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segunda-feira, novembro 24, 2014

Diretor entrega notas de pagamentos de R$ 8,8 mi a suposto operador

Dinheiro seria propina para manutenção de contratos na Petrobras, diz defesa.
Pagamento foi feito a empresário que teria ligações com diretoria da estatal.

 

Fernando Castro Do G1 PR
 
A defesa de Erton Medeiros Fonseca, diretor da Galvão Engenharia preso pela Operação Lava Jato, enviou à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (24) comprovantes de pagamentos de R$ 8.863.000 referentes a uma suposta propina repassada pela construtora ao esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Segundo os advogados de Fonseca, os pagamentos foram feitos ao empresário Shinko Nakandakari – apontado pelo dirigente da Galvão Engenharia como operador da Diretoria de Serviços da Petrobras, à época comandada por Renato Duque –, para evitar que a empreiteira fosse prejudicada em contratos que mantinha com a estatal do petróleo.

O advogado Pedro Henrique Xavier, responsável pela defesa de Fonseca, havia dito ao G1 na última terça (18) que seu cliente contou aos delegados federais que pagou o suborno sob ameaça do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010. 

Xavier, no entanto, não havia detalhado para qual diretoria da petroleira a propina era paga.
Ainda de acordo com o advogado, Erton Fonseca afirmou à PF que José Janene, à época líder da bancada do PP, ameaçou que, se ele não pagasse a propina, a Galvão Engenharia seria prejudicada em contratos que mantinha com a Petrobras. 

Janene chegou a ser um dos réus do processo do mensalão do PT no Supremo Tribunal Federal, mas não chegou a ser condenado porque morreu antes do julgamento.

Em nota enviada ao G1, a assessoria do Partido Progressista disse que o partido "não tem conhecimento oficial do teor dos depoimentos, mas está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações."

No documento enviado nesta segunda à Polícia Federal, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, os advogados voltam a dizer que Fonseca pagou a propina sob "efetiva ameaça de retaliação das contratações que a Galvão Engenharia S/A tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento dos valores estipulados de maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal".

Como o advogado do executivo já havia adiantado ao G1, o documento volta a afirmar que Fonseca aceita se submeter a acareação com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e com o doleiro Alberto Youssef, presos pela operação e apontados pelas investigações como integrantes do esquema dentro da estatal. Segundo a defesa, a atitude do executivo serve para 
demonstrar que ele foi "vítima de crimes praticados pelos mesmos".

saiba mais
 
Duque

Em depoimento prestado à PF, Renato Duque, que está preso preventivamente na Superintendência da PF em Curitiba negou ter participado ou ter tido conhecimento de qualquer esquema de propina na Petrobras. 


O ex-diretor também negou ter conhecimento de que um subordinado dele na estatal, Pedro Barusco, tivesse recebido propina ou mesmo que mantivesse contas bancárias no exterior. 

Barusco assinou um acordo de delação premiada no qual se compromete a devolver mais de US$ 100 milhões.

O ex-diretor também foi questionado sobre a existência de um cartel de empresas para realizarem obras para a Petrobras. 

Duque negou ter conhecimento e disse que todas as licitações passavam por uma Gerência de Orçamentos, que verificava os valores a serem gastos para cada obra da estatal e que os valores só eram divulgados no momento da abertura das propostas das empresas que participavam das concorrências.

Ao ser confrontado com o depoimento do também ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, sobre um superfaturamento que existiria para desvios e abastecimento financeiro de partidos políticos, Duque disse duvidar que o antigo colega tivesse feito tal afirmação. 

Para Duque, é pouco provável que a Petrobras tenha sido alvo de desvios de dinheiro.

O G1 tentou contato com o advogado de defesa de Renato Duque, Alexandre Oliveira, mas ele não atendeu às ligações.

VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)

VALE ESTE 4 - Arte quem é quem Lava Jato (Foto: Editoria de Arte G1)

Mudança climática pode agravar pobreza, alerta Banco Mundial


Sem 'ação rápida', plantações podem secar; América Latina é área crítica.
Fenômenos climáticos extremos podem se tornar a 'nova norma' do futuro.

 

Da AFP
O aquecimento global poderá agravar "significativamente" a pobreza no mundo, ao secar os cultivos agrícolas e ameaçar a segurança alimentar de "milhões" de pessoas - advertiu o Banco Mundial em relatório divulgado neste domingo (23).

"Sem uma ação forte e rápida, o aquecimento (...) e suas consequências poderão agravar significativamente a pobreza em várias regiões do globo", alerta a instituição, em um relatório.

'Nova norma'.

Secas, ondas de calor, acidificação dos oceanos: o Banco Mundial visualiza um cenário, no qual a comunidade internacional não atingirá seu objetivo de limitar o aumento das temperaturas no mundo a 2ºC, em relação à era pré-industrial, frente a um aumento de 0,8ºC nos dias de hoje.


Na hipótese extrema de um aumento de 4ºC, os acontecimentos climáticos "extremos" que aparecem, no pior dos casos, "uma vez por século", poderão se transformar na "nova norma climática", afirma a instituição.
 
Brasil em risco.

O tom do relatório é particularmente alarmista em três regiões do planeta: América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental.


O rendimento dos cultivos de soja podem cair de 30% a 70% no Brasil, enquanto metade das plantações de trigo na América Central e na Tunísia pode desaparecer, antecipa o documento elaborado com o suporte do Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.

Calor 'sem precedentes'.
 

No caso de um aumento de 4ºC, até 80% das regiões do Oriente Médio e da América do Sul podem se ver afetadas por ondas de calor de uma amplitude "sem precedentes", acrescenta o informe.

"As consequências para o desenvolvimento seriam graves, com uma queda dos cultivos, um retrocesso dos recursos aquáticos, um aumento no nível das águas e a vida de milhões de pessoas postas em perigo", enumerou o Banco Mundial.


COMENTÁRIO:

Examinem a Bíblia Sagrada e vejam que tudo o que está acontecendo no planeta terra, são as profecias do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que estão se cumprindo. Nenhuma autoridade humana no mundo terá competência de impedir ou deter esses fenômenos da natureza que culminará com a total destruição deste universo conforme já determinado por Deus por causa da idolatria dos seres humanos e sua rebeldia e desobediência ao Criador do céu e da terra.


"II PEDRO  CAPÍTULO 3

A vinda do Senhor


1  "AMADOS, escrevo-vos agora esta segunda carta, em ambas as quais desperto com exortação o vosso ânimo sincero;
2  Para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas, e do nosso mandamento, como apóstolos do Senhor e Salvador.
3  Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências,
4  E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.
5  Eles voluntariamente ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste.
6  Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com as águas do dilúvio,
7  Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios.
8  Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia.
9  O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
10  Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.
11  Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, 12  Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?
13  Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
14  Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz.
15  E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;
16  Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.
17  Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza;
18  Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém".



Quem tem ouvidos, ouça o que Deus está falando através do apóstolo Pedro ao mundo !

Valter Desiderio Barreto. Servo do Senhor e Salvador Jesus Cristo pela misericórdia de Deus Pai, através do sacrifício do Seu Filho Jesus Cristo amado, na cruz do calvário pelos meus e os seus pecados.

 

domingo, novembro 23, 2014

Apesar de chuva, sistema Cantareira registra nova queda neste domingo

Nível registrou queda de 0,1 % e passou de 9,6% para 9,5%.
Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê também caíram.

 



Do G1 São Paulo


Baixo nível da Represa de Guarapiranga na Zona Sul de São Paulo, SP, neste domingo (23). (Foto: Luiz Guarnieri/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)Baixo nível da Represa de Guarapiranga em SP (Foto: Luiz Guarnieri/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)

O nível do reservatório do Sistema Cantareira registrou nova queda neste domingo (23), de acordo com a medição da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). 

Apesar da chuva de 7,7 milímetros, a queda foi de 0,1% e passou de 9,6% para 9,5%. 

O atual índice leva em consideração a segunda cota do volume morto do sistema. 

O volume útil e a primeira cota já foram esgotados.
 
No Guarapiranga, também houve queda do nível, de 32,6% para 32,3%. 

Já no sistema Alto Tietê, o nível recuou de 6,2% para 6,1%, mesmo com a chuva de 2,2 mm.

No mês de novembro, a média esperada de chuvas no Cantareira é de 161,2 milímetros na região dos reservatórios. 

Mas até agora, choveu pouco mais da metade: 91,8 milímetros.

Essa chuva já representa mais que o dobro do que caiu em todo o mês de outubro, quando foi registrado 42,5 milímetros. 

Porém, mesmo com a precipitação mais forte em novembro, o nível das represas não subiu. 

Já são mais de 200 dias seguidos de constantes quedas e poucos dias de recuperação.

 Juntos, Cantareira, Alto Tietê e Guarapiranga abastecem 15,9 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
 

Outros Sistemas
 
Os outros três sistemas de abastecimento da Grande São Paulo também registraram chuvas entre sábado (22) e domingo (23), mas apenas dois tiveram queda em seus níveis. 

No Alto Cotia, o volume acumulado permaneceu em 28%. 

No Rio Grande, o nível baixou de 64% para 63,8% e, no Rio Claro, de 32,6% para 31,9%.

Reajuste em dezembro.
 
Na sexta-feira (14), executivos da Sabesp informaram que o reajuste de tarifas pedido pela Sabesp para aplicação em dezembro deve ser maior que os 5,44% acertados no começo do ano, mas suspenso antes das eleições de outubro.

A empresa, controlada pelo governo do Estado de São Paulo, conseguiu o reajuste em meados de abril, mas na época a Arsesp, agência reguladora do setor, autorizou a aplicação do aumento das tarifas em "momento oportuno".

No caso, o momento oportuno foi dezembro, conforme comunicado da empresa

O diretor financeiro da Sabesp, Rui Afonso, afirmou a analistas em videoconferência que o reajuste pretendido "deverá ser maior que os 5,44%", diante da necessidade de correção monetária. 

Ele não comentou qual será o índice a ser aplicado.

O processo de revisão tarifária deveria ter sido concluído em agosto de 2013, mas passou por uma série de adiamentos.

Animais são vistos à beira da água nas margens expostas da represa de Jaguari, parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)Animais são vistos à beira da água nas margens expostas da represa de Jaguari, parte do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)

Água que antes tomava toda a área central da imagem se concentra em um leito mais fundo em zigue-zague na represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, em Nazaré Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)Água que antes tomava toda a área central da imagem se concentra em um leito mais fundo em zigue-zague na represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, em Nazaré Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)

Vista aérea da represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)Vista aérea da represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, 
em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)

Represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)Represa de Jaguari, integrante do Sistema Cantareira, em Bragança Paulista (SP) (Foto: Nacho Doce/Reuters)

    Ponte sobre a represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)Ponte sobre a represa de Atibainha, parte do Sistema Cantareira, com margens bastante expostas devido à seca no estado de São Paulo, em Nazaré Paulista (Foto: Nacho Doce/Reuters)

    sábado, novembro 22, 2014

    Cuidado e Defesa do Território frente à complexidade da Mineração

      V Encontro Taller Latinoamericano

     


    A Rede Justiça nos Trilhos participou na semana passada do V Encontro Taller Latinoamericano: “Cuidado e Defesa do Território frente à complexidade da Mineração na América Latina e Caribe e do Foro Latinoamericano Cuidado e Defesa do Territorio frente às Trasnacionais e Políticas Depredadoras”. 

    Os eventos aconteceram simultaneamente na Universidade Iberoamericana (UIA), na cidade de Puebla, México, entre os dias 03 e 07 de novembro.

    Cerca de 50 defensores e defensoras provenientes do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Guatemala, México, Honduras e Peru se reuniram com o objetivo de resgatar e construir, a partir da educação popular, pistas para o desenho de estratégias diversas no cuidado e defesa do território, desde suas práticas e contextos.

    No evento debateram as estratégias de fortalecimento da autonomia das comunidades frente às investidas da mineração. 

    Além disso, falaram sobre o direito e aplicação da consulta pública no caso dos povos originários, o discurso oficial e a repressão estatal às comunidades, os impactos socioambientais e as alternativas ao modelo mineiro.

    As organizações participantes do encontro, após análises das realidades apresentadas, afirmaram em carta que a “convicção de seguirem rebeldes e contestatórios a todos aqueles que sequestram a pluralidade, os direitos, a biodiversidade e a vida”. 

    Afirmam que seguirão nos processos de articulação e construção de alternativas de fortalecimento de sujeitos organizados, proativos e responsáveis pelo presente e pelo futuro, convictos da necessidade de romper o círculo vicioso e hegemônico do capitalismo.

     
























    Na última quarta (5), quando todo o México realizou um “Paro” nacional em protesto pelo desaparecimento dos 43 estudantes de Ayotzinapa, Iguala – Guerrero, os participantes do encontro fizeram um pronunciamento em que manifestaram apoio às manifestações e exigiram imediatas providências do Estado.

    “Como pessoas que defendemos a terra, o território e os bens comuns, vemos com preocupação a forma em que atuam os Estados em nossa região, caracterizada pela imposição de projetos de “desenvolvimento” que favorecem unicamente a grandes interesses privados. 

    De igual forma, preocupa a criminalização e o uso sistemático do sistema penal contra as comunidades e pessoas ativistas, assim como a responsabilidade em agressões contra as e os defensores comunitários, seja por ação direta ou aquiescência com agentes não estatais”.
    O Encontro Taller e Forum.

    'Sou incansável', diz tenente que comanda Operação Lei Seca em Natal

    Styvenson Valentim se tornou referência na cidade quando o tema é Lei Seca.
    Fotografado por onde passa, o oficial também é alvo de provocações.

    Fernanda Zauli Do G1 RN
    Tenente Styvenson Valentim coordena a Operação Lei Seca em Natal      (Foto: Fernanda Zauli/G1)Tenente Styvenson Valentim coordena a Operação Lei Seca em Natal (Foto: Fernanda Zauli/G1)
     
     
    Admiração, respeito, raiva, medo. O tenente da Polícia Militar Styvenson Valentim, responsável desde o início do ano por coordenar a Operação Lei Seca em Natal, desperta os mais variados sentimentos na população. Apontado como 'linha dura', o tenente prefere ser chamado de 'incansável'. 

    Rígido na aplicação da leis de trânsito, o oficial se tornou um personagem presente nas rodas de conversas entre as pessoas que temem ser paradas nas barreiras de fiscalização. 

    Embora ele conte com o apoio do Departamento Estadual de Trânsito e da Polícia Civil, é ele o centro das atenções.
    Foto do tenente Styvenson embarcando para Brasília se espalhou nas redes sociais  (Foto: Autoria desconhecida) 
     
    Foto do tenente Styvenson embarcando para
    Brasília se espalhou pelos grupos de WhatsApp 
     
     
    Na última semana, Styvenson foi fotografado no aeroporto quando embarcava para um treinamento em Brasília. 

    A legenda da foto, que rapidamente se espalhou pelos grupos do aplicativo WhatsApp, dizia: "Bora beber que o homem viajou... Vai com Deus, tenente Styvenson".  

    A piada foi revidada com uma blitz assim que ele retornou da viagem. Resultado: 26 pessoas foram presas por dirigirem embriagadas.

    Mas não parou por aí, o tenente agora é fotografado por onde passa.  

    Imagens dele na praia e no supermercado circulam nas redes sociais. "Ser fotografado não me incomoda. 

    O que incomoda é a imagem vir seguida de um incentivo a beber e dirigir. 

    Isso me deixa chateado", diz o tenente sobre as montagens feitas com fotos dele.

    Em 2011, Styvenson Valentim passou 15 dias preso por ter autuado um major que dirigia embriagado. 

    Segundo ele, a alegação foi a de que ele deveria ter chamado um oficial da mesma patente para autuar o major. "Eu nunca engoli isso. 

    Quer dizer que eu deveria ter chamado outro major, ou um coronel, às 3h da manhã porque eu, como tenente, não posso autuar um major? Quer dizer que a patente dele está acima da lei?", questiona.
    No supermercado e na praia, por onde passa Styvenson vem sendo fotografado (Foto: Autor desconhecido) 
    No supermercado e na praia, por onde passa Styvenson vem sendo fotografado
     
     
    A prisão não intimidou o tenente. Em 6 de janeiro deste ano, ele assumiu o comando das fiscalizações da Lei Seca na capital potiguar. 

    Desde então, foram quase 50 mil pessoas abordadas, 3.700 carteiras de habilitação retidas e 780 pessoas presas por crimes de trânsito.

    Não existe uma estatística oficial da redução do número de acidentes após o início do trabalho do tenente, mas ele acredita que o resultado é positivo. “Eu preciso montar as operações voltadas para um objetivo. 

    E qual é o objetivo? É a multa? Claro que não. Eu ganho muito mais em evitar um hospital cheio de vítimas de acidentes. 

    Empresas vão ganhar porque o funcionário não vai se acidentar, não vai ficar afastado do trabalho. Famílias não vão perder parentes. 

    É muito além do que multas. 

    Quem pensa que todo esse trabalho é feito por multas é mesquinho e não consegue enxergar a grandiosidade do trabalho. 

    A motivação da minha equipe é preservar a vida, é mudar conceitos, é dar segurança à sociedade. Nosso trabalho é gratificante”, afirma.

    O trabalho de Styvenson é admirado por muitos, mas também é alvo de críticas. 

    Recentemente um vídeo em que ele aparece esbravejando dentro de um ônibus com pessoas que foram abordadas e presas foi publicado nas redes sociais e a polêmica sobre possíveis excessos do tenente durante as operações voltou à tona.

    Para se defender, o tenente apresenta números. 

    Segundo ele, de 6 de janeiro até o início de novembro deste ano, foram abordadas quase 50 mil pessoas e 780 foram presas por estarem dirigindo sob efeito de álcool. 

    “Que eu tenha conhecimento, existe apenas um procedimento aberto contra mim na Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública e mais nada. 

    Se eu fosse truculento, não teria mais? 

    Quem se sentir ofendido, achar que houve abuso de poder ou desrespeito à dignidade durante as abordagens, tem todo o direito de denunciar”, ressalta.

    Blitz da Lei Seca foi montada na Av. Engenheiro Roberto Freire, na Zona Sul de Natal (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Barreiras da Operação Lei Seca são frequentes na Av. Engenheiro Roberto Freire, na Zona Sul de Natal (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
     
     
    Agressões e ameaças

    Em quase um ano da Operação Lei Seca na Grande Natal, o tenente e sua equipe, formada por outros 14 policiais militares, já foram alvos de agressões físicas, ameaças e tentativas de suborno. 


    O conhecido 'você sabe com quem está falando?' também já foi usado várias vezes por motoristas. 

    Styvenson conta que durante uma abordagem um homem jogou um copo de uísque nele. 

    Em outra ocasião, um policial levou uma mordida de uma mulher

    E teve até casos de quem tentassse passar por cima dos PMs com um carro.

    “As pessoas deveriam acompanhar uma blitz dessas para ver o que acontece e poder falar com propriedade. 

    Nós já prendemos pessoas com armas, com drogas. 

    Policiais já foram agredidos com socos e chutes. Já teve gente que tentou jogar o carro por cima da gente. 

    E teve até gente que parou, desceu do carro e fugiu deixando pra trás o veículo com grande quantia de dinheiro dentro. 

    Eu estou alí, correndo risco de fazer uma abordagem e levar um tiro. 

    Afinal, ninguém sabe quem é bandido e quem não é, mas as pessoas preferem criticar sem conhecimento de causa”.

    Quando alguém agride fisicamente um policial durante as blitzen, segundo o tenente, é enquadrado também em lesão corporal e o PM processa o agressor. 

    Ele lembra de um caso de um mexicano que, durante a Copa do Mundo em Natal, foi preso por estar dirigindo embriagado. 

    O estrangeiro foi levado para um ônibus e, lá dentro, após apalpar os seios de uma mulher, acabou autuado por assédio sexual.

    De acordo com o tenente, a orientação aos policiais que trabalham na Operação Lei Seca é tratar a todos com educação, independente de quem seja. 

    “Pode estar em uma Traxx ou numa Land Rover. 

    Pode ser um juiz ou um entregador. 

    A orientação é tratar a todos com educação e respeito. Eu não gosto de piada, não gosto de liberdade, não gosto que fique conversando. 

    Não é pra policial ficar conversando na blitz. 

    Se chegar um juiz, será tratado por excelência

    Se for um reitor, chamamos de magnífico. 

    Nós respeitamos todas as autoridades, todas as patentes, assim como respeitamos a todos os cidadão”.

    Vida às avessas

    Quando começou à frente das operações da Lei Seca, o tenente Styvenson Valentim sabia que o trabalho teria repercussão por afetar a todos da mesma forma, independente de cor, classe social, ou patente. 


    Em menos de um ano ele teve a vida vasculhada de todas as formas. “É uma busca incessante por algo que desabone minha conduta”, diz.

    “Encontraram um Gol 1997 em meu nome, que estava na garagem da casa da minha mãe sem rodar há dois anos e com o pagamento do seguro obrigatório atrasado. 

    Nem eu sabia que não estava pago porque o carro é da minha mãe, mas paguei imediatamente. 

    É engraçado porque as pessoas admiram o servidor que cumpre sua função honestamente, que não se corrompe, mas ao mesmo tempo buscam algo de ruim nessa pessoa. É um paradoxo”.

    Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

    Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...