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segunda-feira, setembro 07, 2015

Força policial brasileira é a que mais mata no mundo, diz relatório

Relatório da Anistia Internacional destaca o Brasil e os EUA.
Brasil aparece como o país que tem o maior número geral de homicídios.

 

Globo News

Brasil e Estados Unidos têm em comum números trágicos. 

A força policial brasileira é a que mais mata no mundo. 

A americana é considerada uma das três polícias mais violentas. 

É o que diz um relatório da organização Anistia Internacional, divulgado nessa segunda-feira (7). 

O documento traz números assustadores da violência policial.

O relatório sugere a criação de ferramentas para reduzir as mortes por violência policial. 

Entre elas, investigações independentes, punições em caso de abuso e regras mais rígidas sobre a atuação dos agentes da lei, estatutos que deixem claro quando o uso da força se justifica.

Brasil e Estados Unidos são os destaques do levantamento. 


O Brasil aparece como o país que tem o maior número geral de homicídios no mundo inteiro. 

Só em 2012, foram 56 mil homicídios. 

Em 2014, 15,6% dos homicídios tinham um policial no gatilho. 

Segundo o relatório da Anistia Internacional, eles atiram em pessoas que já se renderam, que já estão feridas e sem uma advertência que permitisse que o suspeito se entregue.

O levantamento se concentrou na Zona Norte do Rio de Janeiro, que inclui a Favela de Acari.

Entre as vítimas da violência policial no Rio, entre 2010 e 2013, 99,5% eram homens. 


Quase 80% das vítimas eram negras e três em cada quatro, 75%, tinham idades entre 15 e 29 anos.

A maioria dos policiais nunca foi punida. 


A Anistia Internacional acompanhou 220 investigações sobre mortes causadas por policiais desde 2011. 

Em quatro anos, em apenas um caso, o policial chegou a ser formalmente acusado pela Justiça. 

Em 2015, desses 220 casos, 183 investigações ainda não tinham sido concluídas.

Nos Estados Unidos, não existem números oficiais sobre a violência policial no país inteiro. 


Mas estatísticas regionais sugerem que o perfil das pessoas mortas pelos agentes da lei é muito parecido com o do Brasil. 

A maioria é de homens negros e jovens.

Em menos de um ano, três casos mobilizaram os americanos. 


Em julho de 2014, o camelô Eric Gardner foi morto em Nova York. 

O policial Daniel Pantaleo aplicou uma gravata, uma manobra proibida pelo departamento de polícia da cidade. 


Gardner avisou 11 vezes que não estava conseguindo respirar, até morrer sufocado.

Em Ferguson, no estado do Missouri, o policial Darren Wilson matou o jovem Michael Brown, que estava desarmado. 


Houve uma série de protestos na cidade. 

Nos dois casos, os policiais nem chegaram a ser denunciados.

Em abril deste ano, o jovem Freddy Gray morreu dentro de um camburão da polícia de Baltimore. 

A investigação concluiu que ele foi vítima de homicídio por espancamento. 

Os seis policiais envolvidos foram indiciados e esperam o julgamento.

Refugiados de guerra são diferentes dos de pobreza, diz Angelina Jolie

Imigrantes em fuga de conflitos têm necessidades imediatas, diz Jolie.
'Estão fugindo de bombas, armas químicas e massacres', fala a atriz.

 

Da Reuters
 
No momento em que milhares de pessoas desesperadas tentam entrar na Europa em busca de refúgio, é preciso fazer uma distinção entre os que fogem da pobreza extrema e os que fogem da guerra, escreveu a atriz e ativista de direitos humanos Angelina Jolie em um editorial no jornal The Times, de Londres, nesta segunda-feira (7).
Enviada especial do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Angelina Jolie participa de coletiva de imprensa durante visita a acampamento em Mardin, na Turquia, no sábado (20) (Foto: Foto AP/Emrah Gurel)Enviada especial do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Angelina Jolie participa de coletiva de imprensa durante visita a acampamento em Mardin, na Turquia, em junho (Foto: Foto AP/Emrah Gurel)
 
 
Os refugiados em fuga de conflitos têm necessidade imediata de serem salvos da perseguição e do perigo, e um monitoramento eficaz pode lhes proporcionar a devida proteção, escreveram a atriz e enviada especial do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Angelina Jolie, e a ex-refugiada bósnia e integrante da Câmara Alta do parlamento britânico, Arminka Helic.
Recentemente, centenas de milhares de pessoas fizeram viagens arriscadas para escapar de guerras no Oriente Médio, especialmente a guerra civil de mais de quatro anos na Síria, além dos conflitos e da pobreza na África e na Ásia, e não há consenso entre as nações europeias sobre como lidar com esse influxo.

“Devemos estar conscientes da distinção entre imigrantes econômicos, que estão tentando escapar da pobreza extrema, e refugiados que estão fugindo de uma ameaça imediata às suas vidas”, argumentaram Jolie e Helic no editorial publicado no jornal.

Em particular, disseram, “os sírios estão fugindo de bombas-barril, armas químicas, estupro e massacres”.

O problema irá continuar até a comunidade internacional ajudar a encontrar uma solução diplomática para o conflito sírio, afirmaram.
A atriz americana Angelina Jolie, enviada especial da ONU, chega para visitar trabalhadoras da indústria têxtil em Mianmar neste sábado (1º)  (Foto: Soe Zeya Tun/Reuters) 
A atriz americana Angelina Jolie, enviada especial da ONU, chega para visitar trabalhadoras da indústria têxtil em Mianmar em agosto (Foto: Soe Zeya Tun/Reuters)

Fluxo de até mil imigrantes chegam à Dinamarca para prosseguir à Suécia

Refugiados seguem em trens e a pé para Copenhague.
Em 2014 Suécia recebeu maior número de refugiados per capita na Europa.

 

Do G1, em São Paulo
Imigrantes, a maioria da Siria, caminham nesta segunda-feira (7) em estrada na Dinamarca para buscar asilo na Suécia (Foto: AFP PHOTO / Scanpix Denmark /BAX LINDHARDT DENMARK OUT)Imigrantes, a maioria da Síria, caminham nesta segunda-feira (7) em estrada na Dinamarca para buscar asilo na Suécia (Foto: AFP PHOTO / Scanpix Denmark /BAX LINDHARDT DENMARK OUT)


A pior crise migratória da Europa desde a Segunda Guerra Mundial chegou nesta segunda-feira (7) à Dinamarca, onde entre 800 e 1.000 imigrantes e refugiados entraram no país a partir da Alemanha e tentaram seguir para a Suécia, ao mesmo tempo em que os políticos dinamarqueses colocavam as políticas de imigração em debate.

O primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, disse a jornalistas, após uma reunião de emergência com líderes partidários, que a maioria dos imigrantes que entraram no país desde sábado não buscariam asilo na Dinamarca, mas sim na Suécia.

Canais de TV dinamarqueses mostraram imagens de refugiados embarcando em trens de Jutland, na parte oeste da Dinamarca próxima à Alemanha, para Copenhague, de onde podem chegar à Suécia em 35 minutos de trem.

Imigrantes e refugiados chegam de trem da Alemanha à cidade de Rodby, na Dinamrca, de onde devem partir para a Suécia (Foto: AFP PHOTO / Scanpix Denmark / BAX LINDHARDT DENMARK OUT)Imigrantes e refugiados chegam de trem da Alemanha à cidade de Rodby, na Dinamrca, de onde devem partir para a Suécia (Foto: AFP PHOTO / Scanpix Denmark / BAX LINDHARDT DENMARK OUT)
 
 
Outras imagens mostraram várias dezenas de refugiados caminhando ao longo de uma estrada movimentada até Copenhague. 

Eles disseram que querem se juntar às suas famílias na Suécia ou que esperam poder receber seus familiares lá mais rápido do que na Dinamarca.

Apoio.

O premiê afirmou que os refugiados devem buscar abrigo para passar a noite e esperar até que a polícia dinamarquesa coordene com as autoridades suecas a transferência para o país vizinho.


“Nós esperamos conseguir alcançar uma situação em que as pessoas que querem buscar asilo na Suécia possam fazer isso”, disse ele a jornalistas.
Grupo de imigrantes caminha em estrada da Dinamarca, ao norte da cidade de Rodby; eles devem prosseguir para a Suécia (Foto: AFP PHOTO / Scanpix Denmark / BAX LINDHARDT DENMARK OUT)Grupo de imigrantes caminha em estrada da Dinamarca, ao norte da cidade de Rodby; eles devem prosseguir para a Suécia (Foto: AFP PHOTO / Scanpix Denmark / BAX LINDHARDT DENMARK OUT)
 
 

“Como autoridade dinamarquesa, não podemos dar apoio para que as pessoas cheguem à Suécia se isso não ocorrer com grau de aceitação das autoridades suecas”, disse ele.

Rasmussen, líder de um novo governo de minoria que depende do apoio de um partido de direita, disse que o controle de fronteiras não seria uma solução e criticou os países da União Europeia por não obedecerem as regras sobre pessoas em busca de asilo.

No ano passado, a Suécia de longe recebeu o maior número de refugiados per capita na Europa. 

Em termos absolutos, teve cerca de 80 mil pedidos de asilo no ano passado, ficando atrás apenas da Alemanha.

Recentemente, milhares de pessoas procedentes do norte da África têm chegado à costa da Itália e às ilhas da Grécia. 


De lá, atravessam para a Macedônia, Sérvia e Hungria, para tentar chegar a países ricos da União Europeia, como Áustria, Alemanha e Suécia.

Veja os últimos acontecimentos da crise migratória:
- A Alemanha anunciou nesta segunda-feira (7) que vai destinar 6 bilhões de euros para administrar o grande fluxo de migrantes, e sua chanceler, Angela Merkel, afirmou que o fluxo em massa de imigrantes mudará o país, prometendo trabalhar para que estas modificações sejam "positivas".

- Mais de 4 mil imigrantes chegaram nesta segunda na estação de trem de Munique, vindos da Hungria e da Áustria. 


Do total, cerca de 1.500 foram para outras cidades da Alemanha. 

No domingo, eles foram recebidos com faixas de boas-vindas ao chegar à estação ferroviária de Dortmund.
Grupo de refugiados é recebido com faixas de boas-vindas em estação ferroviária da Alemanha. (Foto: Ina Fassbende/Reuters)Grupo de refugiados é recebido com faixas de boas-vindas em estação ferroviária da Alemanha. 
(Foto: Ina Fassbende/Reuters)



Após protestos da população para a abertura das fronteiras aos imigrantes, a França disse que está preparada para receber cerca de 24 mil refugiados nos dois próximos anos, dos 120 mil que prevê a Comissão Europeia para o conjunto da UE.

- Cerca de mil refugiados cruzaram a fronteira entre Áustria e Hungria a pé na madugada deste domingo (6), segundo a Polícia austríaca.

- O ministro da Defesa da Hungria, Csaba Hende, renunciou nesta segunda (7) depois de uma reunião do conselho nacional de segurança realizada para discutir o enorme fluxo de refugiados e imigrantes que chegam ao país. 


Cargo foi dado a político de partido que quer mais rigidez contra refugiados.
Policial paramilitar recolhe o corpo de uma criança morta que apareceu em praia da ilha de Kos, na Grécia. Vários migrantes morreram afogados e alguns seguem desaparecidos após botes lotados naufragarem durante tentativa de chegar ao território grego (Foto: AP/DHA) 
Policial paramilitar recolhe o corpo de Aylan Kurdi em
praia turca (Foto: AP/DHA)
 
 
- A polícia turca prendeu mais um homem apontado como traficante de pessoas envolvido no naufrágio que provocou a morte de 12 refugiados sírios, incluindo o pequeno Aylan Kurdi, que foi encontrado morto em praia do país. 

A foto de um policial carregando seu corpo comoveu o mundo.

- O minstro grego para a Política Migratória, Iannis Mouzalas, disse que a ilha grega de Lesbos está "a ponto de explodir" com a presença de "entre 15.000 e 17.000 refugiados", o equivalente a 20% de sua população total.

- O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou nesta segunda que o Reino Unido poderá receber até 20 mil refugiados sírios nos próximos cinco anos em uma resposta após o crescimento do clamor público para que o governo auxilie as vítimas da guerra civil.

- Austrália e Nova Zelândia 
também se ofereceram para receber mais refugiados sírios, enquanto os Estados Unidos passaram a sofrer mais pressão para acolher imigrantes.

Centro de SP vai receber calçadão com piso removível e autolimpante

Mudança faz parte do programa de requalificação do Centro São Paulo.
Rua Sete de Abril é a primeira via a ser reformulada na cidade.

 

Tatiana Santiago Do G1 São Paulo
Novo piso será autolimpante e removível (Foto: Divulgação)Pelo projeto, novo piso será autolimpante e removível (Foto: Divulgação)
 
 
Uma das principais metas da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), a requalificação da região Central de São Paulo, prevê a reforma dos calçadões para pedestres. 

O novo modelo de piso será removível e alinhado em blocos, permitindo a retirada sem quebrá-lo. 

Além disso, o piso será autolimpante.

O projeto piloto da Prefeitura começou na Rua Sete de Abril nesta semana e deve ser concluído em abril de 2016. 

Neste trecho, serão substituídos 3.120 m², e o custo da obra é de R$ 2,1 milhões. 

Em todo o Centro, a área requalificada será de 60 mil m².

“É um projeto revolucionário. Haverá uma valorização do uso local e a ocupação do espaço público, como vem acontecendo na gestão do prefeito Haddad. 

E isso permitirá uma acessibilidade total na região”, afirmou Luiz Antonio de Medeiros, secretário de Coordenação das Subprefeituras.

O objetivo da requalificação é valorizar a região e dar mais visibilidade ao patrimônio público. 

Por isso, está prevista a instalação de um mobiliário urbano com áreas de descanso e nova iluminação.

Medeiros conta que a requalificação vai fazer da via uma referência da cidade. 

“A Sete de Abril’ era para ser um bulevar desde a época do [então prefeito] Olavo Setúbal. 

Vai ser uma verdadeira atração turística, mas antes temos de fazer a obra. 

Antes, vai piorar um pouco, mas depois melhora. 

Nossa intenção é gerar o mínimo de intervenção no comércio local, causar o menor impacto possível”, disse o secretário.
Projeção do calçadão após a finalização das obras (Foto: Divulgação)Projeção do calçadão após a finalização das obras (Foto: Divulgação)
 
 
Piso.

O modelo de piso em blocos de concreto foi desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). 


O piso tem superfície autolimpante e possui propriedades que são ativadas através da luz solar, retirando manchas e odores e permitindo a conservação do material.

Além de ser mais resistente, o material também proporciona melhorias ao meio ambiente. 

“Um componente na última camada usamos um componente químico chamado dióxido de titânio e ele tem essa característica de reagir com matéria orgânica. 

Então qualquer matéria orgânica que cai ou que penetre no bloco ao longo de um ou dois meses isso é vaporizado e ela deixa de ter aquela mancha”, afirmou Luís Eduardo Brettas, arquiteto superintendente do Desenho da Paisagem da São Paulo Urbanismo.

O material é altamente resistente para suportar grande quantidade de peso. 

“A nossa expectativa é não ter manutenção por pelo menos 30 anos e não ter cicatrizes como nos pisos atuais”, afirmou o arquiteto.

Os chicletes, que são o pesadelo que qualquer gari na hora da limpeza, também grudam no novo piso, mas são facilmente removíveis. 

"Tem umas mochilas recarregáveis que solta vapor bem quente e faz com que o chiclete vire pó, fazendo a remoção”, conta Brettas.

Diferentemente dos pisos atuais que precisam ser danificados para intervenções subterrâneas, o novo modelo é manuseado através da retirada dos blocos que não quebram, evitando manutenções mal feitas e desperdício de dinheiro público.
Piso tátil fica alinhado na linha de drenagem (Foto: Divulgação)Piso tátil fica alinhado na linha de drenagem (Foto: Divulgação)


O piso tátil, destinado aos deficientes visuais, estará alinhado à linha de drenagem dos calçadões.

As tampas existentes, de formato redondo, serão substituídas por tampas com requadro em ferro fundido e preenchidas na parte superior com concreto, com altura mínima de 6 centímetros. 

As novas tampas serão ocultas e ter travas anti-vandalismo.

O projeto prevê inclinações para escoamento imediato e garante escoamento de água no período crítico de chuva. 

Haverá caixas de limpeza posicionadas a cada 20 metros para evitar acúmulo de resíduos e entupimentos.

As ligações dos prédios serão remanejadas para as caixas de limpeza.
Novos modelos de bueiros adaptados ao piso de concreto (Foto: Divulgação )Novos modelos de bueiros adaptados ao piso de concreto (Foto: Divulgação )
 

Controle de acesso.

Os calçadões terão balizadores retráteis acionados por controle remoto. 


O modelo, que já é adotado em vários países do mundo, foi desenvolvido para controlar o acesso de veículos em ruas públicas e privadas.

Após a passagem do veículo, o balizador sobe automaticamente. Com isso, a oferta de estrutura logística de fornecimento de cargas e bens de consumo.

Ao implantar maior controle no acesso e organizar a coleta de resíduos, a intervenção prevê, em conjunto com outras secretarias, a reorganização da logística de abastecimento e de coleta.
Balizadores retráteis serão instalados na Rua Sete de Abril (Foto: Divulgação)Balizadores retráteis serão instalados na Rua Sete de Abril (Foto: Divulgação)
 
 
Coleta.

Para diminuir o impacto visual e eliminar a presença de sacos de lixo no passeio público, serão instaladas lixeiras enterradas com acionamento hidráulico para evitar manchas e maus odores. 


As lixeiras terão grande capacidade e serão acionadas através de cartão.

Ao implantar maior controle no acesso e organizar a coleta de resíduos, a intervenção prevê, em conjunto com outras secretarias, a reorganização da logística de abastecimento e de coleta.
Lixeiras de grande porte serão acionadas através de cartão (Foto: Divulgação)Lixeiras de grande porte serão acionadas através de cartão (Foto: Divulgação)

'Aprendi a criar na Grande Depressão', diz designer de 91 anos do Vale do Silício

"Sou respeitada pela experiência", diz idosa que presta consultoria a empresa localizada em polo tecnológico da Califórnia, onde colegas são várias décadas mais jovens.

 

Da BBC Magazine
Barbara foi contratada aos 89 anos, depois de escrever uma carta para a empresa (Foto: BBC) 
Barbara foi contratada aos 89 anos, depois de escrever uma carta para a empresa (Foto: BBC)
 
 
Pense no Vale do Silício - a região do Estado americano da Califórnia em que estão concentradas algumas das empresas de tecnologia mais famosas do mundo -, e a imagem que vem à cabeça é a de uma população jovem e "descolada".

Daí a surpresa com a história de Barbara Knickerbocker-Beskind. 


Aos 91 anos, ela trabalha como designer e é uma referência no campo da terapia ocupacional. 

Ela conversou com a BBC sobre sua paixão por invenções. 

E explicou o segredo de sua longevidade profissional.

"Durante a Grande Depressão, não tínhamos dinheiro para coisa alguma, então tínhamos que atuar como solucionadores de problemas desde o início. 


Não havia outra alternativa. 

As únicas coisas que não fabricamos foram sapatos e óculos.

Criatividade.

Meu pai foi um dos primeiros 100 agentes do FBI (a Polícia Federal americana), mas quando eu tinha um ano ele perdeu o emprego e ficou sem trabalhar por sete anos. 


Tivemos que nos mudar para a casa de minha avó. 

Mas meu pai era um grande observador e herdei isso dele. 

E minha mãe sempre foi muito criativa.

Não tínhamos dinheiro para brinquedos, por exemplo, então fazíamos os nossos. 


Eu, por exemplo, usei dois pneus para fazer um cavalinho - e com ele aprendi muito sobre a gravidade, pois caí várias vezes.
A inventora também fez ajustes na própria bengala (Foto: BBC) 
A inventora também fez ajustes na própria bengala (Foto: BBC)


Aos 10 anos, já sabia que queria ser inventora, mas o orientador vocacional em minha escola disse que mulheres não seriam aceitas em faculdades de engenharia. Fui então cursar economia do lar, pensando que talvez pudesse desenhar alguns novos abridores de latas.

Mas, em 1945, quando me formei pela Universidade de Syracuse, tive a sorte de ser aceita pelo programa de terapia ocupacional do Exército Americano. 


Foi o que realmente lançou minha carreira.

Naquela época, a terapia ocupacional usava o artesanato, bem como trabalhos em carpintaria, por exemplo, para ativar as pernas e braços de pacientes voltando da Segunda Guerra Mundial. 


Minha missão era fazer com que os pacientes ganhassem o máximo de independência possível - que conseguissem segurar uma colher ou um garfo, por exemplo.
O colega de asilo de Barbara ganhou um retrovisor para o andador (Foto: BBC) 
O colega de asilo de Barbara ganhou um retrovisor para o andador (Foto: BBC)
 
 
Carta.

Em 1966, aos 42 anos, aposentei-me do Exército e abri um consultório particular - fui a primeira pessoa a fazer isso nos EUA. 


Desde então, já tentei parar de trabalhar cinco vezes. 

Nunca consegui. 

Voltei a estudar e, em 1997, formei-me em Belas Artes, o que me ajudou muito a desenhar minhas invenções.

Em 2013, quando vi uma entrevista na TV com David Keely, fundador da empresa de design IDEO, pensei que minha experiência pudesse ser útil. 


Ele aceitava e respeitava pessoas de várias origens. 

Eu tinha 89 anos. 

Sofro de um problema nos olhos que me impede de usar computadores, então escrevi uma carta.

Uma semana depois, recebi a resposta: a firma precisava de alguém para coordenar o design de produtos voltados para idosos. 


Fui convidada para uma conversa na sede da empresa e, de repente, vi-me dando uma palestra para mais de 30 pessoas. 

Tornei-me consultora para produtos e serviços voltados a idosos e pessoas com problemas de visão.
Barbara trabalhou como terapeuta na recuperação de soldados feridos na Segunda Guerra (Foto: BBC) 
Barbara trabalhou como terapeuta na recuperação de soldados feridos na Segunda Guerra (Foto: BBC)


Trabalho uma vez por semana. 

Caminho três quarteirões até a estação de trem para chegar aos escritórios da IDEO às 10h. 

Sento-me no mesmo sofá para que todo mundo saiba onde estou. 

Logo chegam pessoas para marcar hora para conversas sobre seus produtos - é um ambiente extremamente colaborativo.

Adoro trabalhar neste ambiente. 


Posso ser seis ou sete décadas mais velha que alguns de meus colegas de trabalho, alguns deles com mestrados e doutorados, mas sou aceita como uma igual. 

Sou respeitada por minha experiência e meusinsights.

Ninguém jovem pode pensar como uma pessoa idosa se sente.

Mesmo eu preciso conversar bastante com meus vizinhos numa comunidade para idosos. 


Sempre recebo deles ideias sobre produtos. 

Um deles, por exemplo, inspirou-me a criar uma espécie de espelho retrovisor para que ele possa sair às ruas com mais confiança em seu andador.

Desfile oficial atrai 20 mil à Esplanada dos Ministérios, informa PM

Dilma assistiu à comemoração do 7 de Setembro ao lado do vice Temer.
Ela foi recebida por ele, pelo governador do DF e pelo ministro da Defesa.

 

Laís Alegretti e Débora Cruz Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, durante o Desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios (Foto: Ichiro Guerra/PR) 
A presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, durante o Desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios (Foto: Ichiro Guerra/PR)
 
 
O desfile oficial de 7 de Setembro em Brasília atraiu na manhã desta segunda-feira cerca de 20 mil pessoas às arquibancadas montadas na Esplanada dos Ministérios, segundo informação da Polícia Militar do Distrito Federal.

Às 9h14, a presidente Dilma Rousseff autorizou o comandante militar do Planalto a dar início ao desfile cívico-militar, comemorativo dos 193 anos da Independência.

Antes, vestida de branco e usando a faixa presidencial verde e amarela, Dilma subiu ao Rolls Royce oficial que, cercado de batedores, e percorreu cerca de dois quilômetros para se deslocar até o palanque das autoridades.

No palanque, Dilma foi recebida pelo vice-presidente Michel Temer, pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB) e pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner.

Ela assistiu ao desfile ao lado de Rollemberg e de Temer, que neste domingo (6) divulgou nota negando participar de "conspiração" contra a presidente e dizendo que a 'intriga' agrava a crise político-econômica.

Vários ministros compareceram, entre os quais José Eduardo Cardozo (Justiça), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rosseto (Secretaria Geral), Edinho Silva (Comunicação Social), Gilberto Kassab (Cidades), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União), Pepe Vargas (Direitos Humanos),Renato Janine Ribeiro (Educação), Ricardo Berzoini (Comunicações), Carlos Gabas (Previdencia) e Mauro Vieira (Itamaraty).

Antes do início do desfile, um grupo, das arquibancadas, entoou o grito "Dilma, Dilma, Dilma". 

Fora da área oficial do desfile, manifestantes em protesto contra o governo inflaram um boneco gigante de Dilma e outro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o chamado "Pixuleco".
Manifestantes contrários ao governo erguem, na Esplanada dos Ministérios, o "Pixuleko", boneco inflável que representa Lula como presidiário (Foto: Isabella Calzolari/G1)Manifestantes contrários ao governo erguem, na Esplanada dos Ministérios, o "Pixuleco", boneco inflável que representa Lula como presidiário (Foto: Isabella Calzolari/G1)
Boneco inflável da presidente Dilma Rousseff (Foto: Mateus Rodrigues/G1)Boneco inflável da presidente Dilma Rousseff (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
A presidente Dilma Rousseff se dirige ao palanque das autoridades do 7 de Setembro (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil) 
A presidente Dilma Rousseff se dirige ao palanque das autoridades do 7 de Setembro (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff no desfile de 7 de Setembro, em Brasília (Foto: Reprodução/NBR) 
A presidente Dilma Rousseff no desfile de 7 de Setembro, em Brasília (Foto: Reprodução/NBR)

domingo, setembro 06, 2015

Testemunha descreve vida de luxo de casal suspeito de golpes pela internet

Dona do site Pank foi presa em Ribeirão após investigação de 10 anos.
Segundo MP, fraudes somam R$ 100 milhões; empresário segue foragido.

 

Do G1 Ribeirão e Franca
 
Suspeitos de aplicar golpes pela internet de no mínimo R$ 100 milhões, a empresária Viviane Boffi Emílio e o marido Michel Pierri de Souza Cintra mantinham uma vida de luxo com restaurantes caros, compra de veículos importados a cada três meses e doações para igreja no total de R$ 700 mil, segundo uma testemunha entrevistada pela EPTV.

A rotina do casal, que mora em Ribeirão Preto (SP), foi revelada por um ex-funcionário do site Pank, uma das empresas com sistema de compras online que, segundo o Ministério Público, fizeram mais de 100 mil vítimas em todo o país.

Os suspeitos eram investigados há dez anos. 

Viviane foi detida na terça-feira (1º) em Ribeirão Preto e foi levada para a Cadeia de Cajuru (SP), após ter prisão temporária decretada. 

Cintra também teve prisão ordenada, mas está foragido. 

A advogada do casal, Cláudia Seixas, afirmou que não comentará as acusações porque o processo ainda está em andamento.

Saiba mais:

A dupla e mais duas pessoas apontadas como "laranjas" podem responder por associação criminosa, estelionato, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

Sem qualidade.

Segundo as investigações do MP, os sites administrados pelo casal comercializavam diversos produtos, principalmente eletroeletrônicos, que, após serem adquiridos pelos clientes, não eram entregues ou não apresentavam a qualidade anunciada, sendo, muitas vezes, artigos piratas.


“Ele [Cintra] sabia da qualidade dos produtos, porque era um canal de intermediação de oferta. 

Qualidade bem inferior. 

Sabia que ia ter problemas com esses produtos e mesmo assim ele colocava para vender”, afirmou o ex-funcionário, que preferiu não ser identificado.

A empresa em questão era registrada no nome de Viviane, funcionava no Jardim Irajá, zona sul de Ribeirão, e contava com 60 funcionários. 

Já Cintra respondia pelo site Stop Play, que também vendia produtos pela internet e foi fechado há oito anos pela mesma prática de golpes em clientes, segundo o MP.

De acordo com a testemunha, o site Pank vendia de 10 mil a 20 mil peças de um único produto, mesmo quando não havia estoque suficiente. 

 “Poderia entregar um terço [do que era vendido]. 

Mas desse um terço mais de 50% ia dar problema. 

Com certeza."
 
Vida de luxo.

Pelo menos 100 mil pessoas foram lesadas em golpes que somam, no mínimo, R$ 100 milhões, segundo a Promotoria. 


O valor adquirido com o esquema possibilitou que o casal levasse uma vida de luxo, que envolvia um apartamento em uma área nobre de Ribeirão Preto, a troca de carros importados a cada três meses, restaurantes caros e frequente ajuda em dinheiro à igreja - ele não revelou quantas nem quais eram.

“Funcionários sabiam que eles doavam não só dinheiro, mas ofertas também. Ele já deu muita grana na igreja. 

Inclusive doou carros. 

Três carros que eu sei. 

Isso dá mais ou menos R$ 700 mil, mas deve ter muita coisa que a gente nem sabe ainda”, disse o ex-funcionário.

Viviane Boffi Emílio
Empresária foi presa em Ribeirão Preto por golpes praticados por meio de sites de compra (Foto: Reprodução/EPTV)
Viviane Boffi Emílio
Empresária foi presa suspeita de aplicar golpes por meio de sites de compra (Foto: Reprodução/EPTV)
 

Reclamações

O ex-funcionário contou também que a empresa em que trabalhou contava com um setor de atendimento, que estava ciente das constantes reclamações sobre a qualidade dos produtos, mas não tinham como agir.


“Vários e-mails de pessoas prejudicadas, de todas as classes sociais, todos foram prejudicados. E o atendimento sabia. 

Se você pegar um funcionário do atendimento ele vai falar que tinha receio, tinha dó, ficava superchateado com a situação, mas não podia fazer nada. 

Era só um funcionário”, ressaltou.

De acordo com o promotor Aroldo Costa Filho, o MP identificou milhares de queixas contra empresas do casal nos últimos dez anos. 

“Um site de reclamações bem conhecido registrou mais de 42 mil reclamações só da empresa Pank. 

Mais três mil reclamações contra a Stop Play, que também era do grupo, e mais três mil de outras empresas. 

Nós estimamos que seja um dos maiores fraudadores na internet do Brasil”, afirmou.

Os golpes também foram praticados contra empresas de publicidade, que eram contratadas para divulgar os sites dos suspeitos. 

Em uma das principais ocorrências, o casal divulgou o site Pank durante um jogo da seleção brasileira de futebol em Londres e deixou de pagar US$ 360 mil.
Empresário prestou esclarecimentos na Justiça sobre denúncias contra os sites (Foto: Reprodução/EPTV)Em gravação, Cintra presta esclarecimentos sobre denúncias contra os sites (Foto: Reprodução/EPTV)
 

Apreensões.

Durante os anos de investigação, Viviane e Cintra foram intimados a depor e tentaram explicar os problemas apontados pelos clientes. 


Em gravações dos depoimentos adquiridas pela equipe da EPTV, o casal alega que apreensões feitas pela Polícia Federal desencadearam um “descontrole financeiro muito grande”.

“A Polícia Federal fez uma busca no depósito da empresa. 

Eu tinha um volume de produto muito grande, que ultrapassava R$ 1 milhão, era o meu primeiro Natal, inclusive, e ali foram apreendidos R$ 257 mil em produtos, preço de compra”, explicou Cintra em um trecho do depoimento.

Neste, ele ainda disse que houve uma segunda apreensão, em 2009, e dois furtos em 2008. 

Na ocasião, o empresário prestava contas de uma empresa associada à Stop Play.

Por sua vez, Viviane prestou esclarecimentos sobre a empresa Yes, da qual era dona. 

Segundo ela, as denúncias contra sua loja, tanto física quanto online, apareceram devido aos problemas das empresas de Cintra, de forma que ela também teve produtos apreendidos.

“Essa apreensão aconteceu tanto da parte do Fisco quanto da Polícia Civil. 

Por conta disso a gente não conseguiu continuar. 

Depois o site também acabou saindo do ar. Inviabilizou 100% do negócio”.

Ela também negou que não fossem feitas as entregas do produto. 

“Essa empresa foi uma loja física, ela tinha endereço, estoque de produtos, inclusive lá tinha uma assistência técnica”, destacou.

Todas as empresas online relatadas no curso do processo foram retiradas do ar pela Justiça.

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