TUDO É FORÇA, SÓ DEUS É PODER. "DEUS SEM MIM CONTINUARÁ SENDO DEUS. EU SEM DEUS NÃO SEREI NADA". DISSE JESUS : ”E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ“. JOÃO 8:32 . TODOS CONTRA A PEDOFILIA, EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL, A CORRUPÇÃO GENERALIZADA NO NOSSO PAÍS, A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS, AS CRIANÇAS E TODOS INDIVÍDUOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA IDADE. ACESSE DIARIAMENTE A SUA "REVISTA ELETRÔNICA".
quinta-feira, setembro 22, 2011
Doutor: Por mérito, por decreto não
Quando comparados com outros países em desenvolvimento, no Brasil são poucos os
que terminam a graduação em um curso de nível superior. Por outro lado, infelizmente ainda
somos um dos campeões quando se trata do índice de analfabetismo. Dizem que "em um país
de cego quem tem um olho é rei". Parece que na terra de Carlos Chagas, alguns profissionais
abusaram desse dito, quando tratam de informar ao consumidor de seus serviços, as suas
verdadeiras titulações acadêmicas.
Em 20 de dezembro de 1996 foi criada a Lei n.º 9.394, decretada pelo Congresso
Nacional e sancionada pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso,
estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional. Essa Lei estabeleceu os níveis e as
modalidades de educação e ensino como sendo: a educação básica, formada pela educação
infantil, ensino fundamental, ensino médio e a educação superior (Art. 21). A educação
superior abrange os seguintes cursos e programas: i) cursos seqüenciais; ii) de graduação; iii)
de pós-graduação (compreendendo programas de mestrado e doutorado), cursos de
especialização e aperfeiçoamento e iv) de extensão.
Programas de pós-graduação por sua vez, são controlados pela Fundação
Coordenação e Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação-
CAPES (para maiores informações www.capes.gov.br/legislacao/index.html) e divididos em
Lato Sensu (especialização e aperfeiçoamento) e Stricto Sensu (mestrado e doutorado,
acadêmico e profissionalizante). Para se chegar à condição de candidato ao doutorado, o
aluno primeiro tem que cursar e concluir com êxito um curso de graduação e depois um de
mestrado.
Antes de se tornarem mestres, os profissionais graduados precisam competir com
vários outros colegas por uma vaga, num exame seletivo nacional, para ingressar em um
Programa de Pós-Graduação que oferece um mestrado Stricto Sensu. Esse exame pode ser
mais seletivo do que um vestibular para entrar num curso de graduação. Entre vários
requisitos para se entrar num programa de mestrado, o candidato terá que demonstrar
capacidade de ao menos ler e entender uma segunda língua.
Depois de passar na primeira peneira e ingressar no mestrado, o profissional graduado
terá que prestar um exame de qualificação e demonstrar a sua capacidade de conhecimento e
didática àqueles que cruzaram com sucesso o difícil caminho da obtenção da titulação
acadêmica. Para se obter o título de mestre, esse profissional ainda terá que cursar e ser
aprovado em várias disciplinas, ministradas por professores doutores. Mas o caminho das
pedras não para por aí. Para se chegar ao final, ainda será necessário realizar um estudo e
escrever um relato sobre a pesquisa realizada, em conformidade com o rigor e o crivo
científico. Esse relato é denominado Dissertação de Mestrado.
Depois de passar por todas estas etapas, uma amiga fisioterapeuta graduada e
candidata ao título de mestre ainda teve que submeter a sua pesquisa científica ao julgamento
de uma massa crítica sofisticada, na presença dos amigos e parentes. Com a voz inicialmente
trêmula, ela foi discorrendo aos poucos o referencial teórico, o método de seu estudo, os
resultados obtidos e finalmente a sua contribuição para o enriquecimento do saber científico,
ético e moral da humanidade. Quando pensava que tudo havia acabado, foi bombardeada por
uma bateria de perguntas e questionamentos sobre a sua pesquisa.
Finalmente, ela estava feliz porque poderia utilizar, por mérito, o título de mestre que
conquistou de direito e de fato. Abraçou o seu orientador, um professor doutor e o agradeceu
pelos ensinamentos, paciência e dedicação à sua formação. Também beijou os seus familiares
e agradeceu a todos pelo sacrifício financeiro de mais 2,5 anos de investimentos no seu
mestrado. Então, despediu-se dos colegas, alguns dos quais iriam gastar dois anos a mais do
que ela para terminar o mestrado.
Depois de um pequeno descanso, ela partiu em busca do doutorado. Logo percebera
que o caminho das pedras estava apenas começando. O ritual a caminho do doutorado seria
muito parecido com o do mestrado. Porém, os caminhos seriam ainda mais difíceis e
criteriosos. Primeiro foi uma nova prova pública para entrar num Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu, ao nível de doutorado. Como o programa que ela escolheu era
bastante rigoroso, também precisou comprovar que publicou parte de seu trabalho de
mestrado em uma revista científica. Para ser candidata ao título de doutora, mais uma vez
passou por um exame de qualificação. No doutorado, as provas foram ainda mais abrangentes
e difíceis. Cursou novas disciplinas e demonstrou que conhecia o estado de arte dos
conhecimentos científicos na sua área de atuação. A sua pesquisa, chamada de Tese de
Doutorado, como determina a lei, foi sobre um tema original e gerou novos conhecimentos.
Como o seu programa primava pelo rigor e qualidade, ela publicou dois artigos científicos em
revistas indexadas, antes de submeter a sua tese ao julgamento dos professores doutores.
Depois de 4,5 anos de um trabalho difícil e de mais sacrifícios pessoais e financeiros, a minha
amiga liga o data show e começa a discorrer sobre a sua Tese de Doutorado. Foram mais de 5
horas de perguntas e questionamentos. Como a sua formação foi sempre sólida, ela tirou de
letra e conquistou o seu título de doutora. Abraços no orientador, familiares e nos colegas,
alguns dos quais levaram mais de seis anos para concluir o doutorado.
Três anos depois de seu doutoramento, a minha amiga estava na formatura de sua
irmã mais nova, feliz por ter acompanhado a formação de mais uma graduada em fisioterapia.
De repente ela escuta alguém parabenizando os recém graduados como doutores. Todo o
filme do caminho das pedras que ela percorrera para obter o título de doutora passara pela sua
cabeça, enquanto o senhor de voz rouca sentenciava num passe de mágica e em nome de um
decreto, o título de doutor para os graduados presentes. Não entendia ela por que reduziam
em decreto o que deveria ser conquistado com luta, esforço e mérito.
De volta para sua casa, a minha amiga foi procurar as razões do doutor de decreto. Ela
não pode acreditar nas razões que justificavam o art. 44, inciso II da resolução do COFFITO-
6 e de vários CREFITOS. Numa destas justificativas dizia que "não existe preceitos legais
disciplinando a concessão de título de doutor no direito positivo brasileiro, consubstanciado
na Lei n. 5540 de 28.01.68 e no decreto lei n. 465 de 10.02.65." A princípio, pensou em
liderar um movimento nacional que declarasse que todo brasileiro que soubesse escrever o
nome fosse titulado doutor. Afinal, para alguns a lei não disciplina a concessão deste título.
Porém, logo a doutora percebeu que as Leis 5540 e 465 haviam sido promulgadas
num período de ditadura militar em nosso país. Mas, como leis existem para serem
respeitadas, não cabia fazer qualquer paralelo entre os períodos históricos em que as leis são
promulgadas. Porém, ao ler a Lei n.º 9.394 descrita acima e promulgada há quatro anos, a
minha amiga observou dois pontos importantes. Primeiro essa lei define claramente o título
de doutor. Segundo, ela finaliza em seu Art. 92 dizendo que ficam revogadas algumas leis
(nºs 4.024, 5.540, 9.131, 9.192, 5.692, 7.044) e as demais leis e decretos-lei que as
modificaram e quaisquer outras disposições em contrário. A validade dos diplomas de
mestrado e doutorado acadêmico está prevista na Portaria do MEC n.º 132/99 de 02.02.99.
Dessa forma, o primeiro argumento de que "não existe preceitos legais disciplinando a
concessão de título de doutor" não é verdadeira e não tem amparo legal. Ao contrário, este
argumento contraria a única lei em vigor sobre o assunto, que é a Lei n.º 9.394.
Na segunda explicação dos conselhos, a minha amiga quase teve um ataque cardíaco.
Diziam que o uso do título de doutor tinha por "fundamento um tratamento isonômico, sendo,
em realidade, a confirmação da autoridade científica profissional perante o paciente". Para a
nossa fisioterapeuta, isto eqüivaleria a dizer que todo cidadão brasileiro poderia ser chamado
de doutor, uma vez que o tratamento seria isonômico. No entanto, a sua formação lógica a
obrigou a formular um excelente raciocínio. Não é porque alguns profissionais usam da
falsidade ideológica de forma isonômica para se auto-intitularem o que não são que os
fisioterapeutas deveriam fazer o mesmo. Um sorriso muito largo se abriu no seu rosto quando
percebera que antes de concluir o doutorado, nunca havia mentido para recrutar a sua
clientela. Com ou sem o doutorado, ela continuava gozando do mesmo respeito de seus
pacientes/clientes.
Na resolução dos Conselhos não viu nenhum outro argumento que não fosse a
repetição modificada dos dois apontados acima. Ela decidiu então procurar uma das mais
talentosas fisioterapeutas do país. Contou a sua história e a sua frustração para aquela que
sempre fora o seu modelo profissional. A sua modelo profissional disse que estava
participando de uma conferência científica internacional quando dera o seu cartão pessoal
para uma das cientistas presentes. A cientista, uma Ph.D com inúmeros trabalhos científicos
publicados em revistas de impacto, perguntou à sua modelo profissional em qual
universidade ela havia cursado o seu doutorado. Constrangida, coube a ela explicar que na
verdade era uma doutora por decreto. Cortou-se de dor, o coração da minha amiga, porque
sabia dos méritos profissionais de sua modelo.
A minha amiga não resistiu e perguntou qual havia sido a reação de sua modelo.
Ouviu uma história que a deixou ainda mais perplexa. Envergonhada, a sua modelo tomou
uma decisão inusitada. Procurou imediatamente matricular-se em um "programa dito de
doutorado à distância". Viajaria algumas vezes para um outro país, faria algumas disciplinas e
ao término teria o tão desejado título de doutora. A minha amiga pensou em toda a trajetória
que percorrera até conquistar por mérito, o título de doutora e se sentiu lesada no seu direito.
Afinal, o seu caminho até o doutorado durou sete anos, de um trabalho diário e árduo,
incluindo inúmeros finais de semana e feriados. Como poderiam as leis de seu país obrigá-la
a percorrer o longo caminho das pedras para obter o título de doutora, se os seus colegas
poderiam usar um grande atalho para se chegar lá?
Chegou em casa com vontade de jogar tudo pelos ares e se mudar para um país que
respeitasse aqueles que trilham o difícil caminho da qualificação acadêmico-científica.
Porém, a nossa doutora de verdade deixou a racionalidade tomar conta de seus atos e
debruçou sobre as leis a procura de uma explicação para o "jeitinho brasileiro dos
Conselhos". Leu atentamente a Lei n.º 9.394 das diretrizes e bases da educação nacional e em
especial, o Art. 40 sobre o reconhecimento dos diplomas de cursos superiores. Está escrito no
inciso § 3º, as condições para que um título estrangeiro tenha validade nacional como prova
da formação recebida por seu titular: "Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos
por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam
cursos de pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em
nível equivalente ou superior". A minha amiga ligou para a sua modelo profissional e contou
o que acabara de descobrir. Depois de alguns contatos com a CAPES e com as Universidades
Públicas Nacionais, chegaram a uma conclusão: Nenhuma instituição pública brasileira séria
aceitaria reconhecer um título estrangeiro que não obedecesse ao rigor imposto pelos
Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu do Brasil, reconhecidos e avaliados pela CAPES.
Logo, nenhum título de mestrado e doutorado à distância seria reconhecido no Brasil.
Porém, mesmo que esses títulos viessem a ser reconhecidos por uma instituição pública
irresponsável, o mercado saberia achar formas de separar o joio do trigo. A profissional
modelo trancou imediatamente o seu doutorado por correspondência e exigiu legalmente, o
ressarcimento do dinheiro investido. Ela tirou de seu cartão profissional o doutor por decreto
e continua gozando do prestígio de seus pacientes/clientes. Hoje ela faz questão de ser
reconhecida com uma excelente profissional graduada em fisioterapia.
Mais tarde, a minha amiga veio a descobrir dois episódios interessantes relacionados
ao título de doutor. No primeiro episódio, ela soube que certa vez um paciente fora lesado
fisicamente por uma conduta errada de um fisioterapeuta. Procurou os seus direitos e teve
sorte de encontrar um advogado tarimbado. Na ação, o paciente argumentava que achava que
estava sendo tratado por um doutor. Por ser doutor, o paciente entendia que o fisioterapeuta
conhecia o estado de arte do conhecimento científico na sua área de atuação. A defesa
argumentou que o COFFITO e os CREFITOs recomendavam a todos os fisioterapeutas o uso
do título de doutor e mostrou a documentação. Porém, a vítima demonstrou com propriedade
que baseado no Código Penal houve crime de falsidade ideológica (artigo 299) e de
estelionato (artigo 171). Por ser um réu primário, a pena para o fisioterapeuta foi de três anos
de reclusão.
Num segundo episódio, um profissional graduado em fisioterapia que usava
indevidamente o título de doutor, abriu uma clínica ao lado da clínica de uma fisioterapeuta
com doutorado. A fisioterapeuta doutora, no exercício de sua cidadania entrou com uma ação
contra o fisioterapeuta graduado que usava um título de doutor que ele não havia
conquistado. Os argumentos e a sentença não foram muito diferentes do caso acima. Alegre,
a nossa doutora percebeu que o terceiro milênio havia chegado ao Brasil e que valeu lutar e
percorrer com dignidade o caminho das pedras que leva ao doutorado. Também ficou feliz ao
perceber que a isonomia da esperteza fora abolida de todos os conselhos federais de todas as
profissões de nosso país.
Do sonho de minha amiga podemos aprender algumas lições. A primeira grande lição
é que competência profissional não depende necessariamente de titulação. Muitos clínicos
graduados continuam a gozar do respeito e da admiração de seus pacientes/clientes. Na
verdade, a única lei capaz de determinar a competência de uma pessoa é a qualidade de seus
serviços. Essa qualidade será sempre prontamente reconhecida pelo mercado. São incontáveis
os números de profissionais graduados, competentes e respeitados pelo consumidor
brasileiro.
Se o título de doutorado não confere necessariamente competência profissional
clínica, então por que se deve respeitar a titulação por mérito acadêmico? Competência
profissional não deve ser entendida, necessariamente, como sinônimo de atualização
profissional e de treinamento científico. É claro que um profissional atualizado e com um
treinamento científico tem mais chances de ser ainda mais competente no exercício de sua
prática clínica. Recentemente, desenvolvemos e implantamos uma Tecnologia da Educação
para um curso de graduação em fisioterapia em uma universidade brasileira (Almeida,
Dionisio, Payno, Sande, 2001). Agora, estamos desenvolvendo essa tecnologia para o ensino
da pós-graduação em fisioterapia. Essa tecnologia é baseada em estudos que realizamos para
identificar as competências e habilidades do fisioterapeuta ao nível da graduação e da pósgraduação.
Nesses estudos, constatamos que existe uma grande lacuna entre os
conhecimentos científicos já sistematizados e publicados no mundo, na área da fisioterapia e
os implementados na prática clínica do fisioterapeuta.
Penso que a principal razão da não incorporação desses conhecimentos no dia a dia da
vida clínica é a falta de treinamento em nível de pós-graduação da maioria de nossos
fisioterapeutas. A complexidade da produção dos conhecimentos científicos e o refinamento
de sua linguagem aumentam a cada dia, o que exige um treinamento em nível de pósgraduação
para que o profissional possa absorver estes conhecimentos e incorporá-los na vida
prática. Existem dois tipos de doutoramento, o acadêmico e o profissionalizante, ambos
Stricto Sensu. O acadêmico treina o profissional para a produção e transmissão do
conhecimento científico e o segundo para o entendimento e incorporação deste conhecimento
na vida clínica. Não deve existir uma dicotomia entre o mundo científico e o clínico.
A interação entre o cientista e o clínico é o melhor caminho para o desenvolvimento de uma
profissão. Porém, não se pode dizer que um profissional graduado tenha a "confirmação da
autoridade científica profissional perante o paciente", pelo simples fato de que ele não foi
treinado para esta competência. Em teoria, somente um curso de doutorado pode conferir ao
profissional a autoridade científica. Na prática, existem as exceções que são os autodidatas.
Estes não precisam se preocupar com o caminho acadêmico. A produção científica desses
autodidatas acaba por forçar a academia a conceder-lhes o título de Doutor Honoris Causa,
que é o título mais cobiçado por aqueles que respeitam os produtores do conhecimento
científico.
A segunda grande lição que aprendemos com minha amiga é que os conselhos federal
e regional de todas as profissões não podem, por princípio ético e legal, recomendar a seus
associados graduados que usem indevidamente o título de doutor. Os conselhos não têm
autoridade legal para se colocarem acima de uma Lei n.º 9.394 decretada pelo Congresso
Nacional e sancionada pelo Presidente da República. O uso indevido de qualquer título
caracteriza crime de falsidade ideológica e de estelionato passíveis de uma penalidade
mínima de três anos de reclusão.
Finalizo conclamando a todas as pessoas de bem e em especial a comunidade
acadêmica que ajudem a construir um Brasil legítimo e legal. Os estudantes, os professores,
os profissionais poderiam enviar abaixo-assinados para os membros de todos os conselhos de
suas categorias (Fisioterapeutas, Médicos, Dentistas, Advogados, etc.) para que anulem
imediatamente as resoluções que recomendam a um graduado, a utilização do título de
doutor. Vamos começar o exercício da ética profissional primeiramente respeitando as leis e
segundo evitando a propaganda enganosa. Vamos forjar as profissões no império da
competência e não no do decreto. No caso da fisioterapia, mais do que nunca, precisamos
discutir uma agenda para a profissão e uma primeira proposta já foi oferecida em um artigo.
quarta-feira, setembro 21, 2011
ATRIBUIÇÕES DOS FORMADOS EM BIOMEDICINA
Vejam aqui porque o biomédico não pode ostentar o título de "DOUTOR". Além do curso ter somente 4 anos de duração,e para os profissionais dessa área se tornar DOUTOR como os demais cursos de graduação universitária, terá que fazer MESTRADO e depois DOUTORADO. E isso leva mais alguns anos de preparo acadêmico.
Biomedicina
I) Pesquisa
Biomédico é um ser meio médico meio biólogo. Ele pesquisa as causas de doenças, realiza testes laboratoriais, desenvolve vacinas e remédios. A grosso modo é mais ou menos isso o que um Biomédico faz.
· Campo de Atuação e Mercado de Trabalho
· Anatomia - estudar a forma e a estrutura dos seres vivos
· Biofísica - analisar os fenômenos biológicos por meio de exames radiológicos
· Biologia Molecular - investigar as funções das células e o papel das proteínas e dos genes no desenvolvimento do organismo
· Bioquímica - estudar os processos químicos nos organismos vivos
· Biotecnologia - desenvolver vacinas e remédios a partir da manipulação de microorganismos
· Farmacologia - pesquisar a natureza e a ação dos medicamentos no organismo
· Genética - investigar a transmissão dos caracteres hereditários
· Histologia - estudar a estrutura microscópica e as funções de tecidos e órgãos
· Imunologia - pesquisar vírus, bactérias e microorganismos e descobrir sua utilização na fabricação de vacinas e medicamentos
· Parasitologia - analisar os organismos que vivem a custa de outros
· Patologia - pesquisar e diagnosticar as doenças e as mudanças causadas por elas.
· Psicobilogia - estudar as drogas que atuam no sistema nervoso central, como psicotrópicos e antidepressivos
· A profissão nos dias atuais
Biologia Molecular, Genética e Imunologia são áreas bastante promissoras. Os laboratórios de análises clínicas contratam quase um terço dos profissionais. As universidades e os institutos de pesquisa, como o Adolfo Lutz, em São Paulo, e o Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, também oferecem bons empregos. Nas indústrias farmacêuticas, acompanha a fabricação de medicamentos e vacinas e pode ainda atuar no marketing da empresa.
· Média salarial inicial
O salário varia dependendo da área, tendo como salário médio inicial de R$ 889,00.
II) Entrevista
Realizamos uma entrevista com a Biomédica Talita Vieira Franco Salles que nos recebeu muito bem no laboratório em que trabalha - Laboratório Maricondi.
· Qual o nome completo dessa Profissão?
Em meu diploma o título que recebi foi de Bacharel em Ciências Biológicas - Modalidade Médica, Biomédico.
· Com relação a sua formação, quanto tempo leva-se para se formar Biomédico? Há quantos anos você é formada?
O curso de Biomedicina tem duração de 4 anos, sendo que normalmente, o último ano tem um período reservado para estágio curricular (obrigatório) . Sou formada há 12 anos e meio.
· Onde e quando você se formou? Quais disciplinas compõem o curriculum desse profissional?
Eu me formei em dezembro de 1986 na Universidade hoje chamada de UniAraras em Araras. As disciplinas envolvidas no curriculum do Biomédico são basicamente matérias voltadas à área de ciências médicas, dentre as que me lembro: Anatomia , Microbiologia, Histologia, Farmacologia, Biofísica, Bioestatística, Genética, Patologia e outras tão importantes quanto estas.
· Quais as funções do Biomédico em um laboratório?
No laboratório de Análises clínicas o Biomédico está encarregado de realizar os exames relacionados com o setor em que trabalha.
· Que tipo de análise você realiza?
No Laboratório Médico Dr. Maricondi trabalho há 10 anos e meio ,como responsável pelos setores de Microbiologia, Urinálises e Reprodução Humana, os exames que realizamos nestes setores são:
Microbiologia: exames com os quais podemos detectar os processos infecciosos, causados por fungos, bactérias e protozoários, em quaisquer amostras obtidas do paciente tais como urina, fezes, secreções etc...
Urinálises: Exames de urina onde são estudados seus caracteres físicos e químicos.
Reprodução Humana: Exames do esperma para estudar a infertilidade masculina e capacitação espermática com finalidade Biomedicina.docde Inseminação Homóloga.
· O campo de trabalho é bastante vasto para esse profissional?
Sim, podemos atuar tanto na área de Análises Clínicas, quanto em Citopatologia, e mesmo seguir carreira universitária lecionando em universidades.
· No Brasil, é fácil ser Biomédico?
No Brasil atual qualquer profissional encontrará dificuldades que não dizem respeito à sua formação especificamente, mas ao momento em que o próprio país está vivendo. Como temos diversas faculdades de Biomedicina o número de profissionais no mercado é muito grande. Vencem os que conseguem se destacar.
· Essa profissão é reconhecida em nosso país?
Tivemos momentos no passado em que houve risco para essa profissão, mas atualmente ela está reconhecida.
· Qual o conselho de profissionais esta profissão está ligada?
Somos filiados ao Conselho Federal de Biomedicina.
· Você sente-se realizada profissionalmente?
Pessoalmente me considero um profissional de sorte pois apenas após dois anos de formada fui contratada pelo Lab. Maricondi onde o profissional é valorizado em todos os sentidos.
terça-feira, setembro 20, 2011
JORNALISTA DENUNCIA: QUE AS AUTORIDADES BRASILEIRAS E O MUNDO SAIBAM PORQUE O VEREADOR DE PARAUAPEBAS FAISAL SALMEN DO PSDB QUER ME ASSASSINAR
Dia 1º de maio de 1990, o registro da origem da denúncia que resultou em uma CPI para apurar os desvios de verbas na administração
do ex-prefeito Faisal Salmen. No microfone o professor Raitony e este blogueiro autor da denúncia em um ato público que reuniu mais de mil pessoas.
Decisão que provocou o assassinato do ex-Vereador...
...continuação do parecer da CPI.
ONTEM COMPLETOU 20 ANOS DO PRIMEIRO CRIME POLÍTICO DE PARAUAPEBAS.
LEIAM ABAIXO TODA ESSA HISTÓRIA VERGONHOSA DE UM CRIME QUE FICOU NA IMPUNIDADE QUE CEIFOU A VIDA DO VEREADOR JOÃO PRUDÊNCIO DE BRITO.
CONHEÇA ESSA HISTÓRIA QUE O BRASIL E O MUNDO NUNCA TOMOU CONHECIMENTO.
Ontem, 19 de setembro de 2011, completou mais um ano do assassinato do ex-vereador João Prudêncio de Brito.
Crimes políticos são difíceis de serem apurados e levar seus responsáveis para trás das grades, a exemplo do caso do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, que já se tem provas, testemunhas, gente presa, mas até agora, os mandantes não foram descobertos.
Com certeza, depois da revelação feita, vão dizer que só porque ‘os caras’ morreram e não poderão se defender ou entregar os mandantes daquele crime hediondo, é que estamos revelando agora.
A empresa prontamente nos doou as passagens.
Eu tenho em meus arquivos, o veredicto da juíza Maria Vitória Torres do Carmo, quando impronunciou (absolveu) a D.Marlene Abadia da Silva, mulher do João Brito na época, acusada de ser a mandante da morte do mesmo, caracterizando assim em crime passional, custando-lhe 9 meses de cadeia de forma arbitrária, sendo solta da mesma, depois da minha ida ao Ministério da Justiça em Brasília denunciar o caso ao então Ministro da Justiça Célio Borja.
As minhas convicções de que a morte do ex-vereador João Prudêncio de Brito estão baseadas no que passarei a relatar a partir de agora.
Comprovada a denúncia através de fartos documentos comprobatórios, travou-se um batalha para o afastamento do prefeito corrupto.
Que eu me vendi, e a única coisa que tenho para apresentar aos eleitores ano que vem, é a minha palavra, vergonha na cara e o meu caráter, porque dinheiro eu não tenho pra gastar”, finalizava ele.
Ainda em conversas costumeiras, o João Brito revela: “Valter, agora o Fernando me chega com outra proposta para assinar um documento solicitando à Procuradoria Geral do Estado, o arquivamento da representação que fizemos contra o Faisal, que em troca, além de eu receber ajuda para o tratamento da minha esposa, ainda receberei uma quantia em dinheiro, a exemplo do que já aconteceu com os outros que já assinou inclusive ele, (Fernando) já recebeu o dele, não sei quanto, mas segundo o acerto, o valor de cada assinatura é de acordo com a importância de cada vereador nesse processo, sendo assim, o Fernando e o Zé do Galo que são membros da CPI comigo já devem ter recebido uma quantia maior do que os outros, mas eu recusei Valter, não aceitei, embora eu esteja precisando, chateado com minha decisão, o Fernando se afastou dizendo pra mim: “É João, se você não assinar, tem quem assine por você, é só uma questão de tempo”.
A partir daí, o João Brito ficou mais preocupado.
Já sentados, o Janês Piva lhe perguntou se tinha medo de morrer, ao que ele respondeu que sim.
Depois de um bom tempo conversando, despedimo-nos e fomos embora cada um para suas casas.
Outro fato que me convenço na cumplicidade da maioria dos vereadores da época na morte do João Brito, foi quando fui receber o “famoso” cheque sem fundos, enviado por Faisal na casa do ex-vereador Zé do Galo, que assim como o vereador Fernando da Ótica, era o intermediário das negociações sujas do ex-alcaide de Parauapebas, e que até bem pouco tempo tinha sido adversário e inimigo do mesmo, tanto que se tornou membro da Comissão Parlamentar de Inquérito, e recebo a seguinte observação do mesmo: “professor Valto (como era analfabeto, nunca pronunciava meu nome correto), o Faisal mandou te dizer, que é pra tu tirar esse dinheiro e sumir o mais urgente possível daqui com a tua família, porque se tu pensar que vai pegar esse dinheiro e continuar aqui infernizando a vida dele, tu é homem morto”.
Concluindo assim os indícios da participação dos vereadores da primeira legislatura do município de Parauapebas, na morte do João Brito que só fiquei sabendo através da minha ex-esposa quando cheguei a São Paulo e telefonei para a minha residência, para saber como estavam as coisas e ela me deu a trágica notícia, como eu não tinha entendido direito, perguntei-lhe: É o Chico Brito ou o João Brito que você está falando ?
Ela confirma: É o João Brito.
Então lhe pergunto: Já pegaram o assassino ?
Ela me responde que não, volto a perguntar-lhe: Já sabem quem foi que mandou matar ?
Ela respondeu que não, então eu lhe disse: Pois eu sei quem foi que mandou, deixa eu chegar aí.
E ela me repreende dizendo: Olha você não vai se meter nisso não, ninguém aqui está podendo falar nesse crime, você vai ficar quieto se não pode sobrar pra você também.
Mas o que é que vamos ganhar com isso?
Escuta o que to te falando pro teu bem”.
Ele é assassinado no dia 19 de setembro de 1991, e no dia 02 de outubro eles assinam esse documento?
Não esperaram completar nem um mês da sua morte para concretizarem seus planos.
Uma semana depois recebo um telefonema da mãe dos mesmos, agradecendo-me o que eu estava fazendo pelo seu ex-marido (ambos eram separados há vários anos), mas que ela e nem os filhos não iriam mais se envolver no caso, porque eles foram ameaçados por vereadores que não souberam precisar seus nomes, e que ela sabia que a região era muito perigosa, fato esse noticiado pela televisão e ela não estaria juntamente com seus filhos, dispostos a correrem riscos de morte, mas que me agradecia muito pela minha atitude de está lutando por justiça, despedimo-nos, e depois quando tentei falar com ela, havia trocado o número do telefone, essas coisas o povo precisa saber.
Fiz a minha parte, as autoridades agora que façam a dela, não estou acusando ninguém, apenas com minhas revelações estou apontando caminhos para uma séria investigação sobre os verdadeiros interessados no assassinato do João Brito (antes que o mesmo prescreva), quem dirá quem são os culpados será a justiça, ela tem meios para isso.
Mas, graças a nossa persistência que hoje o exército de denunciantes cada dia a mais vem aumentando.
Valeu a pena o risco de morte que sempre corremos por denunciar esse grupo de mascarado que diz que ama Parauapebas, mas com suas atitudes não correspondem o que dizem.
Hoje não cobro mais providências da justiça da terra para esse terrível episódio porque resolvi entregar a minha vida integralmente a Deus e me dedicar a pregação da Sua Santa Palavra para que pessoas como o Faisal Salmen, sua Ex-esposa Isabel Mesquita e seus correligionários se CONVERTAM ao Senhor Jesus Cristo e "Nasçam de novo", e passem por uma genuína transformação pelo poder do sangue de Jesus Cristo tornando-se uma NOVA CRIATURA arrependendo-se de seus pecados para poder herdar o reino do céu.
Coloquei essa causa agora nas mãos de Deus que tudo pode.
Se as autoridades aqui da terra não fazem justiça, Deus com certeza fará.
De acordo a nossa lei brasileira, ontem este crime prescreveu no dia de ontem quando o mesmo completou 20 anos sem que as nossas autoridades brasileiras se interessassem em apurar.
Mas não prescreveu diante de Deus.
Fiz a minha parte cobrando justiça as nossas autoridades brasileiras e nunca fui ouvido pelas mesmas, agora depois que este crime prescreveu, não tenho mais nada a fazer, apenas me contentar com a omissão da nossa justiça brasileira.
Mas quero deixar registrado aqui, que eu continuo correndo risco de morte por parte dos autores intelectuais do assassinato do ex-vereador João Prudêncio de Brito, principalmente pelo ex-prefeito Faisal salmen, ex-deputado estadual e atualmente Vereador no município de Parauapebas.
O mesmo me agredira em uma audiência pública no interior da Câmara Municipal de Parauapebas no dia 18 de agosto do corrente ano.
Não reagi a agressão do mesmo, porque eu sabia que era o Satanás por trás do mesmo me provocando a lhe devolver a agressão, para o mesmo se passar por vítima, e então ele me matar e alegar juntamente com seus advogados que foi em nome "da honra" que seu cliente praticara tal ato.
Graças a Deus que sou um servo do Senhor Jesus Cristo, e foi por esse motivo que tive o equilíbrio de não reagi conforme o mesmo planejara.
Obrigado Deus por mais uma vitória contra o inimigo!
Valter Desidério Barreto - Servo do Senhor Altíssimo - O Deus Todo Poderoso
ENTREVISTA COM GUSTAVO IOSCHPE
O Jornal Nacional conversou com o especialista em Educação Gustavo Ioschpe, que foi consultor na blitz que o JN no Ar fez, em maio, em escolas das cinco regiões brasileiras.
Fonte: Blogdoalderi.
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