TUDO É FORÇA, SÓ DEUS É PODER.
"DEUS SEM MIM CONTINUARÁ SENDO DEUS.
EU SEM DEUS NÃO SEREI NADA".
DISSE JESUS : ”E CONHECEREIS A VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ“. JOÃO 8:32 .
TODOS CONTRA A PEDOFILIA, EXPLORAÇÃO SEXUAL INFANTIL, A CORRUPÇÃO GENERALIZADA NO NOSSO PAÍS, A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS, AS CRIANÇAS E TODOS INDIVÍDUOS INDEPENDENTEMENTE DE SUA IDADE.
ACESSE DIARIAMENTE A SUA "REVISTA ELETRÔNICA".
Parlamentar
paranaense, indicado por Temer para resolver questão entre Petrobras e
JBS, segundo reportagem do 'O Globo', desembarcou em Guarulhos na manhã
desta sexta.
Por G1 SP
Deputado Rodrigo Rocha Loures, citado em gravações, chega dos EUA.
O deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), indicado pelo presidente
Michel Temer para resolver uma disputa relativa ao preço do gás
fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo JBS, segundo reportagem
de 'O Globo' chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (19).
Loures estava em Nova York, nos Estados Unidos, acompanhando o evento
Person of The Year, no qual o prefeito de São Paulo João Doria foi
premiado, e desembarcou no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, às 7h35,
uma hora depois de o avião pousar, às 6h25.
No saguão do aeroporto, ele foi chamado de "ladrão", "bandido" e
algumas pessoas pediram "cadeia". Ele não quis gravar entrevista, entrou
em um táxi branco e não respondeu para qual cidade vai.
Após a delação de Joesley Batista, da JBS, o ministro do Supremo
Tribunal Federal Edson Fachin determinou o afastamento de Loures do
mandato de deputado federal.
Loures desembarca no Aeroporto de Guarulhos (Foto: Reprodução/GloboNews)
Entenda as suspeitas contra o deputado federal Rodrigo Rocha Loures:
Na quarta-feira (17), o jornal 'O Globo' divulgou reportagem que aponta
que o presidente Michel Temer indicou Rocha Loures para resolver uma
disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica
do grupo JBS.
A reportagem relata que o dono da JBS marcou um encontro com Rocha
Loures em Brasília e contou sobre sua demanda no Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade). Pelo serviço, segundo 'O Globo', Joesley
ofereceu propina de 5% e o deputado deu o aval.
De acordo com documentos da investigação obtidos pela TV Globo, o
deputado federal foi filmado pela PF recebendo uma bolsa com R$ 500 mil
enviados por Joesley, após combinar pagamento semanal no mesmo valor
pelo período de 20 anos. Conforme o relatório, o valor semanal poderia
chegar a R$ 1 milhão se o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD),
valor fixado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE),
em R$/MWh , para a comercialização da energia, ultrapassasse R$ 400.
Segundo 'O Globo', Loures teria telefonado para o presidente interino
do Cade, Gilvandro Araújo, para interceder pelo grupo. O Cade informou,
em nota, que a área técnica da Superintendência Geral recomendou a
instauração, inicialmente, de Procedimento Preparatório e,
posteriormente, de Inquérito Administrativo, procedimentos padrão para
apurar denúncias anticoncorrenciais. Veja a íntegra da nota do Cade no
fim da reportagem.
A entrega de R$ 500 mil para Rocha Loures, feita por Ricardo Saud,
diretor da JBS, ocorreu em São Paulo. Depois de passar por três
endereços em um mesmo encontro (um café em um shopping, um restaurante e
uma pizarria), Loures deixa a pizzaria levanda uma mala preta com o
dinheiro.
Conversas entre o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e
Ricardo Saud, diretor da JBS, revelam qual era o entendimento do
parlamentar sobre o impacto das denúncias e das investigações no Supremo
Tribunal Federal (STF) contra ministros do governo Michel Temer.
Em uma das conversas de Rocha Loures com Saud, o deputado concorda em
apresentar uma prévia do relatório da Medida Provisória do Refis, que
ainda não era público, para o diretor da JBS. Na conversa, os dois falam
sobre esconder o que a JBS queria no texto incluindo os pontos como
sugestão da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes
(ABIEC).
Presidente
afirmou que não teme delação. Segundo 'O Globo', empresário entregou à
PGR gravação de conversa com Temer sobre a compra do silêncio de Eduardo
Cunha.
Por G1, Brasília
Michel Temer faz pronunciamento e diz que não vai renunciar.
O presidente Michel Temer afirmou na tarde desta quinta-feira (18) no
Palácio do Planalto que não teme delação e que não renunciará.
Ele fez um pronunciamento motivado pela delação premiada dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS. As delações já foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal. Nesta quinta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente.
"No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses
fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a
correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os
esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de
dúvida não pode persistir por muito tempo", declarou.
Reportagem publicada no site do jornal "O Globo" nesta quarta (17)
informou que Joesley Batista entregou à Procuradoria Geral da República
(PGR) gravação de conversa na qual ele e Temer falaram sobre a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.
"Não temo nenhuma delação, nada tenho a esconder", disse Temer. "Nunca
autorizei que se utilizasse meu nome", declarou o presidente.
Houve, realmente, o relato de um empresário que, por ter relações com
um ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que
isso acontecesse. E somente tive conhecimento desse fato nessa conversa
pedida pelo empresário", disse.
Ele afirmou que nunca autorizou que se pagasse a alguém para ficar
calado. "Em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja
para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém", declarou.
Temer disse que pediu oficialmente ao Supremo acesso ao conteúdo das delações, mas não conseguiu.
"Meu governo viveu nesta semana seu melhor e seu pior momento", disse
Temer, em referência a indicadores de inflação, emprego e desempenho da
economia e à revelação da delação dos donos da JBS. "Todo o esforço para
tirar o país da recessão pode se tornar inútil", afirmou.
Segundo o presidente, "a revelação de conversas gravadas
clandestinamente trouxe fantasmas de crise politica de proporção ainda
não dimensionada".
Íntegra do pronunciamento
Leia abaixo a íntegra do pronunciamento de Michel Temer:
Olha,
ao cumprimentá-los, eu quero fazer uma declaração à imprensa brasileira
e uma declaração ao País. E, desde logo, ressalto que só falo agora -
os fatos se deram ontem - porque eu tentei conhecer, primeiramente, o
conteúdo de gravações que me citam. Solicitei, aliás, oficialmente, ao
Supremo Tribunal Federal, acesso a esses documentos. Mas até o presente
momento não o consegui.
Quero
deixar muito claro, dizendo que o meu governo viveu, nesta semana, seu
melhor e seu pior momento. Os indicadores de queda da inflação, os
números de retorno ao crescimento da economia e os dados de geração de
empregos, criaram esperança de dias melhores. O otimismo retornava e as
reformas avançavam, no Congresso Nacional. Ontem, contudo, a revelação
de conversa gravada clandestinamente trouxe volta o fantasma de crise
política de proporção ainda não dimensionada.
Portanto,
todo um imenso esforço de retirar o País de sua maior recessão pode se
tornar inútil.
E nós não podemos jogar no lixo da história tanto
trabalho feito em prol do País.
Houve, realmente, o relato de um
empresário que, por ter relações com um ex-deputado, auxiliava a família
do ex-parlamentar.
Não solicitei que isso acontecesse.
E somente tive
conhecimento desse fato nessa conversa pedida pelo empresário.
Repito
e ressalto: em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que
seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém.
Por uma razão
singelíssima: exata e precisamente porque não temo nenhuma delação, não
preciso de cargo público nem de foro especial.
Nada tenho a esconder,
sempre honrei meu nome, na universidade, na vida pública, na vida
profissional, nos meus escritos, nos meus trabalhos.
E nunca autorizei,
por isso mesmo, que utilizassem o meu nome indevidamente.
E
por isso quero registrar enfaticamente: a investigação pedida pelo
Supremo Tribunal Federal será território, onde surgirão todas as
explicações.
E no Supremo, demonstrarei não ter nenhum envolvimento com
esses fatos.
Não
renunciarei, repito, não renunciarei! Sei o que fiz e sei da correção
dos meus atos.
Exijo investigação plena e muito rápida, para os
esclarecimentos ao povo brasileiro.
Esta situação de dubiedade ou de
dúvida não pode persistir por muito tempo.
Se foram rápidas nas
gravações clandestinas, não podem tardar nas investigações e na solução
respeitantemente a estas investigações.
Tanto
esforço e dificuldades superadas, meu único compromisso, meus senhores e
minhas senhoras, é com o Brasil.
E é só este compromisso que me guiará.
Muito obrigado. Muito boa tarde a todos.
Michel Temer durante o pronunciamento no Palácio do Planalto no qual
afirmou que não vai renunciar (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
Nota da Presidência
Na noite desta quarta (17), após a veiculação da reportagem, a
Presidência divulgou nota na qual confirmou que, em março Temer e
Joesley Batista se encontraram, mas negou ter havido conversa sobre tentar evitar a delação de Cunha.
No âmbito do STF, o ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, autorizou abertura de inquérito para investigar Temer, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com a decisão de Fachin, Temer passou formalmente à condição de
investigado na Operação Lava Jato. Ainda não há detalhes sobre a
decisão, confirmada pela TV Globo.
As revelações do jornal geraram reações imediatas no Congresso
Nacional, a ponto de os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e
do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), encerrarem as sessões desta quarta nas quais estavam sendo discutidos projetos.
Pela Constituição, se o presidente renunciar ou sofrer impeachment, o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assume interinamente a Presidência e
tem de convocar novas eleições.
Aécio indicou um primo dele para receber o dinheiro, e a entrega foi
filmada pela Polícia Federal. A PF também rastreou o caminho do dinheiro
e descobriu que foi depositado em uma empresa do também senador Zeze
Perrella (PMDB-MG).
Embora a Procuradoria Geral da República tenha pedido a prisão de Aécio, o ministro Edson Fachin rejeitou o pedido e não levará o caso a plenário, que só avaliará o caso se o procurador-geral, Rodrigo Janot, decidir recorrer da decisão.
Dárcy
Vera (PSD) foi presa em dezembro do ano passado na 2ª fase da Operação
Sevandija. No mesmo julgamento, o ex-secretário de Educação Angelo
Invernizzi também perdeu habeas corpus.
Por G1 Ribeirão e Franca
A ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera (PSD) é investigada por desvio de R$ 45 milhões (Foto: Érico Andrade/G1)
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogou na tarde desta
quinta-feira (18) a liminar que mantinha a ex-prefeita de Ribeirão Preto
(SP) Dárcy Vera (PSD) em liberdade.
Ela foi presa em dezembro do ano
passado na segunda fase da Operação Sevandija, mas obteve um habeas
corpus nove dias depois.
Dárcy é acusada de chefiar um esquema que desviou R$ 45 milhões dos
cofres públicos por meio de fraude nos pagamentos de honorários
advocatícios no chamado "acordo dos 28%", resultante de uma ação movida
por servidores municipais contra a Prefeitura, referente às perdas
salariais do Plano Collor.
Segundo o ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais Wagner
Rodrigues, delator do esquema, Dárcy recebeu R$ 7 milhões em propina.
Por quatro votos a um, os ministros da 6ª Turma do STJ decidiram
restabelecer a prisão preventiva da ex-prefeita, o que significa que ela
deverá permanecer presa até o julgamento do caso.
"Para os ministros, é concreto o receio de que haja movimentação,
dissipação ou ocultação dos valores que se quer recuperar.
Apesar de já
ter sido destituída do cargo, por sua notória influência regional, a
ex-prefeita ainda pode obstaculizar a investigação", informou o STJ.
A quebra de sigilo fiscal e bancário de Dárcy, a pedido da Operação
Sevandija, indicou que Dárcy apresentou movimentação financeira
incompatível com rendimentos brutos declarados, no período de 2010 a
2015, o que pode configurar ocultação de suas fontes de recursos.
A advogada da ex-prefeita, Maria Cláudia Seixas, afirmou que vai
recorrer da sentença no Supremo Tribunal Federal (STF), mas disse que
Dárcy vai se apresentar à Justiça, sem especificar quando e onde isso
deve ocorrer.
O ex-secretário de Educação de Ribeirão Preto Ângelo Invernizzi Lopes (Foto: Reprodução/EPTV)
Ainda no mesmo julgamento, a 6ª Turma do STJ também decidiu
restabelecer a prisão preventiva do ex-secretário de Educação de
Ribeirão Angelo Invernizzi.
A votação foi semelhante: quatro votos a
favor da prisão - apenas o ministro Sebastião Reis votou pela liberdade.
A empresa é considerada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público
como uma espécie de “cabide de empregos” para cabos eleitorais indicados
por vereadores, em troca de apoio político ao governo da ex-prefeita na
Câmara Municipal.
Ainda segundo a Operação Sevandija, o ex-secretário também está
envolvido no suposto esquema de contratação de trabalhadores indicados
por vereadores para a Prefeitura de Ribeirão, por intermédio da
Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp).
O advogado de defesa de Invernizzi, Ricardo Sayeg, disse que o
ex-secretário deve se apresentar à Justiça na manhã desta sexta-feira
(19).
A defesa também vai recorrer ao STF.
“A orientação é sempre de
cumprir a ordem judicial”, afirmou Sayeg.
O ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão
Preto Wagner Rodrigues, delator do esquema (Foto: Érico Andrade/G1)
Acusação contra Dárcy
Dárcy Vera foi denunciada em dezembro de 2016 pela Procuradoria-Geral
de Justiça, responsável por investigar e processar criminalmente os
prefeitos.
Ela é acusada de corrupção passiva, peculato e associação
criminosa.
A Justiça também decretou a indisponibilidade de seus bens.
A ex-prefeita já estava sendo investigada desde a primeira fase da
Operação Sevandija, que identificou fraude em contratos de licitações de
R$ 203 milhões, pagamentos indevidos de honorários advocatícios pela
Prefeitura e corrupção envolvendo nove vereadores da base aliada.
Segundo o procurador-geral Gianpaolo Smanio, os desvios em Ribeirão
Preto formam um dos maiores escândalos de corrupção em prefeituras já
investigados pelo Ministério Público paulista.
Ainda de acordo com
Smanio, Dárcy continuou a operar o esquema, mesmo após ser alvo de
investigação.
Prefeita Dárcy Vera prestou depoimento por duas vezes na Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo (Foto: Reprodução/EPTV)
O esquema
Dárcy Vera, os ex-advogados do Sindicato dos Servidores Municipais,
Sandro Rovani e Maria Zuely Librandi, o ex-secretário de Administração
Marco Antônio dos Santos, e o advogado André Hentz são acusados de
peculato, corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica e associação
criminosa.
Em delação premiada ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), Wagner Rodrigues deu
detalhes sobre as planilhas apreendidas pela força-tarefa da Operação
Sevandija,
Em um dos trechos da documentação, Rodrigues afirma que foram acertados
os pagamentos de R$ 7 milhões para a prefeita, R$ 2 milhões para Marco
Antônio dos Santos, e R$ 11,8 milhões para serem divididos entre ele e
Sandro Rovani.
Inicialmente, a Sevandija suspeitava que agentes públicos responsáveis
por liberar os pagamentos do acordo judicial exigiam que Maria Zuely,
que representou os servidores na ação movida em 1997, pagasse propina
para receber os valores que lhe eram devidos na causa.
Entretanto, documentos apontaram que, na verdade, houve um acerto entre
as partes muito antes dessa decisão judicial.
Para o Gaeco, o acordo só
ocorreu para que o valor total dos honorários, cerca de R$ 69,9
milhões, fosse desviado dos cofres públicos e dividido entre os
envolvidos.
Os ex-advogados do Sindicato dos Servidores Municipais Maria Zuely Librandi e Sandro Rovani estão presos (Foto: Arte/EPTV)
Segundo o Gaeco, o contrato firmado para que Maria Zuely trabalhasse
para o Sindicato excluía qualquer possibilidade de cobrança de
honorários por parte da advogada.
Entretanto, em 2003, após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP)
dar ganho à causa movida por 3,5 mil funcionários públicos contra a
Prefeitura, Maria Zuely entrou em uma disputa para receber os valores
que alegava serem seus por direito.
A advogada contratou André Soares Hentz para representá-la na ação de
cobrança dos honorários, mas a causa sofreu consecutivas derrotas, até
que os recursos na primeira e na segunda instâncias foram esgotados.
A partir da delação premiada de Wagner Rodrigues, a força-tarefa
apreendeu provas de que Maria Zuely e Hentz procuraram os outros
envolvidos e passaram a prometer vantagens para que pudessem receber o
dinheiro.
Segundo o sindicalista, em reuniões na Prefeitura de Ribeirão Preto e
no escritório do advogado, Rovani, Rodrigues e Santos definiram como
seria feito o “termo de aditamento de acordo” para incluir o pagamento
dos honorários.
Ainda de acordo com Rodrigues, o documento foi assinado pela prefeita
Dárcy Vera em seu gabinete.
A chefe do Executivo tinha pleno
conhecimento da manobra feita para garantir os pagamentos para que o
grupo fosse privilegiado.
Agentes da PF e promotores de Justiça cumprem mandado de busca no
Sindicato dos Servidores em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)
Em sua delação, Rodrigues informou que a ata de uma assembleia
realizada no dia 20 de março de 2012 foi adulterada por ele e pelo então
advogado do sindicato, Sandro Rovani.
Em votação anterior, os
servidores já haviam decidido que não pagariam honorários advocatícios.
Mas, um parágrafo afirmando que os trabalhadores decidiram pela cessão
dos valores devidos foi incluído no documento.
O assunto sequer foi
mencionado para discussão no documento original, que tratou apenas do
reajuste salarial do funcionalismo.
De acordo com a Promotoria, o termo de aditamento previa redução dos
juros de mora de 6% para 3%, e esse valor seria destinado à Maria Zuely,
cerca de R$ 58 milhões.
Entretanto, o então secretário de Administração
se utilizou de um jogo de planilhas e elevou o valor para R$ 69
milhões.
Para o Gaeco, todos os documentos apresentados induziram a Justiça a
erro e o pagamento dos honorários milionários foi autorizado.
Com isso, a
quadrilha manteve os desvios planejados por anos a fio, inclusive
porque o desvio do dinheiro público foi executado em parcelas mensais e o
plano criminoso exigiu cumplicidade e organização de janeiro de 2009 a
agosto de 2016.
O promotor Leonardo Romanelli afirmou que a análise bancária dos
suspeitos, assim como documentos apreendidos, apontam que o valor dos
honorários era depositado mensalmente na conta de Maria Zuely, e então
entregue aos demais envolvidos em dinheiro ou cheques.
Além do desvio de R$ 45 milhões dos cofres públicos, o esquema gerou um
prejuízo de R$ 120 milhões aos servidores, que foram privados de
receber os 6% de juros de mora referentes ao acordo inicial.