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quinta-feira, setembro 17, 2015

Brasil pode cumprir papel no clima sem zerar desmate, diz economista


Projeção prevê medidas mais rigorosas nos setores de energia e pecuária.
Desmatamento deve ser superado em emissões por esses setores.

Rafael Garcia Do G1, em Paris - o repórter viajou a convite de IDDRI e SDSN
Polícia investiga desmatamento e poluição no Rio Araguaia em São Miguel do Araguaia, Goiás (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Área desmatada em Goiás (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O Brasil pode adotar uma meta ambiciosa de longo prazo para combater as emissões de gases de efeito estufa sem que o desmatamento seja efetivamente zerado, desde que ele caia até ficar sob controle num nível baixo e residual. 

Essa é a opinião do engenheiro e economista Emilio La Rovere, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), um dos cientistas do projeto DDPP, que simulou como os países grandes emissores de CO2 podem descarbonizar suas economias.

Descarbonização brasileira
 
A trajetória de emissões de CO2 do Brasil (vermelho) e a meta de corte sugerida pelo DDPP (azul) em 2050.
 
 
1.3892.6012.1002.0431.3021.203440200020252050050010001500200025003000
 
A trajetória que o estudo delineou para o Brasil é uma redução drástica nas emissões de gases do efeito estufa. 

Do equivalente a 1,24 bilhão de toneladas de CO2 em 2010, o país passaria a emitir 0,42 bilhão em 2050.

 O valor está embutido no estudo DDPP (Projeto de Trajetórias para Descarbonização Profunda), que projetou como os 16 países que mais jogam carbono na atmosfera podem reduzir suas taxas de emissão de modo consistente a impedir um acréscimo de mais de 2°C na temperatura mundial.

Esse valor já vinha sendo projetado desde o ano passado por La Rovere, mas no estudo específico sobre o Brasil, a ser lançado em outubro, o DDPP enxerga a possibilidade de o país adotar uma trajetória mais ambiciosa. 

No cenário inicial, o Brasil ainda se permitiria aumentar suas emissões antes de cair. 

Nesse caso, elas subiriam de 1,24 bilhão de toneladas de CO2 para 1,48 bilhão em 2030, para só depois cair a 0,44 bilhão em 2050.

No novo cenário, após trabalhar os dados, Rovere apresenta agora uma trajetória na qual as emissões do país não precisariam subir para depois cair.

 Isso iria requerer, porém, medidas mais rigorosas nos setores de energia e pecuária, que devem superar as emissões do desmatamento em breve.

Devastação líquida
 
Em certo sentido, elas já superam o desmatamento, que é computado na categoria de “mudanças de uso da terra” nas negociações internacionais. Se a absorção de CO2 por mata em crescimento nas áreas protegidas do país for computada, as emissões florestais anuais caem de cerca de 460 milhões de toneladas de CO2 para 176 milhões, o número oficial do governo relativo a 2012.


Esse recurso na contabilidade é muito criticado por ambientalistas, mas é em última instância sancionado pelo IPCC (painel do clima da ONU), que libera os países para descontar esse tipo de emissão. 

“A essa altura, não adianta querermos ser mais realistas que o rei”, diz La Rovere.

Se essa remoção de carbono for levada em consideração e o país eliminar o desmatamento ilegal até 2030 -- como prometeu a presidente Dilma Roussef antecipando a proposta do Brasil na cúpula do clima de Paris ao fim do ano--, a conta fecha. 

O Brasil teria condições de atingir um desmatamento “líquido” zero até lá. 

Isso deve entrar na proposta do país a ser anunciada no fim deste mês.

Histórico do desmatamento
 
A evolução da taxa anual de derrubada de floresta na Amazônia brasileira (em km²)
21.05017.77013.73011.03013.78614.89614.89629.05918.16113.22717.38317.25918.22618.16521.65125.39627.77219.01414.28611.65112.9117.4647.0006.4184.5715.8915.012Desmate1990200020100k5k10k15k20k25k30k35k
Dados: Prodes/Inpe
 
 
O Brasil derruba hoje cerca de 5.000 km² de florestas por ano na Amazônia. 

O número é pequeno comparado aos piores anos das décadas de 1990 e 2000, que chegaram a quase 30.000 km², mas ainda é a maior fonte de emissões brasileiras. Se o país conseguir derrubar o número para algo entre 1.500 km² e  2.000 km², diz Rovere, é provável que metas de recomposição florestal adotadas para 2030 compensem isso, por meio da absorção de carbono por árvores em crescimento. (A presidente Dilma promete a recomposição de 120 mil km² de floresta até lá.)

O tamanho da ilegalidade

Não existe ainda um número oficial sobre quanto do desmate atual de 5.000 km² é legal e quanto é ilegal, mas a estimativa de 1.500 km² está em linha com aquilo que a base de dados do Cadastro Ambiental Rural, ainda incompleta, estaria apontando.


Se o Brasil tiver de conviver com uma taxa de desmate legal de 1.500 km², diz La Rovere, talvez ainda seja possível derrubá-la ainda mais, por meio de incentivos financeiros a produtores rurais.

A tendência, porém, é que o custo do combate ao desmatamento tenha um preço cada vez mais alto por quilômetro quadrado de floresta salva.

“É comum ver coisas assim em políticas públicas”, diz o pesquisador. 

“Às vezes você consegue resolver 99% de um problema fazendo um investimento razoável, e na hora de resolver o 1% restante, o custo sobe exponencialmente.”

No caso do desmatamento, que hoje é mais difícil de fiscalizar por ocorrer mais em propriedades rurais menores, isso tende a ocorrer. 

Mas, mesmo que as remoções de CO2 por florestas restauradas compensem o problema do desmate, o país precisa achar ainda um meio de frear as emissões de energia e da agropecuária, que têm subido de modo consistente desde a década de 1990.

La Rovere é um dos cientistas que vêm ajudando o Ministério do Ambiente a elaborar proposta de redução de emissões do Brasil para a cúpula do clima de Paris, a COP 21, a ser realizada em dezembro.

O grupo do cientista no DDPP projetou que é necessário (e possível) reduzir em 20% as emissões de energia do Brasil entre 2010 e 2050.

 La Rovere diz que não sabe, porém, se a proposta brasileira terá esse grau de ambição.

Descarbonizando a energia

A descarbonização da energia no Brasil tem receitas que, na maior parte, já são familiares a gestores e políticos do país.


Em primeiro lugar, será preciso reduzir drasticamente o uso petróleo dentro do país. 

Os subsídios para combustíveis fósseis teriam de ser cortados, e metade da produção da Petrobras direcionada para fora.

 A produção de etanol teria de ser reavivada.

Em segundo lugar, projetos de hidrelétricas teriam de andar mais rápido, para evitar o crescente emprego de usinas termelétricas a gás no país.

Em terceiro, seria preciso importar ou desenvolver tecnologias de armazenamento de energia, para que o país lide com uma maior intermitência na produção de eletricidade.

 As novas hidrelétricas na Amazônia produzem pouco na seca, e fontes renováveis como energia solar e eólica oscilam muito suas taxas de produção.

Fora do setor energético, na economia rural, será preciso mover a pecuária para um tipo de produção mais “intensiva”, criando mais bois em áreas menores de pasto. 

Isso ajudaria a reduzir as emissões de metano dos bovinos (um forte gás de efeito estufa) e diminuiria a pressão da agropecuária sobre a frente de desmatamento.

Será preciso, claro, um grande afluxo de investimento externo para bancar tudo isso, e não está claro como isso pode ser desencadeado agora, num momento de crise. 

Dentro do contexto dos BRICS  (cinco grande economias emergentes do mundo), porém, o Brasil está numa das posições mais confortáveis. 

Enquanto China, África do Sul e Rússia possuem todos taxas de emissões per capita no setor de energia acima de 5 toneladas de CO2/pessoa/ano, a do Brasil está em 2 toneladas, o que significa que boa parte do esforço do país até 2050 terá de ser feita em função do crescimento populacional apenas.

Geraldo P. de Lima. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sustentabilidade - o futuro do planeta em nossas m...":

Assisti sua entrevista ontem e hoje na rádio Arara azul amigo Sergel. Você foi muito feliz nos esclarecimentos prestados a população sobre o problema de água do nosso município. 

Esse povo que tem a vocação para caloteiro, tem é que tomar vergonha na cara e cumprir com suas obrigações de cidadão que recebe do poder público benefícios como esse do fornecimento de água em suas casas. 

Será que esse pessoal que está dando o calote na saaep faria isso se morasse em uma capital qualquer do nosso país? 

Tenho certeza que não, agora aqui em Parauapebas eles saem de suas cidades para buscar aqui seu meio de sobrevivência e não quer honrar com seus compromissos e responsabilidade com o poder público. 

Esse tipo de gente deve ter criado problema em suas cidades também. 

Na minha casa chega água todo o dia e quando chega o talão pra eu pagar eu pago com muita satisfação. 

Eu concordo quando você falou no programa da radio Arara azul que vai cortar o fornecimento de água dos inadimplentes, porque não é justo a gente pagar por essas pessoas que estão devendo e não paga. 

Vou discordar do radialista que lhe entrevistou dizendo que a Constituição Brasileira diz que ninguém que está em débito de água pode ficar sem o seu fornecimento para atender a suas necessidades básicas, sabe porque meu amigo Sergel ? 

Porque em nenhum lugar do Brasil não existe essa lei, em qualquer cidade brasileira se o cidadão não pagar a água e a luz que consome, as empresas fornecedoras corta o fornecimento desses produtos até que os devedores paguem. 

Vou aproveitar essa oportunidade meu amigo Sergel e vou lhe fazer um pedido, se candidate o ano que vem para vereador para ajudar tirar dessa Câmara de vereador suja e sem moral que está envergonhando a nossa cidade, para não deixar nenhum desses quinze vereador que estão só pensando neles e na próxima eleição do ano que vem, principalmente esses suplentes que entraram no lugar dos ladrões e corruptos que foram cassados pela justiça. 

Os que entraram, não são diferentes dos que saíram principalmente o tal do Marcelo Parceirinho que exigiu que o prefeito desse o cargo de secretário para o Alex que foi flagrado o ano passado pela justiça eleitoral com mais de quarenta mil reais comprando votos para a vereadora Luzinete que também foi cassada pela justiça junto com os outros, e para não ser preso em flagrante por corrupção fugiu do hotel ali perto da rodoviária deixando para trás os mais de quarenta mil reais, esse cara era para esta preso e não ser nomeado secretário. 

E agora o suplente Zacarias exigiu também que o prefeito desse uma secretaria para o seu filho, isso tudo é uma prova de quem esses vereadores não se preocupa com a comunidade e com quem está desempregado. 

Eu tenho certeza amigo Sergel que você vai fazer a diferença nessa Câmara de vereadores com a competência que você tem, porque isso você tem demonstrado no cargo que você ocupa no saaep. 

O locutor que lhe entrevistou tentou lhe embaraçar em várias perguntas mas você soube dar as respostas inteligentes. 

Se você decidir sai candidato a vereador no ano que vem pode contar com o meu voto da minha família e dos meus amigos. 

Meu nome é Geraldo P. de Lima, e moro em Parauapebas a mais de 20 anos.

Parauapebas está longe de ser sustentável, aponta estudo inédito



Imagine você um município onde considerável número de adolescentes, em vez de estar na escola tomando lições de prevenção à gravidez precoce, antecipa aos 14 anos o diploma de “mãe”. 
Imagine também um lugar onde a conexão para acesso à internet é devagar, quase parando, sendo essa tecnologia um dos principais meios para rompimento da condição de isolamento no interior amazônico. 
Imagine mais: uma sociedade infestada por ladrões, onde furtos e assaltos à luz do dia deixam de ser exceção para se tornarem regra de sobrevivência, pelo menos para os fora da lei, que vagam impunes e a postos para o próximo ataque.

Seja bem-vindo a Parauapebas, o segundo mais rico município do Estado do Pará – em Produto Interno Bruto (PIB), ressalte-se – e onde a maioria dos indicadores de sustentabilidade rasteja e pede socorro.

Longe de ser o pior lugar do mundo para se viver, Parauapebas, um dos grandes motores da economia paraense, está muito distante de ser considerado um município sustentável. 
É o que revela o estudo da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), intitulado “Barômetro da Sustentabilidade de Municípios com Atividades Minerarias no Estado do Pará”, lançado na última sexta-feira (14) de agosto, em Belém.

O relatório de 41 páginas analisa o grau de sustentabilidade de Parauapebas e de outros 12 municípios de base mineral, a exemplo dos vizinhos Canaã dos Carajás, Ourilândia do Norte e Marabá. 
O referencial são 27 indicadores ligados aos Objetivos do Milênio (ODM) e, ao mesmo tempo, considerados sensíveis às ações imediatas do Estado. 
Os indicadores, aliás, estão distribuídos em Bem-estar Humano (20 critérios) e Bem-estar Ambiental (sete critérios).

Conforme o estudo, a situação de Parauapebas, numa escala de 0 a 100 para medir sua sustentabilidade, é “intermediária”, já que as pontuações do município foram 47 em Bem-estar Humano e 68 em Bem-estar Ambiental. 
Na prática, o município está a meio caminho de chegar a ser sustentável, mas diversas questões conspiram em favor do contrário e até parecem ser mais fortes, pelo menos no momento.

Os dados levantados para dimensionar o Barômetro compreendem uma realidade entre 2010 e 2014, justamente quando Parauapebas explodiu em população, crescimento econômico e empregos. 
Se traduzisse o cenário apenas de 2015, o resultado geral poderia ser catastrófico em decorrência da crise financeira que assola o município. 
SOCIEDADE.

Cuidar de sua gente é o maior desafio de Parauapebas.
 Para quem mora em Parauapebas, nem é preciso entender por que, de 0 a 100, o município não alcança sequer 50 pontos quando o assunto é Bem-estar Humano. 

No relatório do Barômetro da Sustentabilidade, todas as notas de insustentabilidade de Parauapebas estão dentro desse tema. 

Além dos altos índices de gravidez na adolescência, roubos e ineficiência da internet, Parauapebas desfila nas estatísticas oficiais com elevadas taxas de assassinato, evasão escolar no ensino médio e trabalho infantil, aliadas à precária distribuição de leitos hospitalares para sua população.

Os três únicos quesitos em que Parauapebas figura como “sustentável” são, a propósito, bastante questionáveis. 


O primeiro deles é energia elétrica, serviço ao qual 99,8% da população têm acesso, mas cuja quantidade prejudica a qualidade dado o número surreal de interrupções no fornecimento. 

A rede de distribuição de energia não cresceu na mesma velocidade em que a população local, e as consequências disso todos sabem de cor.

O segundo quesito “sustentável” é o índice de extrema pobreza. 


Deu-se assim porque a taxa de habitantes parauapebenses extremamente pobres caiu de 14,2% da população local em 2000 para 4,4% em 2010. 

Na prática, porém, como a população total mais que dobrou, o número absoluto de pobres se manteve praticamente estável nos últimos 15 anos: eram cerca de 10.200 pessoas em 2000; caiu para 6.800 em 2010; e voltou a subir a 8.400 em 2015, o que mostra que a miséria tornou a disparar no rico município de minérios em plena metade desta década.

Já o terceiro quesito, referente a PIB per capita, é o mais questionável de todos. 


Isso porque ele aponta uma suposta renda por habitante que é até linda de ver e de se orgulhar na teoria, porém, na prática, nunca existiu – e é totalmente fora da realidade.

RIQUEZA DE MENTIRINHA.


Por causa da indústria extrativa mineral, o PIB municipal, que é a produção de riquezas total de Parauapebas, é um dos maiores do Brasil. 


Em 2012, ano do último dado de PIB disponível, a riqueza municipal medida era de R$ 16,73 bilhões, dos quais R$ 13,67 bilhões eram da indústria. 

Mas a única indústria que existe no município é a extrativa mineral. E a empresa industrial que a opera é a mineradora Vale. 

Daí, os R$ 13,67 bilhões – ou 81,7% da economia parauapebense – são de autoria da Vale, empresa sem a qual, na atual conjuntura, Parauapebas provavelmente não existiria como é ou até existiria, mas seria apenas mais um lugar economicamente paupérrimo e socialmente atrasado do Pará.

Portanto, ruim com a Vale, muito pior sem a Vale, já que o município não desenvolveu, ao longo de 27 anos, estratégias de sobrevivência para além da atividade mineradora.


Longe de ser uma santa, a empresa financiou esperança de prosperidade ao comércio local e a milhares de trabalhadores desde sua instalação em solo parauapebense. 


A Vale fez de Parauapebas um dos lugares de mais rápido crescimento econômico e populacional do Brasil em menos de três décadas. 

Só que tudo tem seu preço, e Parauapebas paga com minério de excelência – hoje, cotado a preço de banana no mercado internacional.

Enquanto isso, a população que chegou aqui, no maior alvoroço (de carro, de van, de ônibus, de trem e até a pé), notadamente entre 2004 e 2012, vai saindo de fininho, pegando o beco para Canaã dos Carajás ou mesmo retornando à pátria de onde saiu. 


Nada melhor que uma crise econômica para mostrar quem, de fato, ama um lugar e quer nele fazer morada permanente, criar seus filhos e fazê-lo prosperar por tudo o que lhe deu.

Em razão de todas as peripécias da Vale, no auge da implantação de seus grandes projetos na Serra Norte de Carajás, muitos – cidadãos e autoridades políticas – ficaram tão cegos que acabaram se acomodando, pensando que a mineração é uma atividade eterna e que crise alguma pudesse abalar o setor, de maneira que Parauapebas viveria pela eternidade à base de pompa e circunstância, comendo dos royalties e do despejo da massa salarial cheia de participação de lucros e etecétera.


E aí está um dos pontos pelos quais o município não chega a ser humanamente sustentável: falta consciência da população, a mesma que divulga que o PIB per capita de Parauapebas é alto (R$ 100 mil), quando, na verdade, a média da população trabalhadora passa o mês com somente R$ 1.281. 


Quem, afinal, se não for corrupto, ganha salário de R$ 100 mil em Parauapebas?

Enquanto isso, o segundo município mais rico do Pará segue com índices de desemprego cada vez mais crescentes e uma taxa de esgoto correndo a céu aberto que envergonha qualquer África. 


É o Bem-estar Humano que temos para hoje.

MEIO AMBIENTE.

Floresta de Carajás só é preservada por causa da Vale.


A situação do Bem-Estar Ambiental de Parauapebas é uma das mais confortáveis entre os municípios minerários analisados, atrás apenas da condição de Ourilândia do Norte. 

E que a verdade seja dita: a Vale, neste quesito, tem grande influência no destaque positivo local.

Em dois importantes quesitos (estoque de florestas e desmatamento), Parauapebas ganha o título de sustentável. 


Entra em cena, então, o papel da mineradora e sua atuação como mantenedora da Floresta Nacional de Carajás (Flonaca). 

Certamente, se a tutela da floresta estivesse com qualquer outra organização (governamental ou privada), a Flonaca não estaria mais de pé, com o próprio aval de Parauapebas. 

Na Amazônia, sempre foi mais importante desmatar, por questões econômicas, do que preservar, quando a prioridade deveria ser o contrário, pelas mesmíssimas questões.

Da floresta para os rios. 


No tocante ao abastecimento de água, Parauapebas aparece como “potencialmente sustentável”. 

Mas que ninguém se engane: não é pelo coitado do rio que lhe empresta nome. 

Se fosse apenas pelo Rio Parauapebas, o município seria o rei da insustentabilidade, dada a situação de degradação a que condenaram o seu principal fornecedor de líquido precioso. 

Hoje, Parauapebas só está “potencialmente sustentável” porque debaixo de suas terras pulsa uma considerável rede hidrográfica que leva até mesmo artérias sofridas, maltratadas e estouradas, como o Igarapé Ilha do Coco, a não desistirem de viver, apesar de estar perdendo as forças e a batalha contra infames.

E como nem tudo são flores no quesito ambiental, além da precária rede de esgoto, que corre a céu aberto e, não raro, faz a sede urbana feder, como comida podre cozinhada sob o sol escaldante de quase 40 graus, Parauapebas ganha destaque negativo no Barômetro da Sustentabilidade pela alta incidência de focos de calor e queimadas.


Para se ter ideia de como o município literalmente pega fogo, em relatório divulgado na tarde deste domingo (16), o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) informa que, desde o dia 14, foram registrados em Parauapebas nada menos que 87 focos de calor, a maior parte dentro da cidade, que é monitorada por satélites de alta eficiência do instituto.


Ao que tudo indica, o município mais rico do interior paraense – e um dos que ainda têm florestas mais bem preservadas – insiste em caminhar à margem da sustentabilidade, ainda que alguma coisa ou outra dê certo. 


O fogo que o consome, por dentro e por fora, é um dos sinais de que muita coisa precisa mudar.


Fonte: noticiasdeparauapebas.com

quarta-feira, setembro 16, 2015

SAAEP, Escolas Técnicas e Universidade de Parauapebas se unem em defesa do meio ambiente



Para amenizar o mal cheiro que exala da ETE W Torres, no bairro Apoena, como também gerar um pouco de sombra em período de sol escaldante que se abate em Parauapebas, servidores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas-SAAEP, em parceria com alunos de escolas técnicas do município, e estudantes universitários, formaram um força tarefa na manhã desta quarta feira, para plantar mudas de árvores ao redor daquela Estação de Tratamento de Esgoto, que também fica bem próximo ao North Shopping.

Atitude essa que deve ser estendida através de mutirões de moradores, para outras áreas deste município que foram atingidas com a destruição das árvores pelos senhores proprietários de imobiliárias, que na ganância da conquista do dinheiro fácil, não previram o desajuste do ecossistema, que tem provocado temperaturas altíssimas ao longo do ano, quer chova quer faça sol, contribuindo com o aumento de doenças pulmonares da população, que se tornou refém da poluição permanente do ar que se respira na região, provocado pela mineradora Vale no transporte de minérios, que deixam escapar uma espécie de pó preto que é de fácil constatação diariamente nos lares da cidade, que obriga as donas de casa a fazer limpeza várias vezes ao dia em suas residências. 

Confiram a seguir, as imagens desses "Anjos do bem" com a "mão na massa", devolvendo a natureza árvores que jamais deveriam ter sido retirada do lugar em que estavam. 

Texto: Jornalista Valter Desiderio Barreto.

Fotos: Pedagoga Gina Miuki Mikawa Barreto - Coordenadora do Departamento de Meio Ambiente do SAAEP.





























PÉS DE GALINHA





"Passei a infância toda
Achando que a minha mãe
Gostava de pés de galinha,
Comia com tanto gosto
Chupava até os ossinhos.


"Ninguém come os pés, são meus"- dizia
Toda a carne dividia
Peito, coxas e titela,
Fígado, coração e moela,
Mas os pés, os pés era só pra ela.
Depois de todos servidos,
Então sentava e comia.


Mas o tempo foi passando,
A criançada crescendo,
Os maiores trabalhando,
A vida foi melhorando.
Depois de uma infância dura
Começamos Ter fartura.


Vi minha mãe na cozinha
Tratando de uma galinha
E ao contrário de outrora
Flagrei aquela velhinha
Jogando os pezinhos fora
Ao notar o meu espanto
Aquele coração santo
Da minha doce mãezinha
Apressou-se em explicar:


"Nunca gostei do tal do pé de galinha"
É que a carne era tão pouca,
Pra tantas bocas não dava,
E pra você não ficar triste
Eu fingia que gostava."


(Por Bernardo Alves)


Colaboração de:
Lidia Emilia De Martino Aversa.

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