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quarta-feira, dezembro 03, 2014

48% dos jovens acham errado mulher sair sem o namorado, diz pesquisa

Foram consultadas 2.046 pessoas entre 16 e 24 anos das 5 regiões do país.
Maioria reconhece machismo, mas ainda reforça comportamento sexista.

 

Amanda Polato e Cida Alves Do G1, em São Paulo
 
Apesar de reconhecerem que o Brasil é um país machista, a maioria dos jovens ainda acredita e reforça comportamentos que reprimem as mulheres e as colocam em posição de desigualdade em relação aos homens

Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (3), 48% deles dizem achar errado a mulher sair sozinha com os amigos, sem a companhia do marido, namorado ou "ficante".

O levantamento foi feito pelo Instituto Avon e Data Popular com 2.046 jovens de 16 a 24 anos de todas as regiões do país – sendo 1.029 mulheres e 1.017 homens. 

Na entrevista realizada pela internet, 96% afirmam viver em uma sociedade machista. 

Ao mesmo tempo, 68% dizem achar errado a mulher ir para a cama no primeiro encontro e 76% criticam aquelas que têm vários "ficantes". 

80% afirmam que a mulher não deve ficar bêbada em festas ou baladas.

A pesquisa também mostra ser comum nos namoros o controle excessivo por parte dos meninos sobre a vida das garotas e que elas ainda são vítimas constantes de assédio, constrangimento e intimidação nos espaços públicos.   

Assédio

78% das jovens entrevistadas relatam já ter sofrido algum tipo de assédio como cantada ofensiva, abordagem violenta na balada e ser beijada à força. 


Três em cada dez garotas dizem ter sido assediadas fisicamente no transporte público.

Namoros

No relacionamento entre os jovens aparecem com frequência ações de controle e violência contra as garotas: 53% delas dizem que já tiveram o celular vasculhado, e 40% que o parceiro controla o que fazem, onde e com quem estão. 


35% relatam que foram xingadas pelo namorado; 33%, impedidas de usar determinada roupa.

Selo sexo sem proteção (Foto: Arte/G1)
Sexo

Entre as mulheres, 9% contam que já foram obrigadas a fazer sexo quando não estavam com vontade, e 37% que já tiveram relação sexual sem camisinha por insistência do parceiro.


Internet

As redes sociais se mostram como um meio de controle dentro dos namoros: 32% das jovens relatam que tiveram de excluir algum amigo do Facebook a pedido do parceiro, 30% dizem que tiveram e-mail ou perfil de rede social invadido pelo namorado e 28% afirmam que foram proibidas de conversar com amigos virtualmente.


15% das jovens dizem que foram obrigadas a revelar para os namorados suas senhas de e-mail e Facebook, e 2% que receberam ameaça de cibervingança – a divulgação de fotos ou vídeos íntimos.
Selo Comportamento (Foto: Arte/G1)
Machismo

Mais mulheres (42% delas) do que homens (41% deles) disseram concordar que uma garota deve ficar com poucos homens. 


E muitos garotos (43%) ainda veem diferença entre mulheres para “namorar” e “para ficar” – aquelas que têm relações com muitos homens não são para namorar. 

Entre as mulheres, 34% pensam o mesmo.

Enquanto 30% dos homens dizem que a mulher que usa decote e saia curta está se oferecendo, apenas 20% das mulheres concordam com essa afirmação.

As meninas incorporam que os meninos podem impor as suas vontades. 
 
E quando a mulher sofre uma agressão, ainda se pergunta o que ela fez de errado."
 
Jacira Melo, diretora-executiva
do Instituto Patrícia Galvão
 
Por que há violência?

Jacira Melo, diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão, diz que, em geral, a desigualdade vem desde o início dos relacionamentos. Enquanto os homens têm mais chance de viver com total liberdade, as mulheres enfrentam desde cedo limitações sobre onde ir, que horas sair de casa, o que vestir, como se comportar.


Segundo Jacira, ainda existe a cultura de que eles são superiores e estão no comando dos relacionamentos. 

“Isso é repetido geração após geração, e as meninas incorporam que os meninos podem impor as suas vontades. 

E quando a mulher sofre uma agressão, ainda se pergunta o que ela fez de errado.”

Para Nadine Gasma, representante do Escritório da ONU Mulheres no Brasil, a violência de gênero é diferente das outras porque tem relação com as estruturas de poder entre homens e mulheres, e o fato de muitos deles pensarem nas companheiras como suas propriedades. 

Nas últimas décadas, diz ela, as mulheres conquistaram direitos na esfera pública, mas o que acontece no espaço privado ficou esquecido. E é lá que ocorre a maioria das agressões.

Agressão de jovens (Foto: G1)
Violência entre os pais

“Quando você ataca a violência doméstica está atacando a violência da sociedade, onde a pessoa vai reproduzir as agressões que presenciou no lar", afirma Ana Maria Amarante Brito, coordenadora do movimento de combate à violência contra a mulher do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 


Os dados da pesquisa reforçam essa afirmação.

43% dos jovens dizem ter presenciado a mãe ser agredida. 

A maioria dos garotos que passou por essa situação admitiu já ter praticado violência e controle contra a namorada.

Reação

A defensora pública Ana Rita Souza Prata afirma que o assédio relatado pelas jovens na pesquisa pode ser denunciado à polícia e, dependendo da abordagem, a punição varia de multa a detenção. 


Coordenadora-auxiliar do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, ela explica que a vítima deve, se possível, procurar na hora um policial ou guarda municipal.

"Se ele [o agressor] estiver de carro, anote a placa, o modelo, a cor. 

 Se estiver a pé, preste atenção nas roupas, nas características", afirma, ressaltando a importância de a mulher conseguir apontar quem a assediou para as autoridades.

Segundo Ana Rita, as formas de assédio de rua, sem contato físico, costumam caracterizar importunação ofensiva ao pudor, que é uma contravenção penal com pena de multa a ser definida pelo juiz. 

Nos casos mais violentos, pode configurar crimes como ato obsceno (três meses a um ano de detenção ou multa) e estupro – que segundo o artigo 213 do Código Penal inclui tocar as partes íntimas de alguém sem seu consentimento, entre outros comportamentos.

A defensora destaca a diferença entre cantada e assédio. "A paquera tem o consentimento da mulher. 

Se ela está andando pela rua, sem dar o menor sinal de abertura, e é interpelada de forma ofensiva, é assédio". 

A defensoria e a ONG Olga lançaram em conjunto no mês passado uma cartilha para a mulher vítima de assédio. 

O material pode ser acessado aqui

Rede de proteção

Os grupos Themis (RS) e Geledés (SP) criaram um aplicativo para mulheres em perigo poderem pedir ajuda. 


Disponível para celulares com sistema Android, o PLP 2.0 permite à mulher cadastrar três pessoas de confiança no aplicativo.

Caso ela se encontre em situação de perigo, ela agita o celular e um alerta com sua geolocalização é enviado para os contatos cadastrados. A aplicativo também permite gravar áudio e imagens do ambiente onde ela está.

O aplicativo está sendo testado pela justiça do Rio Grande do Sul para conectar mulheres que têm medidas protetivas contra companheiros agressores e a patrulha Maria da Penha, da Brigada Militar.

Lei nacional que proíbe fumar em locais fechados entra em vigor

Norma veta fumo em locais coletivos, exceto tabacarias e cultos.
Qualquer propaganda de fumígeno passa a ser proibida.

 

Do G1, em São Paulo
Lei Antifumo V3 (Foto: Editoria de Arte/G1)
 
Entram em vigor nesta quarta-feira (3) as novas regras antifumo que proíbem fumar em locais fechados, como ambiente de trabalho e restaurantes, além de determinar o fim da propaganda de cigarros. 

Elas também extinguem os fumódromos em ambientes coletivos e ampliam as mensagens de alerta em maços de cigarro vendidos no país.

Os fumantes não devem ser fiscalizados. 


Poderá ser punido somente o estabelecimento que desobedecer as normas.  

Locais de comércio e restaurantes, por exemplo, deverão orientar os clientes sobre a lei e pedir para que não fumem, podendo chamar a polícia quando alguém se recusar a apagar o cigarro.

A lei antifumo foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2011, após ter sido aprovada no Congresso Nacional, e foi regulamentada em maio deste ano.

Conforme a lei, fica proibido o fumo em locais coletivos fechados em todo o país, com exceção das tabacarias e dos cultos religiosos. 

As regras preveem que as pessoas não poderão fumar em lugares públicos ou privados (acessíveis ao público) que possuam cobertura, teto, parede, divisórias ou toldos. 

Em varandas de restaurante com toldo, por exemplo, não será permitido o fumo, bem como na área coberta de pontos de ônibus. 

As normas também valem para narguilés ou qualquer tipo de fumígeno.

 
Propaganda e embalagens
Ainda de acordo com as regras, qualquer propaganda de cigarro será proibida, inclusive nos chamados "displays" (painéis para anúncios nos estabelecimentos comerciais). 


A única forma de exibição dos maços deverá ser em locais de venda, mas, ainda assim, com 20% do espaço ocupado pela mensagem de alerta.

A partir de agora, 100% da face de trás da embalagem e uma das faces laterais terão que ter imagem e mensagem sobre os problemas relacionados ao fumo. 

A partir de janeiro de 2016, na parte frontal da embalagem, 30% do espaço será destinado a mensagens de alerta. 

Até então, esse tipo de mensagem só era estampada na parte de trás dos maços de cigarro.

Fiscalização e punição
Os estabelecimentos que desrespeitarem as regras poderão receber advertência, multa, ser interditados e ter a autorização de funcionamento cancelada. 


As multas irão variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, de acordo com a infração. 

As vigilâncias sanitárias dos estados serão responsáveis pela fiscalização.

A pessoa que estiver em um restaurante e se incomodar com o fato de alguém fumar deverá, primeiro, pedir ao estabelecimento que tome providências. 

Caso o responsável pelo restaurante se negue, a orientação é que a pessoa, então, denuncie o caso à Vigilância Sanitária.

saiba mais
 
Consumo e riscos.

Pesquisa divulgada em junho pelo Ministério da Saúde afirma que 11,3% dos adultos que vivem nas capitais do Brasil fumam. 


Em 2006, o índice era de 15,7%. 

Os homens são os que mais fumam, com índice de 14,4%. 

O percentual entre as mulheres é de 8,6%. 

Os fumantes passivos têm 30% a mais de chance de ter complicações respiratórias.

No ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 1,4 milhão de diárias por internação relacionadas ao tabagismo, ao custo de R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos. 

A estimativa do governo é que, neste ano, sejam registrados 16,4 mil novos casos de câncer de pulmão.

Segundo o Ministério da Saúde, o tabagismo é responsável por 200 mil mortes no Brasil por ano. 

Além disso, está relacionado a 90% dos casos de câncer de pulmão; 85% das mortes por bronquite; 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio; 25% das doenças vasculares e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer.

Entenda os males do cigarro
Segundo especialistas, o cigarro está associado a 26% das mortes por todos os tipos de câncer. 


No caso de tumores no pulmão, esse índice aumenta para 84%. 

Além desta doença, o cigarro pode causar alterações na voz, principalmente das mulheres, que podem adquirir uma voz grossa e totalmente diferente por infecção nas cordas vocais.

Em apenas um dia sem fumar, já é possível ter benefícios para a saúde, segundo a cardiologista Jaqueline Issa. 

É preciso ainda prestar atenção em outros sintomas de problemas na garganta, como dor, dificuldade para engolir ou respirar e sensação de caroço na região.

Segundo os médicos, o cigarro pode também afetar a tireoide, causando hipotireoidismo e levar ao ganho de peso, especialmente na região abdominal. 

Mulheres fumantes com mais de 50 anos, por exemplo, têm entre três a quatro vezes mais chances de ter hipotireoidismo que a população em geral.

Fora a alteração na voz e a rouquidão, o cigarro pode ainda causar também perda óssea nos dentes. 

Isso acontece porque a nicotina e outros componentes agridem a gengiva e a raiz dos dentes.
Infográfico cigarro x coração (Foto: G1)
 

'Ele queria ter controle sobre e-mails, Facebook, telefone, tudo', diz vítima


Universitária sofreu violência psicológica e foi estuprada pelo namorado.
Em relato, ela lembra situações de controle e manipulação que enfrentava.

 

Amanda Polato Do G1, em São Paulo
"Nunca havia cogitado que violência psicológica fosse caso de polícia", diz Clarice (Foto: Gustavo Dantas/G1)'Nunca havia cogitado que violência psicológica fosse caso de polícia', diz Clarice (Foto: Gustavo Dantas/G1)
 
 
Em depoimento ao G1, a estudante de psicologia Clarice*, de 24 anos, conta que viveu um relacionamento abusivo por quase quatro anos. 

Ela foi vítima de abuso sexual e de gaslighting, um tipo de violência psicológica em que o agressor apresenta fatos e informações falsas e faz a vítima duvidar da própria memória e percepção. 

A jovem de Natal diz que romper o silêncio a ajuda a quebrar a última ligação que tinha com algo que a fez tão mal. 

Leia abaixo:

"Nós brigamos muito. 

Ele sempre gritava e, muitas vezes, me empurrava. 

Já brigamos porque eu fui para a faculdade com uma saia que ele considerava inadequada. 

Já brigamos no meio de um bar porque ele achou que eu estava dando mole para o garçom. 

Já brigamos porque eu recebi a visita de um amigo de infância à noite. 

Já brigamos porque eu publiquei na internet uma opinião que era diferente da dele. 

Ele queria ter controle sobre tudo, inclusive e-mails, Facebook, telefone. 

Se eu ia para a aula sem celular, ele se descontrolava a ponto de eu implorar por perdão. 

Me sentia sufocada.

Eu era sempre manipulada e ficava confusa, sem saber o que era real e o que era mentira. 

Ele jurava, por exemplo, que tinha me ligado me chamando para jantar, que eu tinha concordado e que já deveria estar pronta. 

Depois do meu desespero por não conseguir me lembrar, ele confirmava que tinha inventado a conversa.

E a culpa por tudo era sempre minha. 

Uma vez fomos a uma festa e tivemos que sair mais cedo, porque ele ficou com ciúmes. 

Ao tirar o carro do estacionamento, ele bateu em um outro carro. 

E me convenceu de que a culpa era minha. 

Eu até ajudei a pagar pelo prejuízo.

Mas meu ex também me prendia. 

Eu vivia uma situação difícil na casa do meu pai. 

E ele sabia disso. 

Não por acaso, as brigas eram intercaladas por dias de paz em que ele prometia que ia cuidar de mim e resolver meus problemas.
Vítima de violência (Foto: Gustavo Dantas/G1)
Foi aí que eu comecei a enxergar todo o resto, e percebi que desde o começo ele já dava sinais de abuso. 

Nunca havia cogitado que violência psicológica fosse caso de polícia. 

Achei que iam rir da minha cara

Cheguei a pensar em procurar a polícia após o estupro, mas tinha passado muito tempo.

Quando decidi terminar o relacionamento, comecei a chorar e disse que não dava mais. 

Ele concordou, foi tranquilo. 

Mas, no dia seguinte, me ligou no horário em que eu estava me arrumando para ir para a faculdade, dizendo que estava em frente ao meu prédio, me esperando para me levar. 

Como se nada tivesse acontecido. Era mais um episódio de gaslighting. 

Eu achava que tinha terminado o namoro. 

Mas ele jurava que não. 

Então, uma semana depois, eu fiz tudo parecer muito real, com testemunhas. 

Fiquei com outro garoto na frente de amigas e também marquei uma conversa definitiva com ele no corredor da faculdade, perto de conhecidos. 

Tudo para que ele não conseguisse me agredir ou me confundir. 

Só assim consegui terminar.

Depois disso, fui diagnosticada com depressão. 

Tinha insônia, falta de apetite, humor instável e muita tristeza. 

Hoje faço acompanhamento com psicólogo e psiquiatra. 

Fiquei um ano solteira e agora estou com alguém bem diferente. 

Meu ex voltou a me procurar quando comecei a namorar. 

Ele já estava casado, tentou me envolver novamente e quase conseguiu. 

Percebi que era mais porque eu queria uma explicação ou retratação, algo para superar o trauma. 

Mas a reaproximação me fez mal e eu desisti. 

Ele acabou sumindo.

Não sei dizer se estou bem. 

Mas estou percebendo uma melhora geral. 

 Estou mais no controle da minha vida e dos meus sentimentos.”

* O nome foi trocado para preservar a identidade da entrevistada.

Ranking de corrupção coloca Brasil em 69º lugar entre 175 países

Estudo da Transparência Internacional analisa percepção de corrupção.
Dinamarca é o país menos corrupto entre os avaliados.

 

Do G1, em São Paulo
 
Relatório da organização Transparência Internacional sobre a percepção de corrupção ao redor do mundo divulgado nesta quarta-feira (3) aponta que o Brasil é o 69º colocado no ranking entre os 175 países e territórios analisados.

A Dinamarca lidera como país em que a população tem menor percepção de que seus servidores públicos e políticos são corruptos. 

O país mais transparente registrou um índice de 92 – a escala vai de 0 (extremamente corrupto) a 100 (muito transparente). 

O índice brasileiro foi de 43 - um ponto a mais que em 2013, quando o país ficou em 72º lugar, quando 177 países foram analisados -, ou seja, o Brasil melhorou sua posição, mas piorou sua nota.

O Brasil divide a 69ª colocação com mais seis países: Bulgária, Grécia, Itália, Romênia, Senegal e Suazilândia.

Transparência Internacional é referência mundial na análise da corrupção. 

O relatório é elaborado anualmente desde 1995, a partir de diferentes estudos e pesquisas sobre os níveis de percepção da corrupção no setor público de diferentes países.

Nenhum país dos 175 citados recebeu pontuação máxima, segundo a ONG, que tem sede em Berlim.

Outros países

No topo da lista dos países mais “honestos”, está em segundo lugar a Nova Zelândia, seguida de Finlândia (3º), Suécia (4º), Noruega (5º), Suíça (6º), Cingapura (7º), Holanda (8º), Luxemburgo (9º) e Canadá (10º). 


Os Estados Unidos ficaram em 17º lugar, empatados com Barbados, Hong Kong e Irlanda.

Os países mais corruptos entre os analisados, segundo o estudo, são Coreia do Norte e Somália – os três alcançaram índice 8.

A tabela de honestidade na América do Sul tem Chile e Uruguai como países mais transparentes empatados no 21º, com índice de 73. O país mais corrupto é a Venezuela, com índice 19.

Costa se diz 'arrependido' e fala em 'dezenas' de políticos envolvidos


Em prisão domiciliar, ex-diretor da Petrobras foi levado para sessão de CPI.
Objetivo da comissão era acareação com outro ex-diretor, Nestor Cerveró.

 

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília
 O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos presos da Operação Lava Jato, se disse nesta terça-feira (2) "arrependido", mas afirmou que não responderia a perguntas durante a sessão de acareação promovida pela CPI mista da Petrobras entre ele e o ex-diretor da área Internacional da empresa Nestor Cerveró. 

Aos questionamentos dos parlamentares, ele se limitou a afirmar, repetidamente, que tudo o que tinha a dizer estava detalhado nos depoimentos que deu por meio de delação premiada à Justiça Federal, sem revelar o conteúdo.

Mesmo assim, na última pergunta dirigida a ele, após mais de três horas de sessão, Paulo Roberto Costa afirmou que há "dezenas" de políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras. 

Em resposta ao deputado Enio Bacci (PDT-RS), que indagou quantos políticos estariam envolvidos, o ex-diretor afirmou: "O senhor não pode me deixar numa situação aqui meio constrangedora, mas, algumas dezenas."

O objetivo da acareação entre Costa e Cerveró era esclarecer pontos divergentes entre os depoimentos dos dois ex-diretores da Petrobras dados anteriormente à CPI. 

Ambos são suspeitos de envolvimento em esquema de desvio de dinheiro da estatal investigado pela Polícia Federal. 

Costa fez acordo de delação premiada com a PF e o Ministério Público para coloborar com as investigações em troca de benefícios, como a prisão domiciliar.  

Cerveró disse desconhecer a existência do suposto esquema.

A sessão

A CPI deu início por volta das 14h45 à sessão destinada à acareação entre os dois ex-diretores. 


Em sua primeira fala, Paulo Roberto Costa, avisou que iria se valer do direito de ficar calado e que não responderia aos questionamentos dos parlamentares devido ao processo de delação premiada firmado com a Justiça.

Preso em regime domiciliar no Rio de Janeiro, ele teve de ser escoltado pela Polícia Federal da capital fluminense a Brasília.

Estou vindo aqui pela segunda vez. Na primeira eu não respondi a nenhuma pergunta, permaneci calado devido ao processo de delação e desta segunda vez eu também não vou responder a nenhuma pergunta devido a esse processo que estou passando. 


Todas as dúvidas com relação a esse processo foram esclarecidas ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao juiz de Curitiba. 

Isso por conta de todo o processo de delação, que foi bastante exaustivo e longo. 

Eu não tenho nada a acrescentar. 

Tudo o que eu precisava falar consta desses depoimentos de delação que estão nas mãos dessas pessoas”, afirmou Costa no início da sessão.

A intenção dos parlamentares era confrontar as duas versões divergentes apresentadas pelo ex-diretores. 


Durante depoimento prestado em acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa teria apontado Nestor Cerveró como um dos funcionários da Petrobras beneficiados pelo suposto esquema de pagamento de propina instalado na empresa. 

Cerveró, porém, disse durante depoimento à CPI mista, em setembro, que desconhecia a existência do esquema.

Desde o governo Sarney, Itamar, Fernando Henrique, Lula, Dilma, todos os governos, os diretores da Petrobras e de outras empresas, se não tivesse apoio político, não chegava a diretor. 
 
Infelizmente eu me arrependo amargamente, estou fazendo minha família sofrer, infelizmente aceitei uma indicação política. 
 
Estou extremamente arrependido por isso. 
 
Aceitei esse cargo e esse cargo me deixou onde eu estou hoje. 
 
Se eu pudesse eu não teria feito isso."
 
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras
 
Paulo Roberto Costa

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que reafirmava tudo o que disse durante a delação premiada, mas não respondeu aos questionamentos dos integrantes da CPI sobre o conteúdo dos depoimentos à Justiça.


Ex-servidor de carreira da Petrobras, Costa disse que se arrependeu de ter aceitado uma indicação política para ser diretor da estatal. 

Ele afirmou que aceitou em razão do sonho de chegar "quem sabe a presidente". 

Segundo o ex-diretor, "desde o governo [José] Sarney" todos os diretores chegaram aos cargos por indicação política.

“Desde o governo Sarney, governo Collor, governo Itamar, governo Fernando Henrique – todos –, governo Lula, governo Dilma, todos os diretores da Petrobras e diretores de outras empresas, se não tivessem apoio político, não chegavam a diretor. Isso é fato. Pode ser comprovado", declarou.

"Infelizmente, eu me arrependo amargamente, porque estou sofrendo isso na carne, estou fazendo minha família sofrer, infelizmente, aceitei uma indicação política para assumir a Diretoria de Abastecimento. 

Infelizmente. 

Estou extremamente arrependido de ter feito isso. 

Se tivesse oportunidade de não o fazer, não faria novamente isso", afirmou.

O ex-diretor afirmou que “o que acontecia na Petrobras, acontece no país inteiro”. 

Acrescentou que resolveu fazer a delação premiada depois de passar seis meses preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.

“Até que resolvi fazer a delação de tudo o que acontecia na Petrobras, e não só na Petrobras. 

Isso está no noticiário: o que acontecia na Petrobras, acontece no Brasil inteiro - nas rodovias, nas ferrovias, nos portos, nos aeroportos, nas hidrelétricas. 

Isso acontece no Brasil inteiro. 

É só pesquisar. 

É só pesquisar porque acontece”, afirmou.

Ele disse ainda que pediu demissão da Petrobras, em 2012, porque “não aguentava mais a pressão” para resolver problemas que não eram da área dele. 

Costa afirmou que decidiu fazer a delação premiada aconselhado pela família. 

As duas filhas e os dois genros do ex-diretor são acusados de destruir provas a fim de dificultar o trabalho de investigação da polícia.

“Quem me colocou com clareza a orientação da delação foi minha esposa, filha, genros e netos. Eles disseram: ‘Paulo, por que só você? E os outros

Você vai pagar sozinho?’ Então fiz a delação para dar sossego para minha alma e por respeito e amor à minha família”, completou.

O que acontecia na Petrobras acontece no país inteiro, nas rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hidrelétricas no Brasil inteiro. 
 
É só pesquisar porque acontece."
 
Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras.
 
Costa esclareceu um e-mail que mandou em 2009, quando ainda era diretor da estatal, a Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. 

O documento foi revelado por reportagem na revista "Veja" em novembro. 

Ele afirmou que enviou a mensagem por orientação da Casa Civil. “Não houve atropelo de hierarquia como a imprensa disse”, declarou.

"Em relação à hierarquia, me foi solicitado que fosse passado diretamente. 

Era de conhecimento do presidente da companhia e, contrariando o que saiu pela imprensa, de que aquilo iria me favorecer em continuar com aquele processo, não é verdade, porque aquele processo estava me enojando. 

Eu não estava satisfeito com aquele processo."

Indagado sobre o que significava estar "enojado", ele respondeu: "Quando você está num processo desse, é um processo que você entra e não tem como sair. 

E eu saí desse processo, em 2012 eu entreguei minha carta de demissão".

O ex-diretor disse que tentou “quebrar” o cartel de grandes empresas que atuavam na Petrobras colocando companhias menores, mas não teve sucesso. 

Ele chegou a tratar do assunto internamente, mas não conversou com Dilma ou Lula diretamente.

Segundo Costa, havia “dificuldade” em firmar licitações devido aos altos preços combinados entre as concorrentes. 


Somente na refinaria Abreu e Lima, afirmou, uma mesma licitação teve que ser refeita quatro vezes porque os preços estavam “exageradamente altos”.
Nestor Cerveró

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi indagado sobre se teria recebido propina para firmar contratos com empreiteiras na Petrobras. Ele negou e afirmou  desconhecer o que foi dito por Paulo Roberto Costa na delação premiada.


"Eu, a exemplo dos senhores, não conheço os termos de delação premiada. 

Eu não vou responder a perguntas que eu desconheço. 

Eu ratifico o que eu disse aqui. 

Não recebi [propina]", disse Cerveró.

Questionado mais uma vez sobre a existência do esquema de corrupção na Petrobras, Nestor Cerveró afirmou que "desconhecia" o pagamento de propina na estatal. "Por desconhecer, para mim, não havia", explicou.

Eu, a exemplo dos senhores, não conheço os termos de delação premiada. 
 
Eu não vou responder a perguntas que eu desconheço. 
 
Eu ratifico o que eu disse aqui. 
 
Não recebi [propina]."
 
Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras.
 
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) reproduziu durante a sessão trecho de gravação de um depoimento que Costa prestou ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná. 

Na gravação, o ex-diretor diz que Cerveró e o ex-diretor Renato Duque, que também está preso, foram beneficiados com pagamento de propina.

“O senhor está sendo acusado formalmente, no âmbito da Operação Lava Jato, de receber propina. 


Quem é o político que o indicou? 

O que o senhor tem a dizer agora que o senhor está sendo confrontado?”, questionou Lorenzoni. “Eu não sei qual é o político e eu nego essa acusação”, respondeu Cerveró.

Depois, em resposta ao deputado Marcos Rogério (PDT-TO), Nestor Cerveró classificou como “ilação” a acusação de Paulo Roberto Costa.

“Eu volto a repetir que nego isso [recebimento de propina]. 

Eu posso debitar isso na conta de uma ilação do Paulo. 

Eu desconheço esse tipo de pagamento”, respondeu.

Eu volto a repetir que nego isso [recebimento de propina]. 
 
Eu posso debitar isso na conta de uma ilação do Paulo. 
 
Eu desconheço esse tipo de pagamento."
 
Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras
O deputado perguntou então se Costa faz “conspiração” contra o ex-colega. 

“Eu não falei em conspiração, eu falei em ilação”, destacou Cerveró.

Cerveró ainda reiterou que não sabe qual político do PMDB o teria indicado para a diretoria Internacional da Petrobras. 

Ele afirmou que conhece Fernando Soares, conhecido por Fernando Baiano, apontado como operador do partido no esquema.

“Eu o conheço como representante de empresas do exterior, mas desconheço o relacionamento dele com o partido”, afirmou.

Encerramento da sessão

A sessão foi encerrada pelo presidente em exercício da CPI, senador Gim Argello (PTB-DF), por volta das 18h porque teve início a sessão deliberativa no plenário do Senado, o que, de acordo com o regimento, interrompe o funcionamento de comissões.

A oposição reclamou do encerramento do que chamaram de “sessão histórica”. “Já fizemos sessões longuíssimas em CPIs e nunca tivemos encerramento devido à ordem do dia. 


É um crime interromper essa sessão”, protestou Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

O deputado Izalci (PSDB-DF) disse que o fim dos depoimentos foi uma manobra dos governistas. “Mostra o desespero da base do governo para não dar continuidade a essa importante sessão”, afirmou.

Quase toda a acareação foi conduzida pela oposição, já que, além do relator temporário, Afonso Florence (PT-BA), apenas dois parlamentares governistas, o deputado Sibá Machado (PT-AC) e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), dirigiram perguntas aos depoentes – nenhum peemedebista usou a palavra.

O líder do PT, senador Humberto Costa (PT-PE), assistiu a parte da sessão, mas não se manifestou. Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", Paulo Roberto Costa disse em depoimento que a campanha do senador em 2010 foi favorecida com o dinheiro irregular, o que ele nega.

Arte Operação Lava Jato 14/11/2014 (Foto: Editoria de Arte / G1)
 

terça-feira, dezembro 02, 2014

Comunicado do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas - SAAEP


O Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep) informa à população que na quarta-feira, dia 3 de dezembro de 2014, o serviço de abastecimento de água será reduzido em toda a cidade. 

O motivo deve-se aos serviços de manutenção nas Estações de Tratamento de Água I e II, para reparos imprescindíveis


O Saaep esclarece ainda que os reparos são necessários por conta do período de fortes chuvas que acabou por obstruir os filtros de limpeza das Estações de Tratamento de Água, paralelo a isso será realizada, também, revisão nos sistemas elétricos e mecânicos das Captações I e II.


A previsão de início dos reparos é a partir das 12h com retorno parcial do abastecimento no dia 4 de dezembro de 2014, quinta-feira, a partir das 07h da manhã.


Recomenda-se aos moradores que economizem e reservem água durante o tempo necessário para a normalização do sistema. 

A Prefeitura de Parauapebas conta com a compreensão de todos.


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Prefeitura assina contrato com Fadesp para realização de concurso público



Na manhã desta terça-feira (2), a Prefeitura de Parauapebas e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) assinaram contrato para a realização de novo concurso público que ofertará mais de mil vagas para os cargos de nível fundamental, médio e superior. 

As provas serão aplicadas nos dias 25 de janeiro de 2015, para os cargos de nível superior, e 8 de fevereiro do mesmo ano, para candidatos de nível fundamental e médio. 

O edital do processo seletivo será publicado pela Fadesp na próxima quinta-feira (4), no site da instituição, na internet.

Na ocasião, o secretário municipal de Administração (Semad), Wady Sobrinho, acompanhado da titular da Coordenadoria de Treinamentos e Recursos Humanos (CTRH), Elveni Dalferth, reforçou que o objetivo da gestão Valmir Mariano é atingir um nível satisfatório de servidores concursados.

O diretor de Concursos da Fadesp, Paulo Freire, destacou que a instituição existe há 37 anos, tendo realizado 80 concursos públicos nos últimos sete anos no Estado do Pará. 

Em Parauapebas, a Fadesp já executou processos seletivos nos anos de 2009, 2012 e 2014. 

O diretor executivo da fundação, Sinfronio Brito Moraes, fez questão de enfatizar que a Fadesp é líder de mercado no estado, dotada de credibilidade e parceira da Prefeitura de Parauapebas. Participaram também da reunião representantes do Sinseppar e Sintepp/subsede Parauapebas.


Texto: Jéssica Borges


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Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...