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quinta-feira, outubro 29, 2015

Governo quer autorização para rombo de R$ 117,9 bilhões em 2015

Pedido consta em ofício enviado ao Congresso para mudar meta fiscal.

Governo quer poder abater até R$ 55 bilhões em 'pedaladas fiscais'.

Alexandro Martello e Fernanda Calgaro
Do G1, em Brasília

No ofício que encaminhou nesta semana ao Congresso Nacional para revisar a meta fiscal deste ano, o governo pede autorização do Legislativo para que as suas contas possam ter um rombo recorde de R$ 117,9 bilhões.

 Esse valor considera o abatimento de até R$ 55 bilhões para compensação das "pedaladas fiscais" – que são pagamentos atrasados a bancos públicos.
Conforme divulgado na terça-feira (27), a meta fiscal de 2015 foi revisada de novo, passando de um superávit – economia para pagar juros da dívida – de R$ 8,7 bilhões para um déficit de R$ 51,8 bilhões nas contas do governo.
ARTE - rombo nas contas do governo (Foto: Arte/G1)
Também já tinha sido divulgada a possibilidade de abater dessa meta fiscal a receita esperada do leilão das hidrelétricas, previsto para novembro, caso ele não venha a acontecer.
 Isso aumentaria o rombo em R$ 11,1 bilhões.
Entretanto, o valor da "pedaladas" ainda não tinha sido detalhado.
Valores

Nesta quinta-feira, mais cedo, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, declarou que as "pedaladas" do últimos anos não superariam a marca dos R$ 50 bilhões. 
Com isso, o déficit fiscal poderia subir para até R$ 112,8 bilhões.
Entretanto, no ofício encaminhado ao Congresso, o governo pede para que o abatimento na meta, das "pedaladas fiscais", seja de até R$ 55 bilhões.
Assim, caso o Tribunal de Contas da União determine que o governo deve pagar as pedaladas ainda neste ano, e caso o leilão das hidrelétricas não ocorra em 2015, o déficit nas contas poderia atingir a marca recorde de R$ 117,9 bilhões – o equivalente a 2,05% do PIB.
"O abatimento da meta pela frustração de receitas de concessões pode alcançar R$ 11,1 bilhões, e com o pagamento de passivos ainda em discussão outros R$ 55 bilhões. 
A União está autorizada, nessas circunstâncias, a ter déficit de até R$ 117,9 bilhões (2,05% do PIB), ou desempenho ainda pior, se estados e municípios superarem sua cota", diz o documento divulgado pelo relator da proposta de alteração da meta fiscal, deputado Hugo Leal (Pros-RJ)
Para o resultado de todo o setor público (que engloba os estados, municípios e empresas estatais), o governo pede autorização para que o déficit possa ser de R$ 114,96 bilhões – o equivalente a 2% do PIB.
Nesse pedido, o governo considera que as contas dos estados e municípios terão superávit de R$ 2,9 bilhões neste ano.

O aumento da dívida pública tem outro efeito: só de juros, o governo já gastou R$ 408,3 bilhões.
Relator aceita proposta

O deputado Hugo Leal, relator do projeto de lei que altera a meta fiscal deste ano, deu parecer favorável à aprovação, sob a justificativa de que não se pode ignorar as dificuldades financeiras enfrentadas pelo país e que a proposta dá a "transparência necessária à boa condução da gestão das finanças públicas".
Evolução das contas públicas meta fiscal déficit 2015 (Foto: G1)
Ele observou ainda que o ajuste fiscal tem sido feito “a duras penas” devido à piora na arrecadação em razão da queda da atividade econômica e atribuiu esse quadro em parte à modificação pelo Congresso de algumas medidas fiscais propostas pelo governo.
“Houve e há oposição a algumas medidas fiscais propostas e seus efeitos foram atenuados na tramitação dos projetos”, disse Hugo Leal.
Para o deputado, o quadro econômico é “desalentador, mostrando a deterioração dos indicadores”. 
“A LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] em vigor contemplava crescimento positivo para 2015, chegando a 2,3% no ano em 2017; agora, temos queda do PIB em 2015 de 2,8%, queda em 2016 de 1%”, afirmou no parecer.
Reequilíbrio

Ele destacou, porém, que o governo tem usado todos os mecanismos para reequilibrar o orçamento. “Temos que reconhecer que há um esforço legítimo para equacionar o déficit público e restabelecer a confiança na capacidade de o país superar os percalços vividos neste momento atípico”, disse Hugo Leal.
O parlamentar acrescentou ainda que o projeto de lei enviado pelo Executivo “prima pela transparência” ao explicitar a realidade das finanças públicas”. “Mesmo diante das adversidades, não há abandono da disciplina fiscal”, afirmou.
Ele defendeu o abatimento da meta de até R$ 11,1 bilhões por considerar que o adiamento do leilão das usinas hidrelétricas poderia inviabilizar o ingresso de recursos ainda em 2015.
Em relação às "pedaladas fiscais", o relator também entendeu que o abatimento deve ser autorizado, mas sujeito a um limite máximo de até R$ 55 bilhões.
 Ele alegou que ainda há incerteza sobre os valores dos desembolsos que teriam sido feitos neste ano, mas justificou que deixar a meta de resultado primário sem um piso "não contribuiria para o restabelecimento da confiança indispensável à superação do momento adverso".
Resultado até setembro

Com a confirmação de que as contas públicas ficarão no vermelho em 2015, serão dois anos consecutivos de resultados negativos – algo também inédito. 
No ano passado, o setor público registrou um déficit primário inédito de R$ 32,53 bilhões, ou 0,63% do PIB.

De janeiro a setembro deste ano, o Tesouro Nacional informou que as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 20,93 bilhões – o pior resultado para o período em 19 anos.
Já os estados e municípios registraram superávit de janeiro a setembro de 2015. 
As contas do setor público registraram, na parcial deste ano, um déficit primário de R$ 8,42 bilhões
Com isso, houve queda do déficit frente ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um resultado negativo de R$ 15,28 bilhões
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quarta-feira, outubro 28, 2015

Manobra na Câmara retarda rito de pedido de cassação de Cunha

Mesa Diretora fará análise prévia de requerimento enviado à Corregedoria.

Cunha também é alvo de denúncia no Conselho de Ética da Casa.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é alvo de pedidos de cassação na Corregedoria e no Conselho de Ética (Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é alvo de pedidos de cassação na Corregedoria e no Conselho de Ética (Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)
Uma manobra vai postergar ainda mais a tramitação dos requerimentos apresentados à Corregedoria da Câmara que podem culminar na cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice, Waldir Maranhão (PP-MA).
A Mesa Diretora decidiu nesta quarta-feira (28) que dois dirigentes da Câmara farão uma análise prévia da "aptidão" dos pedidos de abertura de processos de quebra de decoro parlamentar contra os deputados por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, investigado naOperação Lava Jato.
Não foi determinado um prazo para os dirigentes elaborarem os pareceres e para votação deles na Mesa Diretora. 
Só depois disso que, eventualmente, os pedidos de cassação serão encaminhados à Corregedoria da Câmara para o início das investigações.
Além do requerimento na Corregedoria, Eduardo Cunha também é alvo de pedido de abertura de processo por quebra de decoro no Conselho de Ética, que recebeu a representação na tarde desta quarta.
Relatores

Na reunião desta quarta-feira da Mesa Diretora, Cunha designou o primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), para fazer a análise prévia do requerimento que pede sua cassação à Corregedoria.
Eu não vou dar admissibilidade num processo contra mim mesmo. 

Não posso praticar ato a meu favor nem contra mim. Deleguei. 

Foi uma coisa bem transparente. Foi normal. 

Eu não tenho que protelar nada. Tem um processo contra mim no Conselho de Ética ao mesmo tempo"

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados
O deputado Felipe Bornier (PSD-RJ), segundo secretário da Câmara, irá analisar a denúncia contra Waldir Maranhão.
O requerimento contra  Eduardo Cunha foi apresentado em 7 de outubro por deputados de sete partidos, entre os quais PSOL, PT e PPS. 
Já a solicitação para investigar o vice-presidente da Câmara foi protocolada no dia 14.
Desde então, os dois requerimentos estavam parados na Mesa Diretora, aguardando que o presidente da Casa avaliasse se foram cumpridos requisitos formais, como identificação do autor e especificação da denúncia.
'Deleguei', diz Cunha

Antes de entrar no plenário da Câmara nesta quarta, Cunha negou que tenha a intenção de protelar a abertura dos processos de cassação contra ele e o vice-presidente da Casa.
“Eu não vou dar admissibilidade num processo contra mim mesmo. 
Não posso praticar ato a meu favor nem contra mim. Deleguei. 
Foi uma coisa bem transparente. 
Foi normal. 
Eu não tenho que protelar nada. 
Tem um processo contra mim no Conselho de Ética ao mesmo tempo”, justificou o peemedebista.
'Pedalada regimental'
Autor da representação contra Cunha na Corregedoria, o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) afirmou que vai apresentar uma questão de ordem, no plenário, questionando a regularidade da decisão da Mesa Diretora de postergar o envio do pedido de cassação à corregedoria.
Para o parlamentar, a decisão de designar relator para analisar a aptidão da representação é “inédita” e serve atender aos “interesses” do presidente da Câmara.
“Isso é uma pedalada regimental. 
Mais uma que esse presidente deu, à revelia de qualquer jurisprudência ou regra. 
É uma manobra que ele utiliza para proteger seus interesses. 
Vou pedir que a representação seja encaminhada imediatamente à corregedoria”, disse.
Conselho de Ética

A representação apresentada ao Conselho de Ética da Câmara que também pede abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha foi protocolada pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade no último dia 13.
O processo que pode cassar o mandato do presidente da Câmara foi encaminhado pela Mesa Diretora ao Conselho nesta quarta-feira, depois de transcorrido prazo de três sessões ordinárias. (veja no vídeo)
Também neste caso, Cunha tentou adiar ao máximo o início das investigações, aguardando que as três sessões transcorressem.
Rede e PSOL baseiam o pedido de cassação em um documento enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmando que Eduardo Cunha tem contas secretas na Suíça. Os partidos argumentam que ele mentiu quando disse em depoimento à CPI da Petrobras, em março, que não possui contas bancárias no exterior.
Fora do padrão

A manobra adotada por Cunha de delegar a análise do requerimento a outro deputado e submeter os pareceres à Mesa Diretora diverge da prática adotada na tramitação de pedidos de cassação de mandato.
Segundo técnicos da Casa, em regra, os requerimentos são despachados em até três dias para a Corregedoria, após a análise do cumprimento dos requisitos formais.
Além disso, o presidente da Câmara tem autonomia para decidir sozinho, já que se trata de uma avaliação protocolar, e não precisa submeter o caso aos demais integrantes da Mesa Diretora.
Indagado sobre se a decisão de reter o processo na Mesa Diretora seria uma manobra para postergar a decisão, Beto Mansur se limitou a dizer que não faria “juízo de valor” sobre o caso. 
Ele afirmou ainda que o fato de ser amigo de Eduardo Cunha não influenciará seu desempenho como relator do processo.
“Não posso fazer juízo de valor dessa questão [de postergar o envio à Corregedoria].
 Não sei qual foi o trâmite. Eu acho que a gente tem que fazer a coisa dentro da normalidade, do padrão. 
Você analisa dentro da lei e não porque A, B ou C é amigo ou inimigo”, afirmou o primeiro secretário da Câmara.
Trâmite na Corregedoria
Se as representações chegarem a ser encaminhadas à Corregedoria, o órgão terá de analisar novamente se foram cumpridos os requisitos essenciais para a abertura de processo de quebra de decoro, como cópia de documentos de identificação do autor.
Caso o corregedor-geral da Casa, deputado Carlos Manato (SD-ES), conclua que foram cumpridas as regras formais, ele irá instaurar a investigação e abrir prazo de cinco dias para que Eduardo Cunha e Waldir Maranhão apresentem suas defesas.
Manato terá 45 dias – prorrogáveis por igual período – para investigar as denúncias contra o presidente e o vice-presidente da Câmara. 
Ao final deste prazo, o corregedor terá de apresentar um relatório sugerindo a punição ou a absolvição dos parlamentares.
Ao longo das investigações, ele poderá ouvir testemunhas e requisitar formalmente documentos aoMinistério Público Federal.
O parecer do corregedor-geral, então, será apreciado pela Mesa Diretora e, posteriormente, encaminhado ao Conselho de Ética. 
Como nesta etapa já terá ocorrido uma investigação preliminar por parte da Corregedoria, o Conselho de Ética não precisará fazer um relatório prévio, podendo abrir imediatamente o processo por quebra de decoro.
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O caiminho do dinheiro atribuído a Eduardo Cunha (VALE ESTA 2) (Foto: Editoria de Arte / G1)

Aquecimento pode tornar Golfo Pérsico inabitável, diz estudo

Segundo cientistas americanos, se mudança climática não retroceder, vida em cidades como Dubai ou Doha pode ficar ameaçada pelas altas temperaturas.

Da BBC
Dubai de cima (Foto: Rede Globo)Dubai (Foto: Reprodução/TV Globo)
Fortes ondas de calor provocadas pelo aquecimento global podem limitar a sobrevivência humana em países do Golfo Pérsico até o final deste século, revela uma nova pesquisa realizada por cientistas americanos.
Segundo eles, o aumento da temperatura devido à emissão de gases de efeito estufa impediria o corpo humano de se resfriar através da transpiração, ameaçando cidades como Abu Dhabi, Dubai, Doha ou no litoral do Irã.
Conduzido pelos professores americanos Jeremy Pal e Elfatih Eltahir, ambos do MIT (Massachusets Institute of Technology), em Boston, nos Estados Unidos, o estudo aponta que ondas de calor mais intensas do que as registradas até agora se tornariam constantes a partir de 2070.
"Nossos resultados revelam um lugar do globo onde a mudança climática, na ausência de reduções significativas das emissões de gás carbônico, impactará severamente a habitabilidade humana no futuro", escreveram os cientistas em artigo publicado na revista científica Nature Climate Change.
Eles preveem ainda que o clima futuro em muitas localidades do globo será semelhante ao verificado atualmente no deserto de Afar, no lado africano do Mar Vermelho, onde não há indício de assentamentos humanos.
A pesquisa, contudo, afirma ser possível contornar o destino trágico se as emissões de gases de efeito estufa forem reduzidas.
O Golfo Pérsico, onde a população vem aumentando rapidamente, sofreu neste ano uma de suas piores ondas de calor, com temperaturas chegando a 50°C, e causando inúmeras mortes.
"Esperamos que uma informação como essa possa ser útil em fazer com que os países da região se interessem pela redução das emissões de gases de efeito estufa. 
Eles têm um interesse vital em apoiar medidas que ajudam a a reduzir a concentração de CO2 no futuro", disse Eltahir.
Países ricos da região, como a Arábia Saudita, vem frequentemente tentando frustrar negociações de mudanças climáticas a nível internacional. 
Por trás disso, está a continuidade da exploração de petróleo e gás, principais fontes da economia dessas nações.
Modelos matemáticos

O estudo analisou como a combinação de temperatura e umidade, chamada de Temperatura de bulbo úmido (WBT, em inglês), aumentaria se as emissões de dióxido de carbono continuarem a manter a tendência atual e se a temperatura global subir 4°C neste século, conforme previsões anteriores.
Segundo os cientistas, quando a WBT ultrapassa 35°C, o forte calor e a umidade tornariam fisicamente impossível para o ser humano mais condicionado se resfriar com o suor, com consequências fatais após seis horas.
Para pessoas menos condicionadas, a WBT fatal seria inferior a 35º C. 
A temperatura WBT de 35°C ─ uma combinação de 46°C de calor e 50% de umidade ─ foi quase alcançada em Bandar Mahshahr, no Irã, em julho deste ano.
Para chegar às conclusões, os pesquisadores usaram modelos matemáticos para mostrar que as temperaturas extremas poderiam ocorrer a cada uma ou duas décadas após 2070 ao longo da maior parte da costa do Golfo, se o aquecimento global não for interrompido.
Usando uma medida normal de temperatura, o estudo revelou que os termômetros passariam a marcar em média 45°C durante o verão, enquanto que poderia chegar a 60°C no Kuwait.
Perto da costa do Mar Vermelho, na Arábia Saudita, onde se localizam Meca e Jedá, a WBT não deve passar do limiar dos 35°C, mas ficaria em torno de 32°C ou 33°C.
Ainda assim, segundo os cientistas, o cenário inviabilizaria o Hajj, a peregrinação anual que os muçulmanos fazem à cidade sagrada de Meca.
"Um dos rituais do Hajj – o dia de Arafah – exige que os fiéis rezem em uma localidade fora de Meca do nascer ao pôr do sol.
 Mas sob essas condições, seria muito difícil realizar esses rituais em áreas abertas", disse Elthair.
Ar condicionado?

O ar condicionado continuaria protegendo as pessoas em áreas fechadas, dizem os cientistas.
Eles alertam, contudo, que países mais pobres do Golfo teriam dificuldades financeiras de custear a infraestrutura.
No Iêmen, por exemplo, a WBT poderia alcançar 33°C, próxima ao limiar de sobrevivência.
"Sob tais condições, o aquecimento global provocaria a morte prematura dos mais fracos ─ a saber, crianças e idosos", disse.
A região do Golfo Pérsico é vulnerável a altas temperaturas por causa de tendências meteorológicas regionais. 
Durante o verão, o céu limpo permite ao sol aquecer fortemente as águas do Golfo, que são rasas e portanto se aquecem mais rápido do que as dos oceanos. 
Como resultado, o aquecimento do mar também produz maior umidade, afetando, principalmente, as cidades costeiras.

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