Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sexta-feira, agosto 02, 2019

PF investigou namorada de Dario Messer para conseguir prender o doleiro


g1.globo.com
Namorada de Dario Messer, Myra Athayde, fez cinco viagens ao Paraguai em dois meses — Foto: Reprodução
A Lava Jato identificou, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019, quatro voos, alguns com retorno ao Brasil no mesmo dia, para visitar o namorado foragido no Paraguai. 


No dia 14 de janeiro deste ano, por exemplo, ela foi e voltou no mesmo dia, enfrentando quatro horas de voo, no total, para ver Messer. 

Myra, amiga dos filhos dele, teria deixado Messer apaixonado, como o doleiro confidenciou a investigadores ouvidos pelo G1.
Dario Messer logo após ser preso na tarde desta quarta-feira (31) em São Paulo — Foto: Divulgação
Dario Messer logo após ser preso na tarde desta quarta-feira (31) em São Paulo — Foto: Divulgação.

A “fofoca” sobre o namoro veio das autoridades do Paraguai, onde Messer tem 11 fazendas, e teria chegado aos ouvidos dos investigadores da Polícia Federal (PF) do Brasil. 

Namorar um foragido da Justiça acusado de envolvimento na movimentação ilegal de R$ 6 bilhões, no entanto, deu trabalho. 


E obrigava a garota a marcar encontros também perto da região da Tríplice Fronteira. 

Para ir ao Paraguai, Myra saía de São Paulo, e não do Rio, o que foi interpretado como uma tentativa de despistar as autoridades. 

As viagens de Myra ao Paraguai, de acordo com a Lava Jato RJ.

 

  • Dia 22/11/2018 – voo Guarulhos – Assunção. Não houve retorno aéreo internacional. Possivelmente Myra retornou por voo doméstico ou por via terrestre.
  • Dia 28/11/2018 – Guarulhos – Assunção. Retorno no dia seguinte -
  • Dia 14/01/2019 – Guarulhos – Assunção. Retorno no mesmo dia
  • Dia 28/01/2019 – voo Guarulhos – Assunção. Retorno no dia seguinte.


Myra tinha se separado em 2018 do ex-marido. 


Segundo pessoas próximas ouvidas pelo G1, durante as viagens para se encontrar com Messer ela afirmava que ia visitar um namorado fazendeiro. 

Relatórios de inteligência mostram que, em novembro de 2018, Messer esteve em Salto del Guairá. 


Em 24 de agosto de 2018, também para possivelmente não chamar atenção das autoridades, ela viajou para Dourados, cidade a 100 quilômetros da fronteira com o Paraguai. 

Ficou uma semana por lá. 


Segundo a representação da PF apresentada à Justiça, “há ainda evidências de encontros de Myra Athayde com Dario Messer nas cidades fronteiriças do Brasil e Paraguai, atravessando pela fronteira seca, onde existe um fraco controle migratório.”
Bens de Dario Messer no Paraguai estão avaliados em US$ 100 milhões. Ao todo, doleiro tem 11 fazendas.  — Foto: Divulgação
 Ao todo, doleiro tem 11 fazendas. — Foto: Divulgação.

Bens de Dario Messer no Paraguai estão avaliados em US$ 100 milhões. 




Ao analisar a incidência dos voos e estranhar as partidas de uma carioca saindo de São Paulo, os investigadores perceberam que estavam no caminho certo até o doleiro. 

A PF descobriu que eles realmente tinham um relacionamento –-e que ela tinha uma casa em São Paulo: um apartamento nos Jardins, bairro de classe média alta na Zona Oeste da capital paulista. 

Os policiais fizeram “diligências veladas” e, ao conversar com a vizinhança, descobriram que ela vivia “com um homem de meia idade, discreto, que mal sai da residência.” 


Era supostamente um médico, o Dr. Marcelo.

Na última quarta-feira (31), a PF prendeu finalmente Messer, que estava foragido desde maio de 2018, quando fugiu da Operação Câmbio, Desligo. 


Myra não estava em casa. 


Se estivesse, não seria presa, pois contra ela havia apenas um mandado de busca no apartamento.
Dario Messer — Foto: Reprodução TV Globo
Dario Messer — Foto: Reprodução TV Globo.

Myra não é debutante no mundo do poder. 


De família ligada ao clã de Anthony Garotinho, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, é filha de um ex-vereador da cidade e de uma ex-deputada federal, Alcione Athayde. 

A mãe da namorada de Messer também já foi presa, em 2008, dentro de uma investigação da Polícia Civil do Rio sobre fraudes na Saúde, na gestão da ex-governadora Rosinha Garotinho. 


Alcione é prima de Anthony e era subsecretária de Saúde do Estado à época. 

De acordo com as investigações que culminaram nas prisões, foram desviados R$ 60 milhões em um esquema que envolvia a subcontratações fraudulenta de ONGs em ações de Saúde em comunidades pobres. 

O Ministério Público afirmou que o repasse de dinheiro público era sacado por representantes das entidades na boca do caixa – e supostamente devolvido como suborno e pagamentos para políticos e demais envolvidos. 

Posteriormente, um habeas corpus do STF determinou a liberdade de oito pessoas presas no caso, inclusive a de Alcione Athayde. 


Na decisão que determinou o HC, entre outros elementos, o tribunal escreveu que as prisões preventivas se apoiaram em elementos insuficientes.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...