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sábado, dezembro 15, 2018

João de Deus vai se entregar, segundo defesa; autoridades dizem que não há prazo para considerá-lo foragido

Justiça determinou a prisão na sexta, após mais de 300 denúncias de abuso sexual. Médium. Mais cedo, chefe da polícia de Goiás havia dito que aguardaria até as 12h deste sábado para considerá-lo fugitivo. Médium nega acusações.

 

Por Sílvio Túlio Letícia Vidica, G1 GO e TV Globo

O médium João de Deus, acusado por mulheres de abuso sexual — Foto: Reprodução/TV Globo
O médium João de Deus, acusado por mulheres de abuso sexual — Foto: Reprodução/TV Globo.
 
O advogado de João de Deus disse na manhã deste sábado (15) que o médium irá se entregar às autoridades, mas que não sabe quando. 

A polícia de Goiás havia dito que passaria a considerá-lo foragido a partir do meio dia, mas, agora, as autoridades afirmam que não há mais prazo para isso ocorrer. 
 
A Justiça decretou a prisão preventiva de João de Deus na sexta-feira, após mais de 300 denúncias de abuso sexual feitas por mulheres que o procuraram para receber atendimento. 

O médium sempre negou as acusações. 
 
"O que a defesa pode te falar com certeza é que João de Deus se apresentará, mas não posso dizer quando e nem onde", disse o advogado Alberto Toron, que representa o médium. 

A apresentação deve ocorrer em Goiás. 
 
Na sexta-feira, o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, havia dito que o médium teria de se entregar até as 12h de sábado para não ser cobnsiderado foragido. 

Em nota divulgada pela manhã, entretanto, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que "não há prazo específico para que ele seja considerado foragido" (veja a íntegra ao final do texto). 
 
A força-tarefa do Ministério Público divulgou que já recebeu 335 mensagens e contatos por telefones de mulheres que denunciam o médium por abuso sexual. 

Os relatos chegaram de pessoas de seis países diferentes, além de 13 estados do Brasil e o Distrito Federal.
 
O advogado de defesa, Alberto Toron, já havia dito que teve acesso à decisão de prisão apenas no início da noite de sexta-feira (14) e que vai pedir um habeas corpus. 

Além disso, afirmou que apenas alguns depoimentos de poucas vítimas acompanham o pedido de prisão preventiva e que não há o nome das mulheres que denunciaram os casos.
João de Deus na Casa Dom Inácio, em Abadiânia, Goiás, em foto de 2015 — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
João de Deus na Casa Dom Inácio, em Abadiânia, Goiás, em foto de 2015 — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera.

Última visita à Casa.

 

Na manhã de quarta-feira, João de Deus compareceu à Casa Dom Inácio de Loyola, onde realiza os trabalhos espirituais, pela primeira vez desde que as denúncias vieram à tona

Durante os poucos minutos que ficou no local, ele disse que era inocente e que confiava na Justiça de Deus e dos homens. 
 
“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. 

Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. 

João de Deus ainda está vivo. 

A paz de Deus esteja convosco”, diz João de Deus. 
 
A assessora de imprensa do religioso, Edna Gomes, afirmou, após as declarações, que o médium era inocente, mas que as denúncias eram graves e deveriam ser apuradas.
Primeira aparição pública de João de Deus após denúncias foi marcada por tumulto e confusão — Foto: Paulo Giovanni/Futura Press/Estadão Conteúdo
Primeira aparição pública de João de Deus após denúncias foi marcada por tumulto e confusão — Foto: Paulo Giovanni/Futura Press/Estadão Conteúdo

Denúncias.

 

O jornal "O Globo", a TV Globo e o G1 têm publicado nos últimos dias relatos de dezenas de mulheres que se sentiram abusadas sexualmente pelo médium. 

Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus ou a fé de milhares de pessoas que o procuram. 
 
O MP-GO e Polícia Civil investigam, de forma independente, a suspeita de crimes sexuais desde segunda-feira (10), depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium. 
 
A polícia informou que, até quinta-feira (14), recebeu 14 denúncias formais contra João de Deus, sendo que 13 mulheres já foram ouvidas. Já o MP-GO contabiliza o contato de mais de 300 pessoas

Nota oficial.

 

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás informa que as negociações para apresentação de João Teixeira de Faria continuam, sob a responsabilidade da Polícia Civil do Estado de Goiás, para cumprimento do mandado de prisão expedido contra ele.
 
As buscas continuam, sendo realizadas por equipes da Deic.
Não há prazo específico para que ele seja considerado foragido.
 
Novas informações serão prestadas assim que houver novidades..

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