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terça-feira, agosto 06, 2019

Conselho do MP veta indicação de Bolsonaro para comissão sobre mortos na ditadura


Conselheiros entenderam que não cabe ao Executivo indicar representante do Ministério Público Federal para a Comissão Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

 

O Conselho Superior do Ministério Público Federal rejeitou nesta terça-feira (6) a indicação do procurador Ailton Benedito para compor a Comissão Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos
 Resultado de imagem para Conselho do MP veta indicação de Bolsonaro para comissão sobre mortos na ditadura
De perfil conservador, Benedito havia sido indicado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro para compor o colegiado. 

Em uma rede social, o procurador se mostra um entusiasta do regime militar.
 [ Procurador indicado por Bolsonaro para comissão sobre mortos na ditadura é vetado pelo conselho do MP]
Em 31 de março deste ano, Benedito comemorou a data do golpe de 1964. 

O governo Bolsonaro mandou por meio da Secretaria de Proteção Global do Ministério de Família e Direitos Humanos para a chefia do Ministério Público Federal em Brasília o pedido de indicação de Ailton Benedito para o lugar do procurador Ivan Marx, que ocupa o posto. 

Embora a nomeação seja do presidente da República, o nome do procurador precisava ser aprovado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, o que não aconteceu. 

Na sessão desta terça, os conselheiros rejeitaram a indicação por 6 a 4 sob o argumento de que não cabe ao Executivo escolher o membro do MPF que integrará a comissão. 

A comissão foi criada por uma lei ordinária em 1995 e instituído por um decreto em dezembro do mesmo ano. 


Segundo a norma, o colegiado é composto por sete membros, “de livre escolha e designação do Presidente da República”. 


A lei determina que um dos integrantes deve ser escolhido entre membros do MPF. 

Entretanto, a lei orgânica do Ministério Público, que dá autonomia ao órgão para indicar entre seus membros representantes em órgãos de todos os poderes, prevalece sobre a lei ordinária, que criou a comissão. 


Dessa forma, segundo entendimento da maioria dos conselheiros, cabe ao conselho aprovar ou rejeitar as indicações feitas pelo presidente à comissão. 

De acordo com a Procuradoria Geral da República, a lei complementar 75/93, confere ao chefe da instituição, ouvido o Conselho Superior, a prerrogativa de fazer as indicações. 


Segundo o texto, é atribuição do procurador-geral da República designar membro do MPF para “funcionar nos órgãos em que a participação da Instituição seja legalmente prevista, ouvido o Conselho Superior”. 

Consultada, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que não comentará. 

Em uma rede social, Ailton Benedito escreveu "Independentemente da decisão do CSMPF sobre a minha designação para o integrar a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, o mais importante é que a verdade se mostra nua e crua, doa a quem doer, como uma trave nos olhos".
 Resultado de imagem para procurador Ivan Marx
Os conselheiros também concluíram que o cargo ocupado atualmente pelo procurador Ivan Marx não está vago. 

A atual Procuradora Geral da República (PGR), Raquel Dodge, que no começo da análise do caso havia chancelado o nome de Benedito, recuou e vetou o colega.
 Resultado de imagem para vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia.
“Ele tem muito brilho, a instituição é plural, ele tem muitos espaços normativos onde cabe alguém com tantas habilidades quanto a dele, mas não nessa comissão”, afirmou o vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia.

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