suas colegas de Casa:
ELAS NA POLÍTICA
Conhecida como "A Casa das Sete Mulheres", a Câmara de Maceió tem uma Mesa Diretora formada 50% por mulheresPuxada pela votação expressiva da presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, a Câmara de Vereadores de Maceió se destaca pela representação feminina. A capital alagoana, além de ter 47,9% das mulheres chefiando famílias, maior índice do país, segundo o Censo 2000, foi a que elegeu, proporcionalmente, o maior número de vereadoras no Brasil. Das 21 cadeiras, sete são ocupadas por legisladoras, o que dá uma média de 33,3% - quase três vezes mais que a média brasileira, que é de 12,5%. Tantas vereadoras levaram o Legislativo de Maceió a ser chamado de "A Casa das Sete Mulheres" e as mudanças causadas pela ocupação feminina já são sentidas. A força das mulheres está demonstrada na composição da Mesa Diretora, onde elas ocupam 50% dos cargos, algo inédito. Dos seis eleitos, três são do sexo feminino: a vice-presidente, Fátima Santiago (PP); a primeira-secretária, Silvania Barbosa (PMN); e a terceira secretária, Tereza Nelma (PSB). A proporção feminina levou o tema "discriminação" à pauta da Casa. A Câmara vai realizar uma semana exclusiva de discussões sobre o assunto a partir desta segunda-feira (9). O evento, que está prevista no regimento da Casa, mas sempre se resumiu a uma única sessão especial, terá a participação da senadora Patrícia Saboya (CE), que vai ministrar a palestra "Inclusão e exclusão das mulheres no Nordeste", e da deputada federal Luiza Erundina (SP), que vai falar sobre "A Ação política das Mulheres no Século XXI". As duas serão homenageadas com a Comenda Selma Bandeira.Votação expressiva
Proporção de mulheres nas Câmaras de Vereadores (por capitais)
Maceió (AL)
7 em 21 eleitos
33,33%
Rio (RJ)
13 em 51 eleitos
25,49%
Aracaju (SE)
4 em 19 eleitos
21,05%
C. Grande (MS)
4 em 21 eleitos
19,04%
Porto Velho (RO)
3 em 16 eleitos
18,75%
Macapá (AP)
3 em 16 eleitos
18,75%
Curitiba (PR)
6 em 38 eleitos
15,78%
Manaus (AM)
6 em 38 eleitos
15,78%
Salvador (BA)
6 em 41 eleitos
14,63%
J. Pessoa (PB)
3 em 21 eleitos
14,28%
B. Horizonte (MG)
5 em 41 eleitos
12,19%
P. Alegre (RS)
4 em 36 eleitos
11,11%
Fortaleza (CE)
4 em 41 eleitos
9,75%
Teresina (PI)
2 em 21 eleitos
9,52%
São Paulo (SP)
5 em 55 eleitos
9,09%
Goiânia (GO)
3 em 35 eleitos
8,57%
Palmas (TO)
1 em 12 eleitos
8,33%
Recife (PE)
3 em 37 eleitos
8,10%
Boa Vista (RR)
1 em 14 eleitos
7,14%
Rio Branco (AC)
1 em 14 eleitos
7,14%
Vitória (ES)
1 em 15 eleitos
6,66%
Belém (PA)
2 em 35 eleitos
5,71%
Cuiabá (MT)
1 em 19 eleitos
5,26%
São Luís (MA)
1 em 21 eleitos
4,76%
Natal (RN)
1 em 21 eleitos
4,76%
Florianópolis (SC)
Nenhuma em 16 eleitos
0% Sua história na política foi marcada pelo forte discurso pela moralidade, mas neste dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, ela foi mais sutil na hora de falar sobre feminismo. Durante uma caminhada na orla de Maceió, Heloísa distribuiu panfletos e evitou falar de política. "Viva as mulheres lutadoras do povo, que juntam seus próprios pedaços todos os dias e todas as noites, com toda a ternura, quando a sociedade e suas hierarquias perversas insistem em quebrá-las em muitos pedacinhos... E elas continuam repetindo para quem quiser ouvir, e para quem não quiser ouvir também. Viva a maravilhosa experiência de ser mulher", dizia o folheto.