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quinta-feira, junho 23, 2022

Funcionária que denunciou procurador diz que agressor 'desprezava mulheres' e teme sair na rua: 'Muito medo'

Ela contou que o agressor começou a provocá-la após não tê-lo cumprimentado. 

Em determinado momento, assustada, pediu ajuda à procuradora-geral, vítima que foi espancada por Demétrius Oliveira Macedo.

Por g1 Santos

Comportamento de Demétrius Oliveira Macedo gerava desconforto nos colegas de trabalho — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Comportamento de Demétrius Oliveira Macedo gerava desconforto nos colegas de trabalho — Foto: Reprodução/Redes Sociais.

A agente administrativa Thainan Maria Tanaka, de 29 anos, foi quem denunciou o procurador Demétrius Oliveira Macedo, de 34, para a procuradora-geral, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39.

O processo administrativo contra o profissional, segundo as vítimas, pode ter motivado as agressão contra a chefe do setor, que recebeu a reclamação e deu andamento ao procedimento interno. 

Ela afirma que o advogado era "terrível, mal-educado" e "desprezava todas as mulheres".  

Entenda o caso mais abaixo.

Ao g1, Thainan contou que o clima ruim no trabalho e os olhares de desprezo começaram quando ele a questionou por qual razão não havia sido cumprimentado. 

"Sempre cumprimentei, mas, nesse dia, ele cismou que eu não havia respondido. 

Eu poderia ter me distraído com outra coisa, mas ele queria ser cumprimentado. 

Ele não queria cumprimentar ninguém, tinha essa postura bem estranha", afirma.

De acordo com Thainan, passado um tempo ele voltou com a mesma história, embora ela afirme ter continuado a cumprimentá-lo, pois não queria ser importunada. Demétrius, apesar de tudo, a ignorava, relatou.

"Ele virou para mim e disse 'não adianta você vir me cumprimentar' e eu falei 'cumprimento por educação'. 

Na sequência, Demétrius perguntou 'onde estava a educação durante todo esse tempo'. 

Só que ele falou em um tom muito alto e tentou me intimidar.  

Ficava andando na frente da minha mesa. 

Nessa eu fiquei com muito medo dele e até chorava", lembra.

Por não ter sido a primeira vez e por já ter visto o procurador sendo desrespeitoso com as outras mulheres, ela decidiu formalizar uma denúncia à procuradora-geral Gabriela que, segundo ela, se solidarizou, mas não tinha muito o que fazer.

Thainan lembra que no dia 27 de maio o procurador não falou com ninguém e, após o horário de expediente, foi até a sala da Gabriela, agindo de forma estranha, mas ela não estava lá. 

"Eu acho que ele já estava querendo pegar ela naquela sexta (27 de maio) mesmo", afirma.

Ela acrescenta, ainda, que a procuradora-geral questionou o que Demétrius queria e o por que estava tratando Thainan de forma desrespeitosa. 

Nesse momento, de acordo com a agente administrativa, Demétrius se alterou e expulsou Gabriela da sala. 

Foi mais um motivo para dar entrada com um processo administrativo.

Nesta segunda-feira (20), quando a procuradora-geral foi agredida, Thainan sabia que ele ia receber a notícia do processo administrativo. 

Por isso, disse ter pedido abono [folga] por cautela, pois estava com medo da reação dele

Ela acredita que se estivesse junto seria agredida também, pois, segundo ela, se não fosse de primeira, seria na hora de separar.

"Eu vi o vídeo e eu achei que ele não parecia ser diferente não. 
Ele estava igualzinho como eu o via todo dia, eu não achei que ele estava fora de si não. 
Aquilo que ele fez na segunda (20) poderia ter acontecido em qualquer outro dia. 
Ele vivia na defensiva", afirmou Thainan.

Medo de encontrá-lo.

Com o procurador ainda solto, Thainan conta que está com medo do que ele possa fazer. 

Por conta disso, afirma não ficar mais sozinha e que não anda mais a pé na rua. 

Além disso, parou de andar de moto, porque acredita estar mais segura de carro.

"Eu não sei da onde que sai a implicância dele comigo. 

Tenho medo de andar na rua, tenho medo dele passar de carro e querer passar em cima de mim, porque agora ele não tem mais nada a perder".

De acordo com Thainan, o procurador era "terrível, mal-educado" e "desprezava todas as mulheres"

Além de ficar confortável e feliz ao ver alguém mal ou o clima ruim.  

"Quando a chefia era homem ele se comportava normal, mas ele odiava ter o cargo abaixo de uma mulher".

Leia mais:

Justiça decreta prisão preventiva de Demétrius.

A Justiça decretou a prisão preventiva do procurador Macedo, que agrediu a procuradora-geral da Prefeitura de Registro, Gabriela Samadello Monteiro de Barros. 

O pedido foi apresentado na tarde desta quarta-feira (22), na 1ª Vara Criminal da cidade, pelo delegado Daniel Vaz Rocha, que está responsável pelo caso.

No pedido, o delegado apontou que o acusado “vem tendo sérios problemas de relacionamento com mulheres no ambiente de trabalho, sendo que, em liberdade, expõe a perigo a vida delas, e consequentemente, a ordem pública".

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a investigação instaurada para apurar o caso reuniu fotos e vídeos da agressão, além de depoimento da procuradora-geral para fundamentar o pedido de prisão preventiva. 

A procuradora agredida deu entrevista contando o que aconteceu: 'Acho que ele é capaz de qualquer coisa', disse ela em um dos trechos

Entenda o caso.

Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, é a procuradora-chefe do agressor Demétrius Oliveira Macedo, de 34, também procurador. 

A situação aconteceu na tarde da última segunda-feira (20), por volta das 16h50, na Prefeitura de Registro (SP).

A ação foi filmada por outra funcionária e mostra que o procurador desferindo socos e chutando a colega (veja o vídeo abaixo).

Vídeo flagra procuradora sendo brutalmente agredida por colega em prefeitura em SP

Vídeo flagra procuradora sendo brutalmente agredida por colega em prefeitura em SP.

A agressão teria sido motivada pela abertura de um processo administrativo contra o procurador por conta de sua postura no ambiente de trabalho.

O agressor chegou a ser conduzido ao 1º Distrito Policial (DP) do município, mas foi liberado após um boletim de ocorrência (BO) sobre o caso ser registrado.

COMENTÁRIO:

"Eu não sei da onde que sai a implicância dele comigo. 

Tenho medo de andar na rua, tenho medo dele passar de carro e querer passar em cima de mim, porque agora ele não tem mais nada a perder".

De acordo com Thainan, o procurador era "terrível, mal-educado" e "desprezava todas as mulheres"

Além de ficar confortável e feliz ao ver alguém mal ou o clima ruim.  

"Quando a chefia era homem ele se comportava normal, mas ele odiava ter o cargo abaixo de uma mulher"

Se esse vagabundo, mal caráter, que ostenta o título de procurador de uma prefeitura, não gosta de mulher, que deixe as mulheres em paz, porque elas não tem culpa do seu complexo de inferioridade !

De acordo o depoimento de Thainan, "Quando a chefia era homem ele se comportava normal, mas ele odiava ter o cargo abaixo de uma mulher".

Ele se sente bem ser subordinado por homem, então o caso dele está explicado. 

Ele sofre de complexo de inferioridade em relação as mulheres !

Na verdade muitas mulheres incomodam homens com "h" minúsculo no mundo, pela superioridade de psicopatas como esse tal de procurador agressor, criminoso, indigno de assumir um cargo tão nobre como esse, em um órgão público !

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 23 de junho de 2022.

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