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terça-feira, dezembro 11, 2018

Revista Time escolhe jornalistas mortos e presos como 'Pessoa do Ano' de 2018

Em edição especial, publicação homenageia jornalista saudita morto na Turquia e outros profissionais que 'pagaram terrível preço por encarar desafios deste momento'. 

 

Por G1

Edição de fim de ano da 'Time' homenageia Jamal Khashoggi e outros jornalistas mortos e presos em 2018 — Foto: Reprodução/Twitter/Time 

Edição de fim de ano da 'Time' homenageia Jamal Khashoggi e outros jornalistas mortos e presos em 2018 — Foto: Reprodução/Twitter/Time.

A revista "Time" escolheu os jornalistas mortos e presos como "Pessoa do Ano" de 2018. 


 A publicação revelou nesta terça-feira (11) os protagonistas de sua edição especial de fim de ano. 

Para justificar a escolha, a "Time" citou o número recorde de repórteres atrás das grades em todo o planeta - o Comitê de Proteção aos Jornalistas registrou 262 casos em 2017. 

Falou ainda sobre uma avalanche de desinformação nas redes sociais e de autoridades que classificam como "fake news" reportagens críticas aos seus governos. 

"Este ano estamos reconhecendo quatro jornalistas e um meio de comunicação que pagaram um terrível preço por encarar os desafios deste momento", afirmou Edward Felsenthal, diretor da "Time". 

Os profissionais mencionados pela revista são o colunista do "Washington Post" Jamal Khashoggi, a ex-repórter da CNN nas Filipinas Maria Ressa, além de funcionários do jornal "Capital Gazette", em Annapolis (EUA), e da agência Reuters. 

O prêmio de "Pessoa do Ano" é entregue anualmente desde 1927. 


Segundo a publicação, ele "reconhece a pessoa ou grupo de pessoas que mais influenciaram as notícias e o mundo - para bem ou para mal - durante o ano".
Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul  — Foto: Mohammed al-Shaikh/AFP
Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul — Foto: Mohammed al-Shaikh/AFP

Jamal Khashoggi.

 

Quem aparece na capa da edição especial é Khashoggi, jornalista saudita crítico ao governo da Arábia Saudita. 


Ele foi morto em outubro, dentro do consulado de seu país em Istambul. 

O caso repercutiu na Turquia e na Arábia Saudita. 


Outros países também se manifestaram, entre eles os Estados Unidos, onde o repórter morava. 

Senadores americanos declararam acreditar que o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, esteja envolvido na morte do jornalista, após tomarem conhecimento de um relatório da agência de inteligência dos Estados Unidos, a CIA. 

Para o presidente Donald Trump, porém, a avaliação da CIA sobre o vínculo entre o príncipe e o crime ainda são muito "prematuras".
A jornalista Maria Ressa, criadora do site Rappler, crítico ao governo de Rodrigo Duterte — Foto: Joshua Lim/Creative Commons
A jornalista Maria Ressa, criadora do site Rappler, crítico ao governo de Rodrigo Duterte — Foto: Joshua Lim/Creative Commons.

Maria Ressa

 

A jornalista filipina, ex-repórter de sucursais da rede CNN, abriu o site de notícias Rappler em 2012, com reportagens críticas ao presidente Rodrigo Duterte. 

Segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas, essa cobertura rendeu ao site uma "campanha de assédio legal" feita pelo Departamento de Justiça de Duterte.
Vítimas do ataque contra redação do Capital Gazette, em Annapolis, no estado americano de Maryland — Foto: The Baltimore Sun via AP 
Vítimas do ataque contra redação do Capital Gazette, em Annapolis, no estado americano de Maryland — Foto: The Baltimore Sun via AP.

'Capital Gazette'.

 

A redação do jornal no estado americano de Maryland foi atacada por um homem armado em junho deste ano. 


Cinco pessoas morreram - quatro jornalistas e uma assistente de vendas.

Jarrod Ramos, de 38 anos, foi preso após a ação. 


Ele enfrenta cinco acusações de homicídio qualificado.


Após o ataque, jornalistas montaram um esquema improvisado no estacionamento de um shopping para fechar a edição do dia, com a notícia do massacre.
O jornalista Wa Lone é escoltado pela polícia de Mianmar depois de ter sido condenado — Foto: Ye Aung Thu / AFP 
O jornalista Wa Lone é escoltado pela polícia de Mianmar depois de ter sido condenado — Foto: Ye Aung Thu / AFP.

Wa Lone e Kyan Soe Oo.

 

Um tribunal de Mianmar condenou a sete anos de prisão os dois jornalistas da Reuters


Eles foram acusados de violar a Lei de Segredos Oficiais, durante a investigação de um massacre de muçulmanos rohingyas.

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