Caso será investigado pelo 4º Distrito Policial, na Consolação.
Morte ocorreu na Rua Rio de Janeiro após queda de prédio.
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A estilista Clô Orozco (Foto: Divulgação)
A morte será investigada pelo 4º Distrito Policial, na Consolação. No boletim de ocorrência, o caso foi registrado como suicídio.
Segundo o Corpo de Bombeiros, pouco antes das 8h a corporação recebeu chamado para atender a queda de uma mulher do 5º andar de prédio na Rua Rio de Janeiro, 160. Duas motos dos bombeiros e do Samu foram deslocadas, mas a morte foi constatada no local.
De acordo com a Polícia Civil, um sobrinho da estilista relatou que Clô fazia tratamento contra "esquizofrenia paranoide" e já tinha tentado suicídio outras duas vezes. Nesta quinta, o sobrinho e uma irmã estavam no apartamento, mas informaram que estavam dormindo no horário.
O boletim de ocorrência aponta que Lorenz Christian Hubertus Klein foi a última pessoa a ter contato com a estilista, por volta das 7h. Ele relatou ter notado que ela estava frágil e que ele teria desaconselhado que ela participasse de uma reunião na empresa, conselho que ela teria aceitado.
Estilista morava em Higienópolis (Foto: Letícia
Macedo/G1)
Macedo/G1)
Clotilde Maria Orozco de García, mais conhecida como Clô Orozco, era dona das famosas marcas brasileiras Huis Clos e Maria Garcia. Nos anos 1970, quando inaugurou sua primeira loja, a multimarcas Splash, a estilista conheceu seu primeiro marido, Renato Kherlakian, criador da Zoomp. Clô fundou a Huis Clos em 1979 e, dois anos depois, lançou a linha masculina Huis Clos Homme, que durou quatro anos.
As marcas francesas Hermès e Lanvin eram as favoritas da estilista.
Atualmente, a Huis Clos tem três lojas em São Paulo e 25 pontos de venda em lojas multimarcas distribuídas pelo país. A marca era atualmente comandada pela estilista Sara Kawasaki, que assumiu o estilo da grife em janeiro de 2008.
De acordo com a sinopse do livro sobre a vida da estilista, que integra o volume 2 da coleção Moda Brasileira (editora Cosac Naify), o universo estético de Clô Orozco era feito de sonho, construção e feminilidade.
Em trinta anos de carreira, Clô fez as roupas que ela mesma gostaria de vestir, equilibrando universos opostos: o esporte feito com tecidos nobres; o feminino atenuado pelo masculino; o Ocidente e o Oriente; o bordado para usar de dia; o tecido de alfaiataria no vestido de noite.
Referência da alta costura brasileira, Clô Orozco também é responsável pela tradução do livro infanto-juvenil “Diferente como Chanel”, da norte-americana Elizabeth Matthews, que conta a trajetória da célebre estilista Coco Chanel.
Desfile da Huis Clos na SPFW Verão 2012 (Foto: Raul Zito/G1)
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