Viviane Boffi Emílio deve continuar presa por pelo menos mais cinco dias.
Michel Cintra, marido de Viviane e suspeito no esquema, continua foragido.
Viviane Boffi Emílio é suspeita de aplicar golpes de ao menos R$ 100 milhões pela internet (Foto: Reprodução/EPTV)
A Justiça de Ribeirão Preto (SP) prorrogou na sexta-feira (4) a prisão temporária da empresária Viviane Boffi Emílio, suspeita de aplicar R$ 100 milhões em golpes pela web através do site de compras Pank.
Segundo o documento, Viviane deverá continuar presa por mais cinco dias a partir deste sábado (5), na Cadeia de Cajuru (SP).
A prorrogação da prisão de Viviane foi proferida pelo juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto.
O marido de Viviane, Michel Pierri Cintra, também é suspeito de participar do esquema e está foragido.
O caso.
Viviane Boffi Emílio e o marido, Michel Pierri Cintra, são suspeitos de aplicar um golpe de ao menos R$ 100 milhões através de um site de compras pela internet.
Proprietários da empresa Pank, eles fizeram mais de 42 mil vítimas, segundo estimativa do Ministério Público.
O casal é investigado há dez anos.
Saiba mais:
- Igreja deverá informar doações feitas por suspeitos de golpe milionário
- Carro de suspeito de golpe milionário é achado com motorista de deputado
- Mandavam 'enrolar' clientes, diz testemunha sobre suspeitos de golpe
- Testemunha descreve vida de luxo de casal suspeito de golpes pela internet
- Suspeita de aplicar R$ 100 milhões em golpes pela internet é presa em SP
Viviane foi presa em Ribeirão Preto na terça-feira (1º) e levada para a cadeia de Cajuru (SP).
Já Cintra está foragido.
O carro do empresário foi apreendido na quarta-feira (2) em Guararema (SP).
O veículo era conduzido por um agente de segurança da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Em depoimento à polícia, o funcionário informou que conduzia o veículo a pedido de um deputado estadual.
De acordo com o promotor Aroldo Costa Filho, Cintra também é ex-proprietário da empresa Stop Play, que também comercializava produtos pela internet e foi fechada há oito anos pela mesma prática de golpes em clientes.
O casal e outros dois suspeitos comandavam o esquema de estelionato.
Uma das bases da empresa Pank, em Ribeirão Preto, contava com 60 funcionários.
"Eles vendiam produtos, não entregavam, ou entregavam produtos falsificados e, assim, lesavam inúmeras pessoas no Brasil inteiro", afirma Costa Filho, destacando que empresas de publicidade também foram alvos dos supostos golpistas.
Em depoimentos, ex-funcionários relataram que seguiam uma espécie de cartilha com orientações para enrolar os clientes.
Eles também afirmaram que o casal, que frequenta uma igreja evangélica, fazia doações semanais à instituição.
Em uma ocasião, os empresários teriam doado, inclusive, um carro de luxo avaliado em mais de R$ 100 mil.
A igreja também é alvo de investigação, e deverá informar, segundo determinação da Justiça todas as doações recebidas pelo casal nos últimos anos.
Todos os suspeitos respondem por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.
A advogada do casal, Cláudia Seixas, informou que não comentará as acusações porque o procedimento investigatório corre em sigilo.
Empresária foi presa em Ribeirão Preto por golpes praticados por meio de sites de compra (Foto: Reprodução/EPTV)
COMENTÁRIO:
Em todo segmento da sociedade tam gente honesta, e gente desonesta, não é diferente em grupos religiosos dos diversos segmentos no mundo.
A maioria de pessoas que são frequentadoras desses grupos religiosos sejam eles denominados evangélicos ou não, são pessoas honestas e de boa índole.
O que não se deve é generalizar, só porque alguns integrantes desses grupos têm desvios de condutas, se achar que os demais também tenham.
Valter Desiderio Barreto.