Reportagem: Herculano Barreto Filho
Foto: A garota de programa Sara Raquel Rios Pinho, de 32 anos, foi
presa, acusada de integrar uma quadrilha que roubava e furtava turistas
em Copacabana - Herculano Barreto Filho / Extra
A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat) prendeu, na madrugada
desta sexta-feira, a garota de programa Sara Raquel Rios Pinheiro, a
Morena, de 32 anos.
Com um mandado de prisão preventiva pelo crime de
roubo, Morena é acusada de integrar uma quadrilha formada por travestis e
garotas de programa responsável por assaltos a turistas em Copacabana.
Ela possuía antecedentes criminais por furtos, lesão corporal e porte de
drogas.
- Tem dois travestis que assaltam gringo.
Disseram que eu estava no meio, mas isso não é verdade.
Não tenho
talento para roubar. Não tenho talento para ser bandida. Trabalho na
pista. Sou garota de programa - disse.
Morena disse que chegou a fazer programas com travestis. Mas decidiu atuar sozinha por causa de alguns desentendimentos.
- Travesti tem recalque de mulher.
Morena ainda guarda lembranças dos 28 dias passados no presídio de
Bangu, após ser presa por furto, há dois anos.
E se emociona ao lembrar
dos dois filhos, um menino de 13 anos e uma menina de 11, que moram com
ela, em São João do Meriti, na Baixada.
Há dois meses,
após furtos e roubos a turistas que procuravam garotas de programas e
travestis em Copacabana, a Deat começou a investigar a existência de uma
quadrilha.
- Em alguns casos, três ou quatro garotas de
programa ou travestis começavam a se esfregar no turista.
Às vezes, ele
só percebia que estava sem a carteira ou o celular depois.
Em outros, as
garotas de programa reagiam, mostrando canivete - disse o delegado
Rodrigo Brand, da Deat.
Além de Morena, outros dois
travestis que cometem esses delitos foram identificados pela polícia.
Um
deles, inclusive, chegou a cometer delitos em São Paulo e na Região dos
Lagos.