A cada 5 escolas de SP, 4 têm turma sem professor, diz jornal

'Estado de S. Paulo' teve acesso a relatório da Secretaria da Educação.

Rede estadual tem déficit de mais de 49 mil docentes efetivos.

Do G1 São Paulo

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Um relatório da Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo aponta que a rede tem atualmente um déficit de 49.085 professores efetivos – 21% dos cargos necessários. 

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) pelo jornal "O Estado de S.Paulo" , que teve acesso ao levantamento encaminhado ao Ministério Público. 

Os dados não foram repassados à imprensa pelo governo paulista e são referentes a 7 de junho deste ano.

A reportagem do G1 procurou a Secretaria da Educação, que informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não há falta de professor em sala de aula.

” Para suprir as faltas pontuais, como licenças-saúde e prêmio, faltas médicas, justificadas, injustificadas e abonadas, "a rede conta com 49 mil professores temporários. 

O que ocorre é que nestes casos, por haver oficialmente um professor nomeado para determinada vaga, sua ausência não pode ser suprida com a contratação de um novo profissional", diz a nota.

De acordo com o jornal, o número de professores temporários é insuficiente. 

No fim do primeiro semestre deste ano, a rede estadual tinha 4,8 mil turmas sem aula em alguma disciplina. 

O número corresponde a quatro em cada cinco escolas, segundo a publicação.

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Entre os professores de matemática, disciplina em que há maior déficit de profissionais, faltam 10.508 efetivos. 

Em seguida estão a falta de professores de português, geografia e educação artística.

Com relação à distribuição dos professores pelo estado, ainda segundo o levantamento, apenas nove das 91 diretorias de ensino tinham todas as aulas com professores. 

A situação é mais complicada na capital e na região metropolitana.

A Secretaria de Educação informou ao "Estado de S.Paulo" que alunos podem ter ficado sem aula de uma determinada disciplina, porém há professores eventuais. 

Faltariam 200 professores para suprir essas aulas não atribuídas. 

Além da falta de professores, escolas enfrentam o problema dos professores ausentes por licença-saúde - são 22 mil servidores nessa situação, atualmente.

Novas contratações
 
Em julho deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou um concurso para selecionar 59 mil novos professores, o que representa a maior contratação da história do ensino paulista, de acordo com estimativa da Secretaria Estadual de Educação. 

A prova, que está prevista para acontecer ainda neste segundo semestre, apresenta mudanças na convocação dos profissionais com o objetivo de tornar mais rápido o ingresso dos professores em salas de aula do ciclo 2 e do ensino médio.

Durante o começo deste ano, o G1 percorreu escolas públicas que apresentavam problemas de falta de professores de diferentes disciplinas na Grande São Paulo. Leitores enviaram mais de 500 denúncias relacionadas a escolas municipais, estaduais e federais.

 

35 comentários do G1 São Paulo

·  Mariasoniarosendodossantos

Isso ocorre também em ALAGOAS onde a carência é de TRÊS MIL PROFESSORES, por coincidência os dois governos são do mesmo partido político PSDB. E também por puro acaso os dois governos estão envolvidos num lamaçal de corrupção, lá roubam no metrô e cá roubam na duplicação, merenda escolar, construção de casas aos flagelados da cheia de 2010, etc. etc. etc.

·  Duel.

 Então a coisa não vai lá tão bem também na educação, em São Paulo. No fundo isso é ruim, muito ruim.

· Marcelo Lima

Você está sendo muito otimista, meu amigo. As escolas estaduais de São Paulo estão totalmente podres. Pior do que lixo!

· Duel.

Marcelo Lima, acredito piamente nisso e sei que São Paulo não é lá esse paraíso todo que alguns teimam em afirmar ser.

 ·  Marcelo Lima

Também estudei em escola pública e na minha época (anos 80) já era uma porcaria. Mas essa tranqueira que hoje se vê é realmente inconcebível. 

Tenho três filhos fazendo licenciaturas em faculdades federais, mas parece que nenhum deles quer ser professor, pois a miséria que o estado paga afugenta qualquer bom profissional.

·  Marcelo Lima

Meus filhos estudaram em escolas do estado de SP e vejo que tudo o que está dito aqui apenas reflete as reclamações deles. Dois passaram nos vestibulinhos e estudaram em ETECs. Os outros dois tiveram que tirar o atraso nos cursinhos. Vergonha estadual e nacional. Os políticos do PSDB fazem caras sérias, prometem austeridade e depois dão uma grande BANANA para o povo!

·  Aparecido Ferreira

NINGUÉM ESTA AFIM DE FAZER VOTO ETERNO DE POBREZA PARA TRABALHAR EM CLÍNICA DE ACUPUNTURA, ESCOLA PRA QUE??? PRA TIRAR O POUCO DE AUTONOMIA QUE OS PAIS DÃO EM CASA? NA ESCOLA PODE TUDO... O PROFESSOR SEQUER PODE CHAMAR ATENÇÃO OU REPROVAR UM DELINQUENTE... EDUCAÇÃO SUCATEADA... O PROFESSOR TEM QUE SE PREOCUPAR SOMENTE COM O GRAFICO IMAGINARIO... A REALIDADE ATE DEUS DUVIDA... CHEGA DE FANTASIA... EDUCAÇÃO PRA MIM, E A TRADICIONAL... NAO SABE,NAO PASSA...CHEGOU ATRASADO NAO ENTRA... PERTURBOU A AULA, SUSPENSAO MINIMA 3 DIAS E AI POR DIANTE.. 

·  Denise Martins

cadê o concurso? só falam que vai abrir já faz tempo...o que estão esperando? se bem que li que a quantidade de professores que pedem exoneração depois de um ano é altíssima..onde o governo encontrou professor pra estas novas escolas que anunciou que abriu? 

·  Aparecido Lima

E quanto há o professor em sala de aula, pode ser o amiguinho (a) do Diretor que não consegue a vaga, e este, ganha os seus proventos às custas de outros que deveriam estar naquela vaga (Professor substituto). O absurdo, é que eles não tem tarimba à sala de aula, e ficam contando piadas; fazendo exercícios diversos, que nada tem haver com o currículo escolar.

·  Denise Martins

não é culpa da direção a falta de professores, infelizmente tem alunos que ficam um ano inteiro sem aula porque o salário não atrai. imagine fazer 4 anos de faculdade de química e ter a opção de dar aula e ganhar 1500,00 ou trabalhar na indústria e começar com 5.000. 

Em 5 anos na indústria você terá um plano de carreira terá seu salário chegando a 8 mil e na escola continua exatamente o mesmo.

Imagine que se você fizer uma pós graduação na indústria seu salário chegará a uns 10 ,no Estado, com pós você receberá 50 reais a mais, isso se você estiver no mesmo cargo há mais de 5 anos.

·  Arcades Sabboth

Falei que a gente vai ter que importar professor daquela ilha caribenha lá mas o comentário não saiu. 

·  Renato Bittencourt

valeu PSDB!! estudei em escola do estado... não tive biologia, nem inglês, nem Física... passei nessas matérias sem professor, tive que fazer cursinho pago pra aprender o que eu tenho direito de aprender de "graça" (imposto)...

·  Mateus

Bom para quem já estudou e coitada dessa geração que vem por aí.

·  Roberto Souza

o governo investe na marginalidade não na educação. e o inicio do fim dessa falsa democracia

·  Tereza Rosa

Não querendo defender ninguém, até porque odeio todos, mas esse é o quadro em todo Brasil...acho que é até pior...

·  Daniel Medeiros

Excelente maneira de manter um povo analfabeto e massa de manobra politica, depois dá uma bolsinha isto, bolsinha aquilo e o voto esta garantido. Povo ignorante é povo manipulável. Acorda Brasil......

·  Antonio Silva

Será os os netos do Alckmin e os filhos do Haddad e de seus secretários estudam em escolas do estado ou da prefeitura?

·  Jose Beira

os tucanalhas sempre arrumam um jeito de culpar Dilma/Lula pelos desmandos dos seus patrões que emporcalham São Paulo a vinte anos

·  Fábio

...e Dilma se vangloriando de Ciência sem Fronteiras quando o ensino básico está horrível ! E também a cada campanha eleitoral em SP existem os políticos falando de Ensino em Tempo Integral e 2 professores dentro de cada sala de aula quando não se tem nem ao menos 1 !!

·  Antonio Silva

Se no maior estado da federação a situação da educação não esta boa imaginem os outros. Imaginem o futuro do Brasil, ainda pior.

·  Jose Beira

gostaria de saber onde fica as escolas que o Alckmin mostra na TV para matricular meus netos

·  Hiryan Lira

A escola publica esta uma lastima no geral . 

·  Victor Martins

Estou me formando agora em Geografia licenciatura mas vou usar esse diploma apenas para me abanar. É triste a situação da educação no Brasil e mais triste ainda é a situação dos professores em sala de aula. É uma classe desvalorizada em inúmeros aspectos. Acho lindo ser professor mas com essas condições atuais é impraticável. 

·  Pedro Nogueira

COM O SALÁRIO DE MISÉRIA Q SE PAGA A ESSES PROFISSIONAIS NÃO VAI DEMORAR MUITO E NINGUÉM VAI QUERER SER PROFESSOR, TEM DE FAZER FACULDADE E OUTRAS COISAS MAIS; SEM FALAR Q QUALQUER EMPREGO HOJE PARA MELHOR Q SER PROFESSOR. TENHO DÓ DOS MEUS FILHOS, POR Q NÃO POSSO PAGAR ESCOLA PARTICULAR. 12 ANOS DO GOVERNO DO PT E NADA FOI INVESTIDO NA EDUCAÇÃO PÚ8BLICA DO BRASIL!

·  Medi Sants

Para os preconceituosos utópicos, vejam, os problemas não é só na grama do vizinho... assim como berram aos outros, aprendam a votar também. O Brasil e suas mazelas nos serviços públicos... do Norte ao Sul.

·  Glauce Pinto

Crônica de uma tragédia anunciada: salários baixíssimos, investimentos pífios, propaganda enganosa... Dá nisso! O estado mais rico da federação com eterno déficit de professores. 

·  Lucia Shimamoto

A Escola Estadual São Paulo que já foi um dos melhores da cidade está aparentemente sem professor de Geografia a meses, hj meu filho retornou às aulas vamos ver se arrumaram algum coitado pra cristo para dar aulas..

·  Denise Martins

Com o tratamento do governo a esta classe de trabalhadores é de se esperar que a cada ano fique pior. nas propagandas eleitorais parece que tudo é perfeito, mas com o que pagam aos professores, com o desrespeito, com a falta de valorização já era de se esperar. Se você começar a dar aula hoje, daqui 10 anos terá o mesmo status, não vai progredir nada...é um emprego sem perspectivas...e este concurso, já foi anunciado faz tempo mas não sei o que estão esperando. É capaz de não ter inscrições para o tanto de vagas que estão abertas.. 

·  Rennê Alves

Não acredito nessa máxima de baixa remuneração. Na verdade é uma gestão voltada para o desmantelamento do ensino público e isso não existe só em São Paulo, é um câncer a nível nacional, onde o acesso ao saber tem propostas elitistas com o propósito de manutenção de privilégios ,perpetuando a desigualdade social em nosso país. Embora esse comentário pareça panfletário e letra morta, os responsáveis por essa situação continuam acastelados nos poderes, mas as manifestações das ruas estão dizendo BASTA!

·  Roberto Melo

Políticos de araque. Escola piora a cada ano. Estado mais rico do país. Vergonha.

·  Paulo Santos

Por causa da baixa remuneração..

Pesquisa aponta Brasília com o jantar mais caro entre 10 capitais do país

Salvador foi a mais barata; site avaliou ainda custo de hotel, drinque e táxi.

Rio é cidade mais cara para passar a noite e Porto Alegre, a mais barata.

Do G1, em São Paulo

 

Jantar para duas pessoas com vinho branco é mais caro em Brasília, diz pesquisa 

 (Foto: Sporrer / Rupp/Cultura Creative/AFP )

Um levantamento feito por um site de viagens em dez capitais brasileiras mostrou que Brasília é a cidade mais cara para jantar, enquanto Salvador é a mais barata.

Segundo a pesquisa, conduzida pelo site de viagens TripAdvisor, um jantar para duas pessoas, com entrada, prato principal e vinho branco da casa, sai por R$ 206, em média, na capital federal.
Já na capital baiana o mesmo programa sai por R$ 139, em média.

Florianópolis, Recife, Belo Horizonte e Curitiba também aparecem entre as mais caras, enquanto São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza e Rio de Janeiro foram as que apresentaram preços mais baixos.

A pesquisa avaliou 30 restaurantes intermediários (que não estão entre os mais caros nem entre os mais baratos da cidade), três em cada destino.

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Drinque, hotel e táxi
 
O levantamento também calculou outros custos relativos a uma estadia junto com saída noturna para duas pessoas em cada capital.

Além do jantar, entrou na conta uma diária em hotel quatro estrelas, dois drinques por casal no bar do hotel e uma corrida de táxi de ida e volta de 3 quilômetros cada. 

Os valores das diárias são referentes ao período de 1º de agosto a 30 de setembro de 2013.

Na soma desses gastos, passar a noite no Rio – a cidade mais cara -- sai por R$ 788, quase o dobro do valor de passar a noite em Porto Alegre – a mais barata das dez capitais --, onde a soma deu R$ 436.

A maior diferença no custo entre os destinos mais baratos e mais caros encontra-se nos drinques (dry martinis). 

Com média de R$ 59, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a bebida é quase cinco vezes mais cara nessas cidades do que em Fortaleza (R$ 12).

O preço médio da estadia em hotel mais barata é em Porto Alegre (R$ 240), enquanto o mais caro é o Rio de Janeiro (R$566).

O Rio é a cidade mais acessível para pegar um táxi: as duas saíram por R$ 18. 

A mesma distância percorrida em São Paulo chega a quase R$ 25.

 

Os preços em cada cidade, segundo a pesquisa
Capital	Hotel 4 estrelas (diária)	Táxi (ida e volta, 6 km	Jantar (2 pratos e vinho)	Drinques	Total
Rio de Janeiro	R$ 565,66	R$ 17,56	R$ 145,33	R$ 59,33	R$ 787,88
Brasília	R$ 466,92	R$ 22,13	R$ 206,03	R$ 24,66	R$ 719,14
São Paulo	R$ 462,02	R$ 24,90	R$ 159,26	R$ 59,33	R$ 705,55
Belo Horizonte	R$ 438,27	R$ 22,53	R$ 180	R$ 18	R$ 658,80
Florianópolis	R$ 395,02	R$ 19,16	R$ 191,63	R$ 44	R$ 649,81
Curitiba	R$ 393,29	R$ 21,80	R$ 167	R$ 26	R$ 608,09
Salvador	R$ 390,31	R$ 20,32	R$ 139,53	R$ 24	R$ 574,16
Recife	R$ 299,54	R$ 18,77	R$ 184,53	R$ 19,73	R$ 522,57
Fortaleza	R$ 259,17	R$ 21,10	R$ 157,56	R$ 12,33	R$ 450,16
Porto Alegre	R$ 240,48	R$ 21,76	R$ 153,66	R$ 19,33	R$ 435,23

Justiça autorizou vasculhar lixo de empresas acusadas de cartel

Autorização de busca também incluiu permissão para arrombar cofres.
Cade investiga suposto cartel em licitações do metrô de SP e do DF.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

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A autorização da Justiça Federal de São Paulo para buscas nas empresas suspeitas de envolvimento em um suposto esquema de cartel em licitações do metrô de São Paulo e do Distrito Federal incluiu permissão para que servidores do Cade e oficiais de Justiça vasculhassem lixo e arrombassem portas e cofres.

A decisão da 4ª Vara Federal Cível da Justiça de São Paulo, disponível no site da Justiça Federal de São Paulo, confirma que a investigação começou após denúncia da empresa alemã Siemens, que firmou um acordo de leniência (equivale a uma delação premiada) com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão ligado ao Ministério da Justiça que avalia práticas anticoncorrenciais de empresas.

Nesta sexta (2), o jornal "Folha de S.Paulo" informou que a Siemens entregou documentos ao Cade nos quais afirma que o governo de São Paulo "deu aval" às irregularidades em licitações de obras. 

O Cade confirmou que foi firmado um acordo de leniência (equivale a uma delação premiada) sobre a suspeita, mas não informou se foi firmado com a Siemens. 

A Siemens negou ter sido a origem dos dados.

O pedido de busca e apreensão de documentos foi feito pelo Cade no dia 18 de junho, e concedido pela juíza Marcelle Carvalho um dia depois. A operação, denominada Linha Cruzada, foi realizada em parceria com a Polícia Federal nas cidades de São Paulo, Diadema, Hortolândia (SP) e Brasília (DF) no dia 4 de julho.

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Ao autorizar buscas em dez empresas envolvidas no suposto esquema - Alstom, Parsons Brinckerhoff, Bombardier Transportation Brasil, Caf - Brasil, Tejofran, Iesa Projetos, Mitsui & CO, Serveng Civilssan, Temoinsa e Trans-sistemas de Transportes -, a juíza liberou apreensões inclusive em itens dos funcionários. Geralmente, a Justiça especifica o que pode ser apreendido para que o alvo da busca não questione a falta de autorização.

"Desde já se concede permissão para que os servidores do Cade e a força policial requisitada, necessária para garantir o cumprimento desta ordem acompanhem os oficiais de justiça designados, inclusive com o uso da força, se necessário, com arrombamento de portas externas e internas, gavetas, armários e cofres", diz a decisão da juíza.

Em outro trecho, ela afirma que "fica autorizada a quebra dos dados magnéticos apreendidos; a apreensão de quaisquer objetos, livros, fitas, computadores e arquivos magnéticos, ou outro material que esteja em poder das requeridas ou de seus funcionários e corpo diretivo, inclusive em gavetas, cestos de lixo, cofres, etc".

A juíza destaca que o acordo de leniência entre o Cade e a Siemens foi assinado no dia 22 de maio. A decisão afirma que, além da empresa, também assinaram o documento funcionários de empresas suspeitas.

"O referido acordo visou levar ao conhecimento do Cade a existência de cartel em licitações relativas a projetos de metrô e/ou trens e sistemas auxiliares no Brasil, no período compreendido entre, pelo menos, 1998 e 2008, de forma a auxiliá-la a empreender investigações sobre a conduta. 

 Para tanto, os beneficiários confessaram suas participações, como co-autores, na conduta citada, com vistas a obter, em contrapartida, os benefícios [imunidade]", diz o documento.

Projetos
 
Os dados indicam fraudes em pelo menos seis projetos "de extrema relevância", segundo a Justiça de São Paulo: linhas 2 e 5 do Metrô de SP, manutenção e aquisição de 320 carros para a CPTM, programa Boa Viagem da CPTM e manutenção do Metrô do Distrito Federal.
Conforme a Justiça, os documentos apontam a prática de cartel. 

"As alegações do Cade são corroboradas pelos documentos acostados à inicial, os quais constituem indícios de que as rés envolveram-se na prática de cartel."

Na linha 2 do Metrô de São Paulo, o Cade alega, segundo o documento da Justiça, "ter havido divisão de mercado e combinação de vencedor, com subcontratação dos demais".
Na linha 5 do Metrô paulista, "há indícios de que as empresas inicialmente concorrentes decidiram formar um único consórcio após a fase de pré-qualificação, eliminando a possibilidade de disputa".

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Em relação à manutenção na CPTM, o Cade alegou, segundo a Justiça, "ter havido acerto prévio entre as empresas, sobre quais seriam vencedoras e quais seriam subcontratadas". 

Na aquisição de carros, "teria havido a divisão prévia do objeto das licitações entre os concorrentes".

No projeto Boa Viagem as suspeitas recaem sobre quatro licitações, para as quais as empresas teriam feito "tratativas".

Por fim, a decisão aponta que, no Metrô do Distrito Federal, consórcios concorrentes "dividiriam o objeto da licitação, através da subcontratação do perdedor, sem prévia negociação de quem seria o vencedor".

A juíza destaca que a busca e apreensão serviria para o Cade "colher provas suficientes para instauração de processo administrativo".

Apuração em andamento
 
Nesta sexta, o Cade disse que as investigações estão em fase inicial e ainda não se sabe a "abrangência" do suposto cartel.

"Não é possível afirmar, no atual estágio de investigação, a abrangência do suposto cartel em licitações para aquisição de carros de trens, manutenção e construção de linhas de trens e metrôs no Brasil. 

O inquérito administrativo conduzido pela Superintendência-Geral do Cade é uma fase preliminar de investigação."

Após a análise da documentação pela superintendência, o órgão vai decidir se instaura um processo administrativo para constatar a existência de cartel.

Se isso acontecer, será designado um relator para a investigação, que ouvirá a defesa das empresas e fará um parecer para ser submetido ao plenário do conselho, o tribunal do Cade, que decidirá se houve ou não a formação de cartel.

"Apenas após a análise de todo material apreendido pelo Cade durante a operação de busca e apreensão realizada no dia 4 de julho e eventual instauração de um processo administrativo é que poderão ser identificadas as empresas e pessoas físicas envolvidas, os projetos e cidades afetadas e o período em que o cartel teria atuado", disse o Cade.

A assessoria do Cade informou que um processo de investigação de cartel demora, em média, de dois a três anos.

Prefeitura beneficia 1500 alunos com nova Escola de Ensino Fundamental

Na próxima segunda-feira (05), o prefeito Valmir Mariano e a secretária municipal de Educação, Juliana de Souza, entregam à população do bairro Bela Vista a nova Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Laura. 

A construção de novas unidades educacionais faz parte do plano de governo que prevê a melhoria da estrutura da rede municipal de ensino.

A Escola funcionava em um local alugado desde 2012 e agora terá prédio próprio com todas as normas estabelecidas pelo Ministério da Educação. 

Com 12 salas de aula, laboratório de informática, sala de arte e reforço, biblioteca, bloco administrativo, refeitório, quadra coberta, almoxarifado e acessibilidade para receber alunos cadeirantes.

Com a inauguração da nova escola, a Secretaria Municipal de Educação desativa uma das extensões que funcionava também em um prédio alugado.

 A nova unidade vai atender a 1500 alunos nas faixas etárias de 06 a 12 anos (nos ciclos iniciais), de 12 a 18 anos (nos ciclos finais) e de 15 a 60 anos (na Educação de Jovens e Adultos-EJA).

Ao todo foram investidos R$ 2.839.367,16 nas novas instalações que irão atender à população do bairro Bela Vista e garantir aos alunos um lugar agradável e propício para o desenvolvimento adequado do ensino-aprendizado.

Homenagem - A nome da escola é uma homenagem à missionária e educadora Laura Martins Carvalho, conhecida como Irmã Laura. 

A Missionária que nasceu em julho de 1940, no estado do Rio Grande do Sul, chegou ao Pará em 1985. 

Ela prestou serviço no município de Curionópolis até 1989, quando foi transferida para Parauapebas. 

Seu trabalho começou no CEDERE II (Centro de Desenvolvimento Regional), hoje município de Canaã dos Carajás, onde permaneceu até maio de 1995.

Em Parauapebas, Irmã Laura participou de várias formações de professores, de planejamento pedagógico em companhia da professora Januária Rodrigues, Irineu Dal e Padre Ney Francisco da Silva, onde apresentou o projeto da Cartilha de Alfabetização; lecionou às disciplinas de Redação, Educação Artística, Fundamentos da educação, Psicologia, Didática e Metodologia no curso formação de professores. 

Apresentou e orientou a execução do projeto de reciclagem aos professores. 

Foi coordenadora de Ensino na área rural e supervisora de várias escolas, entre elas: Escola Municipal Tancredo Neves.

Irmã Laura foi incansável na pregação da fé cristã e na formação de lideranças, destacando-se como grande missionária educadora a serviço do povo. 

A educadora mudou-se de Parauapebas em 1995 e faleceu em 07 de março de 1996.

Antes de partir, deixou uma mensagem aos educadores de Parauapebas. “Levo comigo a alegria de dever cumprido. Muitas vezes as pessoas diziam que eu trabalhava demais. Hoje eu sinto a satisfação de ter trabalhado intensamente porque o tempo é breve”. Irmã Laura.

Serviço

Inauguração / Escola Irmã Laura

Local: Escola de Ensino Fundamental Irma Laura (Rua Aurélio Dias – Acesso pela Rua Bom Jardim – Bela Vista)

Data: 05/08/2013 (segunda-feira)

Hora: 09h

Prefeitura Municipal de Parauapebas | Assessoria de Comunicação Social
Núcleo de Imprensa | imprensa@parauapebas.pa.gov.br
(94) 3356-0531 / 3346-1005 - Ramal 253 | (94) 8807-7734
www.parauapebas.pa.gov.br

Absolvido no mensalão, Duda volta a pedir liberação dos bens ao Supremo

Há dois meses, Supremo autorizou desbloqueio de bens do publicitário.

Defesa argumenta que 17 móveis e quatro contas seguem bloqueados.

Mariana Oliveira Do G1, em Brasília

A defesa do publicitário Duda Mendonça e da sócia dele Zilmar Fernandes, absolvidos durante o julgamento do processo do mensalão no ano passado, apresentaram novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que os bens, bloqueados desde 2006, sejam liberados.

No começo de junho, o presidente do Supremo e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, autorizou a liberação dos bens, mas, segundo pedido enviado ao Supremo na quinta (1º), imóveis, empresas e contas bancárias seguem bloqueados.

Não há informações sobre o valor que está bloqueado. Quando pediu o bloqueio, o Ministério Público queria assegurar o pagamento de uma suposta dívida de R$ 30 milhões em impostos.

No documento enviado ao Supremo, Duda afirma que duas empresas estão com o patrimônio bloqueado pela Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), além de 10 imóveis na Bahia e outros sete no Pará.
 A defesa diz ainda que os publicitários ainda estão impedidos de movimentar três contas no Banco do Brasil e uma no Citibank.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, que defende os dois, afirma que tem feito esforço para liberação dos bens desde que Joaquim Barbosa autorizou o desbloqueio.

"Desde a expedição destes ofícios [do Supremo comunicando sobre a liberação dos bens], que ocorreu no dia 11 de junho de 2013, ou seja, há mais de um mês, os requerentes e seus defensores têm envidado todos os esforços para acompanhar o cumprimento da referida decisão pelos órgãos oficiados. 

No entanto, é assustador o quanto tem sido difícil, para dizer o mínimo. [...] Seria cômico se não fosse trágico."