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sexta-feira, abril 20, 2012

“Fui afastado pela negociata de uma empreiteira e um contraventor ”

Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit, diz a ÉPOCA que perdeu o cargo por contrariar os interesses da Delta e de Carlinhos Cachoeira MURILO RAMOS

LOBBY Luiz Antonio Pagot. Ele diz ter  sido pressionado  por parlamentares a favorecer a empreiteira Delta em obras do Dnit (Foto: Igo Estrela/ÉPOCA)

Principal braço do Ministério dos Transportes, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) conta com um orçamento anual de cerca de R$ 10 bilhões para construir e reformar as deficientes estradas e ferrovias brasileiras. Historicamente, esse dinheiro é disputado por grandes empreiteiras, num jogo que envolve empresários, técnicos, advogados, lobistas e políticos. Nesse campo são corriqueiras as brigas judiciais, golpes baixos e acusações de favorecimento. As investigações da Polícia Federal (PF) sobre a organização do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, já revelaram a proximidade da turma com a empreiteira Delta Construções. Associado ao diretor da Delta para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu, Cachoeira colocava seus companheiros para trabalhar pela empresa em busca de contratos em vários Estados. Diálogos captados pela polícia, com autorização judicial, mostram que o grupo de Cachoeira atuou no jogo bruto dos negócios dentro do Dnit. Eles arquitetaram uma maneira de afastar Luiz Antonio Pagot do cargo de diretor-geral do Departamento. No dia 10 de maio de 2011, segundo gravações da PF, Cachoeira disse a Abreu que “plantou” as informações contra Pagot na imprensa. “Enfiei tudo no r... do Pagot”, diz Cachoeira. Nesta semana, quase um ano depois do episódio, Pagot deu entrevista exclusiva a ÉPOCA sobre as circunstâncias de sua queda.

O afastamento de Pagot, bombardeado por acusações de cobrar propinas, foi comemorado pela turma de Cachoeira. Quase dois meses depois de ter ouvido de Cachoeira que a imprensa recebera material contra a diretoria do Dnit, Abreu telefonou para o bicheiro. Em tom de galhofa, diz durante a conversa que a presidente Dilma Rousseff ordenara ao então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, a afastar todos os citados em reportagem publicada pela revista Veja. Naquele momento, Abreu e Cachoeira dividiram elogios entre eles e enalteceram a força de sua associação.

Entenda as denúncias envolvendo Carlinhos Cachoeira e políticos


Consultor de empresas privadas na área de transportes, Luiz Antonio Pagot diz que não sabia da manobra de Cachoeira e Abreu. “Fui surpreendido por ter sido afastado através de uma negociata de uma empreiteira com um contraventor”, diz Pagot. “Isso serviu para que fosse ditado meu afastamento. É um verdadeiro descalabro.” Mas qual seria o interesse da empresa e de Cachoeira em prejudicar Pagot, se em sua gestão a Delta apresentara crescimento espetacular nos negócios com o Dnit? Ele afirma ter criado problemas para a Delta. Segundo Pagot, quatro episódios criaram animosidade entre ele e a empreiteira:

• A Delta subcontratou uma empresa para obras de recuperação de um trecho de 18 quilômetros da BR-116, em Fortaleza, Ceará, sem consentimento do Dnit. O Departamento abriu processo administrativo contra a Delta.

• Pagot diz que, em uma obra na BR-163, em Serra de São Vicente, em Mato Grosso, a espessura do concreto da rodovia, feita pela Delta, era menor que a prevista no contrato, fato que poderia provocar um desgaste precoce. A Delta teve de repavimentar a estrada.

• Segundo Pagot, a Delta não justificou os atrasos no início das obras do Trecho Manilha-Santa Guilhermina da BR-101, no Rio de Janeiro. “A Delta estava esperando terminar uma obra em outro lugar para iniciar esse trecho”, diz Pagot. “Mas essa história não é bem assim. A Delta conhecia as exigências do edital. Tinha de estar preparada para começar as obras. Não admiti tantas postergações.” Segundo o Dnit, a Delta espera liberações do Ministério de Minas e Energia e do Ministério do Meio Ambiente para iniciar as obras.

• A Delta estava entre as insatisfeitas com o resultado da licitação de obras de duplicação da BR-060, em Goiás. Segundo Pagot, as empreiteiras esperavam que os contratos fossem de R$ 1,6 bilhão, mas saíram por R$ 1,2 bilhão. Isso frustrou as expectativas de faturamento, inclusive da Delta. A Delta lidera um consórcio que venceu um dos lotes da licitação.

De acordo com Pagot, diretores da empresa ficaram contrariados com a postura do Dnit e fizeram pressão contra a diretoria do órgão. “Recebi visitas do presidente do Conselho de Administração, Fernando Cavendish, do diretor da empresa para a Região Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e do diretor da empresa para a Região Norte, Aluízio de Souza”, diz Pagot. “Escutei todas as reivindicações e agi como sempre fiz: pedi que formalizassem essas reivindicações. Fazia isso com todo mundo que ia lá.”

MÃOZINHA A obra na BR-163,  em Mato Grosso (acima), e o deputado Valdemar Costa Neto (abaixo). Pagot afirma que contrariou a Delta ao questionar camada de concreto mais fina na estrada. Segundo ele, Costa Neto pediu para que a Delta vencesse uma licitaç (Foto: Ernesto de Souza/Globo Rural e Monique Renne/CB/D.A Press)

Além das reclamações públicas e do jogo de bastidores da turma de Cachoeira, revelado pela investigação da Polícia Federal, Pagot afirma que a Delta contava com o empenho de um grupo de parlamentares aliados. Réu no escândalo do mensalão, o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP) é o presidente de honra do Partido da República (PR). Apesar do cargo apenas honorífico, Valdemar é quem manda no PR. Do mesmo modo, apesar de o ministro dos Transportes ser na ocasião o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), Valdemar tinha grande poder nas decisões do ministério. Costa Neto procurou Pagot para falar sobre a licitação da Travessia Urbana de Ubatuba, São Paulo. “Valdemar disse para mim que quem tinha de vencer era a Delta”, afirma Pagot. O custo das obras era de R$ 150 milhões. Poderoso no ministério, Costa Neto contava também com o fato de Pagot ter chegado ao cargo graças ao senador Blairo Maggi (PR-MT). O lobby de Valdemar não vingou. O projeto foi alterado pelo Dnit e não saiu conforme suas pretensões. Valdemar contesta a versão de Pagot. “Não fiz pressão junto a diretores do Dnit para que a obra fosse vencida pela Delta”, afirmou Valdemar por intermédio de sua assessoria. Segundo Pagot, o deputado Wellington Fagundes (PR-MT) também pressionou o Departamento em favor da Delta. Ele queria que o Dnit fosse menos exigente com a Delta no episódio do asfalto da BR-163. Fagundes não respondeu às perguntas feitas por ÉPOCA até o fechamento desta edição.


A Delta foi procurada por ÉPOCA para responder aos questionamentos sobre a atuação da organização de Cachoeira e Abreu no Dnit e a atuação de parlamentares em prol da empresa, como afirma Pagot. A resposta veio em forma de nota da assessoria de imprensa da empreiteira. “Um inquérito do Ministério Público Federal averiguará todas essas questões derivadas da chamada Operação Monte Carlo. O Congresso Nacional deliberou nessa última semana pela instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para também investigar temas correlatos a essas perguntas de ÉPOCA”, afirma a empresa. “A Delta Construções falará sobre todos os assuntos nos foros judicial e parlamentar. A empresa repudia, desde já, conclusões parciais e precipitadas oriundas de análises superficiais de informações coletadas.” De acordo com a Delta, “jamais o ex-diretor da Delta Construções Cláudio Abreu falava ou agia em nome da empresa, quando, supostamente, teria dado curso a fofocas que se levantavam em relação ao Dnit ou a qualquer de seus diretores. Caso se revelem verdadeiras as suspeitas em relação à ação de Cláudio Abreu nesse sentido, ele agiu por motivação própria e desconhecida pela empresa à qual devia lealdade”.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional foi instalada na semana passada. PT e PMDB terão o controle da Comissão. Os governistas querem evitar que a CPMI investigue a Delta, devido a seus contratos com o governo federal e com o governo de Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro. Também trabalharão para que não surja nada do baú de Cachoeira relativo às acusações de contribuições para o caixa dois de campanhas petistas. As duas missões são difíceis. Há material abundante sobre o caso. Conversas captadas pela polícia mostram Cachoeira entusiasmado com a oportunidade de negócios no ramo da Delta. Ele chega a sondar tipos de material de construção que deveriam ser usados em obras públicas. Cachoeira diz: “Eu sou a Delta”, ao tratar do patrocínio a um time de futebol em Goiás. Ainda é cedo para

Com Mike Murdock, Malafaia lança nova campanha de R$ 1000 para plantar semente de parceria com o Espírito Santo

Com Mike Murdock, Malafaia lança nova campanha de R$ 1000 para plantar semente de parceria com o Espírito Santo

Falando sobre os desígnios do Espírito Santo para as pessoas, o Dr. Mike Murdock falou no programa Vitória em Cristo, junto ao pastor Silas Malafaia sobre sua parceria com o Espírito Santo, que ele afirma ter aprendido a entender como uma pessoa estrategista.

Durante a semana, o pastor Silas Malafaia havia convidado seus seguidores no Twitter a assistirem ao programa do último Sábado, 31 de Dezembro de 2011. No programa, foi lançada uma campanha com dois valores de contribuição: R$ 1000,00 e R$ 30,00.

Na campanha lançada por Mike Murdock no último dia do ano, os telespectadores foram convidados a se relacionarem com o Espírito Santo diariamente e propor que ele fosse um parceiro que ajudasse com estratégias, assim como ele afirmou ter feito.

Durante a mensagem, Murdock convidou os interessados a orarem sete minutos por dia, argumentando que esse é um número muito importante para Deus, além de cantar para o Espírito Santo e ler um capítulo do livro de Atos por 30 dias para ganhar, no Espírito Santo, um parceiro e recompensas financeiras.

Para ilustrar a parceria, Murdock citou o exemplo de uma fazenda que comprou seguindo uma estratégia que pediu ao Espírito Santo e que rendeu-lhe US$ 4 milhões de dólares de lucro.

A campanha lançada pela dupla tem o alvo de atingir três mil pessoas que contribuam com o mínimo de R$ 30 reais por mês, “todos os dias da vida, para garantir uma colheita do Senhor”, afirmou Murdock.

Após uma oração, Murdock afirmou ter sentido uma direção de que haviam doze pessoas com um sonho em comum assistindo o programa e que haviam sentido vontade de contribuir com mil reais por mês. “Deus tem me dado muitos bens. Eu tenho que orar por doze pessoas que tem grandes sonhos. Seus sonhos são tão grandes, que talvez se tornem milionários, bilionários”.

Malafaia ressaltou que Murdock havia se oferecido a ir ao programa, sem cobrar nenhum valor ou partilha de ofertas, e prometeu enviar aos telespectadores que aderissem à campanha um livro por mês e Murdock ressaltou: “Não deixe acabar essa hora com sua mão fechada”.

Assista abaixo o vídeo na íntegra:

Fonte: Gospel+

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