*

Do UOL, no Rio de Janeiro
Ana Carolina Fernandes/The New York Times Lixo acumula-se na beira da Baía de Guanabara, local de competição da Rio-2016
Lixo acumula-se na beira da Baía de Guanabara, local de competição da Rio-2016


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Quer levar a tocha olímpica? 
 
Empresas já preparam seleção de interessados. 

Coca, Nissan e Bradesco pagam R$ 500 mil por patrocínio da tocha olímpica.
Tocha Olímpica passará por 250 cidades 100 dias antes da Rio-2016
 
Linha 4 fica pronta antes dos Jogos e sem gastos extras, garante secretário.
O governo do Rio de Janeiro voltou atrás e ratificou nesta quinta-feira (29) seu compromisso de limpar a Baía de Guanabara para a Olimpíada de 2016. 

Nesta manhã, o secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, afirmou o Estado vai, sim, passar a tratar 80% do esgoto despejado na baía até o início dos Jogos Olímpicos do Rio.

"O compromisso olímpico está mantido. 

Hoje, já tratamos 50% do esgoto da baía. 

Pretendemos cumprir a meta de tratar 80% do esgoto", afirmou Espíndola.

A declaração foi dada dias depois de o secretário estadual do Meio Ambiente, André Corrêa, descartar o cumprimento da mesma meta. 

Na semana passada, Corrêa pregou transparência e afirmou que a limpeza da baía prometida pelo governo ao COI (Comitê Olímpico Internacional) era inviável. 

"Não vai acontecer", resumiu Corrêa.

Para o secretário Espíndola, a declaração de Correa foi mal interpretada. 

Segundo ele, Correa disse que a limpeza total da baía não estará concluída. 

Ele não quis dizer, contudo, que o tratamento do esgoto não chegará aos 80% prometidos.

O secretário da Casa Civil ainda ressaltou que, no evento-teste de vela realizado no passado, a água da baía já mostrou ter condições de receber uma competição olímpica. "Estamos absolutamente tranquilos. 

A competição de vela será realizada em um cenário maravilhoso, com perfeitas condições para que os atletas consigam desempenhar suas capacidades."

Metrô.

O secretário também afirmou que a Linha 4 do metrô, ligando a zona sul à Barra da Tijuca, será concluída em 2016. 

Ele acrescentou que estão mantidos os compromissos e prazos de entrega das obras de modernização do Parque Aquático Julio Delamare e de instalação de quadras de aquecimento do ginásio do Maracanãzinho.

As duas obras eram de responsabilidade do governo estadual, na Matriz de Responsabilidade dos Jogos, mas foram repassadas ao Consórcio Maracanã, concessionária que administra o complexo esportivo. 

Conforme Espíndola, a Odebrecht, principal empresa do consórcio, pediu reequilíbrio financeiro do contrato, mas isso não afetará o andamento das obras.

*Com informações da Agência Brasil

Comentários 12

Brain

Vou tentar adivinhar : Vão gastar 100 Bilhões de dólares e a agua vai piorar. hahahahahaha.
Avatar de ossap 
ossap

Há muito tempo que os "denominados políticos" atuais, são na realidade aproveitadores da ignorância popular. Boa fala, bom de prosa, lábia afiada e assim vão sendo eleitos os espertalhões. Esse é mais um. E comentário do betaum é a realidade que enfrentamos hoje. Não só ao nível de Estado, mas nos municípios isso é frequente e na União é vergonhosa a quantidade de falcatruas e descaso que ocorre com a população. Enganada e saqueada.
Avatar de Cabeça Grávida 
Cabeça Grávida

Vai ser o grupo do Cabral que fará a licitação? Ah tá, só queria saber se a Delta vai ganhar.
Avatar de epichler 
epichler

O tratamento de esgotos antes que sejam lançados ao mar é uma coisa. Outra é a coleta do lixo flutuante. São técnicas de engenharia distintas, ambas necessárias.
Avatar de b timm 
b timm

É repugnante o descaso e a insanidade tomou conta ,alem da poluiçao tem os famosos arrastoes que estao se tornando cartao postal é certo que vai acontecer tal qual o tiete ,nao há mais respeito com ninguem fazem o que querem.
Avatar de HPR 
HPR
Me engana que eu gosto.......O responsável pela declaração anterior de que não conseguiriam a meta de despoluição, falando a verdade, deve ter levado "uma dura" dos seus superiores e voltou atrás, afinal de contas o papel aceita tudo.
Avatar de betaum 
betaum
Não vai limpar coisa nenhuma, vai é "licitar" (daqueles tipos de licitações, manja?) uma empresa de mais um exxxpééérrto carioca (geralmente parente de político) para, depois, lhe mandar uma conta milionária por um serviço mal feito, se é que vai ser feito. Estamos falando do Estado do Rio de Janeiro, meu chapa!!, onde tudo é arrumado no jeitinho, na sombra, nas coxas. Olha a polícia de lá, olha a saúde de lá, olha os políticos de lá, se juntar tudo e puxar a descarga vai parar tudo na baia da Guanabara. Juro que não sei o que ainda falta para o governo federal intervir naquele estado.
Avatar de fredd sp 
fredd sp
Nossa!!!! Isso é de envergonhar. Como pode um pais deixar um patrimônio chegar a tal ponto, fazer isso com a natureza? E ainda ter governo com este tipo de mentalidade, Mais como dizem, as pessoas tem o governo que merece.
Avatar de Sino2011 
Sino2011
MAS, como dizem: cada povo tem o governo que merece
Avatar de BRANCÃO SJC 
BRANCÃO SJC
APROVEITA QUE NÃO TEM ÁGUA !!
Avatar de descrente 
descrente 
afgora vai: soube que já contrataram como reforço para a equipe de limpeza todos os políticos honestos do Brasil para ajudar a equipe contratada, que é liderada pelo Papai Noel com a ajuda dos sete anões. Caso precisem de reforço, vão chamar os mais competentes do governo federal e todos os inocentes do caso Lava Jato também. Com tanta gente, agora a limpeza sai.


Crimes da Lava Jato desviaram ao menos R$ 2,1 bi da Petrobras, diz MPF

Desvio se refere a crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo procurador, ao menos R$ 500 milhões foram recuperados.

 

Do G1, em Brasília
Informações divulgadas pelo Ministério Público Federal (MPF) apontam que os crimes investigados pela Operação Lava Jato, que apura um esquema de desvios de recursos públicos e lavagem de dinheiro, desviaram ao menos R$ 2,1 bilhões da Petrobras.

De acordo com o MPF, o valor desviado corresponde apenas aos crimes já denunciados pelo órgão.

Até o momento, a procuradoria apresentou 18 acusações criminais contra 86 pessoas, por crimes como corrupção, contra o sistema financeiro, tráfico internacional de drogas, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
NÚMEROS DA OPERAÇÃO LAVA JATO
Valor recuperado: R$ 500 milhões, de R$ 2,1 bi desviados
Valores bloqueados: R$ 200 milhões em bens
Empresas sob investigação: 232
Pessoas sob investigação: 150
Buscas e apreensões: 161
Mandados de prisão cumpridos: 60
Acordos de colaboração premiada: 12
Acusações criminais: 18, contra 86 pessoas
Fonte: Ministério Público Federal
Doze pessoas firmaram com o Ministério Público Federal acordos de colaboração com as investigações em troca de benefícios, como redução de pena.

Dinheiro recuperado.

Nesta quarta (28), o coordenador da força tarefa da Lava Jato, Douglas Fischer, informou que o MPF já assegurou a recuperação de R$ 500 milhões desviados por investigados na operação.


Segundo Fischer, para permitir o resgate da quantia, o MPF fechou acordos de cooperação internacional com 12 países, entre os quais Suíça, Estados Unidos e Holanda.

Além disso, foram bloqueados R$ 200 milhões em bens de réus dos processos decorrentes da Lava Jato.

A operação.

Deflagrada em março do ano passado, a Operação Lava Jato cumpriu, segundo o MPF, 60 mandados de prisão, 161 de busca e apreensão e 37 de condução coercitiva. 


Ao todo, 150 pessoas e 232 empresas estão sob investigação da procuradoria.
As informações constam em um site específico da Lava Jato criado nesta quarta pelo MPF, pelo qual é possível acompanhar decisões da Justiça, denúncias oferecidas pela procuradoria, além de consultar a história da operação.

O site também fornece um espaço para que sejam feitas novas denúncias relacionadas à Lava Jato.

A operação desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.


De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio.

A Petrobras está no centro das investigações da operação, que apontou dirigentes da estatal envolvidos no pagamento de propina a políticos e executivos de empresas que firmaram contratos com a petroleira.

Exame do Cremesp reprova 55% dos alunos recém-formados em medicina


Índice é menor do que o do ano anterior, de 59,2%.
Reprovação não impede obtenção do diploma e exercício da profissão. 

 

Cauê Fabiano Do G1, em São Paulo
Números mostram alto índice de reprovação no Exame do Cremesp (Foto: Cauê Fabiano/G1)Números mostram alto índice de reprovação no exame do Cremesp (Foto: Cauê Fabiano/G1)

Dos 2.891 recém-formados em medicina que fizeram o exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), 55% do total (1.589 estudantes) foram reprovados. 

O índice é menor do que o registrado no ano passado, quando 59,2% não acertaram o mínimo exigido (60% das questões) e foram reprovados. 

Mas foi maior do que em 2013 - índice de 54,2% de reprovados. 

Todo estudante que se formou em medicina e quer se inscrever no conselho paulista precisa fazer o exame para poder tirar o registro do CRM (Conselho Regional de Medicina) e atuar como médico no estado. 

Apesar de ser um exame obrigatório, mesmo quem for reprovado também pode obter o registro.

Isso porque, por força de lei, o conselho não pode condicionar o registro médico ao resultado de uma prova. 

Para tanto, seria preciso uma lei federal, como acontece com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O exame do Cremesp de 2014, realizado em outubro passado, apontou também que a reprovação foi maior entre os formados em instituições de ensino privadas (65,1%). 

Entre os alunos de escolas públicas, o índice foi de 33%.

Com abstenção de apenas 0,9%, o número de participantes em 2014 foi o maior desde que o exame começou a ser aplicado, há dez anos.
Exame avalia conhecimento de recém-formados em medicina (Foto: Reprodução/TV Globo)Exame avalia conhecimento de recém-formados em medicina (Foto: Reprodução/TV Globo)
 

Erro em questões consideradas fáceis.

Segundo critérios da Fundação Carlos Chagas (FCC), que aplicou o exame, 33% das questões foram consideradas "fáceis", 4,6% foram "muito fáceis" e 32,4%, "médias". As demais questões (29,6% do total) eram "difíceis".


O Cremesp afirma que os recém-formados erraram questões básicas sobre atendimento inicial de vítima de acidente automobilístico, atentado de vítima de ferimento por arma branca, pneumonia, pancreatite aguda e pedra na vesícula.

Por exemplo, dois a cada três candidatos erraram o diagnóstico de uma lactante de seis semanas com tosse leve há dez dias, sem febre e com a respiração acelerada. 

Este mesmo percentual não soube avaliar o risco operatório para uma mulher com pedra na vesícula, diabética, hipertensiva e com histórico de angina (estreitamento de artérias que provoca dor no peito) durante esforços moderados.
Dr. Braulio Luna Filho, 1º secretário e coordenador do exame e Dr. Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp (Foto: Cauê Fabiano/G1)Dr. Braulio Luna Filho, presidente do Cremesp e coordenador do exame, e Dr. Renato Azevedo Júnior, primeiro secretário do Conselho (Foto: Cauê Fabiano/G1)

Justiça autoriza estudante de 14 anos a cursar medicina na UFS

Adolescente alcançou 751,16 pontos e 960 na redação do Enem.
Ele fez prova de proficiência e conseguiu certificado do ensino médio.

 

Do G1 SE 
José Victor Teles, 14 anos, que vai cursar medicina na UFS (Foto: Reprodução/TV Sergipe)José Victor Teles, de 14 anos, que vai cursar medicina na UFS (Foto: Reprodução/TV Sergipe)


O estudante de Itabaiana José Victor Menezes Teles, de apenas 14 anos, conseguiu na Justiça o direito de ocupar a vaga consquistada em medicina na Universidade Federal de Sergipe (UFS) pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Ele ainda está no primeiro ano do ensino médio e não poderia cursar a faculdade – o Enem só dá certificação a alunos com mais de 18 anos. 

Porém, o juiz autorizou José Victor a fazer uma prova de proficiência aplicada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) nesta quarta-feira (28).

O estudante passou no teste, recebeu o certificado de conclusão do ensino médio e vai poder se matricular na UFS

 “Estou muito feliz e me sinto preparado para o desafio”, comemorou José Victor. 

As matrículas dos aprovados no Sisu ocorrem nesta sexta (30), segunda (1º) e terça (2).

Estou muito feliz e me sinto preparado para o desafio"
José Victor Teles, 14 anos, aprovado na UFS.
 
O estudante cursava o primeiro ano do ensino médio na Escola Estadual Murilo Braga. 

Ele teve média final de 751,16 pontos no Enem e fez 960 pontos na prova de redação. 

Com o resultado, José Victor conquistou uma das 100 vagas para o curso de medicina da UFS – e ficou em 7º no grupo inscrito, de escolas públicas.

O adolescentes conseguiu o direito de fazer a prova de proficiência por liminar do juiz titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Itabaiana, Alberto Romeu Gouveia Leite.

"Ontem [quarta] ficamos sabendo através do nosso advogado que a liminar foi concedida em favor do José Victor e seguimos com o documento para a Secretaria de Estado da Educação, onde ele fez em seguida uma prova de proeficiência com 120 questões de todas as disciplinas e uma redação. 

Ele foi aprovado e recebeu certificado do ensino médio que o habilita a fazer matrícula na UFS”, conta o pai, José Mendonça Teles.

A assessoria de imprensa da Seed confirmou que o estudante fez a prova e foi aprovado.

Preparação.


José Victor fez o Enem no fim do ano passado e decidiu entrar na Justiça para ter o direito de usar o resultado para ingressar na universidade. 


O garoto diz que sempre quis ser médico e sabia que, para isso, teria que se esforçar.

Saiba mais
Ele estudou assuntos que ainda não viu na escola para fazer o Enem, que tem conteúdos de todo o ensino médio. 

José Victor conta que passava uma média de 3 horas por dia resolvendo questões de provas anteriores do Enem.

“Passei o ano passado estudando para o Enem, além do conteúdo dado em sala de aula. 

Sem dúvida a técnica para estudar e armazenar o conhecimento foram decisivas para o meu desempenho. 

É preciso saber organizar o tempo e também se preparar para saber como será a prova no dia”, afirma.

A disciplina e o interesse pelo conhecimento surgiu em casa com o incentivo dos pais, que são professores da rede estadual de português e inglês. 

Eles ajudaram José Victor a se organizar.

“Procurei vídeo-aulas na internet, livros complementares e fui a algumas aulas do curso pré-vestibular da Secretaria de Estado da Educação (Seed) por fora, mesmo sem estar matriculado, como aluno assistente”, diz.

Também no ano passado, o estudante foi medalhista na Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas (Obemep)

Em ano eleitoral, gasto bate recorde e governo tem déficit fiscal inédito




Em 2014, foi registrado primeiro déficit nas contas do governo em 18 anos.
Neste ano, governo já anunciou alta de tributos e limitação de benefícios.

 



Alexandro Martello Do G1, em Brasília


CONTAS PÚBLICAS
Resultado primário no ano (em R$ bilhões)
1,887,5720,1620,9821,7331,5739,0849,3452,6748,7457,6571,4339,4378,7793,5288,2676,99-17,24200020052010-250255075100
Fonte: Tesouro Nacional
O governo bateu recorde de gastos em 2014 – ano marcado pelas eleições presidenciais – e, com isso, as contas públicas do ano passado tiveram o pior resultado de toda a série histórica do Tesouro Nacional.
Os dados divulgados nesta quinta-feira (29) mostram que as contas do governo registraram o primeiro déficit primário (receitas menos despesas, sem contar juros da dívida pública) em 18 anos, de R$ 17,24 bilhões, pelo conceito "acima da linha", utilizado pelo Tesouro.

Pelo cálculo por outra metodologia, conhecida como "abaixo da linha", usada pelo Banco Central e que serve de referência para as metas fiscais, o déficit foi maior ainda: R$ 20,2 bilhões em 2014. 

O novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, declarou que o resultado do ano passado "não é bom".

Em 2013, as contas haviam registrado um superávit de R$ 76,99 bilhões, o equivalente a 1,6% do PIB. 

Até o momento, o pior resultado havia sido registrado em 1997 (superávit de R$ 1,8 bilhão, ou 0,2% do PIB).

Não é bom"
Marcelo Saintive, do Tesouro, sobre o resultado das contas
No ano passado, as contas públicas registraram forte deterioração devido ao aumento de gastos públicos, à ajuda para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e à queda real da arrecadação – resultado do fraco nível de atividade da economia e das desonerações de tributos anunciadas nos últimos anos pelo governo federal.

Meta fiscal.

No início de 2014, a equipe econômica informou que o objetivo para as contas de todo o setor público (governo, estados e municípios), em 2014, seria de um superávit de R$ 99 bilhões – o equivalente a 1,9% do PIB, o mesmo percentual registrado em 2013. 


Deste total, R$ 80,8 bilhões corresponderiam ao esforço que somente o governo central estaria buscando em 2014.

Em novembro de 2014, porém, com o fraco resultado das contas públicas, o governo enviou um projeto de lei ao Congresso Nacional para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e abandonar a meta fiscal acertada no início do ano passado

O projeto, que admitia a possibilidade de haver até mesmo déficit primário em 2014 (como de fato aconteceu), foi fruto de debates intensos no Legislativo, mas acabou sendo aprovado pelos parlamentares.
  •  
GASTOS DO GOVERNO
Gastos anuais, R$ bilhões
131,54147,24154,31173,78202,67232,33257,35302,71351,76401,97455,61497,9572,18700,32724,39804,96914,111.031,1200020052010010002505007501250
Fonte: Tesouro Nacional
Receitas, despesas e investimentos
De acordo com dados do governo federal, as receitas totais subiram 3,6% em todo ano passado, contra 2013, para R$ 1,22 trilhão. 


O crescimento das receitas foi de R$ 42,93 bilhões no último ano.

Ao mesmo tempo, as despesas totais cresceram 12,8% em 2014, ou seja, mais que o triplo da expansão das receitas, para R$ 1,03 trilhão. 

Neste caso, a elevação foi de R$ 116,99 bilhões em 2014. 

Os gastos somente de custeio, por sua vez, avançaram bem mais no ano passado: 18,2%, para R$ 222 bilhões.

Na proporção com o Produto Interno Bruto (PIB), ainda segundo números da Secretaria do Tesouro Nacional, os gastos públicos bateram recorde no ano passado – ao somarem 21,3% do PIB. 

Foi a primeira fez que as despesas do governo superaram a marca dos 20% do PIB. 

O recorde anterior havia sido registrado em 2013 (18,9% do PIB).

Já no caso dos investimentos, os gastos somaram R$ 77,53 bilhões no ano de 2014, informou o Tesouro Nacional, valor que representa um aumento de 22,6% frente a 2013 (R$ 63,22 bilhões).
Dividendos, concessões e CDE
Segundo o governo, as receitas de concessões recuaram fortemente no ano passado. 


De acordo com dados oficiais, somaram R$ 7,92 bilhões em 2014, em comparação com R$ 22,07 bilhões no ano anterior. 

A queda foi de R$ 14,15 bilhões. 

Os números da série histórica mostram que o resultado de 2014 não foi ruim, mas sim que o valor registrado em 2013 foi excepcional.

Ao mesmo tempo, o governo recolheu um pouco mais de dividendos das empresas estatais no ano passado. 

De acordo com o Tesouro Nacional, os dividendos pagos pelas empresas estatais ao Tesouro Nacional somaram R$ 18,93 bilhões em 2014, contra R$ 17,14 bilhões em 2013. 

O aumento foi de R$ 1,79 bilhão no último ano.

O governo informou ainda que subiram os pagamentos feitos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2014.

Segundo o governo, foram pagos R$ 9,2 bilhões para a CDE em 2014, em comparação com R$ 7,86 bilhões em 2013. 

Havia a previsão de um novo pagamento de R$ 9 bilhões em 2015, mas o governo já informou que não haverá mais esse repasse, o que encarecerá ainda mais a conta de energia neste ano.

Meta fiscal de 2015.

A nova equipe econômica já anunciou, no fim do ano passado, uma meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões para todo o setor público – que inclui também os estados, municípios e empresas estatais.


Desse montante, R$ 55,3 bilhões correspondem à meta para o governo e R$ 11 bilhões são uma estimativa para estados e municípios.

O fraco resultado de 2014, com um déficit primário da ordem de cerca de R$ 20 bilhões nas contas do governo, tormam mais difícil o ajuste das contas públicas neste ano – uma vez que o esforço terá de ser maior para atingir a meta pré-definida. 

Somente para as contas do governo, o ajuste fiscal será de cerca de R$ 75 bilhões.
 
Medidas já anunciadas.

Nos últimos meses, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já anunciou uma série de medidas para tentar reequilibrar as contas públicas. Entre elas estão a limitação de benefícios sociais, como seguro-desemprego, auxílio-doença, abono salarial e pensão por morte, que ainda têm de passar pelo crivo do Congresso Nacional.


Outra medida foi a alta do IPI para automóveis, no início deste ano, e o aumento de tributos sobre combustíveis, importados e operações de crédito. 

O governo também já confirmou que não haverá mais repasses do governo ao setor elétrico.

As medidas já anunciadas para 2015 já superam a marca dos R$ 50 bilhões de ajuste fiscal, segundo números oficiais divulgados pelo governo. 

Com a mudança dos benefícios sociais, o governo prevê um impacto de R$ 18 bilhões a menos em gastos, ao mesmo tempo em que a ausência dos repasses à CDE tem um impacto de R$ 9 bilhões.

Com o aumento do IPI de automóveis, a previsão é de aumentar a arrecadação em mais R$ 5 bilhões em 2015, enquanto que, com a alta da tributação sobre combustíveis, importados e crédito, estão previstos mais R$ 20 bilhões em arrecadação neste ano.

Analistas observam, porém, que a limitação de benefícios sociais, cuja previsão é de impacto de R$ 18 bilhões nas contas públicas neste ano, foi enviada ao Congresso Nacional por meio de Medidas Provisórias. 

Com isso, ainda têm de passar pelo crivo do Legislativo. 

As centrais sindicais pressionam contra as alterações.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

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