Ronilson Marcílio Alves (PTC) tomou posse algemado na Câmara de Caratinga em janeiro deste ano; segundo a Justiça, vereador cobrou R$ 200 mil para não divulgar imagens do religioso.
O vereador de Caratinga, Ronilson Marcílio Alves (PTC), que tomou posse, preso e algemado, em janeiro deste ano, foi condenado a cinco anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto por extorsão, além da perda do mandato.
Na ocasião da posse, a polícia informou que o parlamentar estava preso por extorsão, mas não deu detalhes do caso, porque seguia em segredo de Justiça.
Nesta terça-feira (9), O G1 teve acesso ao processo, e, segundo a ação, o político cobrou R$ 200 mil para não divulgar um vídeo íntimo envolvendo um padre da cidade.
Outras três pessoas que participaram do crime também foram condenadas, entre elas, o homem que aparecia tendo relação íntima com o religioso.
Ainda segundo a Justiça, o primeiro contato do parlamentar com o padre
foi no início de novembro de 2016, quando ele ligou para o religioso
dizendo que um homem estava com o vídeo e tinha intenção de divulgá-lo
ou repassá-lo a terceiros.
Na ocasião, Ronilson teria se oferecido para intermediar a negociação da entrega do material ao padre, o que para a Justiça era uma forma de camuflar a participação dele no esquema.
Na ocasião, Ronilson teria se oferecido para intermediar a negociação da entrega do material ao padre, o que para a Justiça era uma forma de camuflar a participação dele no esquema.
Alguns dias após a primeira ameça, segundo a ação, o vereador foi até a
casa do padre, acompanhado de um outro homem, para tratar da
intermediação.
Eles afirmavam ainda que uma terceira pessoa estaria disposta a divulgar as imagens, caso o padre não cedesse às chantagens.
Após quebra de sigilo telefônico, a Justiça teve acesso a uma ligação onde Ronilson negocia com uma pessoa do esquema, a possibilidade de diminuir o valor exigido do padre, que aceitou pagar R$ 90 mil.
Segundo o processo, o padre marcou um encontro com os envolvidos e acionou à polícia.
Os quatro homens foram presos em flagrante e a PM apreendeu os vídeos usados para extorquir o religioso.
Eles afirmavam ainda que uma terceira pessoa estaria disposta a divulgar as imagens, caso o padre não cedesse às chantagens.
Após quebra de sigilo telefônico, a Justiça teve acesso a uma ligação onde Ronilson negocia com uma pessoa do esquema, a possibilidade de diminuir o valor exigido do padre, que aceitou pagar R$ 90 mil.
Segundo o processo, o padre marcou um encontro com os envolvidos e acionou à polícia.
Os quatro homens foram presos em flagrante e a PM apreendeu os vídeos usados para extorquir o religioso.
Na decisão, o juiz afirma que a conduta de Ronilson, que já atuava como
vereador, é incompatível com o cargo ocupado por ele, “o que gera uma
grave violação de seu dever para com a Administração Pública, sendo
imperiosa a decretação da perda do cargo”, diz.
Por telefone, o advogado do vereador, Dário Soares Júnior, informou ao G1 que vai recorrer da decisão nas instâncias superiores e negou a participação do parlamentar no crime.
O G1 também procurou a diocese de Caratinga, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
O G1 também procurou a diocese de Caratinga, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
Posse do Vereador
Ronilson Marcílio Alves (PTC) foi reeleito vereador pela terceira vez e
tomou posse algemado na Câmara Municipal em janeiro deste ano.
Na época, a polícia informou que ele estava preso por extorsão, mas não deu detalhes do caso porque o processo seguia em segredo de Justiça.
Na época, a polícia informou que ele estava preso por extorsão, mas não deu detalhes do caso porque o processo seguia em segredo de Justiça.