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sábado, dezembro 14, 2013

Quase metade de população do RS sofre de anemia, aponta estudo

Do total, 36% são mulheres com idade entre 14 e 30 anos, diz especialista.
Doença pode ser prevenida com adição de mais ferro na alimentação.

 

Do G1 RS
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Cerca de 45% da população do Rio Grande do Sul tem anemia, revelou um estudo realizado recentemente pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). 

A pesquisa indica que a doença atingiu índices alarmantes no estado, mas pode ser prevenida de maneira fácil com controle da alimentação, como mostra a reportagem do Vida e Saúde (veja o vídeo).

Segundo a hematologista Lúcia Silla, que coordenou o estudo, a doença pode ser considerada um grave problema de saúde pública. 

Separando os dados por sexo e por idade, a pesquisa concluiu que 36% das mulheres avaliadas entre 14 e 30 anos estavam com a doença. 

Em crianças de até dois anos de idade, o índice foi muito maior e alcançou 76%.
”(A taxa) é muito alta. 

A definição de problema de saúde pública da Organização Mundial da Saúde (OMS) é quando uma determinada afecção compromete 5% da população”, compara a médica.

De acordo com a pesquisadora do hospital, o que mais preocupa é quando a mulher tem anemia durante a gravidez. 

As consequências para a criança podem ser irreversíveis, diz Lúcia. “Durante a gestação, a falta de micronutrientes leva ao comprometimento da capacidade cognitiva do futuro bebê para sempre”, alerta a médica.

A anemia é causada pela quantidade muito baixa de ferro circulando pelo corpo. 

Sem essa substancia, fica difícil o sangue levar oxigênio até as células. 

Os sintomas são: indisposição, sonolência durante o dia, sono agitado à noite e alterações de humor. 

Nas mulheres, unhas quebradiças e cabelo sem brilho também servem de alerta, mas o diagnóstico seguro é feito apenas com exame de sangue.

“O oxigênio é um radical potentíssimo e o único que segura é o ferro, tanto que a gente vê o ferro enferrujado na natureza porque ele reage com o oxigênio. 

Então, nós lançamos mão, quer dizer, a evolução lança mão do ferro, que é o elemento que carrega o oxigênio dentro do nosso corpo”, explica Lúcia.

O pequeno Gustavo Jacoby foi diagnosticado com anemia com menos de um ano de idade. 

A mãe, Marília Macedo, procurou ajuda e descobriu que o problema estava relacionado à quantidade de leite que ele tomava quando bebê. “Eu oferecia comida, mas ele não comia, só queria mamar, no peito ou na mamadeira, quatro vezes por dia. 

Chorava a noite toda também pelo ‘mamá’”, conta a mãe.

Segundo a hematologista do HCPA, o mesmo problema ocorre com muitas crianças. “É muito comum uma criança de mais ou menos 10 quilos tomar quatro mamadeiras por dia. 


Quatro mamadeiras de 250 ml é um litro de leite. 

Isso equivaleria a um adulto de 60 quilos tomar seis litros de leite por dia. 

Aí é impossível que a criança goste de comida de sal, pois ela não tem nenhuma fome, está completamente saciada”, diz a médica.

Gustavo passou mais de um ano tratando a anemia com alimentação rica em ferro e medicação. 

A receita para prevenir a doença é reforçar o cardápio com alguns tipos de alimentos. 

A carne é a principal fonte de ferro, principalmente o fígado, tanto de frango quanto bovino. 

Depois vem o bife, o peito de frango e a sardinha. 

Os vegetais também fornecem ferro, como lentilha, feijão preto, feijão branco e ervilha.

Açúcar do tipo mascavo e melado também são alternativas, mas para serem melhor aproveitados pelo organismo precisam de uma ajuda. 

A nutricionista Sandra Mello diz que para melhorar essa absorção pelo organismo e dar uma condição melhor, é preciso agregar algum elemento com vitamina C. “Tanto pode ser numa salada com tomate, quanto um suco de algum cítrico. 

Aí eu consigo melhorar bastante a absorção do ferro”, diz Sandra.

Receita
Confira como preparar um bolo de cenoura que é puro ferro

Ingredientes
Ingredientes do bolo
- 4 ovos inteiros
- 2 cenouras
- 1/2 xícara de óleo vegetal
- 1 xícara de suco de laranja
- 3 xícaras de farinhas de trigo com fermento
- 2 xícaras de açúcar mascavo

Ingredientes da calda
- 2 xícaras de melado líquido
- 2 colheres de chocolate em pó com 70% de cacau

Modo de preparo
Bata no liquidificador os ovos, a cenoura, o óleo e o suco de laranja. 


Em outro recipiente, coloque a farinha com fermento e açúcar mascavo. 

Depois misture todos os ingredientes, coloque em uma forma untada e leve ao forno em fogo médio por 40 minutos. 

Para a cobertura, coloque o melado e o chocolate em uma panela até deixar a massa consistente. Depois, é só despejar em cima.

Fumantes são mais infelizes, indica estudo feito na PUC de Porto Alegre

Segundo aponta pesquisa, tabagismo pode levar à ansiedade e depressão.
Estudos estão desmitificando a ideia de que o cigarro pode ser calmante.

Márcio Luiz Do G1RS
28 comentários
Pesquisas recentes estão acabando com o mito de que o cigarro pode funcionar como um “calmante” em momentos de ansiedade e nervosismo. 

O hábito de fumar, na verdade, pode tornar as pessoas mais infelizes e levar à depressão, aponta um estudo feito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre.

A pesquisa foi realizada com 1.021 pacientes do Ambulatório de Cessação do Tabagismo do Hospital São Lucas da PUCRS e comparou grupos de fumantes, ex-fumantes e pessoas que nunca fumaram. 

Os resultados mostraram que os primeiros atingiram, em média, 50% a mais de pontos do que os demais em uma escala usada para medir o grau de depressão.

Entre o grupo de tabagistas, os que fumavam mais cigarros por dia e por mais tempo apresentaram quadros de depressão mais profundos. 

Para o pneumologista José Miguel Chatkin, coordenador do estudo, os resultados reforçam a noção de que a nicotina ou outras substâncias inaladas na fumaça do cigarro podem ser causadores de ansiedade e depressão.

“Inúmeros trabalhos têm mostrado que o grau de ansiedade e de depressão de fumantes são maiores. 

Não fumantes e ex-fumantes são mais felizes em vários aspectos da vida, como satisfação com a posição profissional e com a vida pessoal”, explica o médico.

O pneumologista diz que até poucos anos atrás predominava, mesmo entre os profissionais de saúde, a noção de que o fumante utilizava o cigarro como uma automedicação, um ansiolítico ou antidepressivo, para aliviar o mal-estar que sentia. 

As pesquisas recentes, no entanto, estão derrubando esse mito e demonstrando que o tabagismo pode estar associado a outros malefícios, além dos já conhecidos pela medicina.

O estudo não constatou diferenças significativas entre homens e mulheres. 

Também mostrou que ex-fumantes apresentavam grau de ansiedade ou depressão praticamente igual ao do grupo de pessoas que nunca fumou, resultado considerado importante para orientar o trabalho de especialistas no tratamento de pacientes que desejam abandonar o vício.

“Esse é um argumento fundamental para ser utilizado com o tabagista. 

Durante o tratamento, existe um momento de turbulência, provocado pela crise de abstinência, que dura cerca de uma semana. 

O fumante fica pensando em como será a vida dele sem a 'bengala' que é o cigarro. 

Mas ele precisa entender que, passada essa fase, ele terá um ganho de qualidade de vida significativo”, destaca Chatkin.

Parte da tese de doutorado de uma bióloga, o estudo feito na PUCRS foi publicado no British Journal of Psychiatry e apresentado em uma conferência nos Estados Unidos. 

Agora, ele dará origem a outra pesquisa, mais completa, com acompanhamento de pacientes antes e depois de largarem o cigarro. 

A intenção é saber se a melhora no humor tem relação com o tabagismo ou se deve ao fato do ex-fumante sentir-se melhor por ter conseguido vencer a batalha contra o fumo.

Estudo da PUCRS indica que fumantes são mais infelizes (Foto: Reprodução) 
Hábito de fumar pode levar à depressão, diz pesquisa (Foto: Reprodução)
 
 
SUS oferece tratamento
Segundo dados do Ministério da Saúde referentes a 2012, o número de fumantes em Porto Alegre caiu 10% nos últimos seis anos. 


Ainda assim, a cidade segue sendo a capital brasileira com maior incidência de adultos fumantes, com 18% do total da população. 

A capital gaúcha também tem a maior proporção de pessoas que fumam 20 cigarros ou mais por dia: 7%.

Levantamentos semelhantes indicam que 80% dos fumantes desejam parar de fumar, mas apenas 3% conseguem a cada ano. 

A maior parte abandona o cigarro sozinha, mas muitas pessoas precisam de tratamento especializado, que inclui acompanhamento psicológico e até o uso de medicamentos. 

Nesse caso, as chances de sucesso são maiores, diz a coordenadora do Programa Municipal de Controle do Tabagismo da capital, Fabiana Reis Ninov.

O tratamento para parar de fumar é oferecido de graça no sistema público de saúde. 

De acordo com Fabiana, o interessado precisa procurar o seu posto de saúde de referência. 

Lá, ela será encaminhado para a consulta com um médico, que fará uma abordagem clínica e solicitará exames. 

Depois disso, o paciente é convidado a participar de encontros com um grupo de apoio e, dependendo do grau de dependência, pode receber remédios. 

“Normalmente, quando o tabagista nos procura ele tem um alto grau de dependência, com consequências sérias para a saúde. 

Nesses encontros, ele vai aprender a mudar o seu comportamento, a se conscientizar. 

O cigarro está relacionado a hábitos. 

A pessoa fuma depois do café, quando está ansiosa, triste, etc. 

Ele apreende com os profissionais a mudar esse comportamento e a lidar com os sintomas da crise de abstinência”, diz a especialista.

Em torno de 20 a 30% dos pacientes conseguem deixar de fumar após os primeiros quatro encontros com o grupo de apoio. 

Muitos tem recaídas, consideradas normais pelos especialistas. 

São poucos os que conseguem abandonar o vício logo nas primeiras tentativas. 

Isso porque, segundo Ninov, a dependência da nicotina é a mais forte entre as drogas, superior à do crack e da heroína, por exemplo. 

O empresário Omar Ballestrin Outeral só consegui vencer a batalha contra o tabagismo após três tentativas. 

Fumante por 49 dos 61 anos de vida, ele lembra exatamente a data em que se livrou do vício: 29 de janeiro de 2013. 

Desde então, notou benefícios não só no humor, mas em vários outros aspectos. 

Tanto que hoje se considera uma pessoa completamente diferente da que fumava dois maços de cigarro por dia.  

Como muitos fumantes, ele decidiu largar o cigarro quando começou a ter problemas de saúde. No caso dele, de pressão. 

Após o tratamento, largou o cigarro e ganhou 12 quilos. 

Desde então, mudou seu estilo de vida e adotou hábitos mais saudáveis. 

Fez dieta para perder o peso extra e começou a caminhar  cerca de um quilômetro diariamente.

“Eu fumava de meia em meia hora. O cigarro era meu maior companheiro. 

Depois que parei, a melhora foi geral. 

Acabou aquela tosse maldita que eu tinha. 

Tenho mais disposição, não sinto mais dores nas pernas, e estou dormindo melhor. 

Até a minha pele melhorou. Meu bigode e meus dentes até estão mais brancos”, garante Omar.

Ex- juiz Nicolau dos Santos Neto perde aposentadoria

Ele foi condenado pelo desvio de quase R$ 170 milhões.
Santos Neto está preso em Tremembé, no interior de São Paulo.

 

Do G1 São Paulo

 
O ex-juiz do Trabalho Nicolau dos Santos Neto teve a aposentadoria cassada pelo Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, segundo informou a Globo News. 

Lalau, como ficou conhecido, continuou recebendo a aposentadoria desde a condenação.

Neto foi julgado em 2006 por participar de um esquema que desviou cerca de R$ 170 milhões da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo. 

Desde abril, ele cumpre pena em Tremembé, no interior de São Paulo.

O ex-juiz foi presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) na época do desvio. 

Em maio de 2006, no julgamento criminal, foi condenado a 26 anos e 6 meses de prisão. 

No começo de 2007, ele conseguiu que a Justiça o autorizasse a cumprir a pena em prisão domiciliar, alegando depressão. 

Em março de 2013, o Tribunal Regional Federal  da 3ª Região (TRF3) cassou sua prisão domiciliar.

Em setembro do ano passado, a Justiça suíça autorizou a repatriação de US$ 7 milhões bloqueados desde 1999 em uma conta do ex-juiz em um banco do país. 


A decisão também condenou o ex-magistrado a indenizar o Brasil em US$ 2.153.628 por causa de transferências bancárias realizadas por ele, na década de 1990.

Nicolau dos Santos Neto, o ex-senador Luiz Estevão e os empresários José Eduardo Corrêa Teixeira Ferraz e Fábio Monteiro de Barros Filho, ex-sócios da construtora Incal, foram condenados em 2006 por corrupção, estelionato, peculato (desvio de dinheiro público), uso de documento falso e formação de quadrilha. 


O grupo agiu nos anos 1990 superfaturando as obras do TRT paulista. 

Em 1999, a CPI do Judiciário apontou que o desvio foi de cerca de R$ 170 milhões. 

Estevão teve o mandato cassado no Senado em 2000 por conta deste episódio.

sexta-feira, dezembro 13, 2013

DOENÇAS RARAS

Vítimas de doenças raras convivem com alto custo do tratamento


As irmãs, moradoras de uma vila perto da cidade de Pune, na Índia, herdaram a doença do pai  Foto: The Grosby Group

Bénie sofreu a primeira crise de porfiria - doença hereditária - aos 15 anos de idade. 

Porém, o diagnóstico só foi confirmado há oito anos. 

Não se sabe ao certo quantas pessoas no mundo têm porfiria. 

Acredita-se que uma a cinco pessoas em cada 100 mil habitantes podem desenvolver algum tipo do distúrbio metabólico. 

No Brasil, a estimativa varia de 1,9 mil a 9,5 mil pessoas.


A subnotificação e o fato de não afetar tantas pessoas em comparação a outras enfermidades levam as doenças raras a serem desconhecidas até mesmo dos próprios médicos, resultando no diagnóstico tardio ou equivocado. 

Em alguns casos pode demorar 20 anos para a constatação de que uma pessoa sofre de doença rara. 

Em uma das crises, Bénie conta que a dor era tão intensa que um médico queria submetê-la a uma cirurgia.


Devido à porfiria, Bénie diz não ter tanta energia para fazer várias atividades e lembra que tem de tomar constantemente remédios para controlar as dores. 

Ela evita alguns tipos de medicamento, como analgésicos, que são verdadeiros estopins para uma crise. 

"Me sinto fraca, o braço treme e são fisgadas de dor. 

Não consigo nem tomar um gole de água que já sinto náuseas", relata.


Nos momentos mais críticos, precisa ficar internada por vários dias, afastada do trabalho de pedagoga na rede pública de ensino em Curitiba. 

Além das dores, ainda tem de lidar com o preconceito em relação à doença. 

"Uma vez, uma colega deu uma indireta de que eu não iria trabalhar só por causa de uma dor na barriga", conta Bénie, que é vice-presidenta da Associação Brasileira de Porfiria.


As mudanças de hábitos impostas pela doença afetaram também a vida pessoal da pedagoga. 

"Ele o ex-marido descobriu junto comigo a doença e não conseguiu lidar. 

Acho que não deu conta de lidar com a pessoa em que me transformei".


No Dia Mundial das Doenças Raras, lembrado nesta quarta-feira, Bénie e outros brasileiros chamam a atenção para as dificuldades de enfrentar uma enfermidade que quase ninguém conhece. 

Entre elas estão a falta de médicos, laboratórios e hospitais especializados e o alto custo do tratamento - a maioria dos remédios não está disponível no Brasil e precisa ser importada.

"É de absoluta necessidade a conscientização da classe médica e da população em geral sobre os sintomas e o tratamento", alerta Raquel Martins, presidenta da Associação Brasileira de Portadores de Angiodema Hereditário - doença genética que provoca inchaços em vários partes do corpo, inclusive na laringe.


Para ter acesso à medicação, muitos pacientes têm recorrido à Justiça. 

Apenas em 2011, o Ministério da Saúde desembolsou R$ 167 milhões para atender a 433 ações judiciais que determinavam a compra de remédios para pessoas com doenças raras.


Há três anos, o governo federal lançou a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica com o objetivo de criar uma rede de assistência a pessoas com doenças raras, inclusive com centros de aconselhamento genético. 

Segundo o Ministério da Saúde, o entrave é que existem 5 mil alterações genéticas que podem levar à ocorrência dessas doenças. 

A maior parte delas não tem cura e nem tratamento com eficácia comprovada, e os remédios servem para amenizar os sintomas, segundo a pasta.


Atualmente, 80 hospitais são equipados para consultas em genética clínica e realizaram mais de 71 mil atendimentos no ano passado.

Os gastos com exames de laboratórios e consultas somam cerca de R$ 4 milhões por ano, conforme o governo federal. 

Já existem protocolos com orientações para indicação de remédios e exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para 18 tipos de doenças raras.


Na avaliação de entidades que representam pacientes com doenças raras, o atendimento precisa ser personalizado diante das demandas específicas. 

"A criação de um centro de referência em doenças genéticas com atenção especial, tratamento diferenciado, com orientação à família e com profissionais capacitados seria uma boa pedida. 

Não é algo tão impossível de fazer", cobra Valério Oliveira, presidente da Associação Brasileira das Pessoas com Hemangionas e Lifangiomas - má-formação vascular que resulta em manchas avermelhadas no rosto.

Fonte: Revista de Ciências.

quinta-feira, dezembro 12, 2013

Netos de Pelé conseguem na Justiça o direito de receber pensão do avô

Advogado dos netos havia entrado com recurso para aumentar o valor.
Por meio de sua assessoria, Pelé disse que não falará sobre o assunto.

 

Do G1 Santos
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Netos de Pelé perseguem o sonho de mostrar em campo o DNA real (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) 
Netos de Pelé tentam seguir a carreira do avô (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
 
 
Dois netos de Pelé, filhos da ex-vereadora santista Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento Felinto, ganharam na Justiça, na quarta-feira (11), o direito de receber uma pensão de sete salários mínimos que deverá ser paga pelo avô. 

Depois de uma longa batalha judicial, as duas crianças, Octávio, de 15 anos, e Gabriel, de 13, receberão mensalmente, cada um, a quantia provisória de R$ 4.746.

A filha de Pelé, que lutou durante vários anos pelo reconhecimento da paternidade e conviveu com as negativas do pai, morreu de câncer de mama em 2006. 

Ainda cabe recurso por parte da equipe de advogados do ex-atleta.

As crianças, que atualmente moram com o pai, marido de Sandra na época, Ozeas Felinto, chegaram a treinar em clubes de futebol do Paraná para tentar seguir os passos do avô. 

Durante o processo, os advogados alegaram que as crianças passaram a infância sem ter acesso a necessidades básicas. 

Os desembargadores aceitaram a tese e consideraram que Pelé tem uma dívida com os netos.

O advogado da família dos garotos, Cláudio Forssell, acompanha o caso.

"Os valores foram fixados pela juíza de Osasco, mas entendemos que não foi um valor satisfatório e entramos com recurso, que foi julgado ontem (quarta) pelo Tribunal de Justiça. 

Ainda não tive acesso aos detalhes da nova decisão. 

Vou me inteirar desse assunto ainda hoje", afirma o advogado.

A mãe, Sandra, é lembrada em foto no criado-mudo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) 
A mãe, Sandra, é lembrada em foto no criado-mudo (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
 
 
Segundo Forssell, a família dos meninos não quer se pronunciar sobre o caso e, por isso, somente ele falará sobre o andamento do processo. 

O pai das crianças, segundo o advogado, também não quer fazer nenhum comentário sobre o caso. "Não temos interesse em expor ninguém. 

Vamos aguardar o prosseguimento. 

Eles têm um prazo para apresentar a defesa. 

Mas isso só deve acontecer no ano que vem", diz Forssell.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa de Pelé. Na manhã desta quinta-feira (12), Pepito, assessor pessoal do ex-jogador há vários anos, afirmou que Pelé está ciente do assunto, mas não se manifestará a respeito.

Luta pela paternidade

Em 1991, Sandra Regina Machado, então com 27 anos, entrou com uma ação na Justiça para ser reconhecida como filha do "rei do futebol". 


Só ganhou a ação em 1996, quando adquiriu o sobrenome famoso do pai. 

Os traços do rosto dela lembram os de Pelé, mas mesmo assim ele insistia em negar a paternidade.

Em 1992, um exame de DNA provou que Sandra era filha do ex-jogador. 

Após recursos que se estenderam por mais quatro anos, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a paternidade e negou o pedido de um novo exame de DNA.

Em maio de 1996, Sandra ganhou "Arantes do Nascimento" no sobrenome e recebeu a nova certidão de nascimento com o nome de Pelé e dos avós paternos. 

Ela nasceu no Guarujá em 24 de agosto de 1964, após um relacionamento da empregada doméstica Anízia Machado com o ex-jogador do Santos.

Pelé chega para participar da cerimônia do o sorteio que define os oito grupos para a Copa do Mundo 2014, na Costa do Sauípe. (Foto: Vanderlei Almeida/AFP) 
Pelé foi condenado a pagar pensão aos netos (Foto: Vanderlei Almeida/AFP)
 
 
Mesmo com o fim da batalha judicial, que saiu de Santos e chegou a Brasília, Pelé preferiu não se aproximar da filha. ''Para mim, biologicamente, ela pode até ser minha filha. 

Mas, na parte sentimental, não posso me preocupar com essa pessoa, porque não a conheço'', disse ele na época.

Pelé criticou o fato de Sandra ter esperado tanto tempo para exigir o reconhecimento da paternidade. 

No mesmo ano em que a Justiça deu a Sandra o sobrenome do pai, o ex-jogador soube que seria pai de mais duas crianças, os gêmeos Celeste e Joshua, de seu casamento com Assíria Nascimento.

A história de Sandra é oposta à de sua irmã, a fisioterapeuta Flávia Kurtz, de 36 anos, que foi apresentada publicamente como filha de Pelé em 2002, sem necessidade de processar o pai. 

Pelé teve um relacionamento com a mãe de Flávia em 1969, durante uma viagem a Porto Alegre.

Além de Sandra, Flávia e dos gêmeos, Pelé é pai de Kelly Cristina, Edinho e Jennifer.

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...