Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sábado, maio 17, 2014

As evidências de fraude no fundo dos Correios ligado ao PMDB


Como afilhados políticos de Edison Lobão e Renan Calheiros quase levaram o Postalis, fundo de pensão dos Correios, à ruína

 



DIEGO ESCOSTEGUY, COM MARCELO ROCHA E LEANDRO LOYOLA
 
16/05/2014 22h20 - Atualizado em 16/05/2014 23h06

 O PADRINHO O ministro Lobão e Predtechensky, o Russo (à esq.). A gestão de Russo, afilhado de Lobão, deixou um rombo milionário no Postalis (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters e Aureliza Corrêa/Esp. CB/D.A Press)
Elo familiar (Foto: reprodução)
No final do governo Lula, um jovem e brilhante operador do mercado financeiro ascendia no rarefeito mundo da elite política de Brasília

Era Fabrizio Neves, dono da Atlântica Asset, empresa que montara fundos no mercado financiados sobretudo pelo Postalis, fundo de pensão dos Correios. 

O Postalis era comandado por afilhados do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e do senador Renan Calheiros, ambos do PMDB. Fabrizio dava festas e promovia jantares em Brasília e São Paulo. 

Num deles, contratou o cantor Emílio Santiago e um dos pianistas que tocavam com Roberto Carlos. 

Colecionador de armas, dono de bom papo, Fabrizio fez amizades com políticos, diretores do Postalis e lobistas – a maioria deles ligada ao PMDB. Segundo seis desses altos quadros do PMDB, Fabrizio participava também das reuniões em que se discutia o financiamento das campanhas em 2010.

 Com pouco tempo de Brasília, Fabrizio já se tornara um homem poderoso na capital.

Sobre Fabrizio, sabia-se apenas que ele morara em Miami, onde fizera fortuna no mercado financeiro. 

No Brasil, ele estava em alta; nos Estados Unidos, era caçado por credores e pelos investigadores da Securities and Exchange Comission, a SEC, órgão que regula o mercado financeiro americano. 

Acusavam-no de ser o arquiteto de uma fraude que envolvia o dinheiro arrecadado no Postalis. 

A caçada judicial terminou recentemente nos Estados Unidos, e suas consequências ainda não se fizeram sentir no Brasil. 

A ascensão de Fabrizio por lá se deu com dinheiro daqui – dinheiro dos carteiros e funcionários dos Correios, que financiam suas aposentadorias contribuindo para o Postalis. 

A queda de Fabrizio terminou por lá. Mas ainda promete começar por aqui. E isso aterroriza o PMDB.

A história de Fabrizio, contada em documentos confidenciais obtidos por ÉPOCA nos Estados Unidos e no Brasil, ilustra à perfeição o efeito devastador da influência da política nos fundos de pensão das estatais. 

É um problema antigo, que resulta em corrupção e prejuízos aos fundos. Ele atingiu novo patamar no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a ascensão de sindicalistas ligados ao PT à direção de fundos como Previ, do Banco do Brasil, ou Petros, da Petrobras

O caso do Postalis, maior fundo do Brasil em número de participantes (110 mil), é especial. Foi o único fundo de grande porte aparelhado, no governo Lula, pelo PMDB.

 Por indicação de Lobão, o engenheiro Alexej Predtechensky, conhecido como Russo, assumiu a presidência do Postalis em 2006.

 Com o apoio de Lobão e Renan, o administrador Adílson Costa assumiu o segundo cargo mais importante do Postalis: a diretoria financeira.

Amigo de Lobão, Russo tinha no currículo a quebra da construtora Encol, nos anos 1990. Quando diretor da Encol, fora acusado de irregularidades na gestão. 

Fora também sócio de Márcio Lobão, filho de Edison Lobão, numa concessionária que vendia BMWs.

 No Postalis, sua gestão resultou em péssimos números. Dono de um patrimônio de R$ 7 bilhões, o Postalis vem acumulando perdas significativas. Entre 2011 e 2012, o deficit chegou a R$ 985 milhões. 

No ano passado, o fundo somou R$ 936 milhões negativos e, em 2014, as contas no vermelho já somam mais de R$ 500 milhões, com uma projeção para encerrar o ano acima de R$ 1 bilhão. 

A situação do Postalis é tão grave que a Superintendência Nacional de Previdência Complementar, a Previc, responsável por fiscalizar os fundos de pensão, avalia uma intervenção no fundo.

 Os auditores da Previc estão cansados de notificar e autuar os diretores por irregularidades. 

 Houve, ao menos, 14 autuações nos últimos anos, a que
ÉPOCA teve acesso.


 Os mandatos de Russo e Adílson se encerraram em 2012. 

Foram substituídos por novos apadrinhados de Lobão e Renan. 

A presidência ficou com o PT, que indicou Antônio Carlos Conquista – autuado pela Previc por irregularidades na gestão de outro fundo. PT e PMDB disputam agora as decisões pelos investimentos do Postalis.

 A ordem política, dizem parlamentares, lobistas e funcionários do Postalis, é diminuir os maus investimentos. Trocá-los por aplicações conservadoras, de maneira a evitar a intervenção.

A conexão Miami
 
A ascensão de Fabrizio – e da turma do PMDB no Postalis – começa em 2006. 


O Postalis acabara de criar, ao lado de Fabrizio, o fundo Brasil Sovereign, que deveria negociar, nos Estados Unidos, títulos da dívida pública brasileira. 

É um tipo de investimento conservador, mais seguro para quem investe nele, embora, por isso mesmo, costume render menos. 

Ao menos 80% do dinheiro do Brasil Sovereign deveria ser investido nesses títulos. Não foi o que aconteceu. 

Em maio de 2006, Fabrizio, então dono da Atlântica Asset, passou a controlar outra financeira chamada LatAm, com sede em Miami. 

Cabia à LatAm operar as transações com títulos da dívida pública brasileira. 

Ao banco BNY Mellon, cabia administrar e fiscalizar as operações de Fabrizio. Em vez de fazer investimentos conservadores, Fabrizio, dizem a investigação da SEC e uma auditoria externa contratada pelo Postalis, fez roleta-russa com o dinheiro do Postalis.

 Investia em produtos financeiros complexos e arriscados, por meio de um instrumento conhecido como “nota estruturada”. 

Ao fazer as operações, segundo as investigações, desviava dinheiro para contas secretas de empresas com sede em paraísos fiscais. 

Por baixo, os investigadores estimam que US$ 24 milhões foram cobrados indevidamente do Postalis.

Segundo as investigações, a maioria das empresas que recebiam o dinheiro desviado era controlada por Fabrizio. 

Havia uma que não era: a conta da Spectra Trust, empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal. Segundo a Justiça americana, a conta pertencia a Predtechensky, o Russo, então presidente do Postalis. 

Um dos dirigentes da corretora de Fabrizio, que colaborou com as investigações, disse em depoimento que ajudou a montar as contas secretas. 

E que Russo fora apresentado aos funcionários da corretora como o homem dos “fundos de pensão brasileiros”. Em novembro de 2007, US$ 1,5 milhão foi transferido à Spectra.

 Os investigadores ainda tentam descobrir o total depositado na conta da Spectra. 

Meses depois, em 11 de julho de 2008, o Postalis depositou R$ 100 milhões na conta do fundo Brasil Sovereign. 

Era o sexto e último grande investimento do Postalis no fundo operado por Fabrizio.

 Desde que o Brasil Sovereign começara, três anos antes, o Postalis transferira R$ 371 milhões para o controle, na prática, de Fabrizio.

 A soma dos valores era alta, mesmo para os padrões dos fundos de pensão das estatais.

 Os investimentos passavam relativamente despercebidos por causa de uma tática comum. 

Em vez de fazer grandes investimentos de uma só vez, diretores como Russo e Adílson depositavam somas mais modestas, distribuídas por meses – até anos. 

O expediente era possível graças à larga autonomia que Russo e Adílson detinham. 

Podiam autorizar, sem precisar recorrer ao Conselho do Postalis, investimentos individuais de até R$ 120 milhões. 

Para efeito de comparação, diretores da Petrobras têm autonomia para gastar até R$ 30 milhões – e, mesmo assim, com mais limitações. 

A mesma autonomia existe nos fundos de pensão das outras estatais.

Seis dias após o último depósito de R$ 100 milhões, a corretora de Fabrizio nos Estados Unidos pagou US$ 7 milhões por uma nota estruturada do Lehman Brothers – banco que, três meses depois, quebrou e quase levou a economia mundial junto. Era um produto arriscado de origem que, no mercado, já se desconfiava duvidosa (o Lehman). 

No mesmo dia, segundo a investigação da SEC, a corretora de Fabrizio deu início a mais uma fraude, que obrigou o Postalis a pagar, pela nota estruturada, mais do que ela valia. 

Os documentos da SEC demonstram que a diferença, ou ao menos parte substancial dela, foi desviada nas semanas seguintes para a conta da Spectra, a empresa secreta de Russo, presidente do Postalis.

Nos anos seguintes, prosseguiu a prática de investir nesse tipo de produto.

 Em 13 de outubro de 2009, Fabrizio, para aplacar outros credores, entrou com um pedido de falência na Justiça americana. 

No Brasil, era outra história. Dez dias antes, a corretora de Fabrizio começara a arrecadar mais dinheiro do Postalis, desta vez com um fundo para investir em serviços de saúde. No começo de 2010, sua corretora recebeu R$ 2 milhões do Postalis.

 Em maio, as autoridades americanas proibiram Fabrizio de continuar operando no mercado financeiro. Eram os tempos das festas em Brasília.

Combinaram com o russo (Foto: reprodução)
Em dezembro de 2011, quando as investigações da SEC se aproximavam do fim, Fabrizio trocou cerca de US$ 130 milhões do Brasil Sovereign por produtos financeiros arriscados, como as tais notas estruturadas. 

Fez isso sem consultar o Mellon e o Postalis, como mandava a lei. 

O Brasil Sovereign, que deveria aplicar 80% dos recursos em títulos da dívida, tinha 71% do dinheiro aplicado em papéis sem garantias de pagamento. 

Dificilmente o Postalis recuperará o dinheiro. Por isso, tenta um acordo com o Mellon, que poderia, diz o Postalis, ter evitado os prejuízos. 

O Postalis quer que o Mellon pague, ao menos, R$ 400 milhões. Em fevereiro deste ano, Fabrizio fez um acordo com a Justiça da Flórida e com a SEC. 

 Aceitou pagar US$ 4,5 milhões para não ir a julgamento, desde que não desminta publicamente os achados da investigação. Os investigadores americanos querem que ele colabore no rastro do dinheiro desviado.

O ministro Lobão afirma, por meio de nota, que conhece Russo há anos. Russo diz o mesmo. Mas Lobão, ao contrário de Russo, acrescenta: “A relação é de amizade”. 

Lobão, contudo, não admite sequer ter indicado Russo ou os atuais diretores do Postalis. “As nomeações no Postalis são feitas por um Conselho que atua vinculado a outro Ministério (o da Previdência)”, diz. Sobre a relação com Fabrizio e a atuação dele nas campanhas do PMDB em 2010, Lobão limita-se a dizer que “esteve com ele em eventos sociais, mas não em 2010”. Márcio Lobão,  ex-sócio de Russo, diz que se mudou de Brasília para o Rio em 2000 e que, desde então, não mantém contato com ele: “Nunca mais tive qualquer vínculo comercial, social ou empresarial com o senhor Alexej”. 

O senador Edison Lobão Filho afirma não manter qualquer tipo de relacionamento com o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky. “Não converso com esse indivíduo”, diz. 

“Graças a Deus (não tenho relacionamento comercial com ele). Se tivesse recebido algum valor dele, estaria pensando em me suicidar.” 

Aparentemente, a origem da raiva é a antiga sociedade entre Alexej e Márcio, irmão do senador, na concessionária BMW em Brasília. 

“Meu irmão, muito jovem, perdeu o negócio da vida dele por causa da gestão desse indivíduo. 

A BMW tomou a concessionária dele.”
Russo nega, por meio de nota, que tenha participado dos desvios descobertos pela SEC. 

“A offshore (Spectra Trust) foi aberta com a intenção de adquirir um imóvel nos Estados Unidos. 

A aquisição do imóvel não ocorreu, a empresa nunca realizou nenhuma movimentação”, diz ele. Russo disse que “nunca determinou” a abertura da conta bancária em nome da Spectra Trust, que recebia dinheiro após as operações ilegais.

 “A conta foi aberta de forma fraudulenta. Não tinha conhecimento nem da abertura da conta nem de movimentação nela.”

 Diz que nomeou advogados, no Brasil e nos Estados Unidos, para apurar o fato e afirma desconhecer “a origem e destino desses recursos e aguardar as apurações das autoridades competentes nos Estados Unidos para tomar medidas judiciais cabíveis”.

 Russo enviou a ÉPOCA um laudo produzido nos EUA por uma perícia independente.

Segundo a interpretação de Russo, esse laudo comprova, por meio da análise das assinaturas usadas na abertura da conta, que a letra usada não era dele. 

O laudo aponta inconsistências, mas não afirma que houve fraude. 

Diz ainda ser “provável”que a assinatura seja mesmo de Russo. 

Russo não forneceu a ÉPOCA os documentos analisados.

O PADRINHO RIVAL O presidente do Senado, Renan Calheiros (à esq.), e o lobista Milton Lyra (à dir.). Dois cunhados de Lyra compraram a sede do Postalis (no alto), depois revendida. Por influência de Lyra, o Postalis investiu R$ 75 milhões na Galileo Educacional, que quebrou em seguida  (Foto: Beto Barata/ÉPOCA, Jonas Pereira/Agência Senado e reprodução)
 


Tanto Russo quanto Adílson, então diretor financeiro do Postalis, defendem a decisão de investir no Brasil Sovereign. 

“O investimento atendia aos requisitos legais e ao que determinava a legislação e a política de investimentos aprovada em conselho”, dizem ambos, em nota.

 O Postalis, por meio de nota, afirma algo parecido: “A decisão pelo investimento foi da Diretoria Financeira à época e seguiu os procedimentos e normas do Instituto.

 As aplicações estavam em conformidade com as regras e limites previstos nas Resoluções do Conselho Monetário Nacional e a Política de Investimento do Postalis”.

 Na nota, o Postalis afirma ainda que trabalha para resolver o mico: “Assim que tomou conhecimento do assunto, a Diretoria Executiva ajuizou protesto interruptivo de prescrição. Além disso, contratou escritório de advocacia nos EUA para a adoção de medidas cabíveis em defesa dos interesses do Instituto”.

O Mellon, que administrava o Brasil Sovereign em nome do Postalis, prefere não dar explicações sobre o caso.

 “Apesar de não podermos comentar assuntos específicos de clientes, ressaltamos que levamos a sério nossas responsabilidade e estamos focados em fornecer aos nossos clientes serviços de qualidade e em ganhar sua contínua confiança”, diz o Mellon em nota.

 Pelo acordo que fez com a Justiça americana, a que ÉPOCA teve acesso, Fabrizio não pode comentar, muito menos negar publicamente, as fraudes investigadas pela SEC no Brasil Sovereign. 

“Não vou falar”, diz, mesmo quando questionado sobre sua relação com Russo e o PMDB. Brian Miller, advogado de Fabrizio nos EUA, não respondeu às ligações de ÉPOCA.

O Postalis minimiza as autuações da Previc a seu atual presidente, Conquista. 

“Autuação não é condenação. 

No caso do Postalis, o único auto de infração imputado ao presidente foi julgado improcedente. 

No que se refere à GEAP, não há decisão administrativa definitiva, sendo que um dos autos também já foi divulgado improcedente”, diz o Postalis.

O DNA da fraude (Foto: reprodução)

A ascensão de Miltinho

Enquanto Fabrizio caía em desgraça, o lobista Milton Lyra, ligado a Renan e conhecido como Miltinho, ascendia em Brasília. 

Criou relações com Russo e Adílson. Miltinho organizou um investimento que deu prejuízos ao Postalis. Em 2010, o grupo Galileo Educacional foi criado para tentar salvar a universidade Gama Filho da bancarrota.

 O Galileo emitiu R$ 100 milhões em debêntures, títulos em que a empresa paga juros no futuro a quem a financia. A garantia eram as mensalidades do curso de medicina, o mais respeitado. 

O Postalis investiu R$ 75 milhões no Galileo. Dois anos depois, Miltinho tornou-se diretor do Galileo. No ano passado, o Ministério da Educação descredenciou a Gama Filho, e milhares de estudantes ficaram sem aulas, sem diploma e, claro, não pagaram mensalidades. 

O grupo Galileo está quebrado, com uma dívida de cerca de R$ 900 milhões.

Também em 2010, Russo e Adílson fizeram outra operação questionável para o Postalis. 

A dupla vendeu a sede do Postalis, em Brasília, a cunhados de Miltinho, por R$ 8,2 milhões. O negócio foi feito em nome de uma empresa criada seis meses antes. 

Phelipe Matias, um dos cunhados, afirma ter faturado cerca de R$ 1,2 milhão em aluguéis antes de revender o prédio. Agora, o Postalis paga R$ 139 mil de aluguel para ficar no mesmo lugar. 

A Previc autuou o Postalis pela operação. Por irregularidades, a Previ aplicou a Russo e Adílson multas de R$ 40 mil e os inabilitou por dois anos.

O Postalis diz que “desinvestir em imóveis foi uma decisão estratégica do Instituto”. 

Afirma que, na venda do edifício-sede, houve concorrência e que a proposta dos cunhados de Miltinho era a melhor. 

Renan confirma que conhece Miltinho, mas não informa se fizeram ou mantêm negócios em comum.

De dono a inquilino (Foto: reprodução)


sexta-feira, maio 16, 2014

JOAQUIM BARBOSA NÃO ESTÁ ACIMA DA LEI, DIZ FILHO DE DIRCEU



Fonte: Reprodução/brasilpolitico

Por Fausto Macedo

São Paulo (AE) – Zeca do PT, filho do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), visitou o pai no Presídio da Papuda ontem, quarta-feira, 14, e de lá saiu com uma certeza. 

“Para mim está cada vez mais evidente que Joaquim Barbosa (ministro presidente do Supremo Tribunal Federal) não está desrespeitando só o direito do meu pai, só os condenados da ação penal 470 (Mensalão). 

Ele pratica um desrespeito ao próprio Supremo, aos outros ministros.
 
Principalmente, no que diz respeito a essa obstrução constante ao direito de meu pai trabalhar.”

Dirceu está preso desde novembro de 2013, condenado a 7 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto que, até agora, cumpre no fechado. 
Tem proposta para trabalhar em um prestigiado escritório de advocacia de Brasília, pelo salário de R$ 2,1 mil. 
Mas ainda não recebeu autorização para dar expediente fora da prisão, apesar de parecer favorável do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Deputado federal pelo Paraná, vice-líder da bancada do PT na Câmara, ex-prefeito de Cruzeiro do Oeste (PR) em dois mandatos (2004/2010), 35 anos de idade, bacharel em ciências da computação, Zeca do PT se declara indignado. 
“Joaquim Barbosa não se conforma com a decisão do Pleno do Supremo na hora dos embargos infringentes, quando os ministros derrubaram o crime de formação de quadrilha. 
Na cabeça dele, todo mundo está condenado ao regime fechado. 
Vai valer a vontade dele e não da maioria dos ministros, que reconheceram o direito dos réus ao semiaberto.”
“A situação é muito difícil, angustiante, um cenário sempre de incertezas”, relata. 
“Sofro como filho, mas já decidi nos últimos dias tentar deixar de lado um pouco do sentimento de filho e olhar a coisa mais sob o aspecto político, e também institucional e legal. 
Comecei a estudar e pesquisar sobre os regimes de prisão, o direito à progressão do regime, a lei de execução penal.”
Para Zeca do PT, o presidente do Supremo “quer mudar uma concepção que prevalece no País há 20 anos”. 
“Não dá para aceitar esse descalabro”, pondera o filho de José Dirceu. 
“Pela primeira vez quero falar como cidadão, como parlamentar, como político. 
Acho que o cidadão, por mais ingênuo que seja, percebe que a lei não está sendo cumprida. 
Desde sempre a gente ouve que a lei tem que ser respeitada e nunca questionada. 
Agora, não é mais assim. 
Decisão do Supremo não vale, só vale o que ele (Barbosa) quer.”
 Fonte: Nelson Jr./SCO/STF
“Joaquim Barbosa não está acima da lei, ninguém está acima da lei”, argumenta.
 “Meu sentimento é de indignação. 
Ele (Barbosa) é presidente do Supremo, deve zelar pelo cumprimento da lei. 
Eu considero muito difícil me manifestar assim, é constrangedor como deputado ter de falar isso. 
Pelo posto que ele ocupa. 
É uma aberração o que está acontecendo.”
Zeca do PT rebela-se contra a investigação sem fim sobre supostos privilégios concedidos a seu pai na prisão e que levou uma promotora do Distrito Federal a pedir quebra de sigilo telefônico até do Palácio do Planalto. 
“Minha percepção vai além dessa insistência de fazer uma investigação, quebrando sigilo telefônico de Deus e o mundo. 
Joaquim Barbosa busca uma agulha no palheiro para distorcer um pequeno fato e criar uma penalidade além da que meu pai já está sofrendo. 
O pior é ser condenado por um regime e ter de cumprir em outro e ainda ser taxado de receber tratamento privilegiado. 
Isso é insano.”
“Joaquim Barbosa quer uma nova penalidade para José Dirceu”, desabafa Zeca do PT. 
“Talvez ele esteja olhando lá no horizonte com a meta de não deixar que haja a progressão para o regime aberto. 
Por que ficar insistindo numa mega investigação? 
Se ele não explica, só posso concluir que está buscando um meio de aplicar uma penalidade ainda maior.”
“Não se trata de respeito ao meu pai e à legislação, mas aos demais ministros do Supremo. 
Eles decidiram que era semiaberto para José Dirceu. 
Mas Joaquim Barbosa quer contrariar tudo isso, a legislação do País sobre a progressão de regime na prisão. 
É uma coisa ditatorial.” 
Zeca do PT diz que o pai está enfrentando a Papuda “do jeito que sempre enfrentou tudo, com muita fé, muita coragem e determinação”.
Ele diz ter uma esperança. 
“O Supremo vai fazer valer a decisão do próprio Supremo. 
O presidente não pode estabelecer que uma decisão do Supremo não vai ser cumprida. 
Joaquim Barbosa tenta criar uma imagem de corajoso, que está lá no Supremo para o que der e vier, mas parece que tem medo de cumprir a decisão sobre o direito dos réus ao trabalho externo. 
Por que ele não divide com o Pleno, porque não ouve os outros ministros?”
Para Zeca do PT, a atitude de Barbosa “é uma contradição”. 
“Joaquim Barbosa se passa por tão corajoso e destemido, mas tem receio de consultar o Supremo. 
Minha esperança é que um dia algum ministro vai se manifestar sobre isso. 
Vejo ministro dando entrevista sobre tanto assunto, será que um dia um deles vai falar sobre isso?”
Se por acaso encontrar Joaquim Barbosa? 
“Eu lançaria esse desafio a ele. 
Se está com tanta razão, se de fato segue o que diz a lei, por que não consulta os outros ministros? 
Por que tem medo?”
Zeca do PT diz que também alimenta esperança nas manifestações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 
“Uma manifestação foi em relação àquela loucura em quebrar tudo quanto é sigilo de telefone, fazer uma mega investigação. 
A outra sobre a questão de permitir o trabalho externo, de considerar necessário. 
É um alento o procurador geral falar isso. 
Equilibra um pouco o espírito da gente. 
Às vezes a gente fica desnorteado.”
Ele faz um pedido. 
“Acho também importante as manifestações dos juristas e advogados. 
Espero que mais gente alerte sobre essa situação. 
Não é ditadura, não é proibido discordar do que pensa o presidente do Supremo. Eu estou curioso de achar alguém que concorde com o que ele está fazendo. 
Não é razoável mudar a concepção da execução penal, que prevalece no País há muitos anos e prevaleceu para todos os condenados na própria ação penal 470. 
Quando chegou a vez de José Dirceu ele (Barbosa) mudou a interpretação.”

COMENTÁRIO 
Esse cara é um debiloide ! 
Será que ele acha que a nação brasileira vai deixar de apoiar a atitude do Ministro Joaquim Barbosa para apoiar a manifestação dele a favor do pai dele ladrão ? 
Só quem defende bandido são seus familiares, advogados por força do exercício da sua profissão e quem se beneficia com os frutos dos roubos do mesmo.  
Você calado ainda está errado Zeca do PT !

Valter Desiderio Barreto - Jornalista.

quinta-feira, maio 15, 2014

Palavra do prefeito Valmir Queiroz Mariano


Boa tarde, meus amigos!




Assinei ontem, 14, convênio com a Fundação Vale e a Fundação Bento Rubião para a construção de 500 unidades habitacionais de interesse social em Parauapebas. 

As unidades serão construídas na Rodovia Faruk Salmen, ao lado do Residencial Vale do Sol. 

Essa é mais uma importante ação do nosso governo.

COMUNICADO



Comunicamos à população aguafriense e ao publico em geral, que a presença da Policia Federal no município de Água Fria, nesta Terça – Feira (13 de Maio), referiu-se a operação 13 DE MAIO, realizado em conjunto pela POLICIA FEDERAL, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, RECEITA FEDERAL e JUSTIÇA FEDERAL, que possui como objeto a investigação de esquema de desvio de recursos públicos realizados por suposta quadrilha que tinha como integrantes diversos prefeitos, ex-prefeitos, empresários e funcionários públicos, ocorrendo que houve a uma ação de BUSCA E APREENSÃO CRIMINAL, ocorrida no prédio da prefeitura Municipal, decorrente da OPERAÇÃO 13 DE MAIO, que, em nada se relaciona com a gestão UMA NOVA HISTÓRIA, iniciada no ano de 2013. 

A gestão pública atual, não possui qualquer relação com as pessoas envolvidas no esquema de desvio de recursos públicos, a investigação é referente a desvio de recursos públicos que chegam a R$ 70 milhões. 


Segundo a Polícia Federal, uma organização criminosa formada por empresários e funcionários públicos, há mais de 10 anos, desviavam recursos públicos que ficavam em uma conta do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). 

Empresas de fachada e laranjas eram contratados para a realizar serviços de engenharia, de transporte escolar e realização de eventos sociais para o grupo.

Houve mandado de busca e apreensão, emitido pela Juíza do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. 


Determinação contida era para que a Prefeitura Municipal fornecesse todos os documentos relativos a processos licitatórios e de pagamentos realizados no período de 2001 a 2012. 

Assim, a atual gestão municipal que sempre preza pela transparência e licitude de seus atos, recepcionou os agentes Federais e o delegado da Policia Federal, para disponibilizar toda e qualquer informação requerida e relacionada à investigação. 

E sempre que precisar, esta gestão estará de portas abertas para atender, pois preza pela transparência. 

Após o fato, todos os órgãos da Administração direta e indireta voltaram ao seu normal funcionamento.

Água Fria – Bahia, 14 de Maio de 2014.

Governo UMA NOVA HISTÓRIA

Vale adere ao Movimento Maio Amarelo promovido pela Prefeitura de Parauapebas


Em reunião ocorrida nesta quarta-feira (14) entre a Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (Semsi) e a empresa Vale, ficou acertada a adesão da mineradora ao Movimento Maio Amarelo.

Às 15 horas desta sexta-feira (16) no cine teatro de Carajás, antes do início de uma reunião com cerca de 400 empregados da empresa, eles receberão o laço amarelo, símbolo da campanha, vão assistir aos vídeos institucionais e receber informações da Semsi sobre o Movimento Maio Amarelo. 

Os vídeos institucionais também serão exibidos dentro da programação interna do trem de passageiros nos trajetos Parauapebas/São Luís/Parauapebas.

Durante a reunião, a mineradora se comprometeu, ainda, em agendar uma data para que os atores do Núcleo de Educação no Trânsito (NET), do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), se apresentem no refeitório das minas para que mais pessoas tenham acesso às mensagens do movimento.


Prefeitura Municipal de Parauapebas | Assessoria de Comunicação Social
Núcleo de Imprensa | imprensa@parauapebas.pa.gov.br
(94) 3356-0531 / 3346-1005 - Ramal 2079  | (94) 8807-7734
www.parauapebas.pa.gov.br


Programação diversificada na campanha de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes


Com o objetivo de sensibilizar a sociedade de Parauapebas para a necessidade de denunciar casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, e também despertar o diálogo sabre o assunto no seio familiar, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) realiza a campanha do Dia 18 de Maio com o tema “O teu silêncio te torna cúmplice”.

Nessa data, ações em todo o Brasil são realizadas para tratar da luta contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 

Em Parauapebas, a Semas preparou uma programação especial que se realizará entre os dias 13 e 17 de maio, conforme cronograma a seguir:
      
Dias 13, 14 e 15: Pedágio em semáforos com distribuição de folders e adesivos da campanha;
        
Dia 16: Seminário técnico para profissionais da assistência social, saúde, educação e ONGs, com a palestra do promotor Maurício sobre infância e juventude em Belém;        

Dia 17, às 16 horas: Evento em culminância da campanha no anfiteatro (concha) da PA 275, com apresentações culturais (dança, música, capoeira e teatro), orientações a cerca da temática, entre outras atividades;       

Paralelo a estas ações, está sendo realizado um concurso de redação entre 10 escolas municipais, que participam com uma turma representando a unidade de ensino. 

Os autores das cinco melhores redações receberão premiação no dia 17.

Histórico do dia 18 de maio.

A data escolhida para realização do Dia Nacional de Luta contra Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes relembra a toda sociedade brasileira o caso da menina sequestrada em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos de idade, que foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba.

Muita gente acompanhou o desenrolar do caso, mas poucas, entretanto, foram capazes de denunciar o acontecido. 

O silêncio de muitos acabaria por decretar a impunidade dos criminosos.


Prefeitura Municipal de Parauapebas | Assessoria de Comunicação Social
Núcleo de Imprensa | imprensa@parauapebas.pa.gov.br
(94) 3356-0531 / 3346-1005 - Ramal 2079  | (94) 8807-7734
www.parauapebas.pa.gov.br

PRÊMIO NACIONAL EDUCADORA ESTELA NOEMY BORGES


Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...