Estudante de cinema Guan Xi participou de ato no dia 18 no Centro.
Ela afirma estar impressionada com nível de participação popular.
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Manifestante segura cartaz na frente da Catedral da Sé (Foto: Guan Xi)
Apesar da vinda despretensiosa, ela participou do protesto realizado em São Paulo no dia 18 deste mês e diz que se emocionou com o nível de engajamento e de participação popular.
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"Foi impressionante ver as pessoas lutando por seus direitos", conta
Guan. Ela afirma que na China, país comandado pelo Partido Comunista, eventualmente também acontecem protestos, mas não com a expressão verificada no Brasil.
Recentemente, jovens chineses saíram às ruas para protestar contra o Japão, já que os países disputavam o comando das ilhas Senkaku.
Carros japoneses usados na China chegaram a ser destruídos nas ruas, segundo ela. "É essa violência que não pode haver.
Lá houve resposta a esses atos violentos.
Aqui, partir para a destruição vai prejudicar o movimento", disse.
Guan Xi aproveitou a manifestação na Praça da Sé e a caminhada que fez pelas avenidas Brigadeiro Luís Antônio e Paulista para documentar o protesto em uma espécie de ensaio fotográfico.
Entre as queixas, verificou que algumas se concentram nos gastos referentes à Copa do Mundo.
Nesse tema ela diz que também tem "escola", já que a China abrigou as Olimpíadas de Pequim em 2008. "Muitos chineses reclamavam de boca a boca, mas não chegaram a sair às ruas."
Ela avalia que não apenas características culturais ajudam a explicar essas diferenças, mas também econômicas, em razão de a China viver há anos condições de crescimento econômico muito mais favoráveis que as do Brasil, o que impacta na opinião pública e no nível de satisfação das pessoas.