Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quinta-feira, março 22, 2012

Expulso por ser gay, pastor cria igreja voltada a homossexuais no RS


Cidade de Refúgio será inaugurada às 19h de sábado (24) em Porto Alegre.
Pastor ressalta que a nova igreja receberá todos os públicos.

Pastor Zambom fará o primeiro culto da nova igreja neste sábado (24) (Foto: Mauro Vieira/Agência RBS)Pastor Zambom fará o primeiro culto da nova igreja neste sábado (24) (Foto: Mauro Vieira/Agência RBS)

A partir das 19h do próximo sábado (24), o Rio Grande do Sul terá a primeira igreja voltada ao público gay. Homossexual assumido, o pastor Anderson Zambom conta os dias para a inauguração da Igreja Cidade de Refúgio de Porto Alegre, vinculada a uma comunidade nacional que tem como objetivo pregar a palavra de Deus sem preconceitos quanto à orientação sexual.

“Haverá cultos de ensino bíblico para mostrar às pessoas que Deus não é aquele monstro que as igrejas pregam”, disse ao G1 o pastor, que atuará junto com a pastora Vanessa Pereira, de 27 anos. "Quem impôs a condição de pecado foi o homem e não Deus, porque em nenhum momento a Bíblia condena o homossexualismo. O que há é algumas traduções errôneas e o entendimento errado e manipulado da Palavra", acrescentou.

Novo tempo ainda receberá pintura na fachada (Foto: Anderson Zambom/Arquivo Pessoal)
Novo tempo ainda receberá pintura na fachada
(Foto: Anderson Zambom/Arquivo Pessoal)

O pastor ressalta que a Cidade de Refúgio não é de uma igreja voltada exclusivamente ao público gay, mas tem o intuito de dar uma oportunidade aos homossexuais evangélicos de exercerem a religião sem serem considerados pecadores. Foi exatamente o que aconteceu com o próprio Zambom, forçado a abandonar o exercício de pastor de uma igreja de Santa Maria, em 2003. "Fui excluído do ministério. Não pude ir para frente no meu trabalho", lamentou o pastor.

Cristão desde os 10 anos, Anderson, hoje com 26, teve a ideia de voltar aos púlpitos ao perceber o surgimento das chamadas "igrejas inclusivas". Decidiu fundar a Cidade de Refúgio na capital gaúcha após conversar com a fundadora da comunidade, Lanna Holder. "Havia uma ideia de criação do nosso ministério, porém seria independente. Então, conversando com as pessoas, resolvemos começar esta obra aqui”, declarou.

Deus não é aquele monstro que as igrejas pregam"
Pastor Anderson Zambom

Segundo Zambom, os cultos terão semelhanças aos da Bola de Neve, igreja evangélica voltada ao público jovem. Porém, com uma diferença: na Cidade de Refúgio, ao contrário das demais igrejas da religião, o homossexualismo não é reprovado. “Serão cultos bem jovens”, diz o pastor.

Fora as celebrações religiosas, uma das primeiras realizações da Cidade de Refúgio será a Balada Gospel, uma festa noturna voltada ao público cristão. O evento ainda não tem data marcada, e deve ocorrer até junho deste ano. O pastor tem outro plano mais ambicioso. “Pretendemos montar uma convenção nacional de igrejas inclusivas”, diz Zambom.

Nos discursos, não serão abordados apenas temas voltados à homossexualidade. “Não é só uma igreja gay e não queremos que se torne isso. É uma igreja para todos, independente da orientação sexual”, ressaltou.

Os cultos na Igreja Cidade de Refúgio de Porto Alegre serão realizados aos sábados, às 19h30, aos domingos, às 18h e às quartas-feiras, às 19h30. A nova igreja fica na Rua Álvaro Vieira Andrade, número 134, no bairro Jardim Ingá, na Zona Norte de Porto Alegre.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Domingo Espetacular chama Valdemiro Santiago de la...":

isso nada mais é que está escrito na palavra de Deus, que nos últimos dias iriam aparecer falsos profetas, lobos vertidos de cordeiros e engariam muitos se possível os eleitos de Deus, e tá na cara que nenhum dos dois conheceram verdadeiramente a Deus. "Edi e Valdemiro"

quarta-feira, março 21, 2012

Brasileiros celebram Dia da Síndrome de Down em Nova York

Por iniciativa do Brasil, a data foi comemorada na sede da ONU. A Rede Globo foi homenageada pelas reportagens e novelas que trataram da síndrome.

Vinte e um de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down. E, por uma iniciativa do Brasil, a data foi comemorada na sede das Nações Unidas, em Nova York.

Tathiana Heiderich é uma das palestrantes da Conferência Construindo o Nosso Futuro. Ela e o amigo Thiago estavam orgulhosos. Eles foram convidados para participar de um momento histórico na ONU. Pela primeira vez, o Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado nas Nações Unidas.

Na plateia, gente do mundo inteiro. “Sou uma pessoa como outra qualquer que pode fazer quase tudo, thank you”, diz Tathiana.

A Rede Globo foi homenageada pelas reportagens e pelas novelas que trataram da Síndrome de Down. Quem não lembra da Clarinha, de Páginas da Vida? “Depois disso, a inclusão começou a pegar no Brasil e hoje a gente está com mais de 1000% de pessoas na escola, em comparação com o que havia antes, em escola regular”, diz a coordenadora do Instituto Metasocial, Patricia Almeida.

Tathiana inspirou o cartunista Maurício de Souza a criar a personagem Tati, com Síndrome de Down, que agora faz parte da Turma da Mônica. “Nós podemos contribuir muito para que haja a extinção ou, pelo menos o, afastamento do preconceito com as pessoas com esse tipo de síndrome. E está aí a Tati que não me deixa mentir. Vitoriosa, alegre e divertida. Estamos muito felizes”, diz o cartunista Maurício de Souza.

Chuva deixa 7 cidades isoladas e trecho de rodovia fechada no Pará

Municípios enfrentam problemas por causa das enchentes e enxurradas.
Em Altamira, motoristas têm dificuldade de circular pela Transamazônica.

A chuva que incide sobre o Pará continua provocando estragos e deixando moradores em alerta em diversas cidades do estado. Segundo boletim da Defesa Civil do Pará, até terça-feira (20), as enchentes e enxurradas deixaram 635 famílias afetadas e 350 desabrigadas, três a menos do que no relatório anterior. A cidade de Santana do Araguaia (PA) está em situação de emergência. Ao todo, sete cidades estão isoladas.

O município de Altamira (PA) ainda tem o pedido de reconhecimento de situação de emergência em análise pelo Ministério da Integração Nacional, que recusou reconhecer a cidade de São João do Araguaia (PA) na mesma situação.

Além do prejuízo provocado pelas enchentes, os motoristas que circulam pela BR-320, conhecida como Rodovia Transamazônica, estão enfrentando dificuldades para percorrer o trecho que passa pela cidade de Altamira.

Motoristas enfrentam dificuldade de circulação em trecho da BR-320, conhecida como a Rodovia Transamazônica, perto da cidade de Altamira (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)Motoristas enfrentam dificuldade de circulação em trecho da BR-320, conhecida como a Rodovia Transamazônica, perto da cidade de Altamira (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)

"Um dos principais problemas na região é a locomoção pela rodovia, muitas pessoas usam as estradas naquela região para transportar cargas, por exemplo. O maior problema está com carros de maior porte. Os carros menores, em algumas situações, ainda conseguem trafegar com mais facilidade. É o problema do inverno amazônico", disse o tenente-coronel José Augusto Almeida, coordenador adjunto da Defesa Civil no Pará.

Ainda segundo a Defesa Civil, as cidades de Marabá (PA), Tucuruí (PA), Trairão (PA) e Alenquer (PA) se encontram em estado de alerta. De acordo com o boletim de vazão hidrológica do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), há a previsão de redução do nível do Rio Tocantins para os próximos dias, mas os moradores permanecem em regime de prontidão para acompanhar a possível elevação do nível da água.

Em Marabá, 482 famílias foram afetadas. Em Altamira foram 107 famílias afetadas e outras 46 em Trairão. De acordo com a Defesa Civil, o nível do Rio Tocantins, em Tucuruí, atingiu 9,35 metros de profundidade no último levantamento, mantendo-se estável a 65 centímetros de atingir a profundidade de alerta, que fica ao nível de 10 metros.

No trecho de Marabá, o Rio Tocantins atingiu a profundidade de 9,5 metros, meio metro do limite. O nível do Rio Tapajós, em Santarém (PA), chegou a 7,26 metros de profundidade nesta quarta-feira (21) e o teto para situação de alerta é de 7,5 metros.

Segundo a Defesa Civil do Pará, período é conhecido como "inverno amazônico" e costuma deixar trechos de rodovias intransitáveis (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)Segundo a Defesa Civil do Pará, período é conhecido como "inverno amazônico" e costuma deixar trechos de rodovias intransitáveis (Foto: Vianey Bentes/TV Globo)

MAIS UM FLAGRANTE DE PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA EM PARAUAPEBAS


Será que o prefeito de Parauapebas Darci José Lermen pensa que o povo parauapebense é burro?

O que tem o secretário de Obras Coutinho, com entrega de computadores para professores da rede de ensino municipal, conforme a foto do jornal que até bem poucos dias fazia oposição implacável a administração do "GOVERNO (METE A MÃO) CIDADÃO?

Além do mesmo está usando o nosso dinheiro para "dar esmolas com o dinheiro alheio" aos professores como se fosse uma iniciativa pessoal, se utiliza do momento de doações dos referidos computadores para promover seu candidato Coutinho a sucessão no executivo municipal.

Vamos todos ficar de olhos bem abertos para as tramóias que esse prefeito indigesto e demagogo irá fazer nesse período de campanha eleitoral para eleger o seu sucessor.

Ele agora está correndo atrás do tempo perdido com mentiras e enganações, fazendo de conta que está realizando muitas obras para conquistar o voto da população que ele desprezou ao longo de seus sete anos de mandato.

Ele brincou de prefeito com a população de Parauapebas até chegar ao ponto de não poder se apresentar publicamente aos principais eventos da cidade, porque o povo o hostiliza com vaias e chingamentos.

Só aparece nas páginas dos jornais que circulam no município.

Este ano quem está com o poder nas mãos somos nós eleitores, como diz o dito popular: "Um dia da caça, outro dia do caçador".

Não tenho dúvidas que a população de Parauapebas é inteligente e tem dignidade e vai saber dar o trôco nas urnas em outubro, às pretenções do "Dublê" de prefeito Darci José Lermen em se perpetuar no poder através de seu sucessor.

Valter Desiderio Barreto.

21 de março "Dia Internacional da Síndrome de Down"; Jovens com síndrome de Down vão representar o Brasil na ONU | Deficiente Ciente

21 de março "Dia Internacional da Síndrome de Down"; Jovens com síndrome de Down vão representar o Brasil na ONU | Deficiente Ciente

PF vai ouvir suspeitos de fraudar licitações no RJ nesta quarta-feira

Expectativa é ouvir 17 funcionários das empresas até sexta-feira (23).
MPF busca provas para impedir empresas de participarem de licitações.

Os envolvidos no escândalo das fraudes em licitações públicas em hospitais do Rio, revelado pelo Fantástico, prestam depoimento na sede da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (21).

Ao todo, 17 pessoas devem ser ouvidas até sexta-feira (23), entre proprietários, sócios, diretores, gerentes e funcionários das empresas Bella Vista Refeições Industriais, Locanty Soluções e Qualidade, Rufolo Serviços Técnicos e Construções e Toesa, que estariam envolvidas na fraude.

Representantes das quatro empresas terceirizadas aparecem na reportagem oferecendo propina para obter benefícios em licitações de prestação de serviços a um hospital público da rede federal do Rio. A Polícia Federal abriu quatro inquéritos para investigar crimes como fraudes em licitação, corrupção e formação de cartel.

Entenda a fraude
Na reportagem especial feita por Eduardo Faustini e André Luiz Azevedo, o Fantástico mostrou como funciona o esquema feito entre empresas fornecedoras e funcionários públicos.

Com o conhecimento do diretor e do vice-diretor do hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o repórter fingiu ser o novo gestor de compras da instituição.

As negociações foram filmadas de três ângulos diferentes e levadas até o último momento antes da liberação do pagamento.

Toda empresa disputa uma licitação para prestar um serviço a um hospital público. No esquema flagrado, as empresas fornecedoras se unem para fraudar a concorrência. A que quer ganhar, paga uma porcentagem do total do contrato para as demais - que entram na concorrência com orçamentos mais altos -ou seja, estão lá apenas para perder.

Renata Cavas, gerente da Rufolo, aparece na reportagem "garantindo a impunidade no negócio". O gerente da Locanty, Carlos Sarres, explica como a propina é escondida. Também foram filmados Davi Gomes, presidente da Toesa, e Jorge Figueiredo, representante comercial da Bella Vista Refeições Industriais.

MPF quer impedir novas licitações
O Ministério Público Federal busca provas que possam impedir as quatro empresas de participar de novas licitações públicas e deu início a uma investigação. “Nos mostra a reportagem que isso não é uma prática de mercado. É verdadeiramente uma coisa de bandido”, afirmou o procurador da República, Jaime Mitropoulos.

Contratos cancelados
A Prefeitura do Rio, o estado e a União, por meio do Ministério da Saúde, determinaram o cancelamento dos contratos com as empresas. A Comissão de Tributação da Assembleia pediu que o Tribunal de Contas do estado faça uma auditoria nas licitações vencidas por elas.

O governo do estado fez um levantamento dos contratos em vigor com as empresas citadas na denúncia do Fantástico. O valor total chega a R$ 80 mihões.

A Locanty já havia sido denunciada por fraude no serviço de reboques há sete meses, mas a suspensão do contrato ocorre somente agora.

Segundo pesquisa da ONG "Contas Abertas", feito com dados do governo federal, a União pagou mais de R$ 143 milhões por serviços prestados à Locanty, Rufollo e Toesa, de 2010 a março deste ano.

A prefeitura informou que, atualmente, não tem contrato em vigor com a Toesa, nem com a Rufollo. No entanto, a prefeitura admitiu que a Locanty trabalha para cinco órgãos, e a Bella Vista Refeições, para três. De acordo com o município, os serviços chegam a quase R$ 21 milhões. Todos terão seus contratos cancelados.

Para tocar os serviços atualmente prestados pelas empresas denunciadas, o governo do estado informou que pretende chamar as segundas colocadas nas licitações, opção criticada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por causa do risco da licitação ter sido fraudada. Segundo o governo, se houver necessidade de cancelar a licitação, a solução seria convocar uma nova.

Na terça-feira (20), Gustavo Teixeira, advogado da Bella Vista Refeições Industriais, disse que os atos praticados por Jorge Figueiredo não tinham o consentimento da empresa. "O Jorge Figueiredo é um vendedor comissionado. Os atos praticados por ele, não são atos que a empresa outorga", afirmou o advogado.

terça-feira, março 20, 2012

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "UM FLAGRANTE DE CRIME ELEITORAL: PREFEITO DE PARAU...":

Este é o jornalista Valter que eu conheço!

Pensei que meu amigo depois de ter sido traído e prejudicado pelo Darci que infelizmente é o prefeito de nossa cidade, voltaria a se aliar a ele fazendo campanha para elger o seu sucessor nas eleições deste ano.

Quando via o amigo sempre aqui na Secretaria de Obras, imaginava que era participando dos conchavos políticos que estão sendo feito com os militantes do partido do Darci.

Mas agora depois que vi essa denúncia que o amigo está fazendo no seu blog, vejo que o jornalista que sempre admirei aqui em Parauapebas tem caráter e moral para não se submeter aos caprichos do administrador que já era prá tá fora do governo municipal a muito tempo.

Você é uma lenda viva de Parauapebas no combate a corrupção dos administradores que já passaram pelo nosso município amigo!

Trabalho aqui na prefeitura desde o governo Chico das Cortinas mas não concordo como as coisas andam nessa administração.

Você sempre foi a pessoa que nunca se calou diante das coisas erradas praticadas pelos prefeitos que já passaram por aqui e agora não poderia ser diferente.

Estou mais tranquilo agora porque sei que você não vai ser uma voz que se calará diante das falsas promessas e mentiras do Darci nessas eleições para convencer a população a eleger seu sucessor.

Um grande abraço deste teu admirador e fã que infelizmente não posso me identificar aqui.

Sou morador do Bairro da Paz desde 1990.

segunda-feira, março 19, 2012

Domingo Espetacular chama Valdemiro Santiago de ladrão e mentiroso

Assistir a reportagem do Domingo Espetacular na íntegra





Neste domingo, durante mais de 30 minutos foi apresentada uma reportagem investigativa no programa Domingo Espetacular, exibido pela Rede Record. O teor usado pela emissora foi de denunciar as irregularidades no que diz respeito ao uso das finanças da Igreja Mundial do Poder de Deus, na pessoa do seu presidente, o apóstolo Valdomiro Santiago. Desde a chamada, avisou-se que seriam revelados os “segredos” do apóstolo.

O repórter Marcelo Rezende usou imagens da internet para contrastar os apelos do líder da IMPD com os bens que estão em seu nome no Estado do Mato Grosso. Trata-se de duas fazendas avaliadas em 50 milhões de reais.

Adquiridas no ano passado, com dinheiro da igreja e agora em nome de Valdomiro Santiago e sua esposa, a bispa Francileia de Oliveira, as fazendas Santo Antônio do Itiquira e Formosa estão localizadas na cidade de Santo Antônio do Leverger.

Usadas para atividade pecuária, estima-se que existem ao todo 5000 cabeças de gado, avaliados em R$ 6,5 milhões de reais. Além disso, a reportagem da Record mostrou outros bens pertencentes ao apóstolo, como jatinhos, helicópteros e carros de luxo.

Entre as acusações feitas a Valdemiro estão, principalmente, a de enriquecimento ilícito e de lavagem de dinheiro. Como no Brasil as igrejas são isentas de impostos e não precisam prestar contas ao governo de suas arrecadações, aparentemente a IMPD precisou usar “laranjas” para adquirir esses e outros bens.

Segundo mostrou a matéria do Domingo Espetacular, Valdemiro e Francileia são os sócios majoritários da empresa W S Music, cujo procurador e Nicanor de Oliveira, irmão do apóstolo e administrador das fazendas.

Uma vez que a WS Music tem como valor declarado 50 mil reais, seria impossível ter capital suficiente para adquirir as duas propriedades rurais, uma custando 29 milhões e a outra 20 milhões. No total, as duas fazendas totalizam 26.134 hectares, quase duas vezes o tamanho de Jerusalém, capital de Israel.

Marcelo Rezende afirmou que a matéria demorou quatro meses para ser preparada e que foi necessária muita investigação. Também foi dada a Valdomiro a oportunidade de se explicar, mas ele não atendeu a equipe da Rede Record.

Ficou claro durante a exibição do material a rivalidade existente entre os dois líderes, pois em vários momentos foram mostradas as provocações de Valdomiro na TV ao falar de Edir Macedo. Também se evidenciou a rivalidade das igrejas que muitas vezes ocupam prédios na mesma rua ou até mesmo vizinhos.

A Igreja Universal alega que desde que saiu dos seus quadros, em 1998, Valdomiro tem recrutado ex-pastores da igreja e tentado atrair as mesmas pessoas.

Entre as muitas acusações e perguntas sem resposta, o Domingo Espetacular mostrou que Valdemiro foi preso em 2003 por transportar ilegalmente armas e munição. Também lembrou o episódio em que três pastores da IMPD foram presos em 2010, acusados de tráfico internacional de armas. Afirmou-se que o destino dessas armas seriam os traficantes de drogas do Rio de Janeiro, que teriam uma ligação com a igreja.

Também foi exibida a situação de mais de 50 templos da IMPD que estariam com ordens de despejo por falta de pagamento. Donos dos imóveis foram entrevistados e também um jurista que pediu publicamente que a Receita Federal investigue Valdemiro e a sua igreja.

Para os expectadores do programa, ficou claro que o uso das imagens do apóstolo pedindo dinheiro na televisão e a comprovação de sua riqueza estão ligadas. Várias vezes ele foi chamado de “mentiroso” e tentou-se desqualificar suas credenciais como sacerdote, por estar se beneficiando da fé alheia para proveito próprio.

No final da matéria, ficou o aviso “a Rede Record vai continuar investigando”, o que indica que nos próximos domingos pode haver mais “segredos revelados”.

O assunto tomou conta das redes sociais e no Twitter cinco termos relacionados estavam entre os “assuntos do momento” (TTs). Centenas de comentários criticavam Valdemiro e muita gente também recriminava Edir Macedo. Uma das definições mais comum era #guerraNADAsanta.

Assista a reportagem na íntegra:

Fantástico mostra como é feita fraude em licitações de saúde pública

Reportagem simulou licitações com quatro fornecedoras do governo federal.
Polícia Federal vai abrir inquérito para apurar denúncia.

Em uma reportagem especial feita por Eduardo Faustini e André Luiz Azevedo, o Fantástico mostra como funciona um esquema para fraudar licitações de saúde pública, feito entre empresas fornecedoras e funcionários públicos.

Veja ao lado a íntegra da reportagem

Com o conhecimento do diretor e do vice-diretor do hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o repórter Eduardo Faustini fingiu ser o novo gestor de compras da instituição. Todos os outros funcionários acreditavam que ele era mesmo o responsável pelo setor de compras, onde pôde acompanhar livremente todas as negociações e contratações de serviços.

“Todo comprador de hospital, a princípio, é visto como desonesto. Acaba que essa associação do fornecedor desonesto com o comprador desonesto acaba lesando os cofres públicos. E a gente quer mostrar que isso não é assim, em alguns hospitais não é assim que funciona”, disse Edmilson Migowski, diretor do hospital.

As negociações foram todas filmadas de três ângulos diferentes e levadas até o último momento antes da liberação do pagamento. Nenhum negócio foi concretizado, nenhum centavo do dinheiro do contribuinte foi gasto.

O delegado Victor Poubel, titular da delegacia de repressão a crimes financeiros da Polícia Federal do Rio de Janeiro, informou que vai abrir um inquérito para investigar a denúncia do Fantástico. Segundo ele, todas as pessoas que aparecem na reportagem serão intimadas a prestar depoimento e todos os contratos serão investigados.

A fraude
A lei brasileira prevê que toda empresa que vá fazer um serviço para um hospital público dispute uma licitação, com outras que oferecem o mesmo serviço. É uma maneira de tentar garantir que o dinheiro público não vai ser desperdiçado.

No esquema flagrado pelo Fantástico, no entanto, as empresas fornecedoras se unem para fraudar a disputa. A que quer ganhar paga uma porcentagem do total do contrato para as demais -- que entram na concorrência com orçamentos mais altos. Ou seja, entram para perder.

"Eu faço isso direto. Tem concorrência que eu nem sei que estou participando," comenta a gerente de uma empresa chamada para a licitação de contratação de mão de obra para jardinagem, limpeza, vigilância e outros serviços, que ganharia R$ 5.200.000 se a licitação tivesse existido.

Sem nenhuma interferência do hospital, o repórter escolheu quatro empresas, que estão entre os maiores fornecedores do governo federal. Três são investigadas pelo Ministério Público, por diferentes irregularidades. E, mesmo assim, receberam juntas meio bilhão de reais só em contratos feitos com verbas públicas.

Uma locadora de veículos, foi convidada para a licitação de aluguel de quatro ambulâncias. “Cinco. Cinco por cento. Quanto você quer?”, pergunta de imediato o gerente. Falando em um código em que a palavra "camisas" se refere à porcentagem desviada, ele aumenta a propina. “Dez camisa [sic], então? Dez camisa?".

O presidente do conselho da locadora garante que o golpe é seguro e o pagamento é realizado em dinheiro ou até mesmo em caixas de uísque e vinho. A empresa ganharia R$ 1.680 milhão pelo contrato. "Eu vou colocar o meu custo, você vai falar assim: ‘Bota tantos por cento’. A margem, hoje em dia, fica entre 15% e 20%", explicam o diretor e o gerente de uma empresa convidada para a licitação de coleta de lixo hospitalar. "Nós temos hoje, aproximadamente, três mil clientes nessa área de coleta", afirmam.

Para esconder a fraude da fiscalização, o dinheiro do suborno é espalhado por vários itens da proposta vencedora. O dono da empresa de jardinagem e vigilância diz à reportagem que está acostumado a fraudar licitações, e a gerente comenta que o fraude é "ética de mercado". "No mercado, a gente vive nisso. Eu falo contigo que eu trago as pessoas corretas. Eu não quero vigarista, não quero nunca".

Veja o site do Fantástico

Repórter trabalha infiltrado em repartição pública e flagra escândalo de corrupção

Durante dois meses um repórter do Fantástico trabalhou em uma repartição pública. O que ele viu - e gravou - é um escândalo.
Licitações com cartas marcadas, negociatas, combinações indecorosas de suborno, propinas, truques para escapar da fiscalização. Certamente, você já ouviu falar muito de corrupção. Mas hoje você vai conhecer a cara dela. E do jeito mais deslavado.

Durante dois meses um repórter do Fantástico trabalhou em uma repartição pública. O que ele viu - e gravou - é um escândalo. Um retrato de como algumas empresas agem em órgãos do governo para ganhar dinheiro. Muito dinheiro. O nosso dinheiro.

Entre quatro paredes, o que a gente paga em impostos e que deveria ser destinado à saúde, à educação e outros serviços vai parar no bolso de empresários inescrupulosos e funcionários públicos corruptos. Uma vergonha.

A reportagem é de Eduardo Faustini e André Luiz Azevedo.

Empresários abrem o jogo. Licitações fraudadas são mais comuns do que a gente imagina. O desvio de dinheiro público é tratado por eles como coisa normal. E eles confessam que pagam propina. Os valores são milionários.

Você vai se assustar com o truque que eles usam para esconder o suborno.

O Fantástico mostra agora o mundo da propina, da fraude, da corrupção. De um jeito como você nunca viu. E vale a pena você ver: É o seu dinheiro que eles estão roubando.

Nosso objetivo foi descobrir como isso é feito. O Fantástico pediu ajuda à direção de um hospital de excelência, hospital de pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um grande hospital público infantil. Queríamos assumir o lugar do gestor de compras da instituição, acompanhar livremente todas as negociações, contratações, compras de serviços. Saber se existe oferta de propina, pagamento de suborno de um dinheiro que deveria ser sagrado: o da saúde.

Conseguimos. Durante dois meses, nosso repórter Eduardo Faustini frequentou o hospital. Na verdade, foi bem mais do que isso. Ele teve um gabinete aqui dentro. Foi o novo gestor de compras da instituição. Essa informação só era de conhecimento de duas pessoas no hospital, o diretor e o vice-diretor. Para todos os outros funcionários, o nosso repórter era mesmo o novo responsável pelo setor de compras.

“Todo comprador de hospital, a princípio, é visto como desonesto. Acaba que essa associação do fornecedor desonesto com o comprador desonesto acaba lesando os cofres públicos. E a gente quer mostrar que isso não é assim, em alguns hospitais não é assim que funciona”, disse Edmilson Migowski, diretor do Instituto de Pediatria/UFRJ.

As negociações foram todas filmadas de três ângulos diferentes e levadas até o último momento antes da liberação do pagamento. Evidentemente, nenhum negócio foi concretizado, nenhum centavo do dinheiro do contribuinte foi gasto. Só mesmo o tempo dos corruptos é que foi perdido. E eles agora vão ser desmascarados.

Com autorização da direção do hospital, o repórter Eduardo Faustini convocou licitações em regime emergencial. Elas são feitas por convite, são fechadas ao público. O gestor convida quem ele quiser.

Sem nenhuma interferência do hospital, o repórter escolheu quatro empresas, que estão entre os maiores fornecedores do Governo Federal.

Três dessas empresas são investigadas pelo Ministério Público, por diferentes irregularidades. E, mesmo assim, receberam juntas meio bilhão de reais só em contratos feitos com verbas públicas.

Em frente ao repórter gestor de compras, nessas cadeiras, se sentaram diretores, donos de empresas que deram uma triste aula de como se é desviado o dinheiro dos serviços públicos.

Cassiano Lima é gerente da Toesa Service, uma locadora de veículos. Foi convidado para a licitação de aluguel de quatro ambulâncias. Ele começa tomando cuidados.

“Queria saber quem me recomendou”, questiona Cassiano Lima. Mas o desejo de fechar negócio é maior. E ele abre o jogo. “Cinco por cento. Quanto você quer?”, pergunta ele.

Falando em um código em que a palavra "camisas" se refere à porcentagem desviada, Cassiano aumenta a propina.

“Dez camisas, então? Dez camisas?”, sugere.
“Pode melhorar isso, não?”, pergunta o repórter.
“Quinze”, aumenta.

Renata Cavas é gerente da Rufolo Serviços Técnicos e Construções. A empresa tem vários contratos com hospitais.

“Vocês estão trabalhando para o Into?”, pergunta o repórter.
“Into, Cardoso, Ipanema, Lagoa e Andaraí”, responde Renata Cavas.

Ela foi chamada para a licitação de contratação de mão de obra para jardinagem, limpeza, vigilância e outros serviços.

Ela também vai direto ao ponto.

“Eu quero o serviço. Você escolhe o que você quer. Vou fazer. Faço meu preço, boto. Qual é o percentual? Dez?”, questiona Renata.

O repórter quer saber exatamente qual é o valor que a gerente está oferecendo.

“Se eu ganho um milhão e trezentos, eu dou 130. É o normal”, diz. “Dez por cento. É o praxe, mercado é 10%. Se a sua pretensão é 15, ótimo. Você tem que me informar, porque eu vou formatar em cima da sua pretensão”, completa.

O repórter quer saber se a gerente é capaz de aumentar ainda mais a propina.

“Eu pensei em 20%”, diz ele.
“Tranquilo, você manda. Eu quero o serviço”, afirma Renata.

Carlos Alberto Silva é diretor e Carlos Sarres, gerente da Locanty Soluções e Qualidade.

“A gente tem muitos contratos. Tem mais de 2 mil contratos”, informa Sarres.

“Nós temos hoje, aproximadamente, 3 mil clientes nessa área de coleta”, diz Silva.

Foram convidados para a licitação de coleta de lixo hospitalar.

“A gente vai precisar é de preço. É um dos itens mais importantes para gente montar lá”, diz Silva.

“O que você tem para oferecer?”, pergunta o repórter.

“Você fala em matéria de percentual? Percentual, o preço que der, a gente abre para você o custo e a nossa margem, e a gente joga o percentual que você desejar, que você achar que encaixa”, afirma Sarres.

“A margem, hoje em dia, fica entre 15 e 20”, diz Silva.

Os empresários explicam como é feito o pagamento da propina para que ninguém perceba.

“Onde você marcar. Os caras são muito discretos. Nem parece que é dinheiro. Traz em caixa de uísque, caixa de vinho. Fica tranquilo. A gente está acostumado com isso já.”, afirma Sarres.

Quem fala é David Gomes, o próprio presidente da Toesa: “Bateu o crédito na conta. No máximo 48 horas depois, está na sua mão”, conta. “Eu diria que é a maior empresa no ramo de ambulância em atividade no país”, afirma.

Ele veio avalizar todo o acerto que foi feito para o pagamento da propina. “Uma das coisas que eu passo para os meus filhos e que eu aprendi,: eu protejo meu contratante, meu contratante me protege”, diz ele.

O pagamento é sempre em dinheiro.

“Que tipo de moeda?”, pergunta o repórter.

“A que você quiser. Normalmente em real, o real está mandando aí”, explica ele.

Ele oferece outras opções: “Dólar, euro”.

“Como você quiser, até iene. Quer iene?”, diz Renata Cavas.

Ela faz outra visita à sala do suposto gestor, e o repórter Eduardo Faustini pergunta: Qual é o melhor lugar para entregar a propina?

“Shopping, praia. Shopping. Subsolo, discreto. Quinta da Boa Vista! Sensacional. Floresta da Tijuca. Olha aí que bacana”, diz ela.

O suborno pode ser um percentual do valor total. Ou um valor fixo em cima de cada item fornecido.

“Tem gente que não conhece alimentação e diz assim: ‘Figueiredo, eu quero 30%’. Isso não existe em alimentação. Em alimentação, nós temos que considerar a quantidade diária, colocar mais um valor ali em cima, que no montante do mês a coisa vai crescer. Então o que eu vou fazer? Eu vou te apresentar os preços e você vai dizer: ‘Figueiredo, tu vai botar mais xis aí em cima’. Deu para entender? Está claro?”, explica Figueiredo.

Jorge Figueiredo é representante comercial da Bella Vista Refeições Industriais.

“Somos uma empresa aberta para negociação. Forneço para Jardim Zoológico, Guarda Municipal. Forneço para Policia Civil, a gente está em todas”, completa ele.

Ele dá um exemplo de como esse esquema de propina pode chegar a valores absurdos: “Isso é bom quando você está falando de três, como eu tenho aí. Eu tenho fornecimento de 12 mil serviços por dia. Aí, meu irmão. Tu bota 12 mil serviços em um dia, acrescentando mais um real em cada serviço e projeta isso para 30 dias. Aí é o diabo”, diz.

Em um hospital, a palavra emergência deveria servir apenas para classificar um tipo de atendimento. Mas não é assim. Emergência pode ser o código para licitações e concorrências de carta marcada.

“Emergências existem. Um terremoto derruba as pontes, enchentes. Agora, uma coisa que acontece demais são emergências planejadas. Você tem uma repartição pública lá e o sujeito do almoxarifado, juntamente com o diretor, que sempre está conivente, deixa o papel higiênico chegar em um ponto em que ,'amanhã vai acabar o papel higiênico, temos que comprar papel higiênico por emergência!", explica Claudio Abramo, diretor da Transparência Brasil.

Como a lei prevê concorrência, mesmo em licitações em regime emergencial, a empresa que corrompe se oferece para conseguir as outras concorrentes.

“Vou trazer tudo filé. Só empresa boa, de ponta. Vou trazer empresa de ponta, tá?”, garante Renata.

As concorrentes, que fazem parte do esquema, entram com orçamentos mais altos que o da primeira empresa. Entram para perder.

“A gente faz a mesma coisa para eles. Eles pedem para gente a mesma coisa. Da mesma maneira que a gente vai pedir para eles formatarem uma proposta em cima da nossa - a nossa mais baixa - eles pedem para gente fazer isso para eles”, diz Sarres.

“Do jeito que eu cubro aqui, ele me cobre lá. É uma troca de favores”, define Silva.

“É uma troca de favores. Isso é muito normal, tá? É extremamente normal”, garante Renata.

O nosso repórter, que se passa por gestor de compras, pede a presença do dono da empresa para confirmar o pagamento da propina. Rufolo Villar vai ao hospital. Ele confirma que, apesar de não estar no contrato social da Rufolo, é ele mesmo quem manda na empresa.

“Quem existe no contrato social é minha mãe e meu tio. Eu toco a empresa”, diz ele.

“Já fizemos todos os hospitais, de uma vez só, do estado”, garante ele.

Ele fala abertamente sobre o pagamento do percentual da propina. “O mercado pratica 10%, é o normal, é o praxe. Aí tem uma negociação melhorzinha e faz para 15%. Hoje, 20% eu não vejo mais no mercado”, diz.

O empresário diz que este roubo do dinheiro público que o Fantástico está denunciando é comum. O que é uma fraude, ele chama de acordo de mercado.

“Felizmente, nós temos um acordo de mercado. Isso é normal. Eu faço isso direto. Tem concorrência que eu nem sei que eu estou participando”, afirma.

“É a ética do mercado, entendeu?”, diz Renata.

“No mercado, a gente vive nisto. Eu falo contigo que eu trago as pessoas corretas. Vigarista, não quero nunca”, afirma o empresário.

Para comemorar a negociata, ele convida o gestor para o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.

Uma licitação correta, honesta, tem que terminar sempre com a abertura dos envelopes das propostas para afinal se saber quem é o vencedor. Mas na licitação fraudada, isso não acontece. É que os valores de todas as propostas já são acertados previamente.

O representante da Toesa antecipa o que só deveria ser conhecido na abertura dos envelopes. Ele fala em milhares de reais.

“Dois, oito, zero.O nosso, Toesa. O outro é 313”, diz o representante.

A representante da Rufolo faz a mesma coisa.

“Pode abrir? Não lacrei nada. Valor da CNS/ano: 5, 990, 002, 48”, diz Renata.

“O principal para mim: nossos 20%?”, pergunta o repórter.
“Está tudo aí dentro”, garante ela.

No dia do pregão, os representantes das empresas vão ao hospital para completar a farsa.

Preste atenção na cena absurda: a licitação para a contratação de empregados para serviços gerais. A ata é o documento final da licitação. E tem que ser feita por um funcionário público responsável pela concorrência. Mas, lá, o documento oficial é redigido pelos representantes das empresas.

Se o contrato fosse cumprido, a Rufolo receberia R$ 5.184.000. A propina seria de mais de R$ 1.036.800.

A situação se repete na licitação para a escolha da empresa que vai ser respondável pelo lixo hospitalar. Ela está armada para a escolha da Locanty. A empresa conseguiria a verba de R$ 450 mil. O que daria de propina quase R$ 70 mil. E o mesmo acontece na disputa fraudada pela Toesa para fornecimento de ambulâncias. A Toesa ganharia R$ 1,680 milhão pelo contrato. O desvio seria de mais de R$ 250 mil.

Apenas nestes três contratos, o gestor corrupto ganharia quase R$ 1,4 milhão do dinheiro da saúde.

Nós telefonamos para o presidente da Toesa. “Vocês cismam que tem carta marcada e não tem prova para isso. Você tem prova de que existe licitação de carta marcada?”, disse David Gomes, da Toesa.

Durante essa reportagem você viu Cassiano Lima, funcionário de David Gomes, fraudando uma licitação.

Telefonamos também para a empresa Rufolo. É a própria Renata que atende a ligação. Ela diz que o empresário vai falar e marca a entrevista.

No dia marcado, fomos à empresa. Uma secretária avisa que ninguém falaria.

Com Jorge Figueiredo, que no meio da licitação desistiu de disputar o contrato, conversamos por telefone. Ele parece não acreditar. “Só pode ser trote. Para de gozação”, diz ele.

Nós fomos à sede da Bella Vista. Fomos avisados de que não nos receberiam.

E o golpe não termina nem com o fim licitação de emergência, feita por convite. O representante da empresa de coleta de lixo explica como uma fraude pode continuar, mesmo em uma concorrência aberta ao público.

“As empresas que vão participar desse pregão são as empresas que a gente vai fechar, entendeu? Você vai fazer a retirada do edital aqui. Você pode disponibilizar o edital na internet. Mas a retirada do extrato tem que ser aqui. Aí, quando ele retira, tu vai me dizer quem está retirando, entendeu? E deixa o resto com a gente. Aí a gente vai nas pessoas, cara, aí monta tudo, entendeu?”, explica Sarres.

O repórter do Fantástico pergunta por que uma empresa entraria para perder na concorrência.

“Porque existe uma mesa. Pode acontecer. Mas existe uma mesa, você pode ter certeza. Difícil dar errado”, garante Sarres.

O que ele chama de mesa é um acordo para fraudar as concorrências. Nós fomos à sede da Locanty. O gerente Carlos Sarres negou envolvimento nas fraudes.

Carlos Sarres: Desconheço completamente. Isso chega a ser fantasioso.
Fantástico: O senhor não oferece de maneira alguma suborno para o funcionário público.
Sarres: De maneira nenhuma.
Fantástico: O senhor não vem com a licitação já preparada?
Sarres: De maneira nenhuma.

Por email, a Locanty informou que afastou temporariamente o gerente Carlos Sarres.

O ministro-chefe da Controladoria Geral da União, que é um dos principais responsáveis por combater a corrupção nos órgãos federais diz que em oito anos mais de três mil funcionários públicos foram punidos. Ele defende que haja também maior rigor para os maus empresários.

“Existe uma noção pré-concebida contra o funcionário público, que ele é o mau, ele é o corrompível. Enquanto que o empresário, o setor privado, é puro, é eficiente, é eficaz. Associada à noção de que a empresa tem que entrar nesse jogo, porque senão ela não leva vantagem porque as outras vão fazer. Isso distorce o mercado, distorce a competição e no longo prazo prejudica todo mundo”, comenta Jorge Hage, ministro da Controladoria Geral da União.

“A pessoa que rouba da saúde deveria ter o dobro da pena, porque quando você rouba o dinheiro da saúde, você mata as pessoas”, diz Edmilson Migowski.

Eles não sabiam que estavam sendo filmados. Mas sabiam bem o que estavam fazendo.

domingo, março 18, 2012

Propaganda eleitoral extemporânea ou antecipada

Propaganda eleitoral extnea ou antecipada

Com a proximidade do ano eleitoral e do fim do prazo para filiação partidária dos que pretendem ser candidatos, os ânimos se esquentam e os prés candidatos começam a ter uma dor de cabeça a mais, qual seja, fazer sua promoção pessoal sem que estas configurem propaganda eleitoral vedada no art. 36 da Lei 9.504/97.


Não bastasse tal celeuma, deve ainda o candidato saber administrar a tênue linha que separa a promoção pessoal da propaganda partidária prevista na Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) efetuada mediante transmissão por rádio e televisão que se seguirá agora no segundo de 2011 e entre janeiro e junho de 2012.


Mas voltemos ao ponto central, propaganda eleitoral extemporânea.
Aqui a atenção deve estar voltada para mutação jurisprudencial, isto porque analisando os últimos seis anos (duas eleições federais / estaduais e uma eleição municipal) verificaremos que a cada eleição seguiram posicionamentos distintos.


Ora, a jurisprudência entendia que a conduta requer potencialidade e prévio conhecimento, ora entendia que basta o caráter subliminar e vantagem ainda que indireta.


Buscando superar a dicotomia existente na jurisprudência, após um estudo detalhado da doutrina passei a adotar como pressupostos básicos a seguinte máxima: não será propaganda eleitoral o ato que não tenha ao menos um dos seguintes pressupostos - referência à eleições vindouras; plataforma política; vinculação a propostas; futuro cargo político; sigla partidária; número; pedido de votos ou apoio para o ano eleitoral.


Os tribunais, na maioria das vezes, acolhem como tese a presença de um ou outro pressuposto variando a combinação, ou seja, em regra diante da ausência de todos os pressupostos os tribunais tendem a afastar a caracterização da propaganda eleitoral extemporânea.

MAS O QUE É PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA?

A Lei 9.504/97, em seu art. 36, prescreve que a propaganda eleitoral somente é permitida após 5 de julho do ano da eleição.

Assim propaganda eleitoral extemporânea, também denominada propaganda fora de época ou antecipada, será basicamente toda propaganda realizada antes do dia 6 de julho do ano eleitoral.

Nesse sentido deve se estar atento ao fato que em termos eleitorais o conceito de propaganda é amplo, não se restringindo a tecnicidade da palavra.

Constituirá ato de PROPAGANDA ELEITORAL, aquele ato que leva ao conhecimento geral a candidatura, a ação política ou as razões que induzam a concluir que o beneficiário seja o mais apto para a função pública.

Note todavia que a PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA para sua configuração exige a presença, mesmo que de forma dissimulada, de menção a pleito futuro, pedido de votos ou exaltação das qualidades de futuro candidato, vinculação a propostas, exposição de plataforma ou aptidão política, pedido de apoio para uma eleição ainda que subliminares, entretanto os casos devem ser averiguados segundo critérios objetivos.

No mesmo sentido também pode haver de forma dissimulada a propaganda eleitoral extemporânea negativa, quando um pretenso candidato de forma dissimulada atinge outro, fazendo referências diretas ou indiretas ao pleito próximo.

À caracterização da propaganda eleitoral antecipada negativa se dá pela divulgação dos fatos que levem o eleitor a não votar em determinada pessoa, provável candidato.

Todavia deve-se ter em mente que manifestação de opinião ou críticas relativa à atividade politica, por exemplo de um parlamentar, jámais será propaganda eleitoral antecipada negativa, pois as críticas e elogios fazem parte da vida política.


No mais, nem todo tipo de propaganda realizada antes do período permitido legalmente pode ser considerada propaganda antecipada, deve-se pois haver menção explícita ou implícita às eleições próximas, pois sem o liame entre a propaganda e o pleito não restará caracterizada a propaganda antecipada.

PROPAGANDA ELEITORAL X PROMOÇÃO PESSOAL

Diferença entre propaganda eleitoral extemporânea e promoção pessoal, depende da contextualização, vejamos por exemplo:
• Mensagens físicas ou eletrônicas, cartão, adesivo ou faixa com referência a eleições vindouras, ou plataforma política, ou sigla partidária e/ou número, ou futuro cargo político, configuram propaganda eleitoral.

• Adesivos, com nome e mensagem de apoio, ou nome e ano do pleito eleitoral configuram propaganda eleitoral.

• A mensagem com slogan ou gesto de campanha, configura propaganda eleitoral.

• Eventos pessoais ou partidários fechados, sem eventuais abusos e excessos configuram mera promoção pessoal.

• A menção ao cargo que ocupa, relacionado a atuação profissional, sem conotação eleitoral, configura mera promoção pessoal.

• Mensagens de felicitação, sem qualquer menção à sua atuação política, planos ou interesse a pleito futuro, configuram mera promoção pessoal.

• Eventos públicos da administração, sem qualquer menção à candidatura, à eleições com relato dos feitos da administração, não configuram propaganda eleitoral.

• Enaltecimento de realizações, sem nenhuma menção a candidatura ou ao pleito eleitoral, não configuram propaganda eleitoral.

• Participação de pré candidato em entrevistas, debates e encontros, sem eventuais abusos e excessos, não configuram propaganda eleitoral.

Cumpre destacar que a lei busca evitar, tão-somente, a divulgação antecipada de propaganda eleitoral, com fim de manter a isonomia, pelo que todo e qualquer caso necessita ser analisado em concreto.

Registre-se ainda que nem toda propaganda realizada fora da época permitida pode ser considerada eleitoral ou ilícita, visto que são permitidas a propaganda institucional, a partidária e a intrapartidária.

Fonte:

Hélio Márcio Porto é Advogado, especialista em direito criminal e eleitoral, com formação internacional na área de direito e política cursados na Chile, Alemanha, Bélgica e China.

UM FLAGRANTE DE CRIME ELEITORAL: PREFEITO DE PARAUAPEBAS SE UTILIZA DE JORNAL DA CIDADE PARA FAZER CAMPANHA EXTEMPORÂNEA A SEUS ALIADOS


A certeza da impunidade é tão grande para o prefeito de Parauapebas, no Sudeste do Pará e seus aliados, que o mesmo chega a fazer uso de um dos jornais da cidade contratados para prestarem serviço de blindagem a sua péssima e imoral administração, que na edição de um semanário que não citarei o nome por questões éticas, datada do dia 16 a 22 do mês em curso, deixa bastante claro a sua pretensão de a qualquer custo fazer o seu sucessor e eleger vereadores de sua preferência, a maioria do seu partido político o PT, usando a máquina administrativa do município, conforme os termos utilizados no bojo da coluna intitulada: Só Política, conforme transcrição de parte do seu texto que faremos a seguir.

Para quem não sabe qualquer veículo de comunicação que é contratado para prestar serviços de mídias ou outros, por empresas públicas ou privadas, está subordinado à assessoria de comunicação da empresa contratante, Ascom (Assessoria de Comunicação), neste caso em tela, a Prefeitura Municipal de Parauapebas através de seu gestor e ordenador de despesas, que por sua vez é assessorado pelo seu assessor de comunicação que tem o status de Secretário, que atua como o controlador de todas as matérias publicadas nos veículos de comunicação que estão a seu serviço.

Mas pelo que parece, o atual Assessor de comunicação da administração petista do prefeito Darci Lermen, Júnior Romão Batista, que também acumula o cargo de Pastor da Assembléia de Deus, Ministério Missão, na cidade, aprovou na íntegra o texto escrito e publicado pelo jornal como se segue:

Só Política

“... Quem deve estar olhando isso com muita cautela é o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores José das Dores Couto, “o Coutinho”, ele sabe que esse é o momento do crescimento do pré-candidato da base governista, com a chegada do verão as máquinas estão a todo vapor trabalhando em mais de cinqüenta frentes de trabalho, inclusive na Zona Rural, área que o governo aproxima 100% de aceitação. Enquanto o mesmo não acontece na cidade, segundo Coutinho, secretário de obras, seu nome de agora em diante deve crescer bastante, haja vista que o inverno parece não ser tão rigoroso esse ano, e agora até o dia 07 entrega a secretaria pro governo e vai a busca única e exclusivamente de apoio prá sua campanha e votos. Várias famílias e formadores de opinião já estão com agendas marcadas aguardando a visita de Coutinho.

Quem está gostando disso é o pré-candidato Zé Arenes, esse sim, foi um dos que caiu na graça do povo da zona rural, sua área de atuação, vem chegando vários apoios, segundo os especialistas de plantão, Zé Arenes deve ficar entre os cinco mais votados do município nessa eleição.

Outra que também vem crescendo no conceito popular é Joelma Leite, atual secretária da Mulher de Parauapebas, ela está aproveitando esse momento da semana da mulher e manda ver nas reuniões e apoios pra sua pré-campanha, Joelma será um dos nomes femininos que sentará na cadeira do Legislativo do próximo ano, com o apoio irrestrito que ela deu na campanha de Coutinho nas prévias, ela corre o risco de ser a candidata feminina do “homem”, o trabalho está feito, agora é só colher os frutos.

Começou os trabalhos de busca de apoio prá pré-campanha dos candidatos. Essa semana o coordenador de Terras Bruno Soares recebeu um dos apoios mais importantes da sua campanha, nada mais e nada menos que Valdir da Usina, que detêm 4 mandatos de vereador, tirado aqui mesmo em Parauapebas. Um apoio desses deixa qualquer pré-candidato sorrindo pras paredes, ou seja, isso significa mais 500 votos só nesse apoio, com mais 752 que ele teve na eleição passada, imagina-se que Bruno Soares já saia jogando com mais de 1200 votos, porém em conversa com Bruno Soares ele disse que na sua primeira lista que fez dos apoiadores de campanha que pode ser chamados de multiplicadores de votos, foram 94 pessoas nesse perfil, de todos os meios, empresários, trabalhadores rurais, presidentes de bairros, lideranças comunitárias entre outras, ou seja a coisa ainda nem começou e Bruno sai adiantado dos outros concorrentes...”.

O texto que acabamos de transcrever é uma clara evidência de uma confissão pública que esses “servidores” públicos se utilizam de seus cargos apenas para fazerem trampolim para alçarem vôos para cargos eletivos.

Nada contra essa pretensão de quem quer que seja só que não podemos admitir é que servidores públicos em época de eleições se utilizem de seus cargos para fazerem campanha política à custa do dinheiro do cidadão que paga seus impostos que é destinado ao pagamento dos salários dos mesmos que na maioria das vezes prestam um péssimo serviço a sociedade.

O mais interessante de tudo isso, é que, quem conhece a origem desses “candidatos” antes de serem admitidos nos quadros de servidores públicos, nunca prestam nenhum tipo de serviço voluntário à comunidade, mesmo tendo recursos financeiros, esse tipo de “generosidade” só acontece quando os mesmos passam a fazer parte do serviço público pagos com o nosso dinheiro.

Daí eu sempre gosto de usar os seguintes jargões: “DAR ESMOLAS COM O DINHEIRO ALHEIO É MUITO FÁCIL” e “FAZER FILHO NA MULHER DOS OUTROS É MUITO BOM”.

Gostaria de encerrar, fazendo um apelo aos senhores advogados e juristas que para o bem do nosso país, começando pelo município de Parauapebas, analise o texto transcrito e verifique se há realmente indícios de propaganda eleitoral antecipada para que eu me habilite a entrar com uma ação no Ministério Público Estadual e no Tribunal Regional Eleitoral contra essa atitude acintosa aos princípios de valores morais e éticos desse prefeito que se acha acima do bem e acima do mal.

Meu contato eletrônico é: valterbt@gmail.com

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...